Um destes dias visitando alguns perfis num site de encontros, deparei-me com um homem que me perguntou diretamente e sem frescuras se eu estava interessada em participar numa fantasia que ele e uma amiga alimentavam já há algum tempo:- de fazer um trio com outra mulher. Sendo esta uma fantasia muito comum, o que me chamou a atenção foi o facto de me dizer que procuravam alguém mais velho, já que eles rondavam os 30 anos. Lembro que na altura sorri e lhe escrevi no chat algo como “desejo-te boa sorte para que encontres a pessoa indicada”. Tenho 50 anos e sou casada. A minha vida sexual é sem história. Posso dizer normal, regular ou mesmo satisfatória. O que, não sendo mau, é “terrível” para alguém como eu. Inquieta, insatisfeita e curiosa pela vida, pela sexualidade humana e pela minha em particular, dado que sou bastante quente e erógena .
Gostaria de sublinhar que não sou carente, nem de afecto nem de sexo. Adoro, simplesmente o erotismo e a sensualidade. E o sexo tem de ter estes condimentos. A pornografia não me interessa. É redutora. Sem qualquer tabu ou prejuízo para com a maioria das manifestações da sexualidade, porque tive uma educação liberal, resolvi aceder a este mundo “meio oculto, meio secreto” do sexo virtual, do jogo da sedução e dos sites de encontros, em que muitos homens e cada vez mais mulheres, de todas as condições sociais e idades se envolvem e intuo que também se “viciam”. As razões e motivações são várias. Não julgo, nem faço juízos de valor. Mas nada de conclusões precipitadas. Voltemos à história.
Este pedido ficou-me a pairar no subconsciente. Tive inclusive, alguns sonhos “apimentados” em que eu participava, envolvendo um homem e uma mulher e ou dois casais. Algum “voyerismo” alimentava a vontade de viver uma experiência a três ou a quatro. Também descobri que a simples possibilidade de ter uma experiência destas, impensável alguns dias antes, me convulsionava a líbido. Na cama até o meu marido notou e a “coisa sexual” habitual, aqueceu, e se intensificou.
Alguns dias passados, pensando eu que nunca mais encontraria o sujeito do pedido, eis que volta a contactar-me. Desta vez aprofundei as suas intenções e quis saber mais informações sobre quem estava do outro lado, agora também ele, o personagem das minhas fantasias eróticas. Era engenheiro, casado, mas não vivia com a mulher e tinha apenas 38 anos. Lembro pensar, nesse preciso momento, que a nossa relação iria proliferar. Intuição feminina. A comunicação virtual, entre nós, foi evoluindo para graus mais elevados de intimidade e de erotismo, porque era disso que se tratava. A fantasia de um encontro a três mediou sempre as nossas conversas, recheada de imagens e de uma linguagem muito erotizada, da qual ambos disfrutávamos intensamente. O inevitável aconteceu. O encontro foi marcado, quando já não era suficiente o clima de tensão sexual criado virtualmente. A líbido, nesse nesses dias disparou exorbitantemente. Se me tocassem daria choque, com certeza, na excitação em que andava!
Apurei o meu visual , no dia marcado para o primeiro encontro. Leve maquilhagem, brilho nos lábios. Um vestido leve como convém. Um visual casual chique…e uma lingerie, cor preta, caprichada e bem sexy. Senti-me segura em cima dos meus sapatos pretos de tacão agulha! Imaginei que o outro elemento feminino do trio seria jovem e atraente. Meu novo amigo sabia escolher.
O encontro deu-se num bar. Quando lá cheguei os meus olhos percorreram o salão e vi-os logo. Tinham de ser eles pela descrição feita. Atraiu-me de imediato, o aspecto físico de ambos. Emanavam uma energia jovem e positiva. Ele, no momento em que os olhei, sorriu-me. Como se me conhecesse de longa data. Sorriso aberto, franco. Levantou-se e veio ao meu encontro. Corpo sólido, encorpado, sem ser muito alto. Beijou-me ao de leve na face. Cheirava a colónia masculina. Acompanhou-me até à mesa deles. Olhei aquele rosto juvenil de Mia (diminutivo de Maria), ali sentada, sem saber bem o que fazer, como se comportar. Retribuiu-me o sorriso entre o tímido e o sensual. Lábios carnudos, rosados natural, e dentes alvos. O cabelo, um poema. Uma cascata de longos cabelos ondulados, cor cobre matizados, também natural. Vestia uma calça de ganga justa (sorri ligeiramente pelo facto!) e uma simples blusa branca, de cambraia, ligeiramente transparente. Adivinhava-se uns seios duros debaixo do soutien. Os nossos olhos tinham que, necessariamente, ser desviados daquela distração, de ingénua sensualidade. Dizia o nosso amigo, nesse momento que tinha tido a liberdade de escolher um motel próximo. Se concordávamos. Dissemos ambas que sim.
Quando chegamos ao motel, o quarto era amplo e a cama enorme. De relance vi um jacuzzi, no WC e o quarto dispunha ainda de dois cadeirões. Sem nada dizermos eu comecei a despir-me, lentamente. Um body preto de renda e as meias pretas de ligueiro torneavam-me melhor a figura. Sentei-me no cadeirão dando a entender que seria mera observadora. Os meus amigos não se despiram. Ele sentou Mia no seu colo, na cama, e suas longas pernas contornaram-lhe a cintura. Começaram por se beijar longamente. Seus braços e mãos também contornaram aquela figura esbelta, mas bem torneada. Excitou-me logo aquela imagem de prazer e de sensualidade. Comoveu-me até….! Gradualmente ele foi despindo Mia, deixando ver seu corpo, cor de pêssego. Libertou seus seios do soutien que se retesaram contra o peito do meu amigo. Vibrantes de excitação. Beijou-os, lambeu-os, chupou-os. Mia dava mostras de estar já a gozar, tensa da excitação em que começava a ficar e pelo facto de estar a ser observada por mim. Uma ou duas vezes olhou-me, de relance e sorriu-me. Gostei….e retribui, enviando um beijo. Apeteceu-me levantar-me e tocá-la…..apenas. Sentir o calor que emanava do seu corpo. Permaneci, no entanto, imóvel, tensa e expectante.
O clima sexual e de erotismo intensificou-se rapidamente. O meu amigo já se encontrava, ele próprio, despido. Nem dei conta. Ficou apenas em boxers! Nessa altura, tombados na cama ele beijava com frenesim todo o corpo de Mia, que gemia docemente, suas mãos roçavam vezes sem conta seu sexo que, pela primeira vez, me fixei. Vislumbrava-se um abundante pelo púbico, loiro dourado escuro, onde sobressaíam uns grandes lábios. Sorri porque esta já não é a opção das jovens de hoje. Aumentados da excitação e pela masturbação que sabiamente o seu amante não deixava de lhe fazer, mas com subltileza. Apenas como um jogo, ora estimulava o seu clitóris ora lhe abria ligeiramente os grandes lábios e introduzia dois dedos, fazendo Mia arquear todo seu corpo, retesando todos os músculos do seu corpo, o que intensificava o prazer, penso eu.
Nesse momento, eu mesma, me comecei a tocar, afastando para o lado o body e deixando ver o meu próprio sexo. Por opção, apenas mantinha uma estreita mancha escura púbica à volta dos lábios. O meu clitóris ficou tumefacto e erecto como nunca o vira. Massagei-o intensa e ritmadamente. Estava em brasa.
Meu amigo levantou-se da cama e dirigiu-se a mim. Ajoelhou-se em frente a mim e abriu-me por completo as pernas. Resolutamente, começou a lamber e a chupar o meu clitóris e disse-me algo que eu nunca esquecerei. Que me iria fazer gozar como nunca mais ninguém o faria. Seria por lhe ter proporcionado a felicidade e o supremo prazer daquele momento. Da concretização da sua fantasia. E fez….! Fiquei primeiro em convulsão e depois em erupção, como a lava de um vulcão. Até àquele momento, não sabia o que eram orgasmos múltiplos ou triplos….não os contei….! Então levantou-me e virou-me, ficando na posição de joelhos em cima do cadeirão e senti o seu membro viril, duro e incomensuravelmente aumentado (tinha-o visto antes….) penetrar-me até às profundezas, com movimentos ritmados de vai vem. O que me levou às nuvens novamente!
Mia observava, agora ela, atentamente e pelo seu ar e tensão muscular, excitadíssima. Levantamo-nos os dois e aproximámo-nos de Mia. Meu amigo pegou-lhe numa mão para acariciar o membro dele e a outra o meu sexo encharcado da mistura de sémen e dos meus fluídos abundantes. A sensação foi invulgar e única. Olhando para seu rosto enrubescido de prazer e seus olhos espantados pela sensação que experienciava pela primeira vez. Permanecendo sentada na beira da cama, Mia ficara com os nossos sexos expostos perto do seu rosto, junto à sua boca. Meu amigo ordenou-lhe: prova, delicia-te, saboreia o nosso néctar!!!! Ajudando com ambas as mãos dirigiu-lhe a boca, primeiro para o meu sexo que eu senti inchar de prazer , com a sensação dos seus lábios e língua, quentes e virgens, primeiro timidamente, para logo se adentrar com veemência no meu vulcão incandescente. Quando considerou suficiente, meu amigo introduziu, na sua boca, o seu sexo, imenso e tumefacto, neste momento, duro como pedra, de tanto tesão, pedindo-lhe docemente, ao seu ouvido, lambe-o querida, chupa-o até ficares saciada do meu sémen. Eu vou retribuir este prazer em dobro, garanto. Vou fazer-te chorar de prazer!!!! Freneticamente, com movimentos alternados entrava e saía da sua boca que derramava já algum leite, pois ele ejaculara já, embora o membro do meu amigo continuasse imutável, de tamanho e tesão. Penetrou-nos, várias vezes, alternadamente, e pediu-nos para que lho pedíssemos, gritando, facto que intensificou o clima de erotismo e de quase loucura que se gerou naquele momento. Só de o recordar, fico excitada ao ponto de me sentir molhada!!!
Ouviu-se então, quase como um grito, Mia dizer, eu quero morrer de prazer, quero sentir isto sempre, quero ficar aqui, para sempre. Deitada e abandonada ao prazer, beijei-a carinhosamente, primeiro no rosto, depois os seus seios duros e firmes e depois, percorrendo deleitada o seu ventre firme e macio, acariciei o seu sexo palpitante, inchado de gozo, molhado e brilhante, tocando apenas levemente com a língua o seu clitóris antes rosado, e agora quase vermelho, totalmente exposto, erecto como um pequeno pénis e tumefacto. Os seus gemidos intensos electrizavam o ambiente e mais uma vez o nosso amigo e amante, se deleitou com penetrar aquele sexo apertado, quase virgem que eu induzira a desejar ser profundamente penetrada, de tal modo se intensificou o desejo de Mia que ela acabou por pedir mais e mais….no âmago do seu climax. Então o meu amigo segregou-me que eu devia masturbar Mia, introduzindo –lhe gradualmente os dedos na sua vagina, beijando-lhe o sexo, lambendo lábios e clitóris em simultâneo. Eu deitada fiquei com Mia, na posição de quatro em cima de mim, com o esplendor do seu sexo e nádegas á altura da minha boca, mas de tal modo que o meu amigo a pode penetrar por trás, misturando os seus sucos viscosos com a minha saliva o que permitiu ser penetrada facilmente pois a tesão e prazer de todos nós estava, nessa altura no seu máximo. Quando finalmente Mia se veio e gritou numa explosão vibrante de gozo, foi a minha vez de ser novamente penetrada, desta vez por traz, de tal modo estava que não demorou a vir-me também abundantemente.
Ficamos um tempo, os três deitados na cama, ouvindo as nossas respirações aceleradas, depois do extâse daquele momento apoteótico de tesão e prazer….Meu amigo, olhou-nos e sorriu-nos de forma estranha e indecifrável. Beijou-nos levemente a ambas nos lábios, levantou-se e desapareceu no quarto de banho. Aproximei-me de Mia e ficamos abraçadas num gesto de agradecimento e de amizade cúmplice, que nenhuma de nós irá jamais esquecer o resto das nossas vidas. Então, meu amigo aparece e completamente nu, leva Mia ao colo, pedindo-me que os seguisse. Um banho de Jacuzzi tinha sido cuidadosamente preparado com pétalas de rosa e sais que perfumavam o ambiente. Cuidadosamente colocou Mia e de seguida entramos os dois fazendo-lhe companhia. O que se seguiu foi um momento inimaginável de ternura, de sensibilidade, de prazer e deleite e de grande sensualidade. O meu amigo dedicou todo o seu empenho em fazer-nos uma massagem que iniciou em cada um dos dedos dos pés, centrando-se nas zonas mais erógenas, brincando com os nossos pontos mais sensíveis, explorando aquilo que percebia dar-nos mais prazer, tudo isto a acompanhar com uma garrafa de champanhe que derramou nas nossas bocas, para o sorver ao mesmo tempo que as beijava. Bebemos, beijamos, amamos, tocamos e sinceramente, não dei conta pelo tempo que passou, de tão inebriada e indolente que fiquei. Só sei e apenas recordo de uma despedida, à porta de minha casa e do sorriso de orelha a orelha de Mia que nada disse mas cujo olhar foi eloquente de mais. Meu amigo gentilmente, deixou-me com um longo beijo à minha porta.
No momento em que escrevo este relato, garanto-vos que esse foi o dia mais intenso e feliz de toda a minha vida.
Heloísa, 19 de Julho de 2013