A Amante - Cap 1

Acredito que uma breve descrição do que, e de quem sou a este fato ocorrido, por questões de preservar os que se relacionam no que vou apresentar utilizarei nomes fictícios por se tratar de fato verídico e parte das pessoas possuírem uma vida pública e poderem ser identificadas com certa facilidade, mas somente os nomes são trocados e os ocorridos são de total realidade e inesperado.
O enredo apresentado não é um conto erótico como apresentado em sites ou revistas, se trata de uma história que durou por dois anos. Eu fui Bombeiro em São Paulo e já por alguns anos ministro treinamentos para empresas, condomínios etc... em um determinado sábado de 2007 pela manhã foi agendado mais um curso de brigada contra incêndio em área nobre da cidade, ao chegar neste logo o porteiro me informou que iria comunicar a sindica sobre minha chegada, normalmente as síndicas são mulheres muito rigorosas e de personalidade forte com opinião concentrada e acima dos 60 anos, não estou traçando um perfil nem generalizando e não venho a denegrir a imagem destas pessoas ou profissionais, mas no dia-a-dia é o que encontramos. O curioso é que esta síndica era algo totalmente fora dos padrões que habitualmente encontramos.
Quando me deparei com esta síndica...
Nossa, ela chegou em trajes de academia, um topzinho e uma calça leg de corpinho malhado, magrinha tipo gostosa, morena de olhos castanhos e cabelos negros, por volta de uns 33 anos.
Mantive-me normal, como sempre em todos os casos com todas as formalidades, me apresentei e ela me encaminhou até o salão de festas que seria realizado o treinamento para os condôminos interessados, me lembro de que se faziam presentes umas sete pessoas contando com ela, eram quatro mulheres e três homens que inclusive um destes é o marido dela que até hoje é casada com o Dr. Paulo.
Costumo levar equipamentos para apresentação como mangueira, extintor, datashow, notebook para exemplificar e apresentar, mas me utilizo de didática visual e sinestésica para os treinamentos e também busco fazer com que as pessoas participem do treinamento e se sintam envolvidas com o curso, como todos devem saber a pessoa que é sinestésica precisa sentir um toque e normalmente faço isto tocando no ombro ou no antebraço da pessoa, mas com muita sutileza e cuidado, ainda brinco com as pessoas se o cônjuge esta por perto e neste caso ela citou: “ este ai ao seu lado é meu marido”. Brinquei com todos e disse que estava perdido que ele não me deixaria sair do condomínio andando e provavelmente teriam que chamar o resgate para mim e tudo mais... todos deram muita risada.
Quando finalizamos o treinamento informei que estaria a disposição caso a Sra. Síndica tivesse alguma dúvida, poderia lhe orientar e prestar algum auxílio, que se faz de marketing pessoal mesmo como todo profissional faz para agradar seu cliente e manter relações comerciais. Claro que tudo muito profissional e tratado com seriedade. Fiz a entrega de um cartão meu a ela na presença de seu marido, agradeci pela ótima manhã de treinamento e os parabenizei a sua dedicação ao condomínio e fui embora.

Capitulo 1 – O início
Após uma semana a Sra. Veridiana entrou em contato comigo primeiro por e-mail para esclarecer alguns termos exigíveis na legislação de nosso estado e informando não estar bem claro de qual é a obrigação de um síndico. Enviei resposta que poderia fazer uma visita, pois estaria visitando uma empresa bem próxima ao condomínio dela, e assim o fizemos.
Quando estava bem perto da portaria de seu edifício a Sra. Veridiana me liga e informou que estava um quarteirão acima de seu endereço e se teria problemas de lhe encontrar lá, pois estaria na casa de uma amiga. Disse ser sem problemas, mas um tanto estranho, pois na região do alto da Lapa os quarteirões são grandes e vias extensas.
Parei no local onde tinha sido determinado por ela e logo ela que chega com um carro importado preto todo com película protetora nos vidros e me deu uma buzinada para avisar que esta ali, abaixou o vidro do carro e me chamou para seu veículo. Tranquei meu carro e fui até ela, entrei no carro começamos a conversar sobre o que precisava e ela me pediu desculpas por não me receber no condomínio, pois tinha medo de sequestro e ainda teria suas filhas por perto e não me conhecia o suficiente para isto. Logo na sequencia sua amiga Patrícia ligou para confirmar se estava tudo bem e se poderia relaxar, ai verifiquei que um veiculo logo atrás de nós saiu, era a amiga dela. Fiquei meio chateado com a desconfiança e a questionei sobre isto. Ela comentou que seu marido Paulo teria sido sequestrado e eles tinham muito medo de passar por um terror destes novamente e que em São Paulo é difícil acreditar em alguém nos dias de hoje, ai concordei com ela e passamos a conversar mais descontraidamente.
Derrepente surgi uma mãozinha no joelho, um sorriso e foi indo assim até ficarmos mais a vontade e descontraídos até que entramos no assunto do dia que executei o treinamento. Ela me perguntou se percebi algo? Eu respondi que não e nem fazia ideia do que seria, até a questionei sobre o marido se teria achado ruim da brincadeira que fiz. Ela disse que não e nada haver, o que se deu é que no momento em que coloquei a minha mão sobre o ombro dela para dar um exemplo ela sentiu um tipo de choque, aquilo lhe atormentou todo o dia do sábado e pensou muito no que teria acontecido e que ficara muito em dúvida se deveria entrar em contato comigo ou não e como eu iria interpretar este contato.
Bom, vou confessar que fiquei alucinado com esta conversa, pois a mulher é muito gata, deliciosa e brilhava nos olhos dela o desejo. Sem duvida nenhuma investi para cima dela, ai abri o jogo e falei que eu também tinha ficado muito interessado nela mas nem passou pela minha cabeça ter alguma chance com ela, por ser casada, uma vida econômica no mínimo 30 vezes mais bem sucedida que a minha, afinal todos sabem o um salário de bombeiro é uma miséria. Ela disse que a diferença social não importa, que o que realmente faria toda diferença é a forma que um homem poderia lhe tratar, mas tinha muito medo disto pois nunca teria saído com outro homem desde que se casou com Paulo a oito anos trás.
Foi dado a brecha que esperava, disse que isto é uma situação normal, o casamento tem seus altos e baixos, muitas vezes relaxamos em determinados pontos e ela logo disse: “teria que ser justamente no ponto do sexo!”
Neste momento olhei firmemente em seus olhos, tudo sumiu ao nosso redor, parecia estar um silencio só, segurei em suas mãos que estavam tremulas, via nitidamente seu rítimo respiratório aumentar, sua boca seca, ela passará a ponta da língua em seus lábios... ai tive a certeza! O desejo tomava todo aquele corpo exuberante. Lentamente fui me aproximando do rosto lindo dela, mas sem tirar o foco de seus olhos, mais e mais perto... até que nossos lábios se tocaram, nossas mãos começaram a percorrer ao corpo do outro, caricias com beijos, mordidas leves no pescoço e ao mesmo tempo empunhava minha mão sob os cabelos dela pela nuca e segurei firme, e lhe dei o melhor beijo de língua que já teria feito em toda minha vida!
Não tínhamos conta do tempo que durou este louco e ardente beijo, mas ela ficou enlouquecida, eu estava fervendo, foi algo único, inexplicável, maravilhosos, excitante e assim repetimos e mais um, outro e novamente.
Ela me pediu desculpas, pois seu marido estava prestes a chegar e passaria pela via em que estávamos e com certeza ao ver o veiculo dela iria parar. Ela só ligou para a amiga Patrícia e disse estar tudo bem, um tanto eufórica, mas já estaria retornando ao seu apartamento, que ficava apenas a um quarteirão de onde estávamos.
Assim nos despedimos e já programando um reencontro para dois dias depois. Sempre nos programávamos para encontros durante a semana em horário comercial e na hora em que suas duas filhas estavam na escola que fica em Pinheiros.