Uma historia passada, mas sempre lembrada XI

Relembrando: O dia na escola tinha sido horrível, percebi que muitos estariam contra mim pelo fato da minha vingança, meu pai naquela manhã me intimou a falar mais sobre Henrique e um jantar foi feito para nos conhecermos melhor; depois dos preparativos do jantar subi para um banho e estava descendo as escadas quando a campainha tocou. Era Henrique.

Eu: Pode deixar, eu atendo... -disse gritando em quanto descia rapidamente as escadas-

Cheguei a porta e abri, meu Deus Henrique estava lindo, um verdadeiro príncipe, calça jeans azul escuro, uma camisa polo e sapatos mocassins camurça com aquele rosto lindo e aqueles olhos brilhantes e seu cabelo perfeitamente no lugar, com um perfume divino; ele estava inexplicável! E em sua mão tinha um buque de flores diversas; lindas.

Eu: Amor, você esta lindo demais -disse eufórico, olhando pra ele e depois pras flores-

Henrique: Ahh fico aliviado, acho que acertei -disse sorrindo-

Eu: Esta um gatão! Estou até constrangido.

Henrique: Para de besteira, você está lindo amor, vem cá me dar um beijo.

Ele me abraçou com uma mão e me deu um beijo, os beijos dele eram tão bons me deixavam nas nuvens, estávamos num beijo tão gostoso quando alguém atrás de nós resolve interromper:

Lorenzo: HÃNNN, HÃNN, -disse meu pai pigarreando, anunciando que estava ali- É, então vamos entrando rapaz? -meu pai analisava Henrique dos pés a cabeça-

Eu: Ahh, oi pai, nem vimos o senhor chegar -falei envergonhado da cena que meu pai viu, Henrique olhava para mim e meu pai com uma cara de riso e vergonha-

Lorenzo: É... Percebi, vocês estavam ai se agarrando então realmente ficaria difícil vocês notarem alguma coisa. -ele parecia sério mas no final deu uma risada o que me deixou mais aliviado-

Eu: Entre Rique, vamos pra sala de jantar.

Quando íamos passar pelo meu pai Rique parou e disse:

Henrique: Boa noite, Sr. Lorenzo, estou muito feliz por estar aqui hoje. Levantou a mão para que meu pai á apertasse.

Lorenzo: Boa noite rapaz, e quanto a felicidade veremos ainda. Ele olhou a mão de Henrique no ar e á apertou.

Quando finalmente íamos pra sala de jantar eu olhei pro meu pai e cochichei: -Não seja tão chato!- fiz uma cara de raivinha, meu pai deu uma risadinha e continuamos a seguir. Chegamos e minha mãe estava terminando de arrumar a comida na mesa. Logo Henrique já foi falando:

Henrique: Boa noite, Sra. Patricia, trouxe essas flores pra senhora. -estendeu as mãos e entregou o buque, achei que seria pra mim mas vejo que ele realmente quer conquistar meus pais, ria internamente com tudo isso.

Patricia: Nossa são lindas, muito obrigado querido. Um digno cavalheiro.

Lorenzo: Veremos ainda. Disse meu pai com olhar incisivo

Meu pai estava sendo um idiota, mesmo sabendo que ele queria me proteger sei la, mas já estava ficando chato, Henrique ficava mais envergonhado a cada indireta do meu pai, tinha que acabar com aquilo!

Patricia: Vamos nos sentar e nos servir.

Sentamos, a mesa eram para sete pessoas, no ponta obvio meu pai ao lado dele minha mãe na parte direita da mesa, e nos na parte esquerda da mesa, Henrique ao lado do meu pai e eu ao lado dele, começamos a nos servir, tudo estava tão quieto nenhuma palavra era dita, o silêncio reinava, mas nas mentes existia um barulho enorme e louco para ser ouvido, começamos a comer e eu quebrei o gelo:

Eu: Mãe está um delicia!

Patricia: Eu sei, eu sou boa no que faço.

Henrique: Parece que o orgulho vem de família -disse sussurrando e rindo, para que ninguém ouvisse, mas eu ouvi e ri depois lembrando do almoço que fiz pra ele.

Patricia: Querido pode comer, seu prato está vazio, não tenha vergonha por favor - falou minha mãe com Rique, ela estava parecendo gostar dele-

Henrique: Brigado Sra, mas eu não estou com muita fome mesmo! Ele sorria mas no fundo estava tão nervoso.

Lorenzo: Rapaz coma, a comida está ruim?

Henrique: Não que isso, jamais, está deliciosa eu que não estou com muita fome. Ele deixou a deixa e mostrou que estava nervoso, meu pai olhava e minha mãe fazia cara feia para meu pai.

Patricia: Pare com isso Lorenzo -advertiu ela, e depois olhou para Rique- Não Ligue querido, cão que ladra não morde!

Eu: Então vamos ao que interessa? Estou me cansando já!

Meu pai olhou minha mãe e depois eles me olharam e olharam Rique e por fim, meu pai começou:

Lorenzo: Olha rapaz, o Caio é um garoto e um menino pra mim ainda, ele é meu único filho, meu único amado filho, eu amo ele (meu pai já não olhava mais pra Rique e sim pra mim), nunca fui o pai mais presente, nunca fui o mais perfeito, mas sempre sempre o amei e amarei eternamente, meu filho é uma joia e as vezes me doí ver que ele já não é mais tão dependente de mim, que agora ele já pode tomar suas decisões e viver um pouco a vida, eu sei que é normal isso acontecer, eu já tive a idade de vocês mas quando vocês forem pais vocês vão sentir isso, sentir que os filhos crescem e vão viver pro mundo, andar com as própias pernas, erarem, acertarem, cair e levantarem e por mais que nós pais estejamos por perto não é mais a mesma coisa porque não podemos viver a vida dos nossos filhos.

Meu pai estava emocionado, nunca achei que ele diria isso, sim sei do amor do meu pai, mas nunca pensei dessa forma minha mãe já estava com algumas lagrimas caindo, eu estava emocionado mas gente ACORDEM É SÓ UM NAMORO NÃO É UMA VIAGEM PARA O FIM DO MUNDO, pensava comigo, mas convenhamos a declaração do meu pai me deixou emocionado pra caramba!

(Meu pai olhou de novo para Rique) -Olha rapaz, meu filho é tudo pra mim e minha esposa, amamos ele e então por isso espero que você o ame também e que ajude ele em tudo, cuide dele quando nós não pudermos, o respeite, o assuma, e nunca jamis magoe ele. Ok?

Henrique: Senhor, olha eu fiquei comovido com tudo, e não tenha duvidas eu amo o seu filho, podemos ser novos mas eu amo o Caio -disse olhando pra mim e depois voltou a olhar meu pai- eu cuidarei dele sim, vou estar sempre ao lado dele, eu não quero tirar seu filho de você só quero como o Senhor ama-lo!

Patricia: Querido eu particularmente gostei de você tive uma boa impressão, as palavras do meu marido são as minhas, nosso filho é nosso maior presente, então ame ele.

Henrique: Sra. Patricia eu prometo fazer o Caio o homem mais feliz do mundo.

Eu estava vendo tudo aquilo e não sabia ao certo o que dizer, estava tudo tão lindo, eu me sentia tão bem me sentia amado, sei la parecia que eu era uma moça indefesa que precisa-se de um homem pra me proteger isso era até ridículo mas naquele momento estava perfeito.

Eu: Gente isso foi lindo, pai você sabe que eu te amo e mãe você também sabe, eu nunca vou deixar de ser o filho de vocês, e vocês sempre serão meus pais, sempre seremos família. Pai e mãe eu não estou saindo de casa tá! (disse rindo), eu só estou namorando e querendo a aprovação de vocês!

Patricia: Minha mãe riu e falou: - Sabemos disso, e por mim eu lhes dou minha aprovação.

Sorrimos e olhamos pro meu pai, ele não dizia nada

Eu: Fala pai...

Lorenzo: Tá... Eu aprovo também (ele fez cara de meio termo e depois riu vendo minha alegria). Eu dei um beijo em Henrique por impulso, estava tão alegre mas depois de me lembrar que estava a mesa parei, todas as risadas cessaram e só restou a vergonha.

Lorenzo: É né, vou ter que me acostumar a ver meu filho de amassos na minha casa com meu mais novo cunhado.

Rimos e eu completei: - Oxe pai cunhado? Estamos namorando e não noivados com casamento marcado!

Lorenzo: É mais acho bom ir pensando tá rapaz (falou apontando pra Rique), vejo que pela euforia de vocês a fase beijo do relacionamento de vocês já foi faz tempo.

Eu: Paiiiii!! disse envergonhado. Rique e minha mãe riam.

Lorenzo: Oque foi? Vai negar? Pare de besteiras filho sexo pra mim não é nenhum tabu.

Eu: É, mais eu prefiro deixar minha vida sexual entre mim e meu namorado ok? E você palhaço ta rindo de que? (disse pra Henrique)

Lorenzo: Ta certo, não está mais aqui quem falou.

Patricia: Então agora que já estamos conversados vamos voltar a comer por que está quase esfriando.

Voltamos a jantar, comemos e conversávamos, tudo estava mais tranquilo sem pressão, Rique já estava mais solto meus pais estavam alegres, conversamos da escola dos planos futuros estava perfeito aquele clima; quando terminamos eu fui ajudar minha mãe a arrumar tudo e meu pai foi pra sala de estar com Rique ficaram vendo tv e conversando.

Patricia: Filho, não é por nada não, mas seu namorado é um gato!

Eu: Aimm eu sei mãe, ele é lindo, um príncipe né?

Patricia: Com certeza, e aquelas flores, ele sabe como conquistar!

Eu: Ele é um galanteador como diria vovó!

Rimos e terminamos de arrumar tudo e fomos pra sala, depois de um tempo Henrique disse que já iria, se despediu dos meus pais com abraços e risos tudo estava perfeito, então fui deixar ele no portão.

Eu: Conseguiu! Disse feliz

Henrique: Conseguimos, ah estou feliz sabia, tenho o melhor amor da minha vida e os pais dele aprovam, está tudo perfeito. Ele falava eufórico, feliz.

Eu: Ah meu amor, eu te amo!

Henrique: Eu te amo também meu amor!

Nos beijamos e depois devamos selinhos e voltávamos aos beijos mas depois de um tempo paramos.

Eu: Amor vai, tá ficando tarde!

Henrique: Já vou sim, antes um ultimo beijo!

Nos beijamos e ele se foi, olhando direto pra trás e eu sorria e mandava beijinhos, rapidinho ele chegaria morávamos perto, quando ele entro em outra rua eu fechei o portão ia entrar em casa e notei a caixa de correios com algumas correspondências, abri e peguei, dei uma olhada e tinha algumas faturas, mas no meio das cartas tinha uma endereçado para mim, sem remetente; achei estranho abri rapidamente e li:

   ~ Olá Caio Andrade, a vida sempre nos surpreende,
    sempre se mostra uma eterna caixa de surpresas, te
    garanto, toda ação tem uma reação e você sabe disso!
    tudo que vai volta e isso segue eternamente até que
    alguém decida parar, mas nessa nossa inconstante vida
    de superioridade e amor própio ninguém da o braço a
    torcer! ~

Fiquei preocupado, não sabia se aquilo era de fato uma ameaça, mas com certeza não queria descobrir, o que viria pela frente seria forte, Igor veio como raio em minha mente só pensava nele pra ter um real motivo contra mim, mas e se talvez ele não estivesse agindo sozinho? E se por acaso ele estivesse sendo ajudado? Matheus? Suas amigas? Seus amigos?
Será mesmo que num momento tão bom isso iria me acontecer?
Por que justo agora? A vida realmente é uma caixinha de surpresas!