A dez meses atrás, eu estagiei na campanha de eleição do prefeito Roberto Souza. Consegui ganhar créditos para meu curso de publicidade. Dentre as longas semanas que eu passei na base da campanha, criando e gerindo ideias junto ao pessoal de marketing da campanha, conheci o Eduardo. Eu nunca o tinha visto antes e, durante dias ele ficou me comendo com os olhos. Me encarava por onde eu passava, esbarrava em mim e dava a desculpa de que era “Sem querer”, eu, por vez não dei muito crédito. Lá no fundo eu sabia que era só mais um que queria uma foda fácil. Passamos dias nessa brincadeira, o dia em que eu estava na copa, colocando meu café no copo e ele entrou, estava com alguns papeis na mão. Voltei minha atenção para o café e ele sentou-se na pequena mesa me encarando com um sorriso no rosto. - Você não é fácil – disse me encarando - Nos conhecemos? – Perguntei - Não, mas seria um PRAZER – ele deu ênfase na palavra – conhecer você profundamente. – Levantou da cadeira e chegou perto – Me chamo Eduardo. - Adriel – falei dando mais um gole em meu café. Ele se aproximou ainda mais de mim e foi se aproximando aos poucos. - O nome é tão bonito quanto o dono. – Disse dando um leve sorriso. Eu poderia negar o quanto eu quisesse, mas o Eduardo tem uma beleza nórdica, parece coisa de outro mundo. Seu rosto é quase quadrado, seus cabelos eram grandes, na altura do ombro, olhos verdes e uma boca carnuda, sem contar os músculos grandes. - Eu...eu preciso ir – disse colocando a xicara em cima da mesa, com toda certeza eu estava desconcertado. Tentei sair, mas seu braço não deixou. - Calma, não há porque ter pressa. – Disse segurando em minha mão que já tremia – Eu sei que você percebeu que eu tenho te secado a semana toda, a verdade é que eu já estou fazendo isso a um tempo e, só agora resolvi deixar que você percebesse. - Eu realmente preciso isso – disse sorrindo para ele - O que acha de irmos comer alguma coisa após sairmos daqui? Eu sei que você deve estar pensamento que eu só quero mais uma noite de sexo, só que eu garanto que não é, apesar de que eu não posso negar que tenho sonhado com você e o seu corpo quase todas as noites, mas sei que eu quero te conhecer melhor. – Disse me encarando. E esse, esse foi o começo que todo o tormento da minha vida. Até então, eu era só mais um jovem gay que tinha tido duas relações sexuais frustrantes em sua vida, um jovem que só sabia o que era paquera e romance por conta dos filmes e livros lidos. Depois de tanto ele insistir, começamos a sair, primeiro fomos tomar um suco, depois almoçávamos juntos todos os dias, depois um jantar a noite e, uma semana depois, lá estava eu, em um apartamento que eu nem sabia quem era o dono, gemendo como se o mundo estivesse acabando e o Eduardo em cima de mim, me dando a melhor noite que eu já havia tido. Desde então, nossos almoços passaram a ser regados a sexo, comer um lanche rápido e nos amassarmos escondidos quando podíamos. Em menos de duas semanas, minha vida havia virado de cabeça para baixo e, nem eu mesmo me reconhecia mais. Eu estava apaixonado pelo Eduardo, dizia isso a ele todas as vezes em que ele estava dentro de mim e recebia a mesma paixão. Mas não durou muito. Depois de ter chegado em casa com o Adrian me repreendendo por ter caído na conversa do Eduardo novamente, consegui subir para o meu quarto sem que meus pais vissem o chupão em meu pescoço. Naquela manhã estava frio. Depois de ficar passando um creme no meu pescoço para disfarçar o chupão, eu coloquei um cachecol e o cobri, assim ninguém poderia ver, nem questionar o porquê de estar usando aquilo. - Filho, anda rápido, o Eduardo está lhe esperando lá em baixo. – Minha mãe gritou da escada - Quem? – Perguntei assustado - O Eduardo, anda logo – falou Assim que abri a porta do meu quarto, o Adrian abriu a porta do quarto dele. Me encarou com aqueles olhos de quem dizia “Eu não vou mais te acobertar”. - Eu não sei o que ele está fazendo aqui, não é culpa minha – falei Peguei minhas coisas no quarto e desci as escadas. O filho da mãe estava sentado no sofá de casa, conversando com meu pai como se fosse a coisa mais normal do mundo, e, ainda por cima estava tomando um café. Ele sorriu quando me viu. - Muito obrigado pela hospitalidade e, obrigado por deixar o Adriel me ajudar na integração. - É sempre um prazer ajudar – disse meu pai. - O papo está ótimo, mas temos que ir pai, tenho um projeto para entregar hoje – comentei arrastando o Eduardo para fora. – Até mais tarde. Quando a porta de casa foi fechada, minha mão acertou o braço dele. Dei um soco que pareceu não ter feito muito efeito, além de ter arrancado dele apenas uma risada irônica. Entramos no carro. - Que infernos você está fazendo aqui? – Disse irritado - Você me prometeu que iriamos juntos hoje para a faculdade – falou me encarando - Não se faça de tonto, eu não prometi porra nenhuma a você – disse - Olha a boca irmão, papai não gosta de palavrões – Respondeu ironicamente - Vai se foder Eduardo. Eu não quero saber de você aparecendo na minha casa, você é um mentiroso, você é um infeliz – disse dando mais um soco nele - Calma, eu sei que eu errei tá, estou aqui para concertar isso – disse segurando minhas mãos - Você está aqui para fazer da minha vida um inferno, você mentiu para mim sobre sua vida, mentiu sobre o que sentia por mim – falei - Eu posso ter mentido para você sobre quem eu era, mas eu não menti quando disse que estava e estou apaixonado por você. Você continua sendo meu leãozinho – disse segurando em minha perna. - Nunca mais me chame assim. Você não tem esse direito. Agora se não for pedir demais, eu quero chegar na faculdade – disse pondo o cinto de segurança. Fomos o caminho todo calado. Eu coloquei os meus fones de ouvido e assim que ele estacionou o carro, abri a porta e saí de dentro antes mesmo dele falar alguma coisa. Caminhei em direção a entrada e antes que eu pudesse passar pela porta, senti sua mão segurar meu braço. - Você quer deixar de ser malcriado – falou sério - Eu já disse que eu quero mais é que você se exploda – rebati - Tudo bem, você tem o direito de estar com raiva de mim, mas eu vou te reconquistar Adriel, nem que para isso eu tenha que viver nesse fim de mundo pro resto da minha vida e quando eu conseguir isso, eu vou fazer você gemer meu nome enquanto eu possuo o seu corpo como só eu sei fazer, vamos nos amar como fazíamos todos os dias. – Sussurrou em meu ouvido - Agora se não for pedir muito, pode me ajudar a achar minha sala? – Disse me soltando Eu estava com raiva dele, mas também estava excitado, mais do que eu queria estar.
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