Nunca nos vimos, nem nunca estivemos juntos. No entanto, já nos conhecemos há alguns anos, alguns anos em que temos partilhado os pensamentos e até as confidências mais intimas. Nunca calhou acontecer, mas ontem surpreendeste-me ao revelares subitamente a vontade de viveres aquela tua fantasia do engate... comigo. Por isso estou agora neste bar, olhando ansioso por te descobrir em quem entra e tu entras finalmente, monopolizando o meu olhar que logo o teu atrai. E sentes como te penetra este olhar até ao fundo de ti, incendiando logo o teu desejo. Entre sorrisos e olhares possuídos, trocamos dois simples "olá", quase sussurrados e enrouquecidos pelo desejo evidente, aproximando os rostos para trocar dois beijos que nunca chegarão ao destino, já que as bocas se colam pelo caminho uma na outra, num beijo de lábios que se acariciam discretamente entalando-se uns nos outros... - Ainda bem que pensámos em tudo... - sussurro ao teu ouvido. Sorris com aquele sorriso tremendamente sedutor e carregado de desejo, que eu tantas vezes tentei imaginar e limitas-te a dizer: - Leva-me e surpreende-me. Rápidos chegamos ao carro e nele atravessamos a estrada para o motel, trocando olhares cúmplices e plenos do desejo que agora nos consome. Já no motel, acabada de abrir a porta do quarto, logo nos beijamos, apertando-nos ali mesmo de pé, contra a parede fria. E seminus unem-se bocas e línguas que se enroscam e possuem uma à outra. Sentes de repente uma mão que se intromete logo ousada entre as tuas pernas, denunciando a força do tesão que me invade... Os dedos mergulhando ágeis na tua húmida caverna, desmoronando em ti o último baluarte da razão, à medida que tesão e prazer te invadem com a força de um tsunami. Enlouqueces e eu sinto a tua loucura na forma como me agarras o sexo e o tiras para fora das cuecas, duro e erguido para teu prazer... Hoje é daqueles dias em que o desejo não espera por um quarto, por uma cama, ou mesmo um sofá... vou-te penetrar ali mesmo contra aquela parede com a voracidade com que o macho possui a sua fêmea no cio. E tu és agora essa fêmea e sem compostura nem decoro, apressas-te a encostar o meu sexo, agora caralho tesão, na entrada da tua cona molhada, tal é a vontade e o desejo de te sentires por mim trespassada. E eu sem te fazer esperar, trespasso-te com esta espada incandescente do desejo imenso que acendeste em mim, socando forte em fortes movimentos pélvicos... apertada entre mim e a parede, agarras-te ao meu pescoço, esfregando os seios no meu tronco nu e suado, libertando-os do soutien e roçando os bicos na minha pele nua, à força do movimento das minhas fortes penetrações em ti. Agarras-te com força a mim e levantas uma perna que cruzas e apertas contra as minhas nádegas que contraio a cada penetração... As bocas fecham-se uma na outra, devoram-se, misturam-se e envolvem-se as línguas sem pudor... beija-mo-nos, suga-mo-nos e fodemos, fodemos fodemos, fodemos desalmadamente... Eu sinto o prazer que tens em cada investida que faço em ti e tu sentes-me todo, sentes o prazer crescer em mim a cada toque no fundo do teu ser... Sentes-me e eu sinto-te, assim completamente entregues ao prazer... dar e receber a um ritmo intenso e enloquecedor... enlouquecemos juntos... gozamos juntos... viiiiiiiii-mo-nos juntos... E ainda nem chegámos à cama... a tarde promete.
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