O outro lado do sexo

Gritos, acusações, cobranças, indiretas, tudo isso em um mesmo momento.
“Eu não aguento mais!”
Seus lábios colados no meu, minhas pernas em volta de sua cintura, aquelas mãos em minhas costas... Sua boca agora descia para meu pescoço, me causando arrepios, mas não de tesão e sim de vontade de me afastar. Sua barba por fazer roçando em meus ombros, me fazia encolher numa tentativa sem sucesso que ele parasse.
Aos poucos os botões de minha blusa foram abertos e depois meu sutiã retirado com um toque não tão delicado. Logo estavam sendo sugados daquela forma feroz que em outros momentos me excitaria, mas ao contrário, aquilo me causava dor.
Os movimentos eram rápidos, e ele já se encontrava me chupando com vontade, meu grelo doía pela falta de excitação, e de certa forma aquilo me causava nojo. Ele podia ficar ali por horas que eu não sentiria nada, mas com muito esforço esboçava um gemido falso para não decepcioná-lo.
Era a minha vez de retribuir, fazia o maior esforço do mundo para fazer um boquete no mínimo descente. O que era um de meus maiores prazeres na hora do sexo se tornara naquele momento um sacrifício. Não cogitava nem a ideia de olhar em seus olhos, para não demonstrar minha real situação. A parte boa é que ele estava em transe dizendo que não estava aguentando mais de tesão.
Colocou-me deitada e foi me penetrando lentamente, doía, ardia, mas entrou com facilidade. Ele apertava meu seios e os sugava com vontade. Fiou naquele vai e vem por um bom tempo, até que me pediu pra ficar de quatro. Por ser minha posição favorita achei que poderia sentir algum prazer, mas logo caí na real quando ele meteu com força; aí sim foi inevitável conter minhas lágrimas.
Ele metia com muita força e eu sentia que havia me machucado, a cada “entra e sai” a dor era maior. Ele puxava meus cabelos e batia forte em meu bumbum, aumentando ainda mais meu desejo que ele gozasse logo.
Aquelas palavras obscenas que ele sempre pronunciava e que me causavam um tesão fora do normal, apenas me fazia sentir ódio, ódio de mim mesma. Não estava mais suportando ter que fingir gemidos de tesão quando minha vontade era de sumir dali.
Percebendo que minha atitude fria apenas ia prolongar aquele momento, comecei a pronunciar coisas que lhe fizesse aumentar o tesão. Pedia para ele meter bem forte, que eu era a putinha dele e queria ser arrombada com força. A cada metida mais forte eu sentia que ele não demoraria a gozar. Eu já estava toda ardida, seca, quando ele me pediu pra ajoelhar e gozou na minha boca. Na hora senti ânsia de vômito, coisa que nunca senti, pelo contrário, amava aquilo.
Caí exausta na cama e ele me abraçou de conchinha. Depois fui para o banheiro e lá percebi que realmente estava machucada, ao passar a mão em minha buceta percebi que estava suja de sangue. Senti ódio de mim mesma, nojo por ter feito isso, contra a minha vontade. No banho pude descarregar minha raiva e chorei bastante.
Muitos devem se perguntar por que eu escrevi isso, por que me submeter a uma situação dessas. Realmente... Nada justifica, mas tem momentos que a vontade de ficar bem, de não querer brigar, de estar esgotada, talvez esse tenha sido o motivo do meu não raciocínio.
Mas que sirva de lição, por mais que o outro queira e você não, vale mais discutir, do que fazer algo contra a vontade.
Eis aí o outro lado do sexo!

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Comentários


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eutoaquipraver Comentou em 12/05/2015

parabens pela sinceridade, eu odiaria fazer algo que uma mulher não gostasse. e este cara é um insencivel pois não viu que vc não queria. tenho pena dos dois .

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boxboxbox Comentou em 12/05/2015

Gostei do seu estilo bem realista num tema muito difícil. Votei

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roberto rossi Comentou em 12/05/2015

Muito honesto, real e bem escrito. Votado com admiração.




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Ficha do conto

Foto Perfil má2
sousafada

Nome do conto:
O outro lado do sexo

Codigo do conto:
64887

Categoria:
Heterosexual

Data da Publicação:
11/05/2015

Quant.de Votos:
10

Quant.de Fotos:
0