Apaixonado por um marrento.- Capítulo 3

               Capitulo 3 - O verdadeiro Ele

A semana foi passando rápido, e todos os dias na mesma rotina. Acordo, almoço, depois colégio, que já estava doido pra terminar logo de vez e por último ia para a academia, onde malhava junto com Renan e as Vezes com Rafael também, apesar de ele mal olhar na minha cara e eu nem saber o motivo disso.
Chegou a sexta feira e acordei animado, mesmo não tendo marcado nada de bom pra fazer, pelo menos era o último dia de rotina na semana. Levantei e depois de fazer a higiene matinal passei pelo quarto do meu irmão que ainda estava dormindo e resolvi pertubar um pouco ele.
— Matheus acorda! Você vai se atrasar
— que horas são? – disse ele abrindo os olhos
— já são 1 da tarde
— que droga! — falou e deu um pulo, se sentando na cama mas então parou — que dia é hoje?
— sexta feira
— cara, hoje é minha folga
— eu sei disso — disse rindo
— por que me acordou então viado? — tacou uma almofada em mim e voltou a deitar
— só queria te pertubar mesmo maninho — falei deitando ao lado dele
— acho que você ta é carente, precisa arrumar uma namorada
— não, estou bem assim por enquanto
— hum sei, mas e aí Rod, como está sendo na academia nova?
— tá legal, estou malhando com o Renan e um velho amigo dele, mas acho que ele não gosta muito de mim
— por quê? Ele fez alguma coisa contigo?
— fica tranquilo, ele não fez nada
— hum, qualquer coisa fala comigo que eu arrebento a cara dele
— relaxa mano rs, e deixa de ser super protetor, eu já tenho 18 anos lembra? Sei me cuidar
— pode ter até 50 mas vai continuar sendo meu irmãozinho, e nem adianta reclamar — disse rindo e me dando um abraço
— ta bom, agora me solta rs — me levantei da cama
— você não está atrasado para o colégio?
— não, na verdade ainda são 11 horas
— ah não acredito que me acordou 11 horas no meu dia de folga, sai daqui porque eu vou voltar a dormir
—ta bom, vou ver se o almoço está pronto, até mais
desci a escada e la estava minha mãe na cozinha terminando o almoço, que estava com um cheiro muito bom
— Bom dia dona Luiza, o que tem pro almoço hoje?
— Bom dia senhor Rodrigo, na hora você vai saber
— meu pai não vem hoje?
— não, ele tem algumas coisa pra fazer no trabalho, virá um pouco mais tarde
— tudo bem
Almocei, depois tomei um banho e preparei para ir ao colégio, e lá foi a mesma coisa de sempre, as aulas chatas e os professores mais ainda, a parte divertida era as brincadeiras que fazíamos , principalmente o Gabriel que estava sempre fazendo piada de algo.
Acabando as aulas fui pra casa e me preparei para o momento mais esperado do dia, que era a academia, eu estava realmente empolgado em voltar a malhar. Deu a hora e saí, passei na casa do Renan e fomos, a academia como sempre estava vazia, olhei em volta e não vi Rafael, fiquei até um pouco aliviado na verdade, mas o alívio durou pouco, depois de 5 minutos chega ele porém dessa vez foi diferente, ele falou com os outros e fez questão de vir me cumprimentar também, e acho que ele até deu um sorriso (ele não costumava fazer isso).
Estava tudo tranquilo, até uns 20 minutos depois aparecer Larissa, a namorada do Rafael. Eu ainda não tinha conhecido, ela era tão linda quanto ele, tinha por volta de 1.65, cabelos loiros quase até a cintura, olhos azuis e um belo corpo. Quando chegou ela parecia estar brava, foi direto no Rafael que estava distante de nós, e começaram a conversar o que parecia ser uma discussão, mas não dava pra ouvir por causa da música alta, eles conversaram durante 10 minutos e ela foi embora, aparentemente com mais raiva do que quando chegou, a expressão feliz que estava no rosto do rafa sumiu, e voltou a ser a que eu estava costumado a ver, ou talvez pior, ele parecia estar com muita raiva.
estavam eu, Renan e Arthur (um colega da academia também), Rafael chegou dizendo:
— quero beber hoje, o que vocês acham?
— você esta bem Rafa? — perguntou Renan
— estou, só estou afim de beber, vamos?
— eu topo — falou Arthur
— vamos? Perguntou Renan olhando pra mim
— claro, por que não?
— então vamos, não estou com cabeça pra malhar mais, aquele barzinho aqui da rua mesmo, pode ser?
— agora? Não vai passar em casa antes? Perguntou Renan
— se eu passar em casa vou acabar desistindo, vamos logo
Concordamos e fomos, o lugar era bem legal, bem decorado, e tinha um cara cantando ao vivo com um violão. Sentamos em uma mesa e pedimos uma cerveja, daí começou a ser uma noite bem agradável, estávamos os 4 conversando sobre diversos assuntos, eu e Rafael não falamos muito um com o outro, foram poucas palavras que trocamos diretamente, mas pude perceber que ele não tinha raiva de mim como eu pensava, já era um começo. Entre as conversas acabei descobrindo algumas coisas sobre ele que ainda não sabia, ele tinha 1.78 de altura, morava com os pais, e trabalhava como corretor de imóveis na imobiliária do pai.
já eram quase meia noite e o bar estava fechando, estávamos um pouco altos mas estava tão legal que não queríamos parar ainda
— o que acham de continuar na minha casa? Meus pais viajaram hoje e estou sozinho lá — disse Rafael
— por mim tudo bem — respondeu Renan
— eu tenho que ir pra casa, amanhã vou acordar cedo, mas foi bom sair com vcs — disse Arthur
— vamos? Perguntou Rafael olhando pra mim, e dessa vez tenho certeza que ele sorriu
—beleza, então vamos.
Pegamos umas cervejas e fomos , em pouco mais de 10 minutos chegamos a casa do Rafael, era uma casa muito bonita por fora e parecia ser bem grande, quando entramos pude ver que realmente era, e era linda por dentro também.
chegamos na sala, coloquei minha carteira e celular em cima da mesa, e Renan quando foi fazer o mesmo levou um susto, e apalpou os bolsos da bermuda
— merda, acho que esqueci a carteira no balcão, vou voltar pra buscar
— vou lá com você — eu disse
— não, eu vou rápido antes que o bar feche, fica aí e garante que ele não vai dormir — disse apontando pro Rafael
— tá bom, eu espero aqui então
Renan saiu e de repente o silêncio dominou a casa, eu e Rafael não tínhamos intimidade ainda, depois de uns segundos ele resolveu abrir a boca:
— então, Rod... — disse ele um pouco sem graça
— então, Rafa... — falei mais sem graça ainda
— você e Renan são bem próximos né? — Perguntou tentando puxar assunto
— somos, nos conhecemos a quase 4 anos, ele foi o primeiro amigo que tive aqui, desde então estamos sempre juntos
— entendi, nós costumávamos ser assim também, mas as coisas mudam quando se passa mais de 4 anos longe
— é, ele me falou sobre isso
Ele foi até a cozinha e voltou com duas cervejas, me entregando uma, nessa hora eu já estava alto, até porque sou meio fraco pra bebida, e acho que ele também estava então respirei fundo e disse:
— posso te perguntar uma coisa Rafa? Estou um pouco intrigado desde segunda feira
— pode — ele respondeu meio confuso
— desde que nos conhecemos, vc me olhava como se tivesse raiva de mim, e até ontem eu pensei que realmente tinha, eu fiz algo errado? Por que se fiz, me desculpa cara.
— não, isso não tem nada a ver com você, eu que sou desse jeito mesmo e também... — ele parou pensou e disse — você me lembra muito uma pessoa que eu adoraria esquecer, mas isso não justifica eu ter te tratado mal, me desculpa. — disse abaixando a cabeça
— tudo bem, não se preocupa com isso, só perguntei por que estava curioso mesmo
— eu fui um idiota, sabe... você é realmente muito parecido com ele, mas só por fora, pelo pouco que te conheci você me parece ser um cara humilde, leal aos amigos e de caráter, coisa que ele não era
fiquei curioso com essas palavras dele, mas resolvi não entrar no assunto por enquanto.
— tudo bem, afinal eu também te julguei mal, pensei que você era só um cara metido, que se achava melhor que os outros, tinha problemas de raiva e odiava as pessoas aleatoriamente
— nossa! Isso foi bem sincero, mas eu te dei motivo pra pensar isso né? — disse dando um sorriso — mas então, o que pensa de mim agora?
— não sei bem, mas você é bem diferente, com o que vi hoje me parece que você é uma pessoa alegre, amigável, e que já sofreu por algum motivo, e esse lado frio e sério que mostra, é como uma forma de se defender ou se sentir mais seguro, mas você é uma boa pessoa
— acha mesmo isso de mim? — perguntou olhando nos meus olhos, enquanto estávamos bem próximos
— tenho quase certeza que sim rs
Em um movimento rápido ele se aproximou mais, segurou meu rosto e de repente senti nossos lábios se tocarem, eu ainda não tinha conseguido entender o que aconteceu, estava de olhos abertos, em transe, como da primeira vez que o vi, mas dessa vez era mais intenso, o beijo durou uns 5 segundos e ele parou e afastou seu rosto
— desculpa, eu não devia ter feito isso — falou tentando se afastar, mas segurei seus braços o impedindo
— não, eu quero isso desde a primeira vez que te vi — disse isso e dessa vez fui eu que o beijei, e ele correspondeu na mesma hora.
Dessa vez nossas línguas se encontraram e se tornou um beijo quente, as mãos dele no meu pescoço, e as minhas na sua cintura, não sei quanto tempo durou mais foi incrível, até sermos interrompidos pela campaínha, demos mais um selinho e ele foi abrir a porta, era o Renan.
— e aí, recuperou a carteira? Perguntei tentando disfarçar o clima que estava ali naquela sala
— peguei sim, o dono do bar tinha guardado, e por sorte cheguei antes de abaixar as portas
— que sorte — falou Rafa, que estava sem graça
— então, vamos beber? Perguntou Renan
— vamos — eu e rafa falamos ao mesmo tempo, e rimos.
O resto da noite foi ótimo, conversamos muito, brincamos e as vezes eu e Rafa trocamos olhares, mas não passou disso... e provavelmente o Renan estranhou o fato de eu e Rafa estarmos tão abertos um com o outro, de uma hora pra outra, mas acabou tudo bem, depois de bebermos a última cerveja decidimos ir embora, já passava das 2 da manhã.
— Por que vocês não dormem aqui? Tem espaço sobrando
— hoje não dá Rafa, eu nem avisei meus pais que iria sair depois da academia, se eu não voltar pra casa vou ficar encrencado amanhã — eu respondi
— eu também também preciso ir, mas acho que devemos fazer isso mais vezes, a noite hoje foi muito boa — Renan disse enquanto fomos em direção a porta
— eu concordo — falou Rafa
— eu também com certeza, então... até segunda?
— até segunda
Nos despedimos todos com um aperto de mãos , apesar de eu ter vontade de agarrar o Rafa ali mesmo, fomos embora e quando cheguei em casa estavam todos dormindo, “ainda bem” pensei, tomei um banho e fui deitar, não parava de pensar no que tinha acontecido mas graças ao efeito da bebida não demorei a pegar no sono.
Acordei com minha mãe batendo na porta do quarto, olhei o relógio e vi que já eram 12:30
— entra — falei, com preguiça de levantar da cama
— boa tarde filho, tem um amigo seu te chamando lá em baixo, quer que mande ele subir?
— pode sim, por favor.
Não imaginei quem fosse, pois meus amigos minha mãe já conhece e saberia dizer quem é, e fiquei surpreso quando ele apareceu na porta, era o Rafa.

Continua...

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Olá a todos, obrigado pelos votos e pelos comentários nos outros contos, agradeço pela dica sobre o conto estar curto, vou tentar melhorar isso. Ainda é difícil porque até pouco tempo eu não gostava nem de ler, muito menos escrever, então é tudo novo pra mim ainda, então por favor continuem comentando, mesmo que sejam críticas, pois assim posso saber onde estou errando e corrigir. Obrigado, um abraço a todos!


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Comentários


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lordricharlen Comentou em 23/11/2016

Até agora, estou adorando o conto Parabéns esperando a continuação.

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rickboxer Comentou em 23/11/2016

Muito bom

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lucassouza2508 Comentou em 23/11/2016

Muito bom o conto... Gostei do tamanho agra... não está curto e tbm não está cansativo de ler.... história muito boa... Continua.....

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Comentou em 23/11/2016

Boa historia, espero que continue logo




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Ficha do conto

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Nome do conto:
Apaixonado por um marrento.- Capítulo 3

Codigo do conto:
92336

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
23/11/2016

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