Levou-me a um beco mal iluminado
Rasgou as minhas roupas com brutal furor
Senti - pelo pau grosso era penetrado -
No buraco apertado, aquela extrema dor!
E naquela mesma hora em que era enrabado
Pularam mais três homens por cima do muro
Jogaram-me no chão, todo arreganhado
Homens avantajados, todos de pau duro.
Enquanto um me fodia, sem dó nem piedade
Outro, violento, me obrigou a chupar
Os outros dois não ficaram na saudade
Deram-me seus membros para punhetar.
Me vi cercado de pica por todos os lados
Nunca vi na vida tanto pau, culhão
Sendo ali fodido por homens sarados
Tarados, bem dotados, cheios de tesão.
Foram revezando no meu cu e na boca
Com seus membros viris, gigantes, colossais
A dor cedeu lugar à sensação mais louca
Uma vontade de dar, cada vez, mais e mais....
Depois que me comeram, usaram e lambuzaram
Ejacularam esperma quente em minha cara
Foram-se embora, assim como chegaram
E eu todo lascado da surra de vara.
Voltei para casa, com o cu ardendo
Caguei gala no vaso, tomei um banho quente
De tão extenuado, fui logo adormecendo
E terminei sonhando com os delinquentes.
Hoje sempre que passo por aquela rua
Coça-me o furico, lembro aquela surra
De cacete, sigo - sob a luz da lua -
Morto de saudade da noite da curra!
Contra a homofobia e contra a violência
Sou e sempre serei, do norte ao sul
Mas queria, outra vez, aquela sofrência
Para tirar as pregas que me restam no cu!
(Esta é uma obra de ficção.
Violência sexual é crime: denuncie!
Sexo só consentido, entre maiores de 18 anos
e com preservativo.)