Eu e Marcelo após a cirurgia

Haviam se passado seis meses desde que tinha enveredado para o serviço de acompanhante. Marcelo havia sido o primeiro homem com quem eu me encontrei nessa função. A empatia havia sido grande entre nós e começamos a manter contato por telefone. Ele (usuário experiente de serviços de escort service) me dava dicas, orientações e advertências de cuidados que eu devia tomar. Eu estava bastante ocupada, agora que já era conhecida e tinha uma boa reputação entre os clientes. Marcelo por sua vez, casado e com tempo escasso pelo trabalho, tampouco tinha oportunidade de me ver novamente. Esses seis meses começaram passando depressa, e depois, foram ficando arrastados e intermináveis. Proporcionalmente era raro eu me encontrar com um cliente interessante e que tivesse uma real compatibilidade sexual. No sétimo mês, larguei tudo, peguei as economias que vinha fazendo e finalmente me submeti a cirurgia de readequação de gênero que necessitava. Três meses depois, após uma lenta recuperação, eu era enfim uma mulher normal e completa.
Sozinha, tocando meu corpo, tudo era novo e fantástico. Agora sim, a minha excitação era compatível com quem eu sempre havia sido. Havia agora, o calor seguido de contrações, o intumescimento dos pequenos lábios, e o fluir caudaloso da minha lubrificação vaginal. Enfiando os dedos na minha buceta, acariciando cuidadosamente o clitóris e massageando os lábios vaginais em movimentos circulares, podia finalmente sentir o prazer que sempre desejei. Entregue por inteira, sem estranhamentos com meu corpo, nem repulsas e nem constrangimentos, podia enfim experimentar orgasmos intensos, reverberações pelas coxas e seios e espasmos demorados. Estava realizada!
Em consulta de rotina com meu cirurgião ginecologista, fui orientada que a partir desse quarto mês pós cirúrgico, eu precisava parar os exercícios sexuais com dilatadores (utensílios semelhantes a vibradores comuns) e passar a ter relações sexuais reais. Ele explicava que a densidade, tamanho, e demais características dos dilatadores, não eram iguais as de um pênis normal, e que os movimentos reais da penetração exercidos pelo homem, são diferentes dos que fazemos em nós mesmas com um dilatador. Eu estava insegura. Não estava em um relacionamento, não conhecia nenhum homem fora do serviço de Escort atualmente. Não havia um parceiro disponível para “esses testes”. Disse a ele que com o dilatador eu já sentia bastante desconforto ao me penetrar e fazia isso ao meu tempo, sem pressa e delicadamente. Tinha medo de a dois, com a “empolgação” do homem, acabar me machucando. Ele disse que eu precisava perder esse medo e que na relação sexual real, as coisas acontecem diferentes e que a libido do momento tornaria tudo mais cômodo e possível.
O meses seguintes foram de uma maratona em busca do “parceiro ideal” para ter as primeiras relações sexuais. Não podiam ser ex-clientes, pois esses não tinham muito interesse na figura feminina completa. Eram homens que usavam a feminilidade da transexual como fachada para disfarçar seus reais interesses que eram basicamente na genitália masculina. Não podiam ser homens “de balada”, pois esses não saberiam que eu era uma mulher operada e além de serem preconceituosos, ainda não teria como eu explicar, que eu, uma mulher adulta, com 30 anos, fosse virgem e precisasse de toda paciência do mundo para ser comida. Passei semanas na internet, em salas de bate-papo, tentando conhecer homens que eu pudesse explicar a situação e daí embarcar em uma relação segura e minimamente confiável. Já estava nervosa, frustrada e exausta com as decepções em série que aquilo estava sendo. Até que após muito procurar, encontrei um cara e saímos. Ele era hiper carinhoso, bem humorado e bem atraente (embora muito mais baixo que eu como de costume... rs). Tentamos, ele foi paciente e gentil, sangrou um pouco, e após três tentativas ele conseguiu penetrar até a metade de seu pau em mim, porém com muito desconforto. Não foi prazeroso em si, embora eu estivesse excitada com ele. Algum tempo depois, tive a segunda tentativa com um outro cara. Fisicamente interessante, aparentemente educado, fomos para um motel. Lá na hora, ele se revelou uma decepção completa. Grosseiro, apressado, não tinha a menor capacidade de me deixar excitada, logo de início me chamando de puta, vagabunda, e comportando-se como se a minha dificuldade fosse muito mais cu doce do que dificuldade real. Enfim, acabou me machucando, não consegui ficar lubrificada, sangrei novamente e fui embora frustrada.
Três dias mais tarde, atendo o telefone e qual não foi a minha surpresa ao ouvir a voz de Marcelo do outro lado. Haviam se passado 3 meses após a nossa última conversa por telefone. Quase um ano desde o nosso encontro real. Ele então perguntou como eu estava, como estava me recuperando da cirurgia e o que andava fazendo. Conversamos um bom tempo como sempre acontecia quando ele me ligava e não demorou para que ele me perguntasse quando iria poder me ver. Fiquei esfuziante, pois era tudo que queria ouvir. Disse que iríamos nos ver quando ele me convidasse (ainda tirando forças de não sei de onde, pra fazer esse charminho). Combinamos pra dois dias depois, quando ele disse que conseguiria dar um perdido no trabalho e passar a tarde comigo.
Naquele dia, eu estava como uma odalisca, que se prepara por dias para o seu sultão árabe, com banhos de leite de camêla, pétalas de rosas e óleos especiais. Rs... cheguei a me atrasar com tanta arrumação. Nos encontramos na saído do metrô, pegamos um uber (pois ele estava fugido do trabalho pra onde havia ido junto com um colega com o carro da empresa) e seguimos para o motel. Sentamos ainda vestidos na cama, tiramos os sapatos e começamos a conversar. Era muito agradável estar ali com ele naquele quarto de motel depois de tanto tempo. Enquanto eu falava sobre as novidades que ele havia me perguntado, Marcelo me admirava com um leve sorriso. Veio com uma das mãos em minha direção e soltou o meu cabelo. Parei de falar, e também fiquei olhando pra ele com um sorriso.
_ Seu cabelo cresceu muito! Lembrava dele nos seus ombros. Está linda com esse cabelo quase na cintura.      
Encarei ele direto nos olhos, com um olhar penetrante e ainda com um leve sorriso. Desviei os olhos pras mãos dele apoiadas na cama, brutas, másculas, veias altas, os pelos começando no dorso das mãos e subindo pelos braços. Comecei um leve carinho em seus dedos, mãos e braços e mencionei o quanto gostava daqueles pelos dele.
_Você gosta, né?
_Gosto... gosto muito. Desses e desses... (disse indo com os dedos, do braço até a abertura dos botões de sua camisa que deixavam antever o seu peito peludo). _ E esses aqui também... (passando a acariciar sua barba grisalha e deliciosa). Encarei-o novamente, e fui me aproximando até lhe dar um beijo lento na bochecha. Ele fechou os olhos. Novo beijo em sua barba e depois em sua testa. Mais um em seu nariz e por fim um leve toque dos meus lábios nos dele. Sua boca reagiu a esse, fazendo um biquinho instantâneamente. Aquela pequena entrega me fez repetir o selinho... outra vez... e outra, e mais uma, até notar ele entreabrindo a boca ansioso por um beijo de verdade. Então passei a beija-lo muito lentamente, as línguas lascivas, ora lambendo o interior da boca de um, ora o interior da boca do outro. Quente, molhado, doce.
Suas mãos subiram pelas minha coxas e cintura, encontrando a ponta da minha blusa e puxando-a para tira-la por cima do meu corpo. Ergo os braços e logo estou de sutiã. Minha vez de desabotoar sua camisa e desliza-la para trás pelos seus braços, podendo em seguida apoiar as palmas macias das minhas mãos no peito quente e repleto de pelos daquele homem. Desejo instintivo de me deitar e te-lo por cima de mim. Porém ainda estamos com roupa demais, e ele fica em pé fora da cama para abrir o cinto, a calça e arria-la tirando do corpo. Vou engatinhando até ele, sento de pernas abertas na beirada da cama e deixo ele me livrar daquele sutiã inoportuno. Suas mãos vem direto segurar os meus seios, que devem estar quentes levando em conta o calor que sobe por dentro do meu corpo. Estou beijando sua barriga, seu umbigo e sentindo ele massagear os meus peitos, amassando-os com suas mãos firmes. Ele segura o meu jeans pelos quadris e puxa-o para baixo enquanto me apoio pra trás na cama e ergo as pernas para ajuda-lo. Quero ele sem cueca, mas ao abaixa-la até a altura das suas coxas, me distraio com aquele pau lindo, duro, musculoso, em riste, “me olhando” e deixando a cueca no meio do caminho, prefiro aproximar meu rosto e colocar a boca naquela rola deliciosa. Ao ouvir aquele homem gemendo e pondo as mãos na lateral da minha cabeça, percebo que tomei a melhor decisão do mundo: não deixa-lo esperando nem mais um segundo pra ter aquela ereção chupada por uma boca quente e molhada. Que anatomia perfeita! Bruta, veias, músculos e corpos cavernosos dando forma perfeita aquela rola. A cabeça, saboreada pela minha língua, eu sentindo a borda da glande em altíssimo relevo, o freio tenso, esticado, tudo aquilo que eu havia olhado há poucos segundos, agora sendo sentido, chupado, saboreado em braile pela minha língua. Engulo toda a saliva que se forma, como que engolindo o gosto, o cheiro, o calor e tudo mais que pudesse fazer parte daquela pica. Marcelo me pede que deite na cama, obedeço e ele vem pra cima de mim. A mão vem direto pra minha buceta. Os dedos se lambuzam no mesmo instante e ele solta um gemido satisfeito com as sobrancelhas contraídas. Seguro os antebraços dele e faço uma leve pressão como querendo que ele venha logo pra cima de mim. Sinto que estou fervendo, que estou pronta, e que quero muito dar praquele homem. Duro, bruto, dentro de mim.   
Ele vem e eu me abro. As pernas abertas e dobradas. Um dos braços dele apoiados , o outro segura o próprio pau que procura a entrada da minha buceta. Ajudo-o a colocar no lugar certo e finalmente sinto aquela rola me machucando, querendo ir pra dentro do meu corpo. Ele invade até a metade e sente que está apertada demais. Me pergunta se está tudo bem e diz que não está forçando mais que aquilo com medo de me machucar. Gemendo igual uma gata manhosa, eu olho apaixonadamente nos olhos dele e digo que tudo bem, que ele pode fazer da maneira que tiver vontade. Marcelo me encara profundamente. Percebo que ele está ciente de que estou absolutamente entregue a ele. Lenta e cadenciadamente, ele volta a se movimentar, entrar e sair da minha buceta, ainda que numa penetração rasa naquele misto entre deslizar e atritar o pau duríssimo no canal super estreito. Uma estocada com força de repente, querendo ganhar profundidade e eu solto um gemido mais alto que é ao mesmo tempo de dor e de prazer.
_Te machuquei? _ Ele pergunta num sussurro rouco, mas com tom e expressão de pouca preocupação real. Quase visivelmente mais excitado.
_Só um pouquinho... mas pode continuar... _ Eu respondo com o mesmo tipo de sussurro, e após uma ou duas investidas suaves, logo vem um novo golpe dele investindo com força e me fazendo sentir sua rola socar o fundo da minha buceta.
_Aahhn... _Eu gemo novamente pela dor aguda envolvida de prazer
_Tudo bem? Machuquei? _Ele pergunta
_Aham... _respondo baixinho, com a cabeça jogada para trás, a boca entreaberta e os olhos fechados. Carta branca pra que ele torne a me penetrar com força mais uma vez, seguida de outra, e outra, e siga arremetendo aquele pau bruto na minha xoxota.
Marcelo ergue ainda mais as minhas pernas, colando minhas coxas em meu tórax, achatando minhas tetas. Ele me quer bem aberta... bem exposta, e eu, num desejo ardente de lamber o peito peludo e suado dele sem poder, passo a lamber meus próprios joelhos que estão ao alcance da minha boca e língua. Então, sem que eu espere por isso, como da nossa primeira vez, ele direciona os meus pés pra sua boca e começa a chupá-los cheio de desejo. A língua se enfiando entre o dedão e o dedo médio, ficando visível na frente, e depois enfiando os dedos completamente na boca, pra em seguida retirar novamente e passar a lamber a sola dos meus pés. Hipnotizada por aquela visão, e sentindo calafrios pela sensação deliciosa do calor e da umidade daquela língua nos meus pés, sublimo ainda mais a dor daquela rola me fudendo impiedosa e maravilhosamente. Quando ele se dá por satisfeito dos meus pés, desce abruptamente as minhas pernas para um lado, virando os meus quadris e passando a me comer por baixo, pelo vão das minhas coxas, de ladinho, fazendo minha buceta de sanduíche para o pau dele. Nessa posição eu volto a ter acesso aos meus seios que começo a apertar em êxtase. Um tapa soa estalado na minha bunda e eu gemo um pouco mais alto. Enquanto soca a rola sem parar dentro da minha buceta, ele se excita me vendo apertar meus peitos e agarra ele próprio um deles apertando com força.
_Ãhnnn... _Eu gemo ao receber o carinho bruto. Marcelo então, provavelmente excitado pelo clima intenso do momento me olha atiçado nos olhos, e quando me perco em seu olhar, ele me estala uma bofetada no rosto.
Dou um gemido mais alto, surpreendida pela ousadia inesperada e o encaro novamente num misto de indignação e luxúria. Ele penetra o olhar dentro dos meus olhos, e leio em sua expressão uma mensagem parecida com “pois é... é isso aí. Sou o macho nessa porra e dou até na sua cara se eu quiser.” A mensagem visual implícita e silenciosa me faz entreabrir a boca e quase revirar os olhos numa onda de excitação com a audácia canalha daquele homem. Sua expressão de tesão e desdém ainda com o olhar fixo no meu, denuncia que ele está queimando de vontade de fazer aquilo novamente. As estocadas de rola não dando trégua desde que começaram num mesmo ritmo intenso. Semicerro o olhar desafiadora como lhe dizendo: “vc não é homem de fazer isso de novo!” E exatos três segundos depois estou contraindo o rosto e apertando os olhos com força ao sentir ele estalar um segundo tabefe no meu rosto com uma força tal que sinto toda minha face estremecer. Me sinto domada, vencida, irritada e maravilhosamente satisfeita. Ele por sua vez, vitorioso e provocado, acende ainda mais de desejo, reabre minhas pernas e se deitando no meio delas por cima do meu corpo, afunda o rosto na lateral do meu pescoço, agarra-me pelos ombros e inicia um entra e sai feroz da minha buceta. Nessa altura já estamos os dois gemendo como loucos, eu sentindo a violência daquelas estocadas deliciosas e instintivamente começo a balbuciar entrecortado: _ Voc... você tá... você ta me machuc... voc... ta me machu... ahhnnn... vc tá me... ahnn... _sentindo ele me machucar e ao mesmo tempo querendo implorar pra que ele só pare depois de me inundar inteira de sêmen por dentro. Sinto o líquido quente me preenchendo e estamos os dois explodindo num orgasmo indescritível. O som do seu gemido em meu ouvido é como uma mola, fazendo descer novamente os calafrios que sobem vindos da minha xereca, quicando e voltando em espasmos elétricos de prazer.
Ficamos imersos nos últimos momentos daquela loucura e depois de vários minutos, sinto ele escorregando com ardência pra fora de mim. Um último gemido de incômodo e então voltamos a ter dois corpos distintos e separados. Ele comenta se estou bem, pois percebe que entornei uma pequena poça de líquidos, fluidos e sangue diluídos no lençol branco da cama. Afirmo que estou bem e peço que ele se deite exausto do meu lado e assim me aninho em seu peito, colando meu corpo pela lateral do seu, e ficando agarradinhos, encharcados, quentes, completos.
Finalmente me sinto mulher.

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Comentários


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Comentou em 12/12/2016

Delícia... louco de tesão aqui! Beijos




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Ficha do conto

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Nome do conto:
Eu e Marcelo após a cirurgia

Codigo do conto:
93038

Categoria:
Heterosexual

Data da Publicação:
09/12/2016

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4

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