Digo desde já que, contrariando tudo aquilo que meus possíveis leitores possam imaginar, eu não tinha qualquer expectativa de caráter negativo quanto ao assunto, nem em revistas femininas, nem em conversas com amigas nem em filmes pornô. Em filmes pornô, aliás, todas as mulheres que praticavam isso pareciam estar gostando muito e não lembro de ter visto nenhuma delas se queixar, em frente às câmeras, de alguma forma de desconforto ou mesmo de dor. Naquela época eu ainda não estava muito consciente dos termos "indústria de filmes pornográficos" e "cachê".
Em determinada ocasião, portanto, eu sugeri essa prática sutilmente ao meu então namorado, que - nem preciso dizer - aceitou entusiasticamente a idéia, antes mesmo de eu terminar a frase. (Ele não seria brasileiro se recusasse...) Mas como sempre acontece com uma planejadora compulsiva como eu, resolvi marcar a data para o acontecimento e atribuí a ele o encargo da compra do lubrificante. Depois de uma semana de certa expectativa da minha parte, chegou o dia marcado em que eu iria experimentar, pela primeira vez, esse tal de sexo anal.
Mais uma vez, na contramão de um possível pensamento de eventuais leitores, digo que meu então namorado fez tudo - tudinho - o que deveria ser feito nessas ocasiões; tudo certo, tudo nos conformes, tudo como manda o figurino, tudo by the book, como dizem os americanos. Ele se demorou longamente nas preliminares, caprichou bastante na lubrificação e no fim das contas eu já estava tão excitada que não agüentava mais esperar para começar a coisa. Infelizmente, no entanto, a coisa não saiu como o esperado.
Mas apesar de toda a preparação, do fato de ele não se um "cavalo" bem dotado, de eu estar totalmente relaxada e altamente excitada, foi naquele momento que meu corpo sinalizou que aquela prática não era adequada para mim. Em que pese todo o carinho dele na hora da penetração, eu não consegui me manter relaxada nem excitada à medida em que ele ia me penetrando. É verdade que naquele exato momento eu poderia ter pedido para parar e tenho certeza de que ele não se recusaria. Eu poderia ter dito que estava doendo e que não estava mais a fim de continuar com aquilo e assim interromper a prática logo no começo, mas não fiz isso por dois motivos. Em primeiro lugar, eu imaginava que depois dessa impressão inicial negativa a coisa iria melhorar tão logo ele começasse a se mexer, e então eu passaria a sentir prazer. O outro motivo é que ele era um carinha tão legal, que tinha me ajudado tanto na faculdade, que achei que não seria justo com ele interromper uma prática em que nós havíamos investido em termos psicológicos (e até materiais, já que foi ele quem comprou o lubrificante). Ele inclusive me confessou, antes de começarmos, que havia passado a semana inteira pensando naquilo e em como iria ser bom para nós.
Assim sendo, eu resolvi continuar, mesmo sentindo dor. E foi só ele começar a se mexer mais rápido que a dor aumentou. Eu até pedia para ele ir mais devagar, mas naturalmente ele acabava aumentando o ritmo e, de qualquer maneira, fosse rápido ou lento, a certa altura continuava doendo do mesmo jeito. Eu procurava relaxar ao máximo, mas era tudo uma questão de anatomia: a penetração anal definitivamente não era a minha praia. Eu sentia dores lancinantes, de uma maneira como nunca antes havia sentido na vida; a sensação era de que eu estava sendo rasgada ao meio. Respiração entrecortada, apertando as mãos, suando e gemendo de dor, achei que aquilo não fosse acabar nunca, mas finalmente ele terminou. Juro que eu me senti mais esgotada do que após uma sessão na academia. Ele também estava cansado, mas feliz. Felicíssimo, eu diria, pois a excitação dele foi tamanha que em nenhum momento durante a prática ele me perguntou se eu estava doendo em mim e nem reparou nos meus "ais" e "uis". Quando tudo acabou, eu apenas pedi para descansar um pouco. Só queria ser deixada em paz e recuperar as forças, aproveitando o alívio.
Até o fim do nosso relacionamento meu então namorado pediu que nós fizessemos aquilo de novo e eu sempre recusei terminamente. Acho que ele ficou viciado na coisa e, se for assim, espero que suas namoradas posteriores tenham sido mais compreensivas do que eu. A verdade é que depois dessa experiência eu tive a certeza de que o sexo anal era um limite na minha sexualidade que eu não tinha a menor intenção de ultrapassar por pura falta de interesse, uma vez que o sexo convencional e o nude bondage já me satisfaziam.
Lamentavelmente, talvez por um "carma ruim", como diriam os esotéricos, ou por algum aspecto da anatomia da minha bunda, outros namorados posteriores àquele não pensavam do mesmo jeito e decidiram fazer sexo anal comigo; contra a minha vontade, diga-se. Em todas as vezes os resultados foram sempre os mesmos: muita dor e nenhum prazer. Mas isso eu contabilizo como os riscos naturais da vida debondagette, que eu escolhi. Só espero nunca mais ter de fazer isso de novo. Em futuras oportunidades eu contarei aqui outras experiências do gênero que acabaram acontecendo comigo.
esta foto de sexo anal é sua, tesouro.......... vc não gostou, mas a maioria dos homens adoram.....ou na verdade todos os homens com H.
Iliely, amo sexo anal! Se bem realizado, fica realmente irreversível, pois a busca desse prazer, vai existir para a vida inteira! Amo vc! Betto
Excelente conto
colossal
votado....se puder leia meus relatos tb....bjks
muito bom...gostei.....se quiser leia meus relatos...tb....bjks
Realista, sincera e bem humorada. Votadíssimo. Bjs
maravilhosa vc e um tesao...
Eu procurava relaxar ao máximo, mas era tudo uma questão de anatomia: a penetração anal definitivamente não era a minha praia. Eu sentia dores lancinantes, de uma maneira como nunca antes havia sentido na vida; a sensação era de que eu estava sendo rasgada ao meio. Respiração entrecortada, apertando as mãos, suando e gemendo de dor, achei que aquilo não fosse acabar nunca, mas finalmente ele terminou.
Iliely, Se me permite, você começou errado junto com seu namorado! Sexo anal é diferente do sexo normal. Tem de ter calma e ir devagar. Não tem de ir como se você fosse pro abate. Fora que nos filmes pornôs, as atrizes que fazem não fazem de uma vez, ficam tentando e algumas vezes filmam dias depois da primeira tentativa. Acho que se você tentar com calma, com bastante carinho e respeito, vai!
Bom saber, que vc resistiu tudo por uma bom motivo, respeito e compreenção de como seria o contrario ao parceiro. Mas nada compensa fazer uma coisa não agradavel.