Meu professor médico parte 2

Bom, já vestidos eu e o Dr. Djalma começamos a nos preparar para cirurgia. Era uma apendectomia, retirada do apêndice, um órgão que teoricamente não serve pra nada, só pra inflamar e dar a famosa apendicite kkk.

Era uma cirurgia relativamente simples, ótima pra quem tava começando. O Dr me explicou o que a gente iria fazer e como a gente ia fazer. Eu tinha mais ou menos uma ideia, pq eu já tinha estudado sobre. Eu seria o instrumentador da cirurgia, ou seja, a pessoa que passa os instrumentos cirúrgicos para o cirurgião.

Tudo ocorreu bem, graças a Deus. A cirurgia demorou mais ou menos 2 horas e o tempo voou lá. Não só lá, a noite toda passou muito rápido. Eu e meu professor conversamos muito, avaliamos mais pacientes, aconteceram outras cirurgias, enfim, um dia normal.

Por volta das 4 da manhã (como tinha mencionado, a gente fica 12 horas no hospital. No meu caso, ficávamos de 18h até às 6h), todo mundo já tava cansado e era já hora de descansar.
- Bom, acho que tudo já tá adiantado pro pessoal do sábado. Então a gente pode dormir mais tranquilo. Qualquer coisa vão chamar a gente - Disse o Dr. Djalma, já andando comigo para o dormitório

No caminho, encontramos o Dr. Carlos, que eu não conhecia, mas já tinha ouvido falar que era o médico responsável pelo plantão do sábado. Ele foi logo falando cumprimentando nós dois. Dr. Carlos era um cara já mais novo, cara de uns 30 anos. Ele era casado, usava uma aliança enorme. Era um negro muito bonito, cabelo raspado, mas com barba fechada. Normalmente chamaria minha atenção, mas eu já tenho um Dr pra cuidar kkk.
- Djalma, bom dia. Deu tudo certo hoje né? - Disse o Dr. Carlos.
- Deu sim, Carlos, ainda bem. - Respondeu o Dr. Djalma, apertando a mão do colega.
- Que ótimo. E quem é esse jovem aí? É teu novo pupilo? - Dr. Carlos me olhou bem nos olhos, ele era mais sério que o Dr. Djalma.
- É sim, esse aqui é o Daniel, ele é estudante e é o novo monitor da sexta. - Dr. Djalma deu uma batidinha na minhas costas.
- Bom dia, Dr. Carlos. Prazer conhecer o senhor. - Eu falei estendendo a mão.
- Bom. Depois a gente se vê, Djalma. Ah, já ia me esquecendo de te falar: o hospital foi mesmo convidado pra ir pro congresso de cirurgia do final de semana que vem. Eu ia, mas não vou poder ir mais. Então tem duas vagas. Você não acha interessante ir não? Acho que dá pra levar um acompanhante - Dr. Carlos meio que me ignorou, então retirei a mão rápido, pra não prolongar a vergonha.
- Aaaah, tava sabendo sim. Poxa, nem tava esperando ser chamado, achei que tivesse tudo certo que você iria. Acho que minha mulher nem vai poder ir, ela tinha me dito que ia visitar a mãe. Vou ver como vou fazer. - Respondeu Dr. Djalma, coçando a cabeça.
- Ok, me avise depois. Até. - Dr. Carlos saiu, ele era realmente seco. Era o tipo de médico que eu não queria ter que acompanhar de jeito nenhum. Sabe aquele pessoal desnecessariamente grosso? Pois é.

Continuamos andando e eu, meio puto com a grosseria do Dr. Carlos, quase deixei passar o que o Dr. Djalma tava me falando:
- Pooxa, esse congresso me pegou de surpresa - Comentou o Dr. Djalma.
- Eu tinha ouvido falar dele na faculdade. Vai ser em uma cidade bem perto né? - Respondi, tentando focar no meu Dr.
- Sim. Olha, é muito ruim ir pra essas coisas sozinho. Você não quer ir comigo não, Dan? A cidade é perto. Os convidados praticamente não precisam gastar com nada, tudo pago. Agora temos que ir bem formal. O que você acha? - Meu Deus... As coisas aconteciam mais rápido do que eu esperava e eu tava amando! Uma viagem com um cara gato desse? Claro que eu não ia perder né?
- Cooom certeza! Quero muito ir, vai ser uma oportunidade incrível! Muito obrigado por me convidar, Dr. Pode deixar que eu arranjo uma roupa sim. - Respondi, sem esconder minha animação
- Ótimo! Então daqui até lá a gente vai conversando.

Uma oportunidade pra viajar com ele e um assunto pra falar durante a semana? É muita felicidade pra um dia só kkk. Fomos andando para o descanso médico, descansar até dar 6 da manhã. Mesmo com a chegada de Dr. Carlos, o responsável continua sendo Dr. Djalma, então ele precisa ficar lá, caso aconteça algo. Entramos tentando não acordar ninguém.

- Olha, nossa beliche é aquela ali. Vamos devagar pra não acordar ninguém, pelo amor de Deus! - Disse Dr. Djalma pertinho do meu ouvido. Ele foi andando na frente e eu fui pegando no ombro dele, para me guiar kkk.

Chegando na nossa cama, ele me mandou subir. O quarto não estava na mais completa escuridão, dava pra ver algo, mas eu me fiz de cego e demorei um pouco pra subir, como se estivesse procurando o degrau.

Eu não sabia se ia conseguir algo com o Dr. Djalma. Só sabia que eu queria muuuuito e que ele é muito simpático e atencioso. Também não sabia, caso rolasse algo, o que ele iria curtir. Claro que isso não seria problema pra mim, sou versátil, mas já ajuda a saber como abordar o cara né kkkk. De todo jeito, fui subindo meio que empinado, pra deixar minha bunda mais visível.
- Tá precisando de ajuda aí, Dan? - Dr. Djalma deu um leve empurrãozinho com a mão na minha bunda. Meu irmão, eu gelei. Meu pau subiu quase que na hora. Eu me apressei e deitei logo, não queria que ele me visse de pau duro. Eu apenas ri e desejei boa noite.

Difícil pregar o olho, depois de uma coisa dessas, mas acho que o cansaço falou mais alto e eu dormir mesmo. O tempo passou muito rápido e a primeira coisa que eu escuto ao acordar é a voz do Dr. Djalma me chamando.
- Daniel...Daniel, vamo! Já deu a hora.
Quando eu abri o olho, a sala já tava mais um pouco iluminada, com o Sol aparecendo. Eu vi o Dr. Djalma com a mão na minha coxa, balançando para que eu me acordasse. E também vi meu pau duro pra caralho. Que vergonha. Eu tava dormindo logo de barriga pra cima e meu pau não me ajudou. Me levantei rápido e saí da sala com o Dr.

Dr. Djalma já tava com a roupa trocada, pronto pra sair. Olhei no relógio e era 6:20. Me arrumei o mais rápido que pude e fui fomos indo para o estacionamento.
- Até que enfim, hein. Você demora a acordar, viu. Olhe, não me deixe na mão no congresso não, rapaz! - Falou Dr. Djalma rindo.
- É o cansaço, Dr. O senhor sabe como é. - Tava torcendo pra ele não ter visto meu pau duro. Aliás, tava torcendo mais ainda pra ele ter visto e gostado kkk.
- Você tava dormindo tão direitinho que deu até pena de acordar, mas a gente tinha que ir.
- Obrigado, desculpa a demora de todo jeito.
- Sem problemas, Dan. E cuidado com esse negócio duro aí pela manhã viu kkkk. Capaz de assustar alguém. O que é isso, hein? Falta de namorada? Imagina se mais alguém visse, ainda bem que te acordei logo kkkkk - Ele tinha visto. E ele mencionou. Não sabia o que isso queria dizer, mas o jeito que ele me falou me tranquilizou. Ele sempre fala tudo sorrindo, brincando.
- Poooxa, desculpa por isso também, Dr. É essa vida que não deixa a gente fazer mais nada além de estudar. O senhor sabe como é.
- Pior que sei. Minha mulher vive viajando, é foda pra gente mesmo. Mas eu não tenho um monstro desses não kkkk - Não sabia o que responder, então só ri.

Entramos no carro, conversamos mais, mas, infelizmente, chegou minha hora de descer.
- Pronto, tá entregue, Dan. - Falou o Dr., ainda mais lindo dirigindo, com um óculos escuros que combina muito com ele.
- Obrigado, Dr., durante a semana a gente se fala pra acertar isso tudo do congresso né?
- Sim, sim. Eu vou saber mais direitinho e vou te ligar. Até mais! Obrigado pela ajuda de hoje.
- Eu que agradeço! - Falei apertando a mão dele e saindo do carro. Ele deu uma buzinada e eu entrei no apartamento.

Era real. Eu ia pro congresso com esse cara lindo. Só 2 dias, mas já era algo pra quem não tinha nada. Eu tava muito confuso, foi um dia cheio. Eu precisava dormir mais. Mais ainda, precisa saber como agir. Se tinha uma oportunidade de, no mínimo, me aproximar mais do Dr. Djalma era agora.

Continua...