Do pescoço à virilha

Neste início de novembro, num daqueles dias escaldantes, de calor senegalês aqui em Sampa, eu tive um encontro e sugeri ao moço uma trepada fervente, sem ventilador nem ar condicionado, nenhum refresco. O cara me olhou assustado:
- Mas assim a gente vai derreter, vamos suar demais
- Mas o objetivo é esse mesmo uai!
- Suar? Porque?
- Pra gente grudar, deslizar, o suor se misturar, escorrer. Vamos terminar bem molhados, você vai provar do meu suor e eu do seu
- Não sei se é boa ideia, eu não funciono bem no calor
- Começamos devagar, bem devagarzinho…
- Tá, vamos tentar
Em defesa do rapaz, ele realmente tentou. Foram 6 minutos (e 10 ml de suor) bem sofridos pra ele, que acabou com a tortura dizendo:
- Não consigo assim, vou ligar o ar
Fiquei decepcionada, mas não surpresa porque percebi a repulsa dele desde o início. Acabamos fazendo uma transa bem refrigerada, porém básica, naquele dia. Até entendo o lado do moço, ele não precisa mesmo fazer o que não deseja. Mas eu também não preciso deixar de fazer o que desejo e essa é a beleza da liberdade. No dia seguinte eu repeti o pedido, dessa vez, com outro moço, um que não é do time dos limpinhos, e fui (muitíssímo bem) atendida. Trepamos de todo jeito, lambemos o suor um do outro e terminamos encharcados e exauridos, do jeitinho que eu queria. Me lembrei da frase que li num Tumblr (infelizmente não me lembro qual) dia desses:
“O melhor sexo deixa a fêmea molhada do pescoço até a virilha.
Dos ombros até a ponta dos dedos. De grelo aos pés.”
Ainda bem que existe muita gente no mundo, com gostos de todo tipo. E o calor esta só começando…