Crônica de um casamento

Me casei cedo, 20 anos, e já lá se vão mais de trinta, conto atualmente com 51 e já vivi mais tempo casado que solteiro.
Aos vinte anos não temos e nem haveria como ter a noção exata, a dimensão do ato de casar, de unir a vida a de outra pessoa. Resolvi escrever em razão de um conto denominado “Fetiche de uma esposa se tornam reais” publicado aqui neste site e nele, no conto, a autora diz um pouco sobre sua frustração de esposa certinha, que não tem no marido, um companheiro sexual, um confidente e amante.
É certo que casamento não é só sexo, claro que não, mas não se pode negar que é uma parte bem importante, casal que não se dá bem no aspecto sexual não é feliz, eu não sou feliz.
Eu era um garoto apaixonado e nada mais importava. Todas as dificuldades me foram mostradas, mas eu, cego de paixão, nem liguei, estava disposto a casar e ser feliz com minha amada. De fato e de direito, casei, tivemos filhos, construímos a vida, mas o assunto sexo sempre foi tabu. Ela tem umas frescurinhas, não toma leite NUNCA, sexo anal é ANUAL, não gosta que seja longe da cama de costume, fora do horário de dormir é raro, nunca sequer topou conversar sobre fantasias, em mais de trinta anos talvez tenha colocado uma meia dúzia de vezes uma lingerie para me agradar; dos brinquedos sexuais que comprei para ela não sobrou nenhum, jogou todos fora. Alguém que se dispôs a ler até aqui deve estar pensando, bom , essa mulher não vale a pena, ruim de cama desse jeito. Não é bem assim, nos damos bem em muitos aspectos, até o próprio sexo é gostosinho, não é excelente, mas é regular.
Depois dos 40 de idade, 20 de casado, percebi que o mundo havia mudado, internet disponibilizou imagens e vídeos, histórias, que a gente antes do advento dessa tecnologia não tinha acesso. Somado a isso eu também estava já cansado de desejar, querer muito e não ter. Foi aí que conheci algumas mulheres que tinha o mesmo problema de frustração que eu, mulheres que ardiam de tesão, mas não tinham, dentro do casamento, como viver aquilo tudo.
Saí com muitas mulheres casadas, algumas noivas, uma ou outra com namorado, saí com homem também, me diverti muito, descobri que sim, que era possível um prazer sexual muito além daquele que eu conhecia, que meu casamento cerceava.
Curioso é que com a grande maioria das mulheres com as quais tive o prazer de passar tardes gostosas num motel, fizemos sexo anal, muuuuito oral, vaginal, gozada na boca, na cara...descobri que havia, por parte delas, muito desejo reprimido também.
Já faz mais de dois anos que estou tendo um caso com uma amiga casada que conheci na academia, ela era toda certinha, casada há 17 anos e nunca tinha saído com outro cara. Engraçado é que ela me conta que com o marido há uma certa barreira intransponível, não chupa até o fim, até uns meses atrás nunca tinha feito anal com ele, enfim, era como a minha esposa é comigo. Já comigo ela se soltou, chupa tudo, lambe até a última gota, deixa o pau limpinho, chupa minhas bolas, (adoro isso) pede pra meter no cuzinho, coisa que minha mulher nunca fez. Às vezes depois que transamos e estamos conversando, do nada ela já pega, tira pra fora e começa tudo de novo, eu mesmo às vezes quando ela chega coloco o pau pra fora, ela nem hesita, ajoelha e abocanha...porra, se eu fizer isso pra minha esposa quando chego em casa ela me xinga...me dá uma voadora, mesmo na hora de trepar, na minha cama, tenho de pedir uma chupada e vocês sabem, algumas coisas, se tiver de pedir, já não valem a pena.