E o vento levou...(1)

Olá galera,o meu nome é Junior e eu sou da Bahia. Tenho 26 anos. O que me motivou a escrever foi a minha solidão. Não tenho amigos e queria dividir essa minha história com alguém.

Meu conto se quando eu tinha 18 anos.
Eu fazia curso de inglês na escola Fisk. Não me recordo o nome do programa mas tínhamos a possibilidade de acessar esse programa para poder conhecer outros "Fiskers" ao redor do mundo e treinar nosso inglês. Eu fazia uso excessivo deste programa para aperfeiçoar meu inglês. Num dos meus acessos, conheci um rapaz chamado Thomas. Thomas morava nos Estados Unidos mas era Russo. Começamos a conversar e logo nos identificamos; parecia que já nos conhecíamos a muito tempo. Era incrível como combinávamos em tudo, desde filmes à música! Nossa ENORME diferença cultural nunca foi problema para nós dois. Os dias se passaram e não nos correspondíamos mais somente através do recurso Fisk. Nos falávamos todos os dias pelo Skype, além de mensagens de Texto consecutivas. Inevitavelmente nos apaixonamos. Eu sempre fui muito relutante quanto a me entregar a alguém ( em todo e qualquer sentido)... No princípio eu lutava,alegando que era um sentimento falso devido à distância e a veracidade das suas informações.

Um ano se passou e nós engatamos num relacionamento sério. Mesmo a distância dependíamos um do outro,era uma coisa de louco. Ele fumava muito nesta época e sempre me incomodei com isso ( Meu pai morreu de câncer quando eu tinha 15 anos, em decorrência do cigarro)... como prova de amor a nós dois, ele parou de fumar... fiquei muito feliz com este gesto dele. Em contra partida eu parei de beber ( sempre gostei de tomar Vodka. Fazíamos planos de comemorarmos juntos o meu aniversário de 19 anos. Só não sabíamos se eu iria ou ele viria. No mês 6 do ano subsequente, com a proximidade do meu aniversário ( que é em Novembro), ficou acertado que ele viria até o Brasil e ficaria 2 meses ( período que ele teve de férias na época). Minha mãe sempre foi do tipo que me apóia. Somos só nós dois e uma irmã por parte de pai que morava com sua mãe biológica.

Ele chegou no dia 27 de Outubro e eu quase tive um piripaque, como diria uma tia distante. Ele era exatamente do jeito que eu imaginei.
Ele chegou com uma jaqueta preta, óculos de sol e uma inseparável pasta preta da Prada. Não demonstramos nenhum carinho homoafetivo em público (sempre fui muito tímido)...
continua...