O Diego queria experimentar (parte 1)

A história que vou contar agora aconteceu recentemente com um amigo meu da faculdade. Só pra situar quem está lendo, me chamo André, tenho 21 anos, sou branco, 1m70cm, corpo normal, um pouco forte, sou discreto, e convivo com homens héteros numa boa. Estudo no turno da noite na UFPE em Recife, onde já tive várias aventuras que devo contar em outras oportunidades.
Meus amigos da faculdade e eu somos bem próximos, por termos um estilo de vida mais tranquilo, não costumamos sair juntos pra baladas, e esse tipo de coisa, o que torna mais fácil evitar questionamentos sobre quem você tá pegando, etc. Às vezes entramos em assuntos de namoro com meninas, e eu sempre busco formas de mudar de assunto, porque não sou muito bom fingindo. Essa história começou em uma dessas conversas, quando o Diego, meu amigo da faculdade, que vou descrevê-lo assim: 1,78 de altura, pardo, aquele tipo forte natural, mas que também vai à academia, ele tem muita massa corporal, coxas grossas, másculo, e super gente fina. Faz muito sucesso entre as meninas, mas por ser evangélico, não costuma ficar muito.
Uma noite, após as aulas, rolou uma dessas conversas; estávamos o Diego, o Thiago, o Flávio e eu sentados e começaram a falar sobre um caso que o Diego tinha ficado com uma menina no carro do pai dele dentro do campus. Ele estava falando sobre como estava louco de tesão, e acabou acontecendo, mas que ele se arrependia, e que a menina depois queria namorá-lo, mas ele não queria, e etc. Dá para imaginar a conversa, todos opinando, contando seus relatos, e por aí vai. Terminada a conversa, saímos andando para pegar o ônibus, e o Diego e eu fomos um pouco a frente dos outros. Foi aí que ele olhou pra mim e falou:
— Ei, André. Eu já percebi que quando a gente tá conversando esses rolos, tu sempre fica por fora, caladão. Tu nunca namorou ou o quê??
Ele estava perguntando de uma forma amistosa, mostrando curiosidade, mas eu percebi que aquele assunto era arriscado. Demonstrei tranquilidade e respondi:
— Eu já namorei, sim. Só não gosto muito de falar sobre essas coisas.
— E por quê, pô? Pode ficar tranquilo. Todo mundo tem seus rolos.
— É, pô. Deixa isso quieto.
Ele olhava pra mim, mais sério; ele hesitou um pouco e então falou:
— Tu é gay, é?
Eu gelei naquele momento, porque até então eu achava que estava indo bem no meu “disfarce”, então olhei pra ele e ele estava rindo. Mesmo estando naquele meio termo sem saber se ele estava falando sério ou não, respondi:
— Faz diferença? Eu vou ter um tratamento especial se eu for? — Falei em tom sarcástico, mesmo estando um pouco preocupado.
Ele riu e disse que não, que era só pra saber mesmo. Nessa hora o Thiago e o Flávio chegaram e acabaram interrompendo nossa conversa com outros assuntos.
Passou-se mais ou menos um mês, e tudo seguia normalmente, até que uma noite eu estava em mais um desses momentos sozinho com o Diego, antes da aula, esperando pelos caras chegarem, e ele começou a falar sobre um amigo dele que tinha falado com ele que tinha feito sexo anal com uma mulher que ele ficou, até que ele disse:
— Ele falou que a sensação é muito boa. É mais apertado, quente. Ele ficou doidão mesmo. Tá tentando marcar com essa menina de novo, de todo jeito.
Eu, bancando o inocente, respondia de forma vaga:
— É, deve ser bom então, né?
Ele começou a me encarar, de uma forma sutil, mas acabou criando aquela tensão entre nós dois. Eu já desejava o Diego há um bom tempo. E por a gente conviver muito tempo juntos, sempre rola aquelas brincadeiras, de dar beijinho na nuca, abraço por trás, pegar na bunda, etc. A diferença é que o que pra ele é brincadeira, pra mim é provocação, me causa desejo, mas eu sempre disfarcei. Mas naquele momento eu vi que tinha uma chance com ele, e por um momento de loucura, eu quase me vi me oferecendo pra ser a cobaia dele no sexo anal. Mas o bom senso falou mais alto, e me contive. O que eu não esperava, era o que se passou em seguida. Diego continuou o assunto, falando que tinha acabado ficando com curiosidade também, mas que, como não fazia sexo com muita frequência, teria poucas oportunidades de experimentar. Ele estava bem descontraído, rindo, e foi então que ele olhou pra mim e falou:
— Bem que tu poderia me ajudar, né? — e continuou a rir.
Eu ri também, e tentei desconversar:
— Nem vem! Tá louco?! Tá me tirando mesmo, né? — eu tentava sorrir naturalmente, mas uma pontada de interesse e desejo me deixaram com um sorriso sarcástico.
— Oxe, pô. Amigo é pra essas coisas, pra ajudar os outros. — Ele continuava sorrindo.
— É, mas dentro dos limites, né? Hahaha, que conversa estranha, mano!
Foi então que ele ficou mais sério, e começou a fazer uma cara de safado que eu não conhecia dele ainda. Ele olhou fixamente pra mim, com um sorriso provocativo e falou:
— Nem se eu pedisse “por favor”?
Eu ainda bancando o sarcástico, falei: — agora eu até tô pensando no assunto.
Nós dois rimos. Eu esperava que ele fosse deixar o assunto de lado, mas novamente para minha surpresa, ele insistiu:
— Eu tô falando sério, pô. Relaxa, que ninguém precisa saber.
Eu abri a boca pra mais uma das minhas respostas sarcásticas, mas ele me interrompeu:
— André, eu sei que tu curte, pô. Relaxa, que eu sou de boas com isso. Eu vi algumas conversas tuas no WhatsApp, naquele dia que te pedi o celular emprestado pra usar a calculadora. — Ele estava sério agora, e eu vi que ele realmente sabia do que estava falando.

Continua...


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Ficha do conto

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andrei98

Nome do conto:
O Diego queria experimentar (parte 1)

Codigo do conto:
141642

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
19/07/2019

Quant.de Votos:
8

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