Peça a peça, dispo a roupagem social
que deixo cair, abandonada, no areal...
e inteira e completamente nu,
entro no teu mar, sentindo no ondular,
a temperatura do teu sentir...
E nado nas tuas palavras,
sentindo-as em mim...
E rescrevo-as com o meu sentir,
sentindo-as em ti...
E nadamos juntos como dois golfinhos,
tocando e roçando as peles nuas,
despidos de tudo o que já não importa,
apenas sentindo o que desejamos sentir
e desejando o que sentimos querer vir...
Escutamos ribombar o trovão
sentindo próxima a tempestade,
O mar altera-se e torna-se picado,
agitando em turbilhão as nossas emoções...
Um contra o outro atirados,
senti-mo-nos agarrados,
nos corpos apertados,
possuídos, encaixados,
entregues e beijados,
lambidos e chupados,
pelas emoções devorados.
Juntos cavalgamos o furacão,
guiados pelo fogo da paixão.
Sei que a tempestade acaba
e que logo voltarei ao areal,
atirado pela força deste mar...
Mas não quero pensar nisso agora,
apenas viver tão sublime momento,
sentir em nós o que está para vir,
mergulhar nas emoções e agitar as águas
provocar a tempestade e senti-la...
afinal ela é nossa!
Que delícia, que sensação gostosa que sinto ao te ler, algo suave,gostoso...Mais uma vez parabéns. Beijinhos Anita G.
Muito poético e deixou-me cheia de tesão. Votei