A Amante - Cap 2

Capitulo 2 – O reencontro
Nosso próximo encontro foi na Rua Tucumã, ela tinha me revelado que era membro de um clube logo ali e que sua amiga Patricia estava nos dando uma força e iria ficar com as filhas dela por uma hora para que nos encontrássemos, e assim o fiz, ela me passou o nome da rua e inseri no GPS, na verdade nunca fui muito bom para andar pela zona sul, logo a encontrei na esquina do clube, me lembro de que ela vestia uma calça leg cinza, uma blusa tipo moletom justinho com detalhes em rosa, óculos de sol e uma maquiagem suave, estava toda agitada e logo entrou no carro e disse para ir mais a frente pois algum sócio poderia vê-la entrando em um carro de outro homem. Paramos um dois quarteirões à frente, ela tremia esta muito agitada e dizia estar morrendo de medo, mas queria apenas conversar comigo. Disse para ficar calma e se estava tudo bem, logo me respondeu que mal tinha dormido a noite retrasada pensando no que fez, principalmente ao ver seu marido ao lado dormindo, ela falava em peso moral e se estava sendo uma prostituta em fazer isto.
Disse a ela que nem tínhamos transado ainda e que ela não teria feito nada de errado até então, foram apenas beijos, nada grave e assim fui tranquilizando ela.
Tivemos um minuto de silêncio e ela disse estar com muito tesão mas que não iria transar comigo assim tão fácil, disse que tudo bem, primeiro ela teria que ter certeza do que quer e o do que estava procurando e logo começamos a nos beijar loucamente, ela me beijava como se fosse a última vez e vou dizer que pensei que depois deste nunca mais a veria. Ela me pediu apenas um item. “ Tenha um pouco de paciência comigo”, se você tiver podemos chegar lá.
Disse que teríamos o tempo que ela desejasse e que tudo seria apenas até onde ela permitisse e jamais iria ultrapassar o limite dela, pois teria que ser bom para os dois, caso contrário não existira prazer! Despedimos-nos e ela disse para aguardar, pois ela me ligaria. Assim fui embora a deixando na entrada do clube.
Fiquei bem confuso neste dia, ela queria, mas ao mesmo tempo não. Imaginei uma série de coisas, me lembro muito que na época tinha um carro básico sem muito sofisticação acabara de comprar um apartamento pequeno de 50 m2 e ela morava em um condomínio de um apartamento por andar, só a sacada dela era todo meu apartamento, logo que foi lançado o carro Tiida ela já estava com um, ou seja, nós éramos de classe socioeconômica totalmente diferentes, muito provável que o que o marido dela recebia por mês eu levaria um ano. Afinal até onde sei o Dr. Paulo é um advogado de gabarito na região das Perdizes e tudo isto me fez pensar que ela estaria arrependida, imagine se o marido descobrisse a traição, ela perderia toda vida boa, carros importados, viagens ao exterior, clube, festa maravilhosas e o temor de todos os pais, a guarda de seus filhos. Mas assim fiquei, eu no meu canto com tudo isto em minha cabeça e de certa forma já seduzido por ela.