O Convite
O sol começava a desaparecer atrás das montanhas quando Isadora chegou em casa. O vestido colado ao corpo denunciava cada curva, ainda mais quando ela o largou no chão assim que entrou. Caio estava sentado à mesa, um copo de vinho na mão, os olhos fixos nela como se a visse pela primeira vez.
— Você está diferente — disse ele, com voz rouca.
— Estou pensando demais — respondeu ela, se aproximando devagar, como quem teme o próprio pensamento.
Sentou-se no colo dele, de frente, envolveu seu pescoço com os braços e encostou a testa na dele.
— Me diz uma coisa, Caio... se eu tivesse um último desejo antes de dizer “sim” pra sempre... você realizaria?
Caio não respondeu de imediato. Apenas olhou para ela, como se tentasse decifrar algo que já sabia. Então, colocou o copo na mesa, segurou o rosto dela com as duas mãos e disse:
— Sim, se for algo que te complete. Mas me diz... qual é o desejo?
O silêncio se estendeu por segundos longos. Isadora mordeu o lábio, hesitante. Depois sussurrou:
— Quero viver uma noite sem limites. Uma noite onde eu não precise escolher. Onde eu possa me entregar... a mais de um homem. E quero que você saiba. Que esteja ali. Não quero esconder nada.
Caio não desviou o olhar. Um músculo da mandíbula se contraiu — não em raiva, mas em tensão. Depois, com uma calma que beirava o erótico, ele falou:
— Miguel e Enzo. Sei que já pensou neles. E sei que eles pensam em você. Se é isso que você quer... eu posso tornar isso real.
Isadora estremeceu, como se um segredo proibido tivesse sido libertado. Seu corpo respondeu antes mesmo que a mente pudesse racionalizar. A respiração acelerou, os seios se ergueram com a excitação. Aquela fantasia, antes confinada aos pensamentos mais íntimos, agora era um plano real.
Naquela noite, Isadora dormiu inquieta. Sonhou com mãos desconhecidas e conhecidas ao mesmo tempo. Sonhou com toques em lugares esquecidos, com três corpos entrelaçados, com a presença de Caio observando e guiando — cúmplice, desejando junto com ela.
No dia seguinte, uma mensagem chegou ao celular dela, curta e direta:
“Sábado. Casa na serra. Três taças. Um convite ao que sempre foi seu.”
Isadora sorriu. O jogo estava começando.
A Chegada
O caminho até a serra era sinuoso, e o céu começava a se tingir com o dourado do entardecer. Isadora dirigia sozinha, mas não se sentia só. O calor entre as pernas era real, pulsante. A cada quilômetro, a fantasia ganhava corpo. Ela usava um vestido longo de seda, vinho escuro, sem nada por baixo. A pele nua era um segredo sob o tecido fino, e o vento da janela entreaberta acariciava seus seios com a ousadia de um amante invisível.
A casa surgia entre as árvores: moderna, de vidro e madeira, com uma vista que parecia feita para testemunhar o impensável. Ao descer do carro, Isadora sentiu o frescor da serra misturado ao calor que emanava de dentro dela. As pernas vacilavam — não por cansaço, mas por antecipação.
A porta já estava entreaberta.
Lá dentro, luzes baixas, velas acesas, um jazz instrumental suave preenchendo o ar. Três taças de cristal sobre a mesa, como prometido. E ali estavam eles: Caio, de pé, sóbrio e sereno, com um terno aberto e a camisa parcialmente desabotoada, como se a noite fosse tanto cerimonial quanto carnal. Miguel, encostado à janela, camisa preta, olhar penetrante e um sorriso inclinado, daquele tipo que carrega promessas. E Enzo, sentado no sofá, casual, com jeans escuro e camiseta branca justa, olhos famintos, mas contidos.
O silêncio foi interrompido apenas pelo som dos saltos de Isadora tocando o chão de madeira, como batidas de tambor marcando o início de um ritual. Ela parou no centro da sala. Três pares de olhos a percorriam com uma intensidade quase física.
— Então é isso? — ela perguntou, sem medo.
Caio foi o primeiro a se mover. Caminhou até ela, devagar. Segurou sua mão e a levou até a taça de vinho.
— Só se você quiser.
Ela bebeu. O vinho era encorpado, vermelho escuro como seu vestido. Miguel se aproximou por trás. Isadora sentiu a presença dele antes do toque. Um arrepio percorreu sua espinha quando os dedos dele escorregaram por seu ombro nu, afastando lentamente a alça do vestido.
Caio não desviou o olhar. Segurou o outro ombro. E juntos, os dois deslizaram o vestido pelo corpo dela, revelando sua nudez em um gesto calmo, quase cerimonial.
Enzo se levantou.
O vestido caiu aos pés de Isadora como uma flor despetalada.
Ela estava ali, completamente nua diante deles, com a pele arrepiada e os olhos brilhando — não de vergonha, mas de poder. Era o centro da cena. O desejo encarnado. E tudo aquilo — o olhar cúmplice de Caio, a tensão de Miguel, o magnetismo de Enzo — era para ela.
Sem palavras, Caio se ajoelhou à sua frente. Beijou seu ventre com reverência, como quem reconhece uma deusa, e em seguida sugou demoradamente sua bela florzinha. Miguel a beijou na nuca, e Enzo aproximou-se, encarando-a nos olhos antes de roçar os lábios nos dela, num beijo lento, cheio de promessas.
A noite estava só começando.
A Dança dos Olhares
O vestido de Isadora já não existia — repousava como uma lembrança aos pés dela, enquanto sua pele reluzia sob a luz baixa das velas. Não havia vergonha em seus olhos, apenas um desejo que tomava forma, guiado por cada respiração acelerada e cada olhar que a despia ainda mais do que o próprio ato.
Caio se levantou lentamente, seus dedos escorregando pela lateral do corpo dela até soltar um leve suspiro contra seu pescoço. Não era ciúmes o que havia em seu toque — era orgulho. Ele conhecia aquele corpo, mas agora o via sob uma nova luz, entregue e celebrada.
Miguel andou ao redor dela, como se a estudasse. Seus dedos percorriam o ar a centímetros da pele, sem tocá-la — um jogo de tortura e desejo. Ele se aproximava e recuava, seu olhar predador provocando reações visíveis no corpo de Isadora: um arrepio aqui, um suspiro contido ali, o ventre contraído, a boca entreaberta.
— Ainda quer isso? — Miguel murmurou atrás dela, os lábios quase encostando em sua orelha.
— Quero que me façam sentir tudo — ela respondeu, com a voz baixa e carregada de promessa.
Enzo se aproximou por último, mas não disse nada. Apenas pegou sua mão e a levou até o sofá. Ajoelhou-se à frente dela como se prestasse uma oferenda. Os olhos castanhos e intensos varreram cada curva dela como se decorasse um mapa precioso. Lentamente, ele beijou o joelho dela. Depois a coxa. Depois mais acima, mas sem avançar — ele estava mapeando o caminho, provocando a mente antes do corpo.
Isadora se apoiou no encosto do sofá, deitando-se de lado. Era um convite silencioso.
Caio tirou a camisa, revelando o torso firme, os olhos escuros fixos nos dela. Sentou-se atrás dela, envolvendo sua cintura, deixando os dedos correrem por suas costelas. Miguel tirou o cinto, mas manteve a camisa. Subiu na beirada do sofá e inclinou-se, tocando os lábios dela com os seus — mas não num beijo completo. Um toque, depois outro, até que Isadora não aguentasse mais e o puxasse para perto, fundindo-se num beijo quente e molhado.
Ela estava cercada. Três homens, três presenças diferentes. O toque firme de Caio a sustentava, a tensão de Miguel a consumia e a suavidade de Enzo a desarmava.
E mesmo ali, no meio da provocação, o mais erótico era o controle: ela não era passiva. Era a força central daquela órbita. Seu corpo decidia. Seus olhos comandavam. Cada gesto que recebia era um reflexo daquilo que ela despertava.
A música ao fundo mudou. Uma batida mais lenta, mais grave. Um som que parecia sincronizar com os corações acelerados e os desejos reprimidos.
— Vamos com calma — sussurrou Caio ao ouvido dela. — Há tempos eu desejo seu belo corpo e hoje você é nossa. Mas só até onde quiser ir.
Isadora sorriu. A noite ainda era longa. E ela mal havia começado a brincar com o fogo.
Entrega
As luzes dançavam sobre os corpos, refletindo nas taças meio cheias, no suor que já começava a surgir nas têmporas, e nas respirações entrecortadas. A música havia se tornado um pano de fundo quase imperceptível. Tudo agora era pele, som e presença.
Isadora estava deitada, de lado, envolta pelo corpo de Caio. Suas mãos exploravam suas curvas com reverência, mas com firmeza. Ele conhecia cada centímetro, mas tocava como se estivesse descobrindo tudo de novo. Atrás dela, ele a beijava devagar — a nuca, os ombros, as costas nuas.
Miguel, em pé diante dela, agora havia desabotoado a camisa. Seus olhos estavam cravados nos dela. Ele não perguntava, não falava. Esperava. Quando ela ergueu o braço e tocou seu abdômen, sentindo os músculos tensos sob os dedos, ele estremeceu como se o toque tivesse incendiado algo por dentro.
Ela o puxou devagar. O beijo veio denso, com fome, com anos de tensão acumulada. Miguel a segurou pela nuca, e o som abafado de um gemido escapou entre os lábios dela. O beijo tinha gosto de transgressão. De algo que nunca deveria ter acontecido... mas estava acontecendo, com a benção do homem que a envolvia pelas costas.
Enzo se aproximou por baixo, sentado no chão, entre as pernas de Isadora, agora levemente afastadas. Seus dedos percorriam a parte interna das coxas dela como um pintor que prepara a tela. Beijos suaves subiam devagar, sem pressa. Ele a observava de baixo, como quem contempla algo sagrado e carnal ao mesmo tempo.
Caio segurou os seios dela com as mãos abertas, firmes, provocando-a com os polegares nos mamilos que já estavam rígidos de desejo. Miguel desceu os beijos pelo pescoço, sugando de leve, deixando marcas. Isadora fechou os olhos e arqueou o corpo, pressionando-se contra Caio e puxando Miguel ao mesmo tempo.
Enzo, entre suas pernas, agora usava a língua com destreza. Longa, lenta, provocante. O prazer veio em ondas, primeiro suaves, depois mais intensas. Os gemidos dela preenchiam o ambiente, não altos, mas carregados de prazer contido, como se cada som revelasse mais do que ela estava pronta para mostrar.
Os três homens se entreolhavam entre os momentos, numa sincronia silenciosa. Não havia competição. Havia entrega conjunta. Isadora estava sendo adorada — não como um objeto, mas como uma força gravitacional. Era o centro. A razão de todos estarem ali.
Caio se moveu, sussurrando no ouvido dela:
— Agora quero te ver de pé. Quero te ver inteira... livre.
Ela obedeceu.
Levantou-se devagar, os cabelos soltos caindo pelas costas, os seios arfando com o ritmo acelerado da respiração. Os três a observavam como se vissem uma obra viva. Isadora se virou, encostou-se no vidro frio da parede da sala, as pernas afastadas, o corpo à mostra.
E disse, com voz firme:
— Estou pronta. Mas não quero ser conduzida. Quero escolher o ritmo. Quero guiar vocês.
Os três assentiram.
A partir dali, ela seria não só a noiva... mas a autora de sua própria cerimônia.
A Noiva no Comando
O vidro frio contra suas costas contrastava com o calor que emanava de dentro. A brisa da serra invadia a sala, mas não era suficiente para apagar o fogo que crescia no corpo de Isadora. De pé, com os cabelos despenteados, os seios firmes subindo e descendo a cada respiração, ela estava em seu momento mais verdadeiro.
Ela olhou para eles — Caio, Miguel, Enzo — e disse com firmeza:
— Quero sentir vocês. Um por vez. Quero guiar tudo. E quero que me olhem... sempre.
Caio foi o primeiro a se aproximar. Tirou o resto das roupas em silêncio, deixando o corpo à mostra sem pressa. Ele conhecia cada reação dela, sabia exatamente como tocar sem precisar perguntar. As mãos dele vieram firmes na cintura, puxando-a para si enquanto ela ainda estava encostada no vidro. Os quadris se encontraram com urgência, mas sem brutalidade. Era o início da dança — íntima, intensa, hipnótica.
Ele a penetrou devagar, com força e cuidado, os corpos se encaixando num ritmo profundo. Isadora gemeu baixo, segurando o ombro dele com uma das mãos, enquanto com a outra guiava a cabeça de Caio até seu pescoço. O prazer era real, nu, mas o olhar dela ainda buscava os outros dois.
Miguel se aproximou por trás de Caio, observando, excitado pela entrega e pela intensidade do momento. Sem tocar nela ainda, ele se ajoelhou ao lado e começou a acariciar suas coxas, seu ventre, a linha suave abaixo do umbigo. Isadora gemeu mais alto dessa vez — o prazer agora vinha de dois pontos, de formas diferentes, mas sincronizadas.
Ela puxou Miguel para si com a mão, conduzindo-o à sua boca. O beijo foi voraz, cheio de luxúria. Enquanto Caio a tomava por trás, Miguel explorava seus lábios e seu peito com beijos e mordidas suaves, e ela se arqueava, cada músculo em tensão e êxtase.
Então veio Enzo.
Ele se aproximou com uma reverência silenciosa. Estava nu também, os olhos brilhando, o corpo trêmulo de desejo contido. Isadora estendeu a mão para ele e puxou-o pela nuca, trazendo-o para seu lado. Com um olhar firme, disse:
— Quero você agora... aqui.
Caio se afastou, e Isadora o acariciou no rosto com carinho. Era um agradecimento sem palavras. Ela se virou, e Enzo a tomou nos braços, deitando-a no chão da sala, sobre uma manta macia disposta ali de propósito. Miguel se deitou ao lado dela, acariciando seu rosto, suas pernas, suas costas, enquanto Enzo a penetrava com mais pressa, mais fome — como se houvesse esperado por aquilo desde sempre.
Os sons do prazer se misturavam com os beijos, os suspiros, os estalos de pele contra pele. Isadora se contorcia entre os dois homens, os olhos voltando para Caio, que a observava com intensidade silenciosa, se masturbando ao vê-la dominando cada segundo da própria fantasia.
Ela estava onde queria estar: sendo sentida, tocada, desejada — por todos, ao mesmo tempo, com seu noivo não como espectador, mas como testemunha e criador daquela liberdade.
A noite ainda teria mais. Eles ainda não haviam trocado de posições, não haviam testado todos os limites. Mas naquele momento, com seus sentidos em ebulição e o corpo tomado por ondas de prazer, Isadora já sabia: sua despedida de solteira era, na verdade, um rito de passagem.
Não para deixar de ser livre…
Mas para amar ainda mais intensamente.
O Centro da Tempestade
A noite seguia como uma chama que não se apagava — alimentada pelo toque, pelos olhares, pela coragem de ir além. Isadora agora estava de joelhos sobre a manta, o corpo ainda trêmulo das ondas que haviam atravessado seus músculos e nervos momentos antes. Seus cabelos estavam desalinhados, as pernas entreabertas, os lábios vermelhos e úmidos.
Ela era o centro. E todos os olhos ainda estavam sobre ela.
Caio se aproximou por trás e a segurou pela cintura, com a calma de quem conhece e a força de quem deseja. Seus dedos deslizavam pelas costas dela, descendo devagar até o quadril, desenhando com a ponta os contornos do que viria a seguir. Aos poucos, ele penetrou lentamente sua pequena bucetinha enquanto dedilhava o ânus da sua amada, arrancando-lhe gemidos e tremores, aumentando o suor e o calor entre os corpos. Ficaram assim por um tempo, mas não o suficiente para um orgasmo, era apenas uma preparação de Caio para seus convidados.
Miguel e Enzo estavam à frente, sentados sobre almofadas, os corpos nus e atentos, prontos para obedecer ao menor gesto. O espaço entre eles era um convite — e Isadora entendeu.
Ela rastejou entre os dois, os olhos semicerrados, a boca entreaberta. Passou as mãos pelo peito de Miguel, depois de Enzo, e os dois estremeceram com seu toque. Seus lábios encontraram o pescoço de Miguel, depois foi direto para o belo pau de Enzo. Ela chupava e dava beijos como um selo. Um rito. Uma ordem silenciosa para que a desejassem mais, e juntos. Miguel aguardava sua vez com paciência, mas não deixava de alisar aquele belo par de seios.
Caio se aproximou por trás com movimentos suaves e precisos. Suas mãos grandes envolveram a cintura dela, e seus quadris colaram-se ao corpo dela como peças de um quebra-cabeça feito sob medida. Isadora apoiou as mãos sobre as coxas de Miguel, encarando Enzo enquanto o prazer percorria sua espinha em uma onda crescente. Agora ela gemia contra a pele do pau de Miguel, enquanto era preenchida no ânus por Caio, com intensidade e entrega. A entrada foi lenta, intensa. A conexão entre os dois era antiga, mas agora, sob os olhos dos outros, ela ganhava um novo sabor — o de poder.
A sincronia dos movimentos crescia. As mãos dos três homens percorriam seu corpo ao mesmo tempo — pescoço, seios, quadris. Era uma coreografia selvagem e compassada, feita de suor, desejo e confiança absoluta.
Isadora se entregava, mas também comandava. Guiava os ritmos, os olhares, os toques. Nada acontecia sem que ela desejasse. E o mais erótico de tudo era o controle que ela mantinha, mesmo quando perdia o fôlego, mesmo quando era levada ao limite.
Caio a segurava com firmeza, guiando os movimentos do quadril, que agora iam mais fundo, mais intensos. Ela arfava contra o pau de Miguel, que a acariciava como quem decifra um segredo. A excitação estava em todos os detalhes — na tensão dos músculos, nos olhos que se encontravam, nas respirações fora de compasso.
Quando trocavam de posições, Isadora era a primeira a se mover. Montava sobre Enzo com a segurança de quem sabe o que quer. Seus quadris deslizavam num ritmo hipnótico, os dedos cravados nas costas dele, os olhos fechados enquanto Miguel, por trás, acariciava sua nuca, as costas, e depois seus quadris — como se a moldasse no ar. Após a confirmação do encaixe, deu uma estocada firme em seu ânus, arrancado de Isadora um pequeno grito de prazer por receber a primeira dupla penetração. Agora ela sentia cada um deles de maneira diferente, e queria isso: ser tocada de todas as formas, preenchida em todas as lacunas, amada como nunca antes.
Era um balé de corpos entrelaçados, onde todos tinham espaço, todos eram desejados, mas ela — só ela — ditava o compasso. E mesmo quando os corpos vibravam juntos, mesmo quando a intensidade beirava o descontrole, havia uma sintonia rara. Nenhuma palavra era dita, mas tudo era compreendido.
No auge da madrugada, o suor colava suas peles, os lençóis estavam desfeitos e os corpos, exaustos. E mesmo assim, o desejo permanecia. Porque não era só físico. Era a liberdade. A verdade. A entrega consentida e desejada — sem culpa, sem pressa, sem mentira. Inverteram as posições, possibilitando que Enzo lhe enrabava enquanto Miguel se deleitava de sua gruta preciosa.
No final, os três estavam deitados ao redor dela, como satélites em torno de um sol. Isadora ficou no centro, o corpo suado, a pele ruborizada, o olhar perdido no teto de madeira.
Mas seu sorriso era calmo.
Aquela noite não era apenas uma fantasia carnal — era a celebração do próprio poder de desejar. De ser desejada. De se escolher.
E amanhã… ela vestiria branco.
Mas só quem estivesse ali saberia o que, de fato, foi sua noite de núpcias.
Sorriu.
Não era mais apenas uma noiva.
Era uma mulher que havia vivido seu desejo…
E o transformado em algo maior que fantasia.