Desde os 14 anos que tenho esta vontade. Mas só aos 25 estou tendo a oportunidade.
Me lembro de quando me imaginei beijando outro menino. A culpa era imensa, mas a vontade era maior. Me acabava na punheta “sentindo” sua língua deslizando para dentro da minha boca. Ouvindo a sua respiração próxima ao meu pescoço. Adorando ser encoxado por aquele garoto tão gostoso. E depois que gozava no chuveiro, a culpa vinha cruel e certeira.
As bocas das meninas disfarçavam minhas vontades. O sexo com as garotas aliviava minha culpa. Mas no banheiro, sozinho e nu, meu garoto sempre voltava para me tentar. Resisti algumas vezes. Mas cedi, impotente frente a sua virilidade, muito mais.
Agora surge a oportunidade. Não de fantasiar, mas de realizar. Não na figura de um garoto, mas na de um homem muito mais velho que eu. Com idade para ser meu pai.
O conheci na NET. Sala de bate papo como muitos outros. Trocamos Skype. Teclamos algumas vezes. E ele sempre me provocando. Eu resistindo à tentação e ela aumentando cada vez mais...
Não sei o que me fazia sentir diferente com este cara. Não sei se era a idade. Não sei se era como ele conversava sobre sexo. Não sei se era simplesmente o fato de ser um cara que me parecia confiável e estava disponível. Não sei...
Só sei que não queria perder a oportunidade. Mas a culpa e o medo de não ter mais volta sempre me dominavam, assim que o primeiro jato de porra deixava meu corpo após a punheta pensando nele.
O que fazer?
Dane-se... Vou arriscar...
Nos encontramos no shopping perto de minha casa. Eu no auge de meus 25 anos. Ele na “tranquilidade” de seus 50 e poucos.
Sentamos em um café. Tomamos uma água. Conversamos o de praxe. E eu tremendo...
Cada vez que eu sorria amarelo, ele abria um sorriso amplo, calmo e seguro. Como dizendo: “Relaxa. Eu não vou te morder. Muito...” rsrsrsrs
Entendi perfeitamente o que a chapeuzinho vermelho sentiu quando viu o Lobo pela primeira vez na entrada da floresta. Estava tão “molhadinha” quanto ela deve ter ficado.
Depois dos 15 minutos mais demorados de toda a minha vida, ouvi o Lobo mau me chamando: “Vamos entrar na floresta? ” Simplesmente me levantei e o segui.
Não me lembro de nada até o momento em que me vi em pé na porta de um quarto de motel. Não sei qual era o carro dele. Não sei onde era o motel. Nem sei como cheguei até ali. Só sei que estava a um passo de não poder mais voltar e sair da floresta.
Entramos. Senti o seu abraço, assim que a porta se fechou. Ele me acolheu no colo como um vampiro acolhe sua vítima. E eu fiz o que se espera de uma presa nestas horas. Respirei fundo, fechei os olhos e me entreguei.
Senti seus lábios em meu pescoço. Suas mãos acariciavam minha barriga, peito e levemente roçavam em meus mamilos.
Eu simplesmente me entregava.
Quando sua língua roçou minha orelha e levemente lambeu minha bochecha, me inclinei para trás e recebi o tão sonhado beijo de outro homem. Selinhos deram lugar a beijos quentes e por fim a uma chupação de línguas e bocas quase que incontroláveis.
A esta altura minha bermuda já estava desabotoada e minha camiseta levantada à altura do pescoço.
Me afastei tempo suficiente para me livrar delas e voltei àquele beijo que tanto esperei.
Foram quase 2 minutos de beijos e sarros, sem nem ao menos nos aproximarmos da cama.
Ele me afastou um pouco, sorriu e me disse para ficar nu e ir com ele até o banheiro.
Não pensava em nada. Só ouvia e obedecia.
Quando chegamos ao banheiro ele também estava nu. Foi se livrando das roupas no caminho.
Quando entramos na ducha, eu vi o objeto de minhas fantasias. Era um pau normal. Mais ou menos como o meu. Nada de especial. Mas seria ele a realizar meus sonhos naquele dia.
Nos molhamos e nos ensaboamos mutuamente. Toda vez que sentia vontade o beijava e ele retribuía.
Estava sendo muito mais tranquilo do que eu imaginei.
Ele me perguntou se eu sabia fazer higiene anal. Disse que já tinha lido mas não sabia exatamente como fazer. Ele pegou a duchinha e me mostrou com fazer.
- “Pronto. Se você tiver vontade de experimentar comer outro macho, estarei pronto. Quer fazer, caso queira ser comido por mim? ”
Claro que eu quero! Nem sei se vou querer comer ele, mas vou querer dar com certeza!!!
Segui suas instruções e me preparei para ser sua puta.
Me sentia como uma puta, mas ao mesmo tempo como uma virgem.
Na realidade, eu ERA uma virgem.
Nos enxugamos e voltamos para o quarto.
Sentamos na beira da cama e ele voltou a me beijar.
Suas mãos percorriam meu corpo e me faziam suspirar a cada milímetro que ele explorava.
Meus mamilos, ele já conhecia. Minha nuca. Minhas costas. Minha virilha. Roçou em meu pau, que já babava alucinadamente e ficou brincando com a babinha que escorria incessantemente. Me puxou para perto dele e começou a passar os dedos em meu cofrinho.
Gemi... e me abri para que seus dedos pudessem tocar livremente toda a minha bunda.
Ele me puxou para a cama e ficamos na posição para fazer um 69.
Travei! O que fazer? Como fazer? Ele percebeu minha situação e simplesmente me mandou fazer igual a ele. E começou a me chupar.
Fiz o que seu mestre mandou! Coloquei a cabeça daquele pau gostoso na boca, e fiquei salivando e passando a língua em sua glande. Ele riu e me disse para fazer o que eu queria que ele fizesse.
Fechei os olhos e imaginei como queria ser chupado. E segui em frente. Beijava e acariciava suas bolas. Colocava sua glande na boca e sugava. Beijava e chupava o corpo do seu pau seguidamente. E consegui tirar um gemido dele...
Enquanto eu me aprimorava na felação, ele começou a chupar e lamber meu saco. E linguava a região abaixo do saco. E finalmente lambeu e enfiou a língua no meu cuzinho. Fechei os olhos e gemi. Melhor. Hurrei....
Senti pela primeira vez uma língua no meu rabo e tremi como quem recebeu uma descarga elétrica por todo o corpo.
Ele voltou à minha pica e colocou um dedinho na entradinha do cuzinho.
Não aguentei e jorrei em sua boca. Gozei como se nunca tivesse gozado antes.
E aí, ela veio com tudo para cima de mim. A CULPA!!!!
Gozei e parei com tudo que estava fazendo. Gemia, e quase chorava de vergonha.
Tremia de prazer, mas com uma vontade louca de sair correndo.
Ele se levantou rapidamente da cama, foi ao banheiro (acho que para cuspir meu gozo), voltou e com a cara mais deslavada do mundo me perguntou:
-“Quer uma Coca-cola ou uma água? “
Foi ao frigobar sem ouvir minha resposta e voltou com uma coca e uma água. Abriu a coca, deu um gole e sentou recostado ao meu lado na cama.
Me estendeu a coca e eu fiz que não. Me estendeu a água e eu mais por reflexo do que por sede, peguei.
-“ E aí? Gozou gostoso? ”
Eu não conseguia sequer olhar para ele, quanto mais falar alguma coisa.
-“Adriano, você está se sentindo como um viadinho? Bichinha? Boiola? Gayzinho? ”
Cada pergunta que ele me fazia, me deixava mais e mais envergonhado. O que foi que eu fiz?
-“rsrsrsrsrsrs. Tenho uma novidade para você. Você é um viadinho, bichinha, boiola, gayzinho. Assim como eu.
Porque você teria vergonha de sentir o que você sente?
O que aconteceria se sua mãe soubesse que você gozou na boca de outro homem, com um dedo no seu rabo?”
O cinismo dele estava começando a me fazer sentir raiva ao invés de vergonha. Como ele podia falar este tipo de coisa para mim? Como assim minha mãe saber que eu gozei com outro cara? Ele não tem o menor senso de ridículo e de moral?
-“O que você acha que aconteceria se seu pai soubesse que você gosta de dar a bundinha? ”
-“É espertinho, então porque você não conta para sua mulher e para seus filhos que com 50 e poucos anos o que você curte é chupar uma pica, dar e comer um cu de macho? ”
Quase gritei para ele, me levantando e pensando seriamente como iria sair dali sem que os outros soubessem que eu estive ali.
-“rsrsrsrsrsrs A questão não é esta? A questão é o que eu faria se eles descobrissem. Você sabe a resposta? ”
Parei e fiquei esperando a merda que ele iria dizer.
“Nada. Eu não preciso dizer nada. Isto não interessa a nenhum de meus filhos, ou a meus pais caso fossem vivos, ou aos meus vizinhos, ou aos meus funcionários. A única pessoa a quem eu devo alguma satisfação com relação a isto é à minha mulher. Nisto você está certo. Mas aos outros, ninguém tem nada a ver com a minha vida. ”
-“Sei, mas você não assume isso para os outros...”
-“É verdade. E porque eu seria obrigado a assumir ou não assumir? Porque vou fazer algo em minha vida em função do que os outros podem vir a pensar?
Relaxa.... Se permita sentir o prazer que você acabou de sentir. Ninguém tem o direito de tirar isso de você. Assuma o que você é. O que você gosta. Se vai dizer para os outros o que te dá prazer na cama, ou não, é uma decisão sua, mas não permita que o medo faça você se sentir mal. Nem que a culpa tire o prazer que você tem direito de sentir. ”
Olhava para ele, com uma mistura de raiva e perplexidade. Como ele podia dizer este tipo de coisa? Como ignorar TUDO o que meus pais esperavam de mim? Do meu futuro? Da minha imagem?
-“Venha cá... Não precisa ficar com raiva ou com medo ou com culpa. Sua sexualidade é sua. De mais ninguém.
Aprenda a curtir o seu corpo. O seu prazer. Sem isto, você nunca será capaz de proporcionar e compartilhar o prazer com outra pessoa. Seja ela um homem ou uma mulher. ”
O que ele dizia fazia sentido, mas não conseguia tirar da cabeça a decepção que eu era para meus pais. Comecei a chorar e ele se levantou e me abraçou. Pela primeira vez me senti acolhido sendo quem eu era. Sentindo o que eu sentia.
-“Se quiser chorar chora, mas saiba que não há razão para isso. Você continua sendo um cara super-legal, bacana, e motivo de orgulho para seus pais e todos que te conhecem. Não é a sua opção sexual, seja assumida ou não, que te faz menos alguma coisa. ”
Senti seus braços em torno de mim. Suas mãos passeando por minhas costas e minha nuca. Me acalmei. E relaxei.
Queria dizer que trepamos por mais 2 horas seguidas nas posições mais variadas e diversas. Mas na verdade, ficamos assim até que eu parasse de chorar, tomamos um banho e fomos embora.
Não perdi minha virgindade naquele dia.
Mas foi ele quem me desvirginou alguns dias mais tarde. Isto eu conto da próxima vez.
E aí? Gostaram?
Rio de Janeiro; nascido em 1963.