História Erótica da Minha Vida – 3

Não passou despercebido aos meus filhos a felicidade estampada no meu rosto… Dei uma desculpa boba.
- É assim que a queremos ver todos os dias…
- É assim que quero estar todos os dias. Vá, vá vão lanchar e estudar.
Fui para o meu quarto a pensar em tudo o que tinha vivido… sobressaltei-me… jantar e ir para casa da Sara fatalmente o marido ia a ficar a saber de tudo. Com a Sara não tinha segredos, mas com o marido… Uma onda de pudor começa a deixar-me apreensiva. O que é que ele iria pensar de mim? Uma série de dúvidas me assaltaram o espírito… Agarrei o telefone e liguei à Sara.
Toda eu tremia de emoção e quando ela atendeu saiu-me um: Amo-te!
- Também te amo querida, que se passa?
Falei-lhe das minhas dúvidas e inseguranças…
- És tola… nada do que dizes tem razão de ser… o Luís já sabe de tudo… eu não tenho segredos para o meu marido…
- Tudo, tudo o quê?
- Que vais pôr os cornos ao teu marido, que o corneador vai ser o Rui, que isso vai acontecer este fim de semana, que vão ter a nossa cumplicidade e… que tu és um vulcão na cama e que me fizeste gozar muito…
- Contaste ao teu marido acerca de nós? Que vergonha!... O que fizemos é imoral!!! Como vou poder encará-lo?
- Imoral? O que é isso? O que é a moral? A moral não existe, existem sim as morais que se vão alterando com o tempo e com o lugar.
- Não estou a perceber…
- Aqui a bigamia é imoral… uns quilómetros para sul, nos países árabes, é moralmente aceite. Hoje há quem considere o incesto imoral. Quantos Faraós não se casaram com as mães ou com as irmãs. Alguns chamam imoral o relacionamento entre pessoas do mesmo sexo, na Grécia, Lesbos, ou em Roma era vulgar e não escandalizava ninguém…
É tudo fruto do pensamento judaico-cristão com que durante séculos fomos escravizados! Nem eles acreditam na sua própria moral, senão não havia tantos casos de pedofilia no seio da Igreja…
- Nunca tinha visto as coisas por essa perspectiva… Mas tu, não tens princípios morais?
- Claro que tenho, sei distinguir o bem e o mal. O bem é tudo o que nos dê prazer sem prejudicar os outros, o mal é tudo o que nos causa sofrimento e dor… o resto são balelas fundadas em crendices infantis.
- Crendices infantis?
- Sim essas coisas das religiões, dos deuses e dos diabos. Mas isso era uma conversa que nos ia levar muito longe…
- Quer dizer que não acreditas em Deus?
- Não!... Eu e o Luís somos ateus. Estou a ver que vou ter muito trabalho a limpar todas as teias de aranha que te enchem a cabeça…
- Sinto-me cada vez mais aberta aos teus conceitos…
- Então já não tens problemas com o Luís?
- Não, quer dizer acha que não… mas ainda sinto uma certa vergonha.
- Vais ver que quando estivermos juntos isso vai desaparecer completamente… A vergonha, o pudor ou lá o que é só dificultam que possamos alcançar a felicidade. São sentimentos que só ficam bem no caixote do lixo. Bem querida tenho que ir… beijo-te muito…
- Obrigada meu amor, também te beijo muito! Já sinto saudades…
Estava mais tranquila e até contente por o Luís estar por dentro de tudo. Gostava dele e parecia-me ser pessoa da máxima confiança.
Faltavam 2 dias mas parecia que sexta feira nunca mais chegava. Nunca me masturbei tanto… umas vezes pensando na Sara… outras no Rui.
Caprichei. Enfiei-me num Instituto de Beleza e tratei de todo o meu corpo. Depois fiz a minha mala, ia passar quase 3 dias fora. Escolhi umas roupas bem ligeiras, de malha de seda, que moldavam o meu corpo (na época era bem elegante).
Às 6 horas o meu marido partiu para o Porto. O pai estava bastante mal… Ainda consegui um ar compungido ao desejar-lhe boa viagem. Um semblante de tristeza mas por dentro exultava de alegria… meu coração batia a mil.
Os minutos pareciam horas!
A Sara tinha ficado de me vir buscar de forma a que o meu carro ficasse o fim de semana e ninguém pudesse comentar alguma coisa. Pereceu-me um boa ideia.
Mal chegou saltei-lhe ao pescoço e dei-lhe um beijo na boca que foi prontamente correspondido… O baton ficou todo esborratado… Rimos… confesso que o meu riso saiu um pouco nervoso…
Fomos retocar a maquilhagem. Agarrei a minha maleta e fomos direito a casa dela.
No trajecto que demorou cerca de dez minutos a Sara foi-me pondo a par de todos os pormenores.
Chegadas o Luís recebeu-nos com um rasgado sorriso e beijou-nos na face. Era costume fazê-lo comigo e não quis estragar a maquilhagem da mulher.
A Sara levou-me até ao quarto para arrumar as minhas coisas… foi rápido. Quando voltei à sala o Luís estava a arranja uns gins tónicos. Estendeu-me um copo, outro à mulher e propôs uma saúde:
- Bridemos ao amor… ao meu amor pela Sara, ao amor entre vocês as duas e àquele que hoje vai nascer!
Fiquei com as faces ruborizadas… com a mão trémula segurei no meu copo, fiz chim-cuim e repeti “Ao amor”.
Fomos atá ao restaurante. Era um restaurante muito requintado que eu não conhecia.
Tínhamos mesa reservada num recanto bem acolhedor. Duas velas compunham o arranjo da mesa. Estava lindo.
Quando nos íamos a sentar surge o Rui, vindo do bar, com um copo na mão…
- Ganhei! Fui o primeiro a chegar!... Não podia perder um segundo da vossa companhia.
Rimos com a brincadeira. Vim a constatar que o Rui era cheio de bom humor e sempre com a resposta pronta. Gostei.
O jantar decorreu normalmente, conversa solta, alguns subentendidos, riso fácil. Boa comida, regada com um champagne de muito boa qualidade… As bolinhas do champagne começaram a subir-me à cabeça… estava completamente descontraída…
Saímos dali e fomos até uma discoteca. A temática da noite era música romântica (mais tarde vim a saber que o Rui era amigo do gerente e convenceu-o a escolher essa temática – muitas vezes os acasos fabricam-se!). O ambiente era bastante escuro. Depois dos olhos se adaptarem à fraca luminosidade pude verificar que, para além de vários casais que dançavam, havia também duas mulheres que evoluíam pela pista completamente coladas uma à outra. Mais duas se levantaram e começaram a dançar… Confesso que senti um calafrio, especialmente quando reparo que no bar dois homens, na casa dos 30 anos, se beijavam na boca sem o menor pudor.
- Para onde é que me trouxeram?
Foi o Rui quem me respondeu:
- Para um bar muito acolhedor… com boa música… frequentado por todo o tipo de pessoas mas onde todos se respeitam e ninguém se mete com ninguém. Não estás a gostar?... e vais ver que vais adorar o show de travestis… é do melhor que tenho visto!
- Não… por mim tudo bem… só estranhei um pouco…
Pedimos whisky para todos… beberiquei… não podia beber mais senão corria o risco de cair para o lado.
O Rui levantou-se, pegou-me na mão e convidou-me para dançar. Na pista enlaçou-me e começou a dançar bem colado a mim… Aliás era assim que todos dançavam… senti um estremecimento correr todo o meu corpo. Estávamos completamente encaixados uma no outro… sentia a sua rola dura encostada ao meu ventre… deixei-me ir… estava bom. A música parou e ele não fez menção de me soltar. Continuamos abraçados ali no meio da pista, sem dizermos uma palavra. Quando a música voltou continuámos…
Voltámos à nossa mesa. O Rui passou o braço pelos meus ombros e apertou-me contra si. Voltou a cabeça e beijou-me o pescoço. Um arrepio percorreu todo o meu corpo.
A Sara levantou-se e de pé na nossa frente disse para o Rui:
- Vejo que isso está muito bom… mas tu prometeste dançar comigo, ou já te esqueceste?
- De maneira nenhuma – respondeu o Rui – o prometido é devido… vamos lá!
Desapareceram na pista e vi que dançavam bem agarradinhos… tal como havíamos feito. Uma pontinha de ciúme aflorou. Quando passaram perto de nós vi que os dois se beijavam. Senti um baque no estomago. Depois, como se nada tivesse acontecido a Sara volta-se para o marido e fazendo um cómico ar de zangada diz:
- Não me digas que vais deixar a minha amiga aí pregada na cadeira…
Sem nada dizer o Luís levanta-se e puxa-me pela mão. Eu não estava à espera e quase caio. Risada geral.
Dançávamos perto uns dos outros… voltei a var o Rui a beijar a Sara e agora tive a certeza que o Luís também tinha visto. Ele apertou-me com força e bem no ouvido sussurrou:
- Estás a ver aqueles safados? Vamos vingar-nos?
Antes que tivesse tempo de dizer alguma coisa ele enfia a língua na minha boca, num beijo magistral. Não sei se por efeito do álcool, eu estava nas nuvens e correspondi aquele beijo… sentia que as minhas pernas tremiam e que a minha xana estava a ficar bem molhada. Pedi, quase supliquei:
- Vamos sentar.
O Luís com toda a simpatia conduziu-me até à mesa. As suas mãos percorriam o meu corpo, estava a ficar fora de mim, quando chegam o Rui e a Sara. O Rui sentou-se e olhou-me bem nos olhos… eu devia estar louca… senti um aperto no estomago… aos 32 anos parecia uma adolescente.
Agora foi a vez da Sara me surpreender:
- Já dançaste com o Rui e com o meu marido, falto eu! Vem, vem dançar comigo, para relembrarmos a tarde que passámos juntas.
A pouca luminosidade da sala impediu que se visse o rubor no meu rosto. Será que o Rui também sabia?
Levantei-me e começamos a dançar… a Sara ia-me abraçando cada vez mais forte… sentia-me desfalecer… desde o principio da noite estive sempre à beira do orgasmo…
Ao passar junto do marido e do Rui deu-me um beijo de língua que me deixou estarrecida… agora todos sabiam de tudo. Que pensaria o Rui… foi o que perguntei.
- És palerma. O que interessa o que os outros pensam quando se está feliz. Se pensam mal é por inveja… garanto-te que o Rui não é invejoso.
A música acabou, o show ia começar. Voltámos aos nossos lugares. A Sara fez-me sentar no meio das homens e sentou-se ao lado do marido.
O show tinha uma enorme carga erótica. O Rui começou a acariciar-me, colocou um braço junto ao meu pescoço e começou a alisar os meus seios. Eu consentia… consentia completamente. Vendo o meu abandono cola a sua boca na minha num beijo muito perlongado… e aí sim aconteceu o meu primeiro orgasmo dessa noite. Apercebendo-se disso insiste nas caricias e enfia a mão debaixo da minha saia, acariciando-me com maestria.
O show acabara e ele segredou-me ao ouvido se queria ir embora. Claro que disse que sim.
- Vamos até casa ou querem ficar? – interrogou o Rui.
- É preciso pagar, não?
- A resposta é não!… amanhã venho acertar as contas.
A Sara sentou-se ao lado do marido, no banco da frente, eu e o Rui ficámos no banco de trás muito, muito juntinhos, e toda a viajem foi feita num linguado interminável, o Rui beijou-me a boca, enfiou a língua nos meus ouvidos, apalpou-me os seios, puxou as alças do vestido para baixo e começou a xupá-los com sofreguidão. As suas mãos não paravam de me acariciar a xana… e foi o meu segundo orgasmo da noite.
Chegámos a casa!

(Continua)


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Comentários


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niogosto Comentou em 07/06/2013

Me apaixonei. Assim terei que ir até vcs, que tesão beijos

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magnus barbado Comentou em 29/04/2013

Delicioso, impossível deixar de ler a sequência.

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narayana Comentou em 27/07/2012

Parabens, seus contos são muito excitantes. Prazer e orgasmos em conta gotas... ;)

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ksal c & p Comentou em 18/07/2012

Belo conto, com pensamentos maravilhosos.Beijosss

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jmeireles Comentou em 18/07/2012

Belo conto, parabens!

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rosa flor Comentou em 17/07/2012

Parabéns seus contos são ótimos e muitos detalhistas etou adorando continua, beijos.

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gatoreno Comentou em 16/07/2012

nossa q delícia mas ta judiando da gente




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Ficha do conto

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noemia.sa

Nome do conto:
História Erótica da Minha Vida – 3

Codigo do conto:
18312

Categoria:
Fantasias

Data da Publicação:
12/07/2012

Quant.de Votos:
27

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