O espelho

    O meu corpo estava em fogo e o desejo corria acelerado nas veias. Instintivamente entreguei-me àquele momento. O corpo dele apertava-se de encontro ao meu, fazendo-me sentir nas nádegas a pressão do seu membro excitado, enquanto a língua passeava de novo pelo meu pescoço e as mãos agarravam os meus seios, apertando-os. Ondulei o corpo para sentir ainda mais a força do seu desejo, até que me virei para ele e procurei os seus lábios com sofreguidão.
    Ele percebeu que eu o observava pelo grande espelho da parede ao pé da cama e sorriu-me quando viu que o olhava, fazendo um movimento de aprovação, com um olhar que revelava um desejo intenso.
   Ele puxou a minha blusa, retirando-a pela cabeça, enquanto deixava um rasto úmido na minha pele, provocado pela sua língua que seguia o movimento dos dedos. Rapidamente fiquei livre também do sutiã e os dentes dele mordiam ternamente a carne dos meus seios e a língua quente lambia os mamilos.
   Chegando-se para a beira da cama, levou-me consigo e puxou o meu corpo para cima do seu, agarrando-me pelas ancas, com força, para que o sentisse. Tentei olhar pelo espelho e vi o meu homem, ajoelhado atrás das minhas costas. Beijou-me a bunda num toque muito fugaz, e suas mãos a seguravam em frenesi, completamente..
   Debruçada deslizei os dedos pelas coxas dele, acariciando seus pelos na ânsia de sentir o seu falo quente, latejante, volumoso.
   Puxou-me para fora da cama e, de pé, as suas mãos desceram para a minha saia, desapertando-a. Introduziu os dedos na minha tanga, sentindo a umidade do meu desejo e acariciando-me ternamente, em deliciosas massagens nos lábios do meu sexo.
   Sentia-me excitada de um modo diferente. Era a presença daquele espelho. Pelo simples fato de estar ali e poder olhar-nos vendo o nosso prazer.
   Eu sabia que a penetração o orgasmo viriam numa explosão. Aquilo era apenas o início de tudo...