Depois desse dia tentei ser menos rude com Toni, ainda não tinha entendido de onde vinha todo aquele meu encanto repentino por ele, mas tinha certeza que não ia me deixar ser levado por seu charme. Três dias depois do incidente do elevador ainda estava fazendo o papel de motorista dele, Toni estava um pouco desmotivado, todos esses dias procurando sem parar e não tinha conseguido nem um entrevista, mas isso não deixava que seu humor ficasse abalado. Saímos novamente e a essa altura já tínhamos rodado praticamente a cidade toda.
- Pelo que eu me lembro tem umas fazendas numa estrada depois da cidade, esses lugares sempre precisam de gente.
- E você espera que eu dirija até lá? aquelas estradas de terra horrorosas vão acabar com meu carro!
- Quanto mais rápido eu arrumar um emprego você para de dirigir pra mim e eu saio da sua casa...
Pisei forte no acelerador em direção as tais fazendas assustando Toni.
Logo a qualidade do asfalto deu lugar a paralelepípedos que por sua vez deu lugar ao chão de terra e pedra, o carro chacoalhava por conta da inconstância da estrada. Bem de longe era possível avistar uma fazenda, mais dez minutos e chegaríamos se não fosse o carro que começou a engasgar e morreu.
- Só pode tá de sacanagem com minha cara!
Tentei ligar novamente várias e várias vezes e nada, comecei a bufar e socar o volante.
- POR QUE ESSAS MERDAS TEM QUE ACONTECER COMIGO?
- Calma garoto!
- Calma nada, primeiro o elevador agora isso? Pelo menos a fazenda tá perto, vamos tem que empurrar até lá!
Ele riu com desdém, se inclinou sobre mim e puxou a alavanca que abre o capô. Naquele momento pude novamente sentir seu cheiro bem de perto e aquela sensação estava voltando.
- Eu não vou empurrar nada, tá longe pra cacete, você pode não saber mas eu já trabalhei como mecânico por um tempinho.
Me senti mais aliviado e logo perguntei.
- Ué, um mecânico que não sabe dirigir?
- Quem disse que eu não sei? - ele disse saindo do carro e eu o acompanhei.
- Como assim? - perguntei indignado - Se você sabe dirigir por que eu tô sendo seu motorista?
- Nunca tive oportunidade de tirar minha carteira, tive uma vida um tanto quanto difícil - ele disse abrindo o capô - e na minha situação...prefiro não dar motivo pra polícia querer me parar.
Ele riu sem graça e tirou a camisa, novamente aquela sensação, um calafrio correu pelo meu corpo por ver seu corpo, aproveitei que ele estava focado em arrumar o carro e não tirei os olhos de seu corpo, e nem conseguiria se quisesse; ele tirava e colocava cabos nos lugares praticamente narrando o que estava fazendo e pra mim ele falava grego, eu não entendia absolutamente nada de carros.
Suas mãos começaram a ficar sujas de graxa, vez ou outra ele passava a mão acidentalmente na barriga, no peito e até no rosto ficando agora todo sujo de graxa e inevitavelmente suado. Por uma momento pude visualizar ele trabalhando como mecânico em uma daqueles macacões que me deixavam sem fôlego.
- Felipe! - ele disse alto como se já tivesse me chamado e eu não tivesse ouvido, me tirando do meu devaneio - Tenta agora.
Enfiei a mão pela janela e dei a partida, o carro ligou e ele abriu um sorriso.
- Ainda sou bom!
Seu sorriso era verdadeiro, ele parecia gostar de fazer isso.
- Não tá fechando - ele disse empurrando o capô.
- Tem que ser com jeito - fui até a frente do carro e parei do seu lado, muito, muito perto - a trava tá com problema.
Fechei o capô e não me movi. Me vi novamente na situação do elevador, os dois colados olhando um nos olhos do outro, ele novamente com aquele olhar safado e sabia o que ele estava prestes a fazer. Suas mãos sujas de graxa seguraram minha cintura com ainda mais força, não me importei nem um pouco com toda a sujeira, ele me colocou sentado no capô do carro e minhas pernas envolveram sua cintura, sua boca estava tão perto da minha que conseguia sentir seu hálito em meu rosto, minhas mãos agarraram suas costas suadas. Suas mãos apertaram minha cintura ainda mais forte e eu soltei um gemido baixinho, seus olhos ainda fixos em mim, seus lábios tocaram meu pescoço e eu me arrepiei por inteiro quando ele começou a beijar minha pele.
De longe pude ouvir um carro vindo, empurrei ele e ficamos separados até que a caminhonete azul passasse, nesse pequeno instante me dei conta do que estava fazendo, há quatro dias atrás eu odiava Toni (e talvez ainda odeie), o ex-presidiário que parou na minha casa pra me infernizar, agora eu estava aqui dando uns amassos com ele? Isso estava errado, eu não poderia ganhar essa guerra da minha mãe se ficasse por aí pegando os peões dela, sem contar que lá era irmão do homem que eu planejava ficar junto.
Eu não podia ficar com ele. Infelizmente eu não podia.
Ele voltou a se aproximar mas pus as mãos sobre seu peito para impedi-lo, ele provavelmente viu isso como uma brincadeira e não parou, suas mãos pegaram minha cintura novamente e logo veio pra cima de mim.
- Melhor não Toni!
Ele sorriu, realmente achando que era brincadeira.
- Toni não! - falei mais alto.
Ele olhou pra mim com uma das sobrancelhas arqueadas e logo voltou tentar me beijar. Acabei ficando nervoso e dei um tapa em seu rosto sem pensar, ele se afastou incrédulo e quando me dei conta ele devolveu o tapa, sua mão suja deixou uma ameças de graxa em meu rosto que agora combinava com minhas roupas antes sujas por suas mãos.
- VOCÊ É LOUCO!
Mesmo que relutante eu tinha que concordar com ele, parecia que eu não conseguia controlar meu sentimentos ou sequer minhas ações, isso estava me matando. O meu lado mais obscuro queria Toni, mas era impossível passar por cima do meu orgulho e ficar com ele. Eu já tinha deixado bem claro que não gostava dele, não podia voltar atrás só por causa de um desejo bobo. Sem contar Alberto, que não ia gostar nada de saber que eu ando por aí me agarrando com seu irmão.
Toni já estava dentro do carro com a cara fechada.
- Pode ir pra casa! - ele disse.
- Mas a gente não ia...
- Pra casa.
Aquela tarde foi insuportável, fiquei no quarto pensando sobre mim e todas essas dúvidas, e não sabia o que fazer pra ignorar esse tesão incontrolável por Toni.
Marta avisou que minha mãe e Alberto não jantariam em casa e que deixado comida pronta para mim e Toni antes de ir.
Toni e eu estávamos sozinhos em casa, ele não tinha dirigido mais nenhuma palavra a mim. Desci pra jantar e ele estava na sala assistindo tv, nem se deu o trabalho de olhar pra mim. Estava na cozinha lavando as mãos quando de longe avistei na lavanderia as roupas que Toni tinha usado mais cedo, no meio de toda a sujeira de graxa estava a cueca escondida. Senti aquele fogo novamente, e sem pensar em nada eu a peguei e trouxe lentamente pra perto do meu rosto. Tinha um cheiro forte, seu cheiro de homem. Guardei a cueca em meu bolso e subi sem nem tocar na comida na cozinha.
Entrei em meu quarto e sem nem fechar a porta coloquei a cueca próxima a meu rosto novamente, o cheiro era hipnotizador como tudo naquele homem, eu respirava fundo e queria guardar pra sempre. Meus olhos estavam fechados enquanto eu aproveitava a única coisa que podia ter dele e quando me dei conta senti um calor enormes atrás de mim, seu corpo se encaixou atrás do meu, seu pau ficando duro sarrando em minha bunda sob seus shorts, seu peito peludo perfeitamente grudado em minhas costas, uma de suas mãos envolveu o meu tronco e a outra segurou a cueca com força contra meu rosto, seus lábios quase encostaram na minha orelha quando ele começou a sussurar com sua voz grossa:
- Não quero saber de desculpas agora, não vai se safar dessa!
Deixei sua cueca cair e logo ele me jogou na parede do quarto ainda com mais força do que quando fez no elevador, agarrei seu pescoço com força e ele pressionou seu corpo contra o meu; minhas pernas envolveram sua cintura quando ele me agarrou, sem demora sua língua invadiu minha boca num beijo intenso, selvagem e sem pudores.
Naquele momento eu não conseguia pensar em minha mãe, em Alberto ou em qualquer uma das brigas que tive esses dias, só queria sentir todo o prazer que Toni podia me proporcionar.
Ele me jogou na cama com uma força que beirava a brutalidade e eu não me importava nem um pouco, tirou minha roupa rapidamente quase rasgando as costuras e fez o mesmo com as dele, ele subiu em cima de mim, segurando cada parte do meu corpo com suas mãos firmes enquanto sua língua percorria toda minha pele. Eu estava em chamas, ávido por ele. Ele enfiou seu pau em minha boca e começou a socar, mesmo eu me engasgando ele não parava e parecia gostar de ver o misto de tesão e desespero que refletia em meus olhos. Depois de foder muito minha boca Toni mandou que eu me inclinasse na beirada da cama, sua língua deixou meu cu completamente lubrificado pra receber seu pau mas ele fez questão de lambuza-lo mais ainda.
Ele encaixou o pau bem na entrada do meu cu e sem nenhuma dó de mim fez com que seu pau escorregasse pra dentro de uma única vez; era mais grosso do que eu estava acostumado então o atrito fez com que queimasse, soltei um gemido alto é isso pareceu acende-lo mais ainda.
- Grita... vai... grita...isso! - ele dizia entredentes enquanto começava a bombar com força no meu cu.
Não havia silêncio no meu quarto, a cama estava rangendo, eu gemia, Toni me xingava sem parar e o barulho que seus tapas causavam poderiam com certeza ser ouvidos da sala, seu saco batia na minha bunda enquanto ele socava e fazia um som que me deixava louco.
Me deitei na cama e ele se deitou por cima de mim sem me dar descanso, voltou a meter com força no meu cu agora olhando fixamente em meus olhos como se fosse meu dono, uma de suas mãos apertava meu pescoço com força e a outra dava tapas fortes na minha cara.
Eu não conseguia parar de gemer em nenhum momento, não queria que acabasse nunca, aquela transa estava me levando as alturas de uma maneira completamente diferente. Toni mantinha aquela feição de bravo enquanto fodia o que me deixava fora de mim, eu me contorcia de prazer enquanto sua pica entrava e pedia mais no meio dos gemidos. Ele me acertava com tapas na cara cada vez mais fortes o que me deixava querendo mais e mais.
Agora de quarto, Toni fazia meu rabo arder com tantos tapas, eu rebolava, pedia mais e ele atendia ao pedido da sua puta. Meu cabelo estava emaranhado em seus dedos e ele puxava cada vez mais forte, fazendo-me contorcer ainda mais. Ele não parava de me foder nem por um segundo, sequer diminuía o ritmo, meu corpo já estava esgotado mas eu não sentia a menor vontade de parar, queria mais, queria dar e sentir o máximo de prazer que eu conseguisse.
Acabei gozando só com a penetração anal e Toni ainda continuou a foder por longos minutos, quando estava prestes a gozar enfiou o pau em minha boca novamente e depositou toda sua porra na minha boca, urrando de prazer e me fazendo delirar. Depois de gozar ele agarrou meu pescoço com força e chegou bem perto do meu rosto e começou a me beijar intensa e lentamente.
Minhas transas com Alberto eram sempre calmas, tranquilas, apaixonadas, ele me trazia a segurança que nunca tive em minha vida toda... com Toni era totalmente o oposto, eu me sentia exposto, entregue, vulnerável e sinceramente nunca pensei que isso poderia ser bom... mas tinha acabado de descobrir que era melhor do que eu imaginava e tinha certeza que não ia deixar isso parar por aqui, queria mais desse sentimento. Queria mais desse prazer.
Queria mais de Toni.
__________
Obrigado a todos que estão acompanhando, comentem o que estão achando e até o que gostariam de ler.
Bj
Gente que maravilhoso!!! Me escrevi só para comentar esse conto 😍
Nossa foi intenso eu também quero o Tony kkkk
Lido e votado.Muito bom mesmo.Ortografia e gramática e o desenvolvimento,bons.Alguns deslizes de gramatica,mas o mais importante é que você imprimiu o que talvez -autores ou escritores querem - fazer viajar no delírio de quem escreve.Enfim : tesão mesmo. Agora, que tal o o irmão do do Toni sacar alguma coisa?
Só quero a parte 4 logo! RSS Que conto sensacional! Super excitante
Continua cara pfv. Isso me lembra muita coisa uma foda selvagem assim