Celo e eu sempre fomos melhores amigos. Me lembro exatamente do momento em que me dei conta de que estava apaixonado por ele. Faltava algumas semanas para mudar de cidade e estava de coração apertado por deixar o meu melhor amigo. Estávamos numa festa de uma amiga nossa, quando eu vi o Marcelo se afastando do salão com uma menina pendurada no braço dele. Meu coração disparou. Sempre sentira ciúmes dele, mas nunca tão forte quanto aquele dia. Segui os dois furioso. Encontrei-os se beijando, atrás de uma mangueira, no jardim da casa de festas. Foi exatamente naquele momento que me dei conta que eu queria estar no lugar dela. Eu sempre amei o Marcelo.
Saí da festa apressado. Liguei para o meu pai, disse que estava com dor de cabeça. Chorei do lado de fora, esperando meu pai chegar e quando o carro dele apareceu, eu já estava recomposto, parecendo apenas estar realmente com uma enxaqueca.
— Cadê o Marcelo? — foi a primeira coisa que o meu pai quis saber. Droga, eu não queria ouvir falar dele naquele momento. Queria esquecer aquela cena.
— Não quis vir ainda, disse que vai pegar uma carona com os pais da Heleninha — respondi afivelando o cinto, sem demonstrar nenhuma emoção. Fomos para casa e me tranquei no meu quarto assim que chegamos. Meus pais não estranharam, vez ou outra eu estava com dor de cabeça.
O Marcelo apareceu por lá no dia seguinte, eu quase não quis ver ele, mas achei melhor fingir que nada acontecera.
— Você não sabe, já que saiu da festa cedo, mas eu fiquei com a Clarissa, aquela prima do João Alberto do 8º ano — me contou ele, olhando para mim meio desconfiado, meio apreensivo.
— Eu sei, eu vi vocês dois — respondi sem olhar para ele, tentando parecer indiferente. Marcelo ficou calado, meio pensativo.
— Ela é legal, mas... — começou ele, depois de longos minutos de silêncio entre a gente. — Sei lá, foi meio estranho... Não era ela quem eu realmente queria estar beijando...
— E por que beijou então? — questionei meio agressivo, sem conseguir me controlar. Estávamos os dois sentados na minha cama, de frente para a TV. Marcelo olhou para a porta fechada e então, sem que eu esperasse me beijou. Aquele foi o momento mais incrível da minha vida até ali, nunca havia me sentido tão bem. O paraíso era doce, tinha gosto de balinha de tutti-frutti.
***
Eu estava, anos depois, me sentindo exatamente daquela maneira. Não, não do jeito que me senti no nosso primeiro beijo, mas da forma que me senti quando o vi beijando a Clarissa, prima do João Alberto do 8º ano. E... bem, não estava me sentindo exatamente da mesma maneira, já que Marcelo não estava beijando ninguém, ainda bem. Mas eu me sentia deixado de lado. Estava de saco cheio. Quando chegávamos à aula ele tinha um lugar guardado para o Marcelo ao seu lado. Quando íamos almoçar, saíam os dois à minha frente e me esqueciam. Quando estávamos eu e Marcelo na minha casa, ele ligava e roubava meu namorado de mim por horas a fio.
Isso tudo começou há uns cinco meses quando o Miguel, vindo transferido de outra universidade em outro estado, começou a estudar conosco. No começo eu o achava legal, divertido, até perceber o quanto ele dava em cima do meu Marcelo. Ele fazia questão de atrapalhar o nosso namoro. E o idiota do meu namorado não percebia. Ou fingia que não percebia. Estava tão irritado com o que acontecia nos últimos tempos que passei a culpar o Marcelo pelo comportamento do amiguinho dele.
— Que besteira, Edu. Você vê coisa onde não tem — defendeu-o Marcelo, quando discutíamos sobre o assunto.
— Tá bom, Marcelo, eu sou o ciumento paranóico. Sempre fui, não é? Você é só um cara simpático e inocente, que vê o melhor das pessoas — vociferei zangado. — Tô começando a achar que você gosta disso, gosta de se sentir o macho desejado, gosta de me ver lutando pra te manter. É isso, não é?
— Não é nada disso, você fica inventado essas...
— Não, Marcelo, não admito que você diga que é tudo invenção minha, como se eu fosse um louco obssessivo. Quer saber de uma coisa Marcelo? Eu quero dar um tempo no nosso namoro.
— É o que? Você perdeu o juízo? — Marcelo se levantou, olhos arregalados, sem acreditar que eu pudesse propor algo do tipo.
— Não Marcelo, nunca estive tão são. Acho melhor a gente dar um tempo e pensarmos um pouco sobre nós dois. Aproveita esse tempo pra avaliar tuas atitudes, que eu com certeza estarei me avaliando também.
— Não, Edu, não precisa disso não. A gente pode resolver esses problemas pequenos sem terminar, não faz isso comigo. — lágrimas silenciosas escorriam por seu rosto. Eu também derramava as minha, mas me mantive firme.
— É melhor, Marcelo. É bom você ir embora agora também...
Ainda chorando, Marcelo balançou a cabeça repetidamente, como se não acreditasse, e saiu do meu quarto. Só então, sozinho, pude desabar e chorar todas as lágrimas do mundo.
***
Era sexta-feira. A semana tinha sido horrível. Vira Marcelo todos os dias na universidade, sentado distante de mim. Ele quisera se aproximar, mas não permiti. Ele ligava pra mim e eu o ignorava. Eu estava sofrendo, mas queria fazer Marcelo refletir. O tal Miguel nunca estivera tão feliz. Às vezes, quando via o sorriso cínico dele, me sentia estúpido por ter dado a chance a ele de mão beijada. Mas eu ainda tinha confiança no Marcelo.
Eu estava deitado no sofá. A televisão estava ligada num filme triste, mas eu não conseguia prestar muita atenção. Estava sozinho em casa. Minha mãe tinha saído mais uma vez com um cara alto e bonitão que era cliente da loja da minha avó. Eu estava tão desanimado que quando a campanhia tocou eu nem pensei em quem poderia ser, me levantei automaticamente e abri a porta.
Sim, era Marcelo.
Ele estava lindo e extremamente cheiroso. Com uma camiseta verde apertada, que eu tinha dado de presente a ele e que evidenciava os seus braços fortes, e uma calça jeans escura. Sua barba estava aparada, do jeito que eu mais gostava.
— Posso entrar, Edu?
— Pode.
Fechei a porta e olhei para o Marcelo, esperando ele falar.
— Primeiro, eu quero te pedir desculpas — começou ele, com o olhar tristonho —, por ter sido tão idiota com você ultimamente.
Eu não respondi, esperei ele continuar.
— Você estava certo, Edu. Sobre o Miguel. Eu fui um estúpido de não ouvir você e ficar cego quanto ao comportamente dele.
— O que ele fez pra você perceber? — perguntei desconfiado. Cruzei os braços.
— Ele... ele tentou me beijar — confessou sem olhar para mim.
— Tentou? Ou beijou?
Marcelo levantou a cabeça e olhou nos meus olhos.
— Só tentou, eu não permiti. — Ele se aproximou de mim — Edu, eu te amo. Eu te amo demais. Essa semana sem você foi a pior de todas. Pior do que todo o periodo que você morava longe. Eu não quero ficar mais nenhum dia sem você.
Ele colocou uma mão na minha nuca e a outra na minha cintura. Eu continuava com meus braços cruzados.
— Eu prometo, Edu, prometo que...
— Marcelo — eu o interrompi —, eu te amo.
Celo sorriu e me beijou. O paraíso continuava doce, mas agora tinha gosto de menta.
***
Meu pai apareceu na sala só de cueca, enquanto jogávamos UNO. Já era madrugada, tínhamos ficado ali e o Felipe aparecera depois e começamos o jogo, falando baixinho para não acordar o velho. Estava numa casa de praia jogando UNO com o namorado do meu pai, que tinha minha idade. Loucura.
O seu Carlos passou para a cozinha e o Felipe logo foi atrás. Meu pai estava feliz demais, o que me deixava muito contente. Marcelo me abraçou. Me aconcheguei em seu peito. Começamos a ouvir uns barulhos estranhos vindo da cozinha. Poderia...? Olhei para Marcelo e ele parecia estar pensando o mesmo que eu. Rimos e nos beijamos. Celo mordeu o meu pescoço e colocou a mão por dentro da minha camiseta, acariciando os meus mamilos. Aquilo me excitou muito. O som ritmado da foda que acontecia ali perto ficou mais alto.
— Vamos para o quarto — chamou Marcelo ao meu ouvido, mordiscando minha orelha.
Nos levantamos e fomos andando abraçados. Marcelo ainda com as mãos por dentro da minha camiseta, eu segurando os seus braços musculosos. Ele se esfregava em mim enquanto andávamos. O seu pau estava muito duro, eu o sentia na minha bunda.
Celo mal tivera tempo de trancar a porta e eu já estava em cima dele, tirando sua roupa. Beijei cada pedacinho do seu torso, aspirei o aroma de suas axilas e, por fim, engoli o seu cacete grosso, que parecia ter sido feito para me preencher. Marcelo ora acariciava minha cabeça me incentivando, ora mexia com a minha bunda, já exposta e empinada. Ele sabia exatamente onde me tocar para me deixar louco e eu respondia chupando o seu pau com força, da maneira que ele gostava.
Ele batia com a sua rola na minha cara, me fazendo olhar em seus olhos e implorar por mais. Eu colocava a língua para fora e ele batia sua glande nela. E então me deixava livre novamenta para chupá-lo e ia se divertir estapeando a minha bunda ou acariando o meu cuzinho. Marcelo pediu para que eu chupasse seu dedo médio e quando o tirou da minha boca eu afastei um pouco mais as minhas pernas. Gemi com seu pau na minha boca ao sentir aquele dedo me invadir de uma vez. Marcelo vibrou.
— Quero te comer, Edu.
Eu deitei na cama, de bruços, e Marcelo veio por cima de mim, me envolvendo com todo o seu corpanzil, enquanto seu pau reto e cabeçudo abria caminho por entre minha pregas para me invadir por completo. Marcelo me comia com força, suas estocadas eram fundas. Ele me apertava em seus braços e me beijava. Chupava o meu pescoço de tal forma que eu sabia que ficaria uma marca ali. Eu gemia cada vez mais alto. Era maravilhoso tê-lo ali dentro de mim. Marcelo me proporcionava um prazer indescritível.
Ele me inundou com a sua porra, como nunca fizera antes. Mas não parou, me amou o restante da madrugada inteira, em todas as posições possíveis.
— Seu, Edu, sou todo seu — dizia ele. E ali naquela, abraçados fortemente, erámos sim por completo um do outro, sem sombra de dúvida.
Continua porfavor!!!
que conto maravilhoso <3
Desculpa , mas por acompanhar e gostar de seus contos, me sinto no direto de dar minha opinião...muito meloso...até parece novela da rede globo...totalmente previsível e as reações de Edu são totalmentes femininas. Que se torna um nojo...!!! Sinceramente estou meio decepcionado.