Sam, a garçonete II

Passei o resto da noite agindo como uma vadia insatisfeita, tentando controlar meu mau humor e minha vontade de quebrar taças e copos nas cabeças dos clientes que ficavam comentando sobre meu uniforme maravilhoso e que por isso viriam nesse bar sempre. Eu realmente espero que meu chefinho querido (saca a ironia) não invente em diminuir ainda mais o nosso uniforme. Seria melhor se ele jogasse fora logo metade do pano e nos obrigasse a andar por aqui de minissaia e uma blusa menor que meus seios e com um decote maior que a minha pilha de contas atrasadas. Voltei para casa com Dália, que morava em uma republica, mas não queria voltar para lá hoje por motivos pessoais. Assim ela poderia me ajudar a pensar melhor sobre isso.
Já estávamos na minha casa, eu e dália já tínhamos trocado os uniformes da noite e o cheiro de cigarro por um pijama curtinho de algodão e o cheiro do sabonete e shampoo. Tinha contado toda a historia para ela e estávamos na minha sala, estendidas pelo tapete (eu não tenho sofá) e almofadas macias acumuladas pelos anos. Eu estava deitada olhando para o teto sem saber o que fazer e ela com a calcinha mais comportada dela (renda preta com lycra, menor que metade da bunda dela, e ela chama de calcinha de dormir) virada pra lua, vendo um reprise de um programa de humor qualquer.
- Então ele te chupa, te beija, te joga na pia e te chama de largatixa depois deixa você mais molhada que sapo brejeiro pra poder servir um bando de caras bêbados e fedidos.
- Você também serve um monte de caras bêbados e fedidos, comigo, todas as noites, tirando segunda-feira.
- Detalhes a parte. Mas eu não tive nenhuma chance de ter uma rapidinha com um gostoso feito o Douglas.
- Mas foi bom, por que se eu tivesse começado o trabalho lá, a gente só saia dali depois do sol raiar.
-Eta, isso sim que é fogo no rabo. Deviam vender extintor de incêndio em sex shop, não vibradores e babydoll transparente – disse a fofa da Dália rindo.
- Não sei, será que funciona? – sentei-me parcialmente, pernas abertas, medindo com as mãos um extintor de incêndio. Dália riu um pouquinho mais e bateu nas minhas mãos.
- Não assim, sua boba. Você me entendeu. E não esqueça que eu é quem sou a loira da casa. Não roube meu posto.
- não quer um altar também não, deusa?
- Só se tiver aquela música.
- Qual?
E começou a cantar “Como uma deusaaaa/ você me mantém”, feito a palhaça que é, enquanto meu celular começou a tocar Do I Wanna Know do Artic Monkeys.
Sua bochechas estão coradas?
Você já teve a sensação de que não pode mudar a maré
Que gruda como se tivesse algo em seus dentes?
Esconda algumas cartas na sua manga
Você não tem ideia de que é minha obsessão?
Sonhei com você quase todas as noites esta semana
Quantos segredos você consegue guardar?
Porque esta melodia que encontrei
Me faz pensar em você de alguma forma
Quando a toco repetidamente
Até cair no sono
Derramando bebidas no meu sofá
Quem me ligava era a minha irmã, perguntando sobre algum livro que peguei emprestado e que ela precisava dele de volta e tudo o mais. Resmunguei uma afirmação e falei quando ela veria o livro de novo e a chamei de gênia, obrigada uma, duas, três vezes!
Quando desliguei o telefone o pousei na minha perna eu já sabia o que faria para me vingar, ah, como seria deliciosa a minha vingança.
- o que você tem em mente menina?
- Shhhh, é segredo...
Fui para o banheiro e tomei mais um banho, só para usar um óleo perfumadíssimo, passei perfume no cangote, nos seios e nas coxas, coloquei uma lingerie, um par de saltos brancos e um sobretudo preto, quente o suficiente para a garoa leve da madrugada, fino o suficiente para não me matar sufocada nessas noites quentes. Não caprichei muito na maquiagem, afinal só de estar mais limpa que mais cedo já era uma grande evolução, e optei apenas por um batom vermelho a prova d’agua e mascara também a prova d’agua. Saí na sala e vi Dália sonolenta no canto dela, em cima de um colchonete fino e muitas almofadas.
- Vai pro puteiro, amiga? Tá atrasada – ela disse mal humorada quando liguei a luz. Já eram lá pelas três na madrugada.
- Vish, eu te trago um pinto bem grande pra acabar com essa infelicidade – ri quando ela pegou minha almofada Me Beija e cobriu a cabeça, aproveitando para mostrar o dedo.
- Hoje vou ter ajuda.
Ela levantou a cabeça como se não entendesse minha resposta. Peguei a chave do carro e minha bolsa de mais cedo, com camisinhas dentro e uma pílula do dia seguinte, só para o caso. Mostrei o dedo como ela tinha feito.
- Vou ter ajuda hoje.
- Vai onde? – ela perguntou mais interessada.
Dei meu melhor sorriso envergonhado e abri meu sobretudo mostrando meu conjunto de baby-doll branco com um fio. A camisola era tão fina que mal tampava meus mamilos e ainda tinha uma cordinha que amarrava toda a parte da frente com um laço feito por mim.
- Quem é a vitima hoje?
- O Douglas
- Que crime ele cometeu? Eu prevejo torturas hoje!
- Não me fudeu e ainda me deixou plantada no banheiro.
- Tsc, coitado dele. Me conta tudo quando voltar! – ela gritou enquanto eu saia.

Liguei pro telefone dele assim que cheguei no endereço repetidas vezes, para acordá-lo, então peguei uma lanterna do meu carro e pisquei ela na direção da janela dele. De pé, na chuva. Só com o sobretudo e os saltos como defesa, e esperança de que ele acordasse. Resolvi dar um beijinho na lanterna e a luz começou a sair com um beijinho no meio.
- Que foi, porra! Não dá mais pra dormir nessa casa não?
- Coisa feia Douglas! – gritei pro moreno – aposto que não foi sua mãe quem te ensinou essas palavras. – disse desabotoando o sobretudo.
- mas que tipo de merda voce veio fazer aqui?
- Daquela que voce gosta - disse enquanto o sobretudo caia aos meus pes, ao lado do carro estacionado, recolhi com o salto branco e brilhante e joguei la dentro. ja sentia a energia passando pelo meu corpo na antecipacao. se eu fizesse meu trabalho bem aqui ia ganhar bem mais que uma simples recompensa. ja venho desejando o corpo de Douglas faz alguns meses mas sempre ficamos nas provocacoes que nunca sairam do bar ou da garagem dos funcionarios. mas agora eu estava apenas com meu fio dental branco e um babydoll transparente e branco, sem sutiã no meio da chuva.
A lanterna no capo do carro virada pra mim, coloquei a musica pra tocar mentalmente, do i wanna know batia forte com meu coracao.
coloquei um pe na frente do outro e fui alternando meus passos ritimados e balancando os quadris num ritmo que so tinha na minha mente. passei as maos pelo corpo parando nos seios para aperta-los jogando a cabeca para tras, entao separando com forca com minhas maos e rodando o pescoco na mesma rotacao que minhas maos faziam com meus seios. Soltei e estiquei meu corpo para o lado, deixando as minhas curvas do lado direito a mostra, as pernas lisinhas se preparando para fazer uma estrela, abrindo bem as pernas quando chegaram ao topo e se dobrando na queda de forma a deixar a esquerda mais esticada para o chao me deixando meio agachada. voltei lentamente no compasso da musica e rebolando quando vinha aquela sutil batida da bateria. agora andava até o poste mais perto de mim, grudando a perna direita no poste subi as maos e os bracos ate nao poder mais, deixando o bumbum mais empinado que nunca, a mão direita voltou arranhando de leve o poste e chegou nas minhas coxas alisando -as. olhei para a janela de douglas e la estava ele ainda parado me olhando, na mesma posicao que antes. sorri e deixei ele ali. usei minhas maos para contornar todo o poste e tentando achar algum lugar onde pudesse subir. depois de garantir que era seguro e nao morreria mais molhada que uma pata na chuva (em todos os cantos a essa altura, que vamos combinar que camisola sexy não é a melhor roupa para enfrentar chuva) e com o libido maior que o de uma puta, enrosquei minhas pernas no poste e subi uma altura consideravel, o suficiente para o que eu queria fazer. ali em cima, a meio metro do chao, olhei para ele e fingi lamber o poste com minha melhor cara safada, sacudindo levemente meu corpo, para então soltar lentamente do concreto para cair com as duas maos na calcada, deixando meus seios apontados para o chao, revelando todo o tamanho deles, as pernas ainda enroscadas no poste para continuar com aquela posicao. garanti meu peso no braco direito e com o esquerdo fiz uma linha imaginaria passando da ponta do laco que prendia a parte da frente do baby junto, libertando meus seios ja rigidos, até minha calcinha, onde meti um dedo na parte interior e entao lambi. com as duas maos agora terminei o salto parando de pe no chao, livre para fazer como quisesse. rodei um pouco sem saber o que fazer e coloquei-as nos cabelos enquanto me sacudia um pouco e rebolava mais um pouco, num formato de 8 com os quadris. sera que eu quero saber o que vai ser de nos dois? olhei para a janela e nao tinha ninguem. parei de dancar na hora. com as maos nos quadris olhei para meus peitos e pensei "é, garotas, hoje ninguém mama aqui. que tal uma casa de swing pra nao perder a viagem?". voltei para o carro e joguei a lanterna la dentro e meti a cabeca la dentro procurando a chave do carro quando senti alguem atras de mim. fingi nao saber de uma erecao pressionando meu bundao arrebitado e continuei procurando as chaves. quando achei e fechei a porta os bracos voltaram a me prensar contra o carro.
o susurro morno bateu minhas orelhas tao certo como a chuva caindo.
"voce nao quer passar a noite aqui em casa?

------------------------------------------
ja to terminando o outro. a foto e de como imagino mais ou menos a camisola/ babydoll. mas seria mais transparente. bjs pros meus tesudos!!!

Foto 1 do Conto erotico: Sam, a garçonete II


Faca o seu login para poder votar neste conto.


Faca o seu login para poder recomendar esse conto para seus amigos.


Faca o seu login para adicionar esse conto como seu favorito.


Twitter Facebook

Comentários


foto perfil usuario safadopaulista

safadopaulista Comentou em 15/02/2014

ancioso pela 3 parte .

foto perfil usuario dionisio

dionisio Comentou em 14/02/2014

adorei seus contos espero sua amizade

foto perfil usuario paulojk

paulojk Comentou em 14/02/2014

Maravilha seu conto ..votado

foto perfil usuario mabs

mabs Comentou em 14/02/2014

Muito bom! excitante!

foto perfil usuario gatoreno

gatoreno Comentou em 14/02/2014

me deixou com o pau babando aqui vou aguardar ansioso a continuação bjs em vc todinha

foto perfil usuario cota português

cota português Comentou em 13/02/2014

Já votei. Espero a continuação.




Atenção! Faca o seu login para poder comentar este conto.


Contos enviados pelo mesmo autor


43045 - Sam, a garconete III - Categoria: Heterosexual - Votos: 13
41494 - Sam, a garçonete I - Categoria: Heterosexual - Votos: 27

Ficha do conto

Foto Perfil femmefatal69
karenfatal69

Nome do conto:
Sam, a garçonete II

Codigo do conto:
42815

Categoria:
Heterosexual

Data da Publicação:
11/02/2014

Quant.de Votos:
23

Quant.de Fotos:
1