O tempo passou deixando marcas e lembran-ças guardadas com carinho com as quais aprendi, o destino continuará a escrever minha historia até meu ultimo suspiro.
Em fim fase adulta, um fiozinho de barba aqui outro acolá, voz firme e para dezoito faltava dois meses, alistado, paraquedista, todo borrado no primeiro e no segundo salto, segundo grau completo e precisando trabalhar em tempo integral.
Pré-vestibulares de graça eram péssimos, ou-tros o olho da cara.
Liberado do exercito com plantão só nos fins de semana e meu primeiro emprego tomava meu dia.
Da luz surgiu à ideia de criar uma rede para encontrar pessoas que quisessem estudar, gênio de informática foi fácil, difícil era encontrar pessoas que quisessem estudar...
Noites e noites nas salas de bate-papo conse-gui montar uma rede, não a que eu buscava, com certeza encontrei vários amigos de confiança e não desisti de procurar.
Quando se é durão..., no bolso, mixaria con-tada mal da para despeças, gracinha nem pensar, loirinha gelada uma ou outra no mês, cinema quando o filme é muito aguardado; festinha se for boca livre, gatinha de parar o transito..., se for louca...
Assim era minha rotina no dia a dia, trabalho, casa, escola, nas altas horas rolava um bom bate papo em um desses bate papo conheci uma gatinha linda.
Tipo a foto não diz quem está por trás, nor-malmente às pessoas de boas intenções fazem o certo na rede não colocando seu perfil verdadeiro ou expondo sua foto.
Não importava no inicio amizade perfeita e ótima parceira para os estudos, bons amigos, papo fluía varando madrugas e no peito uma sensação estranha que eu a conhecia de algum lugar...
Insistia para usarmos webcam no intuído de ver seu rosto e talvez me lembrar de onde a conhecia, ela sempre se negava, tudo bem microfone sem fio andava pela casa toda sem perder o clímax.
O papo iniciava sempre com estudos, ela se preparava para fisioterapia, eu ginecologia...
Afinal examinar várias de todos os tipos com todo respeito era o meu sonho...
Ciente que onde há rosas existe também es-pinhos, jovens bonitas, feias, meia idade e idade bem avançada eram parte da profissão.
Primeiro ser um bom profissional, depois se rolasse de comum acordo, por que não...
Notebook a tira colo, computador onde pes-quisava e desenvolvia rascunhos.
A noite iniciava com ela perguntando, eu respondia, eu perguntava, ela respondia no clima Love Story, envolvidos nos estudos e no prazer pas-sávamos as noites felizes como perfeito casal.
Meses se passaram e nós passamos no vesti-bular com bolsa integral; eu tenho a foto do meu primeiro salto de paraquedas sozinho...
Yasmin - Mostra na rede o fundilho borrado...
Cesar - Engraçadinha...
Assim ambos escolhemos a mesma faculdade, as aulas iniciaram e meus olhos a procuravam ao meio da multidão, infelizmente eu não a encontraria com a foto que ela me enviou...
No peito a esperança que ela viesse ao meu encontro, eu havia enviado a minha melhor foto para ela, dias, semanas, meses e nada, somente online, insistia para um encontro, ela sempre dizia não.
Pensava comigo mesmo, “se for casada, muito feia, velha, lésbica, ganhei uma grande ami-ga;”.
As nossas noites continuavam online, primei-ro estudo, depois prazer, matérias diferentes e aca-bamos fazendo duas faculdades em uma, ela estuda-va ginecologia, eu estudava fisioterapia.
Assim ela perguntava, eu respondia, eu per-guntava e ela respondia, era divertido e as notas nas alturas felizes feitos crianças ao ponto de não que-rermos estragar tudo e nos conhecer.
Claro que eu daria tudo por um escorregão que me levasse à identidade da minha amada.
Na rede ela se denominou Perla, a nossa rela-ção esquentava dia após dia, a noite se tornou pe-quena, nos espaços estávamos em contato, não falta-va assunto e eu insistia tentando adivinhar como ela era.
Perla - Cesar! Pare de me tentar...
Desistir nunca precisava encontrar uma forma de quebrar sua resistência e afagar a angustia que consumia meu coração...
Lá estava imaginando como seria a minha grande amiga Perla baseado no olhar sedutor da ga-rota escondida atrás dos livros, qual só me deixava ver de longe o seu lindo sorriso no meio perfil.
Olhinho quase azul prendendo meu olhar, acelerando meu coração, quando tentava me apro-ximar, ela fugia de mim como Lúcifer da cruz.
Cesar- Só imagino como você possa ser, vai, me da uma chance?
Nesse dia ela se rendeu a minha insistência.
Perla - Tá, sempre consegue o que quer de mim; vamos lá, tente me descrever como imagina que eu seja...
Sem me dar por conta descrevia a jovem dos livros que de alguma forma substituiu o rosto da menina do quintal do vizinho quando éramos crian-ças...
A minha buscava interminável pelo meu primeiro amor e sem perceber continuava no meu subconsciente e no momento na esperança que ela fosse a Perla...
Cesar - Um metro e setenta; cabelos casta-nhos encaracolados, olhinho direito quase azul...
Perla - Curto ou longo e por que o meu olho direito, eu não tenho o esquerdo?
Cesar - Longo caído nas costas; quanto ao olho, uma longa historia, acertei?
Perla - Tá quente me conte a historia e me diga onde foi parar o meu olho esquerdo!
Cesar - Longas pernas, depiladas, bronzea-das pelo primeiro sol da manhã...
Perla - To passada; quentíssimo, fugiu da resposta...
Cesar - Olhar perturbador, sedutora por na-tureza, seios médios, boca pequena, pele clara dou-rada, como estou indo?
Perla - Tirando os óbvios, ta me assuntando e continuas fugindo...
Cesar – Quando nos conhecermos pessoal-mente te conto a historia, então isso é bom ou ruim?
Perla - Ótimo; quentíssimo...
Sem perceber viajava no passado misturando o presente sem entender meus sentimentos pelo fan-tasma que preenchia minhas noites como minha me-lhor amiga.
Cesar - Corpinho violão atiçando minha imaginação...
Perla - Cesar pare... Vamos voltar à descri-ção; quais frutas eu gosto?
Cesar - Obvio maçã, pecado carnal...
Perla - Cesar! Caminho errado...
Cesar - Pêssego combina com tua pele macia, pera doce como teu sorriso, laranja, doce e acida como teu humor; mamão, como teus lindos seios nas palmas das minhas mãos...
Ela tentava não se deixar levar e claramente dava a mim o direito de sentir o seu amor por mim, amor que a levava à loucura e por razões que eu não conseguia ler nas entrelinhas, a sós ela se recriminava aos prantos se penalizando por ter sido leviana.
Perla - Cesar! Cesar! Cuidado! Quentíssimo; continue...
Cesar – Morango coberto com chocolate espalhados pelo teu corpo, minha língua deslizando em teu lindo queixinho descendo pelo pescoçinho, circundando o biquinho do seio, dois mamãozinho nas palmas de minhas mãos, soube, desce, depois preso nos meus dentes degusto com carinho...
Lutava e não resistia à sedução, ecoava ge-midos viajando no prazer.
Cesar - Te levo á loucura com carinho che-gando ao umbiguinho, um pouco mais abaixo delei-tado na mata virgem degustando uma deliciosa amora coberta com creme de cacau...
Desesperada gritava retomando as rédeas.
Perla - Cesar, Cesar..., quentíssimo; quei-mando..., por favor, pare, preciso respirar, que tipo de roupas eu gosto?
Balde de água gelada derramado sobre a ca-beça e lá se ia o clímax, droga como eu iria saber, qual homem se liga que roupa as mulheres gostam, chutei o que veio na cabeça.
Cesar - Saia, bermuda, vestido, justo e não colado, blusa com pequenos decotes, com exceção de quando parte para sedução, ai bem generoso...
Ofegante, desesperada tentava frear, eu per-cebia que a tocava no ponto fraco ou ela só quisesse apimentar.
Perla - Cesar! Cesar! Calma, como sabe isso tudo sobre mim?
Na incerteza melhor não arriscar.
Cesar - Perla, Perla, anos de arquibancada, claro que não passa de dedução, acho que estou indo bem...
- Então vamos mudar o jogo, agora é tua vez, claro que minha foto original você tem, quais são os meus gostos, picantes?
Caminho paralelo na esperança de entrar em sua intimidade e quem sabe uma luz para chegar mais próximo da minha amada.
Nas entrelinhas sentia naquele momento que ela me conhecia como a palma da sua.
Perla - Comportado, não é careta, sabe como envolver uma mulher, bem até demais pra meu gosto, não gosta de palavrões...
Ela começou bem nas entrelinhas, mais a se-gurança em cada frase exalando a certeza de que dormíamos as noites e acordávamos todas as manhãs juntos, na mesma cama e no mesmo quarto.
Cesar- Errou!
Deixou fluir uma linda gargalhada no tom que ela sabia o que estava falando...
Perla - Errei não; por que acha que nos da-mos tão bem, nossas conversas picantes são rechea-das de sedução dentro do respeito;
- Nesses anos todos, te dei liberdade e nunca abusou, menos ainda precisou descer o nível pra me enlouquecer, simplesmente ti amo maluco...
Nossa não eram somente palavras que me levaram ao paraíso ao lado dela e soavam como a mais linda declaração de amor dentro da mais linda e apaixonante poesia.
Nesse momento, mesmo embriagado segui insistindo para que ela dissesse tudo que estava em seu coração, precisava conhecer a minha amada em sua essência...
- Então não estou no caminho certo, sim por que li certa revista feminina que a mulher gosta na hora da sedução palavras de baixo nível para api-mentar e você?
Na resposta sincera não se desviou do cami-nho que escolhera e não se afastara do seu objetivo como se conseguisse ler meus pensamentos.
- Eu gosto de ser cortejada por você, amada, respeitada, louca e apaixonada...
- Sem sombra de duvida se o nível em algum momento baixasse, o dispensaria, mesmo sendo lou-camente apaixonada por você, fui clara e quanto a você, se conteve ou eu me enganei a teu respeito?
Pegou pesado e impôs ritmo e direção de onde nós deveríamos chegar, não poderia aliviar a forçando a se expor e dizer o que realmente eu re-presentava em sua vida.
– Alguma duvida, ou existe algo que você não saiba sobre meu caráter e minha pessoa?
Respirou fundo deixando as palavras fluir na sinceridade do amor que sentia por mim.
Perla – Nossa isso sim é colocar alguém em sinuca, claro que você joga, então entendeu...
Cesar – Não jogo e não entendi...
Ela percebeu onde eu queria chegar e não turbou firme em direção a se expor de livre e espon-tânea pressão.
Perla – Caraca fechou todas as saídas... Justo, esse momento germinou, brotou e amadureceu em nossos corações e ansiosos nós dois aguar-dávamos pela hora de sermos transparente um ao outro...
- Então vamos lá, não, não tenho duvida al-guma sobre você...
Cesar – Em outras palavras você me conhece e conhece minha rotina, certo?
Perla – Sem saída, ok, droga, sim e sim es-trangulei pelo menos umas três ou quatro pendura-das ao teu pescoço, feliz...
As cartas estavam na mesa, jogar com cuida-do para não perdê-la.
– Sim muito feliz e triste, pois a única que eu realmente queria pendurada ao meu pescoço é vo-cê...
Uma linda gargalhada e no som melado da voz abriu seu coração do seu jeitinho.
– Acredite amor da minha vida eu estou pen-durada ao teu pescoço às trinta horas do dia inter-ruptas e logo você não mais conseguirá se livrar de mim, então ta dentro?
Se eu estava dentro, nossa o paraíso em fim havia aberto as portas para mim.
– Dentro de corpo, alma e coração, basta você surgir em minha direção e refazer a pergunta, então, hoje?
Respirou fundo e por alguma razão que eu não conseguia ler nas entrelinhas pediu um tempo gelando meu coração.
Perla – Acabei de saltar pela janela do nosso quarto e estou correndo ao teu encontro... Cesar! Por favor, um tempo...
Cesar – Dez minutos ou vou sei lá onde ao teu encontro e te arrasto pelos cabelos não a dei-xando mais fugir de mim, então está dentro?
Perla – Com certeza amor da minha vida, pra você sempre dentro..., por favor, entenda, preci-so ter certeza, por favor...
Cesar – Certeza..., entendo..., certeza que eu ti amo, que eu virarei esse mundo de pernas para o ar para encontrar você, certeza que simplesmente sou louco por você, e você?
Perla – Essa certeza me faz correr pra você e, a incerteza de como..., droga Cezar..., sou mulher e sou confusa, por favor, me ajuda chegar até você...
Eu responderia segure firme minha mão e me deixe guiá-la com a força do meu amor por você...
Mas uma voz de homem ao fundo gritou...
- Filha, de novo com essa pessoa na internet, nós já falamos sobre isso, convi...
A linha caiu e talvez seu pai a tenha ordenado que ela convidasse a mim a ir a sua casa, era a minha esperança, ansioso aguardei seu retorno que não aconteceu naquela noite e no dia seguinte o silencio continuou gelando meu coração.
Na noite seguinte ela entrou tímida e assusta-da e deu desculpa na duvida se eu havia escutado ou não a bronca do pai.
– Amor da minha vida desculpe houve uma interrupção elétrica e ficamos sem luz até poucos minutos atrás...
Comentaria o que ouvi, talvez não fosse o momento e esperar ela entrar no assunto me pareceu mais sensato.
Cesar – Então seguimos de onde paramos ou já posso abrir a porta do meu coração para você entrar em minha vida definitivamente?
Perla – Jure que nunca fechara a porta do teu coração para mim e esperará essa neurótica destravar as pernas e correr para teus braços, jure meu amor...
Percebi que entravamos no assunto que talvez nos aproximasse de vez.
Cesar - Quando começamos a nos comuni-car, principalmente em nossa sala particular fiz alguns testes..., feliz descobri ter encontrado a par-ceira certa e em cada momento que juntos passamos essa certeza cresceu e a madureceu, pra você tam-bém aconteceu assim?
Perla – Com mais intensidade e se o meu travesseiro falasse te afirmaria que adormecemos todas as noites no delicioso beijo de boa noite e acordamos todas as manhas com o gostoso beijo de bom dia...
- Iria mais além e te afirmaria que simples-mente sou perdidamente apaixonado por você...
- Por favor, meu amor me ajuda chegar até você..., por favor, meu amor jure-me com toda a sinceridade e me diga o que te fez mais falta nesses anos que sou simplesmente louca por você...
Hora de a boca calar e deixar falar o coração.
- A única falta nesses anos todos é tua au-sência na mesa completando o grupo, se um dia nos der o prazer será o dia mais feliz da minha vida, então?
Havia uma dor profunda entranhada em suas entranhas que a obrigava fugir de mim.
- Sou baranga!
Não faria nenhuma diferença, eu era sim-plesmente apaixonado e louco pela minha melhor amiga independente do amor que consumia meu coração.
- Não mudou nada, então?
Desesperada insistiu tentando fugir.
- Serio, mesmo eu sendo feia de doer ainda ficara feliz?
Nada mais restava a não ser deixar claro a ela meu amor incondicional.
- Sexo, sexo, bom, muito bom, melhor mesmo é uma grande amizade, depois se rolar e for bom pra dois será eterno, então?
Eu a sentia a beira do abismo e só faltava um leve empurrão para ela cair nos meus braços, ágil apelou para os meus sentimentos.
- Fechou-me todas as saídas; quando mesmo é o próximo encontro?
Triste a respondi.
- Gracinha!
Seu jeitinho meigo de me consolar.
- Juro; vou estar lá!
De joelhos a implorei.
- Um dos sentados a mesa e a tua espera sou eu!
Meiga e direta tentando quebrar o climax,
- Convincente!
Minha ideia era não deixar nem uma saída para ela fugir.
Cesar - Como saberei quando você chegar?
Perla - Estarei deslumbrante só pra você!
Cesar - Convincente, mas vago, pelo menos tua foto, por favor?
Seu jeitinho doce de descontrair o tom sério da conversa.
- Mau, mau, sem surpresa não é justo!
Sem forças me rendi ao desespero.
- Venceu de novo; embora eu saiba que vou vê-la só de longe e continuarei a procurá-la na mul-tidão!
Revigorando minha esperança.
- Não mais, juro, nossa hora chegou...
Não foram as palavras, sim o som mudo das lágrimas escorrendo em seu rosto, naquele instante eu senti a dor profunda entranhada em seu coração que gelou o meu coração me levando a interpretar errado...
Minha amada era casada, alguém dormia ao seu lado e ela havia se apaixonado perdidamente por mim...
Não, eu não queria ser a razão de ela ter que largar sua vida e sua família, talvez filhos para ficar comigo, não que isso se ela fosse separada impediria de sermos felizes.
Respeitei seu silencio e aguardei ela desligar ouvindo seus soluços...
Agora era esperar pelo sábado à noite quando a conheceria pessoalmente e tudo ficaria em pratos limpos.
O sábado chegou e o grupo reunido na mesa normalmente era formado por:
Penélope que era Martinha cinquentona com tudo em cima, professora de fisioterapia na mesma faculdade que Perla e eu estudávamos e o dobro da minha idade, eu era seu desejo de consumo e ela deixava isso bem claro.
John era Marcos juiz da vara civil e louco por Penélope, digo é porque ela ao desistir de mim se entregou a boa vida que Marcos lhe ofereceu.
Rosemeire era Douglas advogado criminal,
Dagoberto era Marisa delegada de entorpe-centes, sempre acompanhada da sua companheira.
Lisa era Anita delegada de mulheres, depois de certo acidente que deixou a sua boca torta sofria com o preconceito e no grupo encontrava refugio.
Outros além de Perla e Pedrita que não deram o ar de sua graça, nessa noite eu aguardava ansioso por ela.
Ela não apareceu, tive a sensação de vê-la entrar e vir em minha direção; sorriu, sentou duas mesas depois; decepcionado rolou uma lágrima vista por todos e ignorada pelo papo levanta defunto.
Na segunda não falamos pela manhã, ela não respondeu minhas mensagens, à noite tímida e dis-tante falamos por pouco tempo, calafrios me dizia que nunca a conheceria, ela iniciou o papo gelada.
- Boa noite meu amor!
Faltava ela na voz, não estava carregada pelo amor de sempre, reclamei.
- Assim não terei uma boa noite como de cos-tume, então não sou mais digno?
Ela como se tivesse de explicar alguma coisa perguntou.
- Zangado?
Triste, zangado não, claro que havia sonhado e respondi.
- Não, decepcionado!
Doce como sempre sabia o tom certo da voz para me seduzir.
- Sinto muito, faltaram-me forças, perdoa, vai, diz que sim!
Há como queria ter o poder de esmagar meu coração, explodir gritando aos quatro ventos e a im-pondo agora ou nunca, frágil em suas mãos.
– Tudo bem, quem sabe em outra oportuni-dade, algo que fiz que a magoasse?
Jogou meus sonhos no altar.
- Antes fosse; eu sou a covarde, juro por esse puro e sublime amor entranhado em meu peito, ti amo mais do que a mim!
Queria que suas palavras fossem verdadeiras, ao mesmo tempo senti que iria sofrer.
– Não brinca com esse fraco coração que se derrete a mais simples palavra pronunciada por teus lábios;
- Não sei se entendo tua ausência, talvez se fossemos devagar, quem sabe em outro local, só nós dois, por favor?
Deixou vácuo no ar apaixonada e evasiva.
– Sem justificativa, me acovardei, não sei o que houve comigo; escolhi minha melhor roupa e passei o dia fazendo tudo e muito mais que uma mu-lher faz para ficar linda para encontrar o homem da sua vida...
- Confiante até o ultimo minuto, do nada gelei, tremi na base, acreditei que não gostaria de mim pessoalmente!
Não entendia o que a fazia sofrer e sem per-ceber a afastava de mim.
– Por favor, me escute de coração aberto, eu juro que só quero conhecer a amiga maravilhosa, só isso...
- Não tem como eu me decepcionar com sua aparência, mesmo que tenha setenta anos e seja feia de doer... Feliz e de braços abertos te abraçarei com todo amor que sinto por você, por favor, acredite em minha sinceridade, por favor!
Soluçou alto em prantos disse.
– Tem certeza que não criou expectativa em relação a mim?
Nesses momentos a boca cala e o coração fa-la.
Cesar – Em relação a você, não, em relação a nós me deixe ver...
- Um lar, casamento, filhos, netos correndo a nossa volta, como vê quase nem uma expectativa em relação a nós; entre todas acredite a mais importante é que amo você como pessoa...
- Droga Perla claro que sonhei, não é prio-ridade, prioridade é a minha grande amiga, só pre-ciso conhecer você, olhar dentro dos teus olhos e te dizer do fundo do meu coração, ti amo minha amada amiga; então?
Gargalhada alta entrelaçada ao pranto.
– Esse teu jeito meigo de juntar palavras com sinceridade me faz sonhar acreditando que nosso amor será eterno como nos contos fada, pena que os livros não continuem depois dos “felizes para sempre”;
- Cesar... Eu ti amo, jure-me que é verdadeiro teu amor por mim, por favor, me ajude achegar até você, por favor?
Se existir paraíso e felizes para sempre, mesmo que seja só em contos de fada, nessa pessoa eu havia apostado minha vida no amor ou na amiza-de e não faria diferença ao lado dela eu estaria feliz.
– Segure minha mão, feche os olhos e me deixe guiar você, sinta o pulsar cada vez mais pró-ximo do meu coração...
- Juro que meu amor é puro e eterno e entre-go a ti de olhos fechados meu coração e minha vi-da...
- Por favor, por favor, eu te imploro nunca deixe nada nessa ou em outra vida nos separar...
- Juntos te farei se sentir sempre amada e se-gura, como amiga ou como esposa, por favor, um único aceno e eu correrei para teus braços, por fa-vor?
Em prantos respondeu.
– Droga faz parecer simples, eu ti amo malu-co...
Tudo o que mais eu queria ouvir.
- Retire os espinhos, corra em minha direção, por favor!
Fanhosa.
– Sim, sim meu amor...
Golpe de misericórdia.
- Agora?
Algo nas entrelinhas que eu não conseguia entender a afastava de mim.
Perla - Hoje, está tarde...
Cesar – Quando?
Sentia a dor que dilacerava seu peito e não conseguia entender por quê.
Perla – Cesar, por favor, não pressione, por favor...
A noite terminou ali, por alguns segundos ouvi seu soluço, sua voz não respondia meu apelo desesperado.
No dia seguinte recuperada e precisando de tempo, entre aspas tudo voltou ao normal.
., por favor, meu amor jure-me com toda a sinceridade e me diga o que te fez mais falta nesses anos que sou simplesmente louca por você... Hora de a boca calar e deixar falar o coração. - A única falta nesses anos todos é tua au-sência na mesa completando o grupo, se um dia nos der o prazer será o dia mais feliz da minha vida, então? Havia uma dor profunda entranhada em suas entranhas que a obrigava fugir de mim. - Sou baranga! Não faria nenhuma diferença, eu era sim-plesmente apaixonado
Já teria mandado essa maluca pastar há muito tempo.