Enzo2

Chegando ao apartamento, tomou um banho demorado e sentando-se no sofá acabou adormecendo. O som da campainha tirou-a de um sonho em que, os acontecimentos daquela manhã repetiam-se sem que ela pudesse fazer nada.
        __ Abra Susan, sei que está aí.
        Ela ficou imóvel, apavorada demais para pensar em fugir pela escada de serviço.
        __ Eu disse para abrir ! – o tom que ele usou foi severo e não admitia desobediência.
        Assim que abriu, ele a segurou pelos pulsos, apertando até que ela gritasse de dor.
        __ Nunca mais faça com que eu repita uma ordem, entendeu ?
__ S-sim, senhor Moretti.
Ainda segurando-a, ele trancou o porta. __ Quando estivermos à sós, me chame apenas de Enzo. Encontrarei outras formas para lembrá-la quem é o “senhor” aqui.
__ O senhor ... Você não pode exigir que eu aceite essa situação! É um preço muito alto. Não pode querer que eu o obedeça incondicionalmente. – disse assustada. __ Encontrarei uma forma de devolver-lhe o dinheiro.
Mesmo antes de terminar a frase, Susan já havia se arrependido. Sabia que iria obedecê-lo, sabia também que de alguma forma, ele havia se apoderado dela antes mesmo que ela tivesse tirado o dinheiro. O que tinha dito, talvez fosse a sua última tentativa de se rebelar.
Mas sua atitude serviu apenas para enfurecê-lo. Tirando um cordão do bolso do paletó, Enzo amarrou-lhe os pulsos diante do corpo. Sem reagir, Susan foi empurrada de encontro à parede, seus braços foram presos à um antigo gancho para plantas.
__ Exijo que aceite, e quero que obedeça. Vou ensina-la à ceder, sempre. Agora só o que importa é a minha vontade, meus desejos, meu prazer. – enquanto falava ele abriu-lhe o roupão, e sem nada que o impedisse, tocou-a. Confirmando a posse, mostrando que podia fazer o que quisesse. Ora causando dor, ora prazer.
Susan mantinha os dentes trincados, numa tentativa de impedir os gemidos, mas foi em vão. Enzo tinha o controle, provando que podia fazer seu corpo reagir segundo seus comandos, obrigando-a a render-se. Lágrimas quentes rolaram por seu rosto e ela baixou a cabeça para que ele não visse a derrota em seus olhos.
__ Porque está fazendo isso comigo? – choramingou. __ Se eu não tivesse tirado o dinheiro estaria agindo da mesma forma?
Erguendo-lhe o queixo, ele fez com que ela o encarasse. E enquanto olhava dentro de seus olhos, colou seu corpo ao dela, forçando-a afastar as pernas, e fazendo seu membro duro pressioná-la.
__ O que fez apenas me dá mais poder sobre você. Sabe muito bem que eu tomo tudo que quero. Hoje, no escritório, quando prometeu que faria tudo que eu quisesse, não sabia que seria assim ?
__ Eu só disse aquilo porque estava com medo.
Tarde demais, Susan pôde ver a raiva crescendo em seu rosto. E antes que conseguisse afastar-se, como forma de puni-la, ele bruscamente, a penetrou.
Para impedi-la de gritar, Enzo colou sua boca à dela. Foi um beijo rude, que se aprofundava à cada nova estocada, mesmo depois de gozar dentro dela, ele só parou quando sentiu que ela parara de resistir. Afastando-se, foi até o bar e serviu-se de uma bebida.
__ Meus pulsos estão machucados, e meus braços dormentes. – queixou-se humilhada.
__ Já conseguiu o que queria, porque não me solta ?
Sentando-se no sofá a sua frente, Enzo contemplou a mulher presa à parede. Tinha a pele clara e curvas maravilhosas, seus seios eram perfeitos, com bicos pequenos e rosados, os cabelos dourados combinavam perfeitamente com os olhos verdes de cílios longos...
__ Esta foi apenas sua primeira lição. Serviu para mostrar como serão as coisas. Se quiser que eu a solte, terá que pedir. – disse com um sorriso malvado.
Presa à parede, Susan tinha a impressão de estar vivendo um sonho, desses que quando se acorda, sabe-se impossível de acontecer. Só não entendia porque, depois de tudo que ele fizera, não gritava por socorro. Sabia que se o fizesse, algum vizinho a ouviria e viria em seu auxílio.
Mas ela permanecia quieta, sem vontade própria. Estar inteiramente à sua mercê a enchia de medo, mas estranhamente parecia que deveria ser assim. Desde a primeira vez em que o vira, seu subconsciente parecia dizer-lhe que pertenceria aquele homem.
Não querendo ouvir a própria voz implorando que a soltasse, uma última tentativa de resistência, fez com que ficasse calada.
Ao constatar que ela nada diria, Enzo levantou-se, e sem nenhuma dificuldade, virou-a, fazendo com que seu rosto ficasse de encontro à parede.
__ Decisão errada, Susan. – disse sussurrando ao seu ouvido, enquanto deslizava possessivamente as mãos por seu corpo.
__ Agindo assim, me obriga à fazê-la ceder.
Mesmo sem poder vê-lo, ela ouviu nitidamente quando ele desafivelou o cinto e o retirou dos passantes. Prevendo o que viria à seguir, seu coração tornou-se gelado e apavorada, forçou os pulsos tentando soltar-se.
__ Não! – a palavra saiu ao mesmo tempo em que o cinto a atingia. Em meio ao som dos próprios gemidos, ela tentou pedir-lhe que parasse, mas um resquício de rebeldia a impediu de fazê-lo.
Atordoada, Susan demorou um pouco para perceber que ele havia parado. Tinha o rosto molhado pelas lágrimas e soluçava baixinho, temendo o momento em que ele recomeçaria a bater.
__ Foi o suficiente? – a voz pareceu vir de muito longe, ela conseguiu apenas balançar a cabeça afirmando.
__ Não, assim não. Quero ouvi-la pedir. – enquanto falava ela sentiu que suas mãos apertavam-lhe as nádegas, no local onde batera, provocando mais dor.
__ Quer que eu continue ? – falou rouco, demonstrando o desejo que sentia .
__ Não, por favor..., não me bata mais. – implorou, soltando o corpo, não tendo mais forças para resistir.
Fazendo com que suas mãos percorressem seu corpo até chegar aos pulsos, ele soltou-a do gancho da parede, deixando ainda suas mãos presas pelo cordão. Ela teve que apoiar-se nele, já que suas pernas pareciam feitas de gelatina. Seu corpo estava trêmulo e suado. Erguendo-a, Enzo carregou-a até o quarto, deixando-a em pé no centro do cômodo.
__ Agora você fará o que eu mandar. – disse desamarrando-a e esperando que ela assentisse.
__ S-sim. – murmurou, temendo que ele não ouvisse e se irritasse com ela.
__ Tire minhas roupas . Vou ensina-la a me dar prazer.
Trêmula, tentou , sem sucesso, abrir-lhe a camisa. As mãos estavam dormentes e o medo atrapalhava seus movimentos. Segurando-lhe as mãos, ele as levou até as calças, forçando-a a abri-las. Então empurrou-a para baixo, fazendo com que ficasse de joelhos.
__ Agora entende que me pertence? Que foi feita para me servir?
Susan ergueu o pescoço para olhá-lo e pareceu-lhe correto estar assim, à seus pés, submissa. Então, em resposta as suas perguntas, sem esperar pela ordem, ela passou a acariciá-lo com os lábios, sugando-o lentamente, procurando aprender a agradá-lo.
Percebeu que ele ficava cada vez mais excitado, e submeteu-se quando ele forçou o membro ereto mais fundo em sua garganta, segurando-a para que não pudesse se afastar. Mesmo temendo sufocar , ela suportou as investidas, cada vez mais rápidas e parecendo ir cada vez mais fundo. Quando finalmente sentiu o sêmen enchendo-lhe a boca, engoliu-o, sabendo, instintivamente, que se não o fizesse, ele a obrigaria.
__ Prepare a banheira, quero tomar um banho. – ordenou, sabendo que seria obedecido, pois indiferente , foi até a sala buscar outra bebida.
Levantando-se obediente, Susan espantou-se. Nunca havia se sujeitado assim à ninguém. O único namorado com quem fora até o fim, era tão inexperiente quanto ela, e após perder a virgindade, ela logo se desinteressara e terminara o namoro.
Ao passar pela parede do banheiro, onde havia um grande espelho, ela ficou imóvel, o choque impedindo-a de cumprir a ordem que Enzo lhe dera. A imagem no espelho era de uma mulher com cabelos em desalinho, de olhos febris e com o corpo repleto de manchas arroxeadas. Virando-se pôde ver as marcas deixadas pelo cinto, algumas delas mais escuras, onde este algumas vezes atingira o mesmo lugar. O que mais a desconcertou, foi que seu único pensamento era o de que não deveria mais desobedecê-lo , para que ele não precisasse puni-la novamente . Como se fosse realmente um direito dele tê-la tratado daquela maneira.
__ Por que não fez o que mandei ? – perguntou autoritário, aproximando-se. Então percebendo que ela se observava, segurou-a pelos ombros, permitindo que os dois se vissem pelo espelho.
__ As marcas servirão para lembrá-la de que seu corpo não lhe pertence mais. Agora ele é meu, para usá-lo como eu quiser. E também para puni-lo sempre que achar necessário.
Susan nada respondeu, seu silêncio demonstrando aceitação. Satisfeito, ele a soltou e ela tratou de encher a banheira, permanecendo cabisbaixa, sem conseguir encará-lo, envergonhada de sua servilidade, mas incapaz de rebelar-se.
__ Venha! – ordenou enquanto afundava na água quente. Susan obedeceu, acomodando-se no espaço entre suas pernas, ficando à sua frente, no lado oposto da banheira. Indicando-lhe o sabonete, Enzo ficou esperando, sabendo que ela entenderia o que deveria fazer.
Susan passou à ensaboá-lo lentamente, começando pelas pernas, mas sem coragem de ir adiante. Percebendo sua relutância ele segurou-lhe a mão, guiando-a até o membro entumecido, soltando-a apenas quando teve certeza de que ela não recuaria.
Enquanto o tocava, ela imaginou que antigamente deveria ser assim que as servas banhavam seus senhores. Esse pensamento a revoltou e a fez interromper bruscamente os movimentos.
__ Porque eu ? – as palavras carregando todos os sentimentos até ali represados, os olhos demonstrando raiva diante de tantas humilhações.
__ Continue, eu não lhe dei permissão para parar. – ordenou ríspido.
Inconformada com o absurdo da situação, ela começou a levantar-se, mas ele foi mais rápido, jogando seu corpo sobre o dela, espalhando água por todo o banheiro. A raiva fez com que por algum tempo, ela lutasse para se libertar. Mas já sem forças, foi levada até a cama, onde ele a jogou rudemente. Teve seu corpo novamente coberto pelo dele e seus braços foram presos acima da cabeça.
__ Porque você ? Porque foi feita para dar prazer à um homem. Eu soube disso na primeira vez em que a vi. A maneira recatada como se comportava, as roupas sérias, o penteado severo. Era tudo uma forma de esconder o desejo que há em você. Tentei seduzi-la do modo convencional, mas mesmo me desejando, você me rejeitou.
__ Eu... Eu queria apenas passar despercebida... – disse começando a duvidar das próprias palavras.
__ Despercebida ? Ou era apenas para me provocar e me fazer mudar as regras do jogo?
__ Está dizendo que eu queria que me obrigasse ? Que eu ansiava ser tratada dessa forma ? – perguntou incrédula.
Como resposta, Enzo a segurou com mais força, impedindo qualquer movimento. Usando os joelhos, afastou-lhe as pernas, penetrando-a facilmente. Enquanto movia-se lentamente, contornou-lhe os lábios com a língua, provocando-a. Susan fechou os olhos, e tentou pensar apenas na dor e humilhação que sentira ao ser surrada cruelmente. Mas a seguir ele desceu por seu pescoço, deixando um rastro de calor. Chegando aos seios, sugou-os demoradamente, parando apenas quando a ouviu suspirar baixinho.
__ Diga que não sente prazer. – provocou enquanto a penetrava mais fundo.
Susan mordeu os lábios, incapaz de pensar com clareza, tentando impedir que seu corpo se contorce-se sob o dele. A tortura continuou até que, atordoada, percebeu que ele a havia soltado, e era ela quem o enlaçava pelo pescoço, beijando-o e acariciando-o.
__ E então, quer que eu continue ? – perguntou voltando a massagear-lhe os seios, deixando-os duros e sensíveis.
Completamente perdida em um mundo de sensações, ela sentia-se derreter sob o toque daquelas mãos. Seu corpo acompanhando os movimentos cada vez mais rápidos. Quando pensou não poder mais suportar tanto prazer, foi sacudida por espasmos, e ouviu-se gritando o nome dele.
Percebendo que ela se entregava totalmente, ele deixou-se levar pelo orgasmo que o atingiu, permitindo que ela vislumbrasse toda a emoção escondida sob a máscara de frieza e crueldade que ele mantinha constantemente.
Sentindo o peso de seu corpo sobre o dela, Susan ficou calada, ouvindo suas respirações voltarem ao normal. Ainda com seus corpos entrelaçados, ele a olhou, avaliando a intensidade das emoções que pairavam em seu rosto.
__ Você é minha! Finalmente me pertence. – a afirmação foi categórica.
A constatação de que o que ele dizia era verdade, deixou-a conformada. Parecia não haver nada que ela pudesse ou quisesse fazer. Sentiu que o sono a estava vencendo, e antes de adormecer completamente, pensou que o que acontecera fora apenas o começo.




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Ficha do conto

Foto Perfil Conto Erotico coruja

Nome do conto:
Enzo2

Codigo do conto:
1178

Categoria:
Sadomasoquismo

Data da Publicação:
27/04/2003

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