O nosso amor é uma tragédia americana.



Devido aos ultimos acontecimentos, quero muito relatar uma história.


Eu conheci um garoto pelo Tinder, em 2016.

Tinha passado uma semana do meu aniversário, quando a gente se conheceu, e em 1 semana de conversa pela madrugada afora, pois ele trabalhava num hotel, então a gente iniciava um assunto ás 00h, e terminava ás 5h45 da manhã. Essa foi a nossa rotina por uns dias, até que passamos a trocar mensagens tambem durante o dia, e pouco á pouco o meu interesse foi aumentando, poxa, que cara legal, divertido, que tem um sorriso lindo de aparelho, que entende das minhas vibes, que troca umas idéias bem massa, quero conhecer esse cara, quero beija-lo pra caramba. Então o nosso primeiro encontro foi num shopping, me trouxe várias nostalgias da minha época de shopping, com meus amigos, dos primeiros beijos nas escadas de incêndio, no estacionamento, na saida do bom-boliche, caralho, que delícia de fazer um encontro no shopping, como se eu voltasse aos meus 16 anos. Ao ver ele pela primeira vez ao vivo, achei bonito, simpático, vindo me cumprimentar com aquele sorriso imenso, fiquei feliz. Ele estava com uma camisa branca com estampas de folhas, bem do jeito que ele disse curtir muito jardinagem, tem até um quintal. Ele era moreno, um musculoso magrelo, troncudo, acho que não sei descreve-lo muito bem, não consigo encontrar as palavras certas, acho que sou péssimo em descrever as pessoas fisicamentes, porque noto muito outros detalhes, alguns em sua maioria de forma bem sexual, mas quando é algo de mais pureza, sei lá, parece que a pessoa é muito mais especial que aquele corpo que me apresenta. É paixão o nome?

O nosso encontro foi divertido, brincamos naquela máquina de pegar coisas, acho que eram ursinhos e coisas tecnológicas. Eu fiquei puto com ele, pois a gente gastou pouco mais de 20 reais, em 5 tentativas falhas, e ganhamos só algumas balinhas com a atendente. Depois disso, eu falei que precisava de ar, de fumar um cigarro no estacionamento. A gente foi pro final do estacionamento, numa parte mais escura, onde mais á frente tinha uma espécie de aterro ou campo, e não dava pra gente ir pra la haha. Quando chegamos, eu nem quis saber de cigarro, eu agarrei ele e beijei. Ele me abraçou meio envergonhado, mas eu segurei sua cintura e não desgrudei a minha boca da dele, e ele foi relaxando mais, e nossos corpos se colaram bastante. Eu nem me importei se alguem pudesse aparecer, não deveria ser errado dar uns pegas no teu namorado num estacionamento de shopping. A gente não era namorado, nunca tinha havido o pedido, mas eu me sentia total entregue, então nem me importava para o que a gente era. Durante a nossa pegação, claro que eu já estava excitado, e reparei que ele tambem, eu queria descer a mão lá, pra dar uma ajeitada e conferida, sei lá, eu sempre gostei de fazer isso. Mas pelo jeito dele e conhecendo um pouco sobre ele, achei que seria praticamente um crime fazer aquilo. Quando estava entre a dúvida e a certeza do que seria bom fazer, ouvi um OW e uma lanterna veio em nossa direção, era um guardinha dizendo que a gente não poderia ficar ali ou fazer aquilo ali. Bom, a gente se soltou meio sem graça, e voltamos pro shopping, tomamos um sorvete e encerrar o encontro. Pegamos ônibus diferentes, e á cada segundo do meu caminho, fiquei lembrando do nosso beijo, que apesar do local e desconforto, o nosso abraço estava quente, servindo de proteção, e me senti tão protegido nos braços dele.
Nos falamos por mais uma semana inteira, até que numa noite decidi ir no serviço dele, só para vê-lo, perguntei se podia e ele liberou. Não foi difícil encontrar o hotel, que parecia mais uma pousada. Foi engraçado ver ele no local de serviço, com o hotel quase vazio, e num dia de semana bem parado mesmo, ele era o rei daquele lugar, e este rei vestia uma roupa que mais parecia pijama, até perguntei se ele não dava umas escapadas pra algum quarto e dormir. A gente mal se cumprimentou, acho que ficamos envergonhado, era a terceira vez que nos viamos, e mais parecia que éramos ainda total estranhos. Ele me presenteou com uma camiseta, segundo disse que era por causa do meu aniversário passado. Uma camisa branca, tamanho g, com estampa de uma caveira com cabelo e bigode. Me perdi ali em cima, que na verdade, nosso primeiro encontro foi numa praça do centro da cidade, mas eu ainda não estou preparado para falar sobre.

Neste dia, eu fiquei muito feliz, não esperava ganhar um presente dele, tipo, tinhamos conversado sobre isso, sobre se eu tinha recebido presentes no meu aniversário, mas eu disse que não curtia, e graças a deus me davam dinheiro, pois roupa é meio difícil de me agradar. Então eu nem me preocupei se ele me presentearia depois disso, eu sentia que ele queria haha. Então neste dia, foi quando as coisas deram errado, quando eu pensei que só melhoraria. A gente foi pra cozinha do hotel, ele me deu um copo de água, e após isso, eu sugeri da gente tirar umas fotos juntos, eu tive de insistir. Tiramos 3 fotos, ele estava com uma camisa polo azul bem ajustada no corpo, que deixava á vista o abdomem um pouco definido, os peitos quadrado, os mamilos durinho, que eu poderia pensar que fosse por causa do frio ou por minha causa, gostaria de acreditar que sim.
Nos beijamos, e o beijo dessa vez ficou mais quente, tinhamos uma cozinha inteira, num hotel bem vazio, e era madrugada, ninguem chegaria ali. Ele se entregou mais ao beijo dessa vez, nada receoso em relação ao seu uso de aparelho, que disse que se importava. E eu estava com muito tesão, queria explorar com as mãos cada parte daquele corpo, queria me fundir á ele, queria que suas mãos se fundissem na minha cintura, que aqueles braços grossos e de veias saltadas, continuassem raspando em meus braços, me deixando com mais desejo de continuar beijando-o. Num dado momento, entre pequenos gemidos e suspiros, e com o garoto indo de tímido á mais safado, apalpando de leve a minha bunda, eu pensei que seria prazeroso pra ele, se eu pegasse no volume que se formava naquela calça, que parecia que rasgaria o tecido. Mas apartir do momento em que meti a mão lá, conferindo um pau grosso e grande, que ia até a cintura, e pulsando levemente, reparei que o nosso beijo esfriou um pouco. E não demorou muito, a gente parou de se beijar, ele rindo sem graça, e falamos mais algumas bobagens, e ele disse que tinha que voltar pra recepção, a nossa relação mudou da água pro vinho, ele ficou seco e desconversava, então decidi que seria bom ir embora pra casa.

O que aconteceu ao longo da semana, foi o nosso papo diminuir até ficar raro de acontecer, então sem nem nos despedirmos, paramos de nos falar de vez.

O rombo que isso causou na minha mente, foi bem difícil de assimilar, a gente parecia que dava certo em tudo, e eu não conseguia encontrar o momento exato em que tudo deu errado. Nem pensei em ir atrás perguntar, eu já estava satisfeito de mais com tudo o que já vivi, com relacionamento passado, e que ainda me perseguia ao longos do anos, acho que eu não merecia ter de cavar mais nisso, que tinha deixado um sinal claro de que eu tinha feito uma merda grande, que não sabia o que era, e nem saberia.

Acontece, que tambem em 2016, eu conheci um menino pelo tinder, no mês de junho, e em setembro, a gente se tornou bem amigos. Do tipo de fazer rolê todo final de semana, conversar todos os dias, trocar umas idéias muito massa, e que quando ele se mudou mais para o centro da cidade, ai que a amizade melhorou, pois saiamos dos rolês e eu ia pra lá, e dormia.
A nossa amizade alavancou de forma veloz, a gente já confiava um no outro, nos apoiávamos, ambos estávamos tendo um ano difícil, e eu tentava guardar a minha dor no bolso, para dar maior suporte á ele, se tornou meu melhor amigo em pouco tempo. Em janeiro de 2017, a gente estava no auge da nossa amizade, faziamos tudo juntos, e nos divertiamos á beça. Até que o carinha em que conheci no ano passado, e que tinhamos tido aquele término não avisado, ressurgiu na minha vida. Em resumo, eu o apresentei aos meus novos amigos, e pronto, eles se indentificaram tambem, e viramos um trio de amigos. Eu nem sei explicar como eu me senti com o reaparecimento dele, me deixou balançado, ainda mais que ele estava muito mais bonito, saindo daquela fase de puberdade, e ficando mais adulto. Tinha se passado cerca de 6 meses, muita coisa tinha mudado para nós. É claro que fiquei feliz dele estar dando certo com meus amigos, mas toda vez que olhava pra ele, sentia aquele velho desejo de antes, de querer beija-lo, de querer ser notado por ele, e ele pouco notava ou falava disso. Até que um dia a gente teve uma conversa, estávamos chapados na porta de uma boate, e eu o chamei para ir ao posto comprar uma água. Na volta, sentamos na calçada de frente á boate, e eu criei coragem em perguntar o motivo dele ter sumido sem me avisar. Ele enrrolava, não queria me dizer, e me pedia pra deixar pra lá. Eu questionei sobre o nosso primeiro encontro, ali perto de onde estávamos, sugeri até irmos lá, mas ele não queria. Eu perguntei se tinha sido tão ruim, que só tivemos o segundo no shopping, como apenas uma segunda chance. Ele ficou em pé, e parou de frente á mim, colocou suas mãos no meu rosto, e disse de forma bêbada, mas falou que aquele nosso primeiro encontro tinha sido o melhor da vida dele. Fiquei sem reação, várias perguntas começaram a vim sobre mim, vários questionamentos, como se tivesse sido tão perfeito quanto diz, porque a gente não durou, por exemplo. Não me lembro bem se a gente se beijou depois disso, mas o que lembro é que depois desse dia, a gente passou a se aproximar mais, e de novo. Em pouco tempo, decidimos retomar de onda paramos, e ficamos namorando, assumindo somente pros nossos amigos próximos. Acontece que, eu já não me sentia atraido por ele sexualmente, e ele parecia que estava por mim. As coisas pareciam ter se invertido, pois vim á saber que ele tinha sumido antes, porque no dia em que massageei o seu pau por cima da calça, ele se sentiu um objeto em minhas mãos, sentiu as intimidades invadidas sem conssentimento, me fez me sentir um monstro tarado. Então iamos ás festas, boates, todo mundo o desejava, e ele sabia disso, e dava atenção pra qualquer um que chegasse nele, nunca saberei se ele chegou a me trair, mas durantes as festas, era como se eu nem existisse, nosso amigos comentavam sobre. Na hora de ir embora, ele ficava cheio de carinho comigo, até chegar na casa de nosso amigo, ele deitava na cama de casal junto do meu amigo, e eu ficava na varanda fumando. Em muita dessas vezes, eu chegava á cama e ficava admirando ele dormir, passava a mão em seu corpo em forma de carinho, e nas vezes que ele me flagrava, me pedia um beijo rápido, mas só. Numa tarde em que nos encontramos lá por acidente, a gente deu uns pegas naquela cama, enquanto meu amigo lavava a roupa na área. Ele ficava excitado e nem disfarçava, deixava eu passar a mão, nos beijavamos pra caramba, mas toda hora que ele supunhava a gente transar, eu recuava, e mal entendia o motivo. E foram quase 2 meses a gente levando a vida assim, nosso relacionamento nas palavras mais ditas pelo olhar e atitudes, do que as proferidas, e então em dado momento, achamos que tinhamos virado mais amigos do que namorados. E então o meu INFERNO pessoal começou.


>> Duvido que alguem vá ler esse conto romântico e sem graça, sendo que eu queria dizer muito mais, mas ainda não encontrei aquela linha do raciocínio confortável. Mesmo assim, no próximo conto vou falar sobre o misterio do nosso primeiro encontro, e o quanto isso afetou a nossa amizade nos ultimos 3 anos.


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Comentários


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universitariomg Comentou em 25/05/2020

Continua cara, tá bacana




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Ficha do conto

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mikah

Nome do conto:
O nosso amor é uma tragédia americana.

Codigo do conto:
156323

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
15/05/2020

Quant.de Votos:
3

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