Em meio à solidão, o calor dominou seu corpo novamente. Por força incontrolável do desejo suas mãos sentiam seu próprio corpo enquanto ela lembrava do falo reluzente de Pi Ro Kin Nho a sua frente. Era a primeira vez que ela se afagava dessa forma. Sentindo seus seios inchados de tesão uma de suas mãos apertou um de seus mamilos por cima da roupa. O movimento era similar a quem molha os dedos e apaga uma vela, apertando o pavio com o dedo médio e polegar. Aquilo foi o bastante para “eletrificar” seu corpo, mas ainda não era o bastante: Um apertinho virou vários paulatinamente mais intensos, que por sua vez, viraram puxões. Cada puxão relembrava o seu corpo do tesão que sentira ao ver Pi Ro Kin Nho jorrar aquele líquido quente em sua face e fazia com que o calor descesse a uma região específica de seu corpo e a umedecesse. Aquele era o templo que os sábios poetas e sacerdotes do palácio tanto veneravam nos poucos pergaminhos não autorizados que ela conseguiu ler longe dos olhos de Tchata. Conforme o calor ali se alojava, sua mão também descia, inspirada em seguir o ímpeto poético de seus antepassados e ia descobrindo toda a poesia ali alojada. Seus dedos sentiram a umidade daquela gruta desejada para tantos rituais carnais. Seus dedos deslisavam por cada pétala daquela suave rosa enquanto sua outra mão continuava a puxar seus mamilos. Eles exploravam aqueles lisos lábios e por vezes quase entravam em sua gruta virginal, porém coragem ainda lhe faltava para este salto ao inesperado. No retorno de um dos deslises ela levemente encostou no botão floral e percebeu que dali irradiava toda a luxúria que dominava seu corpo. Sua mão passou a se concentrar ali e a descoberta dos segredos do prazer foi ainda mais profunda. Quanto mais seus dedos roçavam, seu corpo se debatia e sua gruta suava, gotejava.
Ela ficou surpresa ao saber que dela também brotava seiva similar a de seu amante, porém em menor quantidade. Sua rosada boca ansiava por provar o suco vital de seu saudoso Pi Ro Kin Nho, fortuito ladrão de sua paz e de sua inocência.
Repousando dois dedos sobre seu clitóris, sua intuição a levou (em rito quase hipnótico) a friccioná-los em movimentos circulares e frenéticos, levando-a pela primeira vez ao êxtase. Como se um clarão brotasse de seu corpo de dentro para fora, assim desabrochou-se a rosa de sua consciência, seu senso de propósito.
Prostada, mas ainda consciente e imersa em seus pensamentos, ela prometeu que não iria submeter-se aos caprichos de seu pai e iria ser senhora de sua vida. Um plano desenhou-se em sua mente. Um plano onde sua real vocação poderia finalmente desabrochada.
Ela vestiu a mesma armadura que Pi Ro Kin Nho vestira, sabendo que na manhã seguinte ela seria deslocada para fora de seus aposentos para o depósito. Deli seria fácil escapar despercebida.
Tchyota fugiria com a mesma astúcia de seu amante, mas agora em sentido oposto, penetrando o mundo ao invés da fortaleza.