A NAMASGUEIXA - Capítulo 3

Dia seguinte, já fora do palácio Tchyota passava despercebida. Sua vida de reclusão garantia seu anonimato no mundo ordinário e ela ainda tomara o cuidado de trocar-se por roupas simples no depósito real. Obviamente, por baixo de suas vestes, ela levava moedas e riquezas que custeariam a execução de seu plano. Nos subúrbios da cidadela, ela contratou um carreiro que a levaria a seu destino: a “Okiya” (??? , casa onde treinavam-se as Gueixas), tal qual ela havia lido nos pergaminhos reais. Mais tarde ela descobriria que seu dinheiro nem sempre poderia tudo comprar.

Chedada à Okiya, o carreiro partiu tão logo ela colocou os pés no chão. Agora ela estava sozinha frente à suntuosa porta de entrada. Acima, os dizeres: "Ser gueixa é ser apreciada como uma obra de arte viva". Ela bateu. Não tardou muito, do outro lado, uma voz feminina exclamou:

-O que desejas por estas sendas?

-Desejo forma-me Gueixa e tenho dinheiro para retribuir os ensinamentos!

A porta se abriu. Lá dentro tudo escuro. Uma mão a segurou pelo cabelo, enquanto suas mãos eram atadas, provavelmente por outra pessoa. Antes que sua visão acostumasse a penumbra, seus olhos foram tapados.

A mesma voz que primeiramente lhe atendeu, ecoou:

-Riquezas aqui tem importância diminuta. A moeda corrente é outra neste templo do amor. Normalmente somos nós que escolhemos nossas alunas, então teremos que ver se você tem o que é necessário.

A lâmina de uma adaga surpreendeu seu corpo, pressionando pouco abaixo de seu pescoço. Sua espinha gelou, obviamente.

-Não lhe faremos mal algum, pode confiar! E se algo lhe incomodar basta dizer “desisto” e a porta ao mundo externo se abrirá para você nunca mais aqui voltar.

A adaga desceu seu corpo cortando suas vestes e libertando sua beleza ao julgo alheio. Uma mão, agora gentil, lhe encaminhou a uma escada. Ao descer os poucos degraus, seus pés tocaram água morna e ela entendeu que seria banhada. O cheiro de camomila na umidade do ar também confirmava aquela impressão.

Parcialmente imersa na água seu corpo foi limpo por misteriosas mãos e ela tinha pela primeira vez a experiência do sensual toque alheio, similar ao que ela mesma experimentado sozinha em seu leito, mas mais intenso, mais excitante. Enquanto seu cérebro era tranquilizado pelas ervas, as terminações nervosas de seu corpo se abriam para cada toque. Até seus seios pareciam se inchar levemente. A voz retornou, enquanto a retiravam da água e a secavam:

-Sua beleza exterior é estonteante e isso você bem sabe pois ela provavelmente abriu muitas portas até agora nessa sua curta jornada. Mas seu interior ainda precisa de trabalho e esse é um dos quesitos principais para adentrar ao nosso credo. Conte-nos agora o que realmente a traz aqui...

As mãos agora a encaminhavam alguns passos à frente e lhe indicaram a abaixar-se, sentada sobre suas próprias pernas.

-Sou Ki Chyo Tchyota, princesa da dinastia Ki. Meu pai o imperador Ki Rô La queria arranja-me casamento com pretendentes tediosos, enquanto colocava-me a ter aulas ainda mais tediosas com Tchata, chefe das serventes do palácio. Eis que um dia ela resolveu ensinar-me a anatomia masculina por meio de uma armadura. Quando ela teve se ausentar por uns minutos, eu senti que havia alguém dentro daquela armadura. Porém, senti justamente pela virilha, se é que vocês me entendem... Continuei a apalpar aquela parte até o climax, que foi para mim também a revelação de minha verdadeira vocação. Pouco antes que Tchata retornasse ainda consegui descobrir que se tratava de Pi Ro Kin Nho, a quem prontamente me apaixonei. Lamentavelmente, ele que é o único pretendente que despertou meu real interesse foi condenado à morte por roubo por decisão de meu próprio pai. Após profunda reflexão, decidi nunca mais me curvar aos desígnios alheios e vim aqui, aprender a ser senhora de meu próprio destino.

-Comovente história, sem dúvida. Há amor, há autodescoberta, há subjugação e desejo de superação. Qualquer um concordaria que são nobres intuitos. Agora como “Okasan” (dona do Okiya) deste templo do amor, sou eu quem tenho de testar se a sua real vocação é a mesma que desejamos lapidar. Se confia em mim, abra a boca...

Tchyota atende o pedido e sente algo lentamente vindo em sua direção. Seu nariz toca algo parecido com veludo, como uma penugem que cheira a jasmim. Em seus lábios tocam as pétalas de uma flor, com textura de um delicado pêssego.

-Coloque a língua para fora...

Sua língua lentamente se expande para fora de sua boca. A ponta toca a flor, sentido seu néctar, desvendando suas pétalas e ela finalmente entende que se trata da mesma coisa que ela tem entre suas próprias pernas e que só recentemente explorou.

-E agora demonstre sua habilidade... Veremos se merece ser minha discipula...

Tchyota sente novamente sua vocação tomar seu corpo. Ela não conhecia a palavra, mas aquilo é que nós denominamos “desejo”. Sua língua começa a explorar aquele misterioso terreno carnal, ainda tímida, mas desejosa em prover prazer, o real poder que tanto desejava exercer sobre os outros. A cada movimento mais néctar descia. E quanto mais néctar... mais suor de pétala... mais seu ímpeto crescia. Sua língua deslisava pelos sulcos daquela flor e como recompensa mais suco descia e crescia também dentro de si sua própria excitação. Seus mamilos e sua própria vulva afloravam em sentidos, sem ao menos serem tocados. Sua boca, esta sim ativa ao tato, agigantava-se, eletrificava-se e mesmo ocupada passou a permitir uns suspiros... uns ais... entre cada respiração... entre cada chupada...

Os seus próprios gemidos, deram voz a resposta da sacerdotisa, quase em eco, que passou também a lentamente movimentar sua pelve para frente e para trás auxiliando a principiante princesa.

Tchyota está em transe. Ela está sedenta e aquela parece ser a única fonte capaz de matar sua sede. Sua língua penetra a vulva da sacerdotisa, que por sua vez a aperta e verte maravilhoso fluído. A princesa se esforça para expandir sua língua ao máximo e para movimentar seu pescoço em trote firme, amplo e constante, que dialogam com o sábio movimento pélvico da sacerdotisa. Seu único foco é exercer seu efêmero, mas intenso poder. O poder de levar o outro ao êxtase. E assim, ela testemunha o tão suado e desejado clímax da sacerdotisa, que por sua vez se contorce em sua boca e após estáticos e longos segundos, liberta sua face e exclama a todos:

-A princesa tem boa vontade para o prazer. Ela é digna de nossos ensinamentos!

Em aprovação uma multidão de alunas gritou em uníssono. Somente então a tímida Tchyota deu-se por conta que aquele momento intimo havia sido compartilhado com tal plateia.

Retirando a venda da princesa a professora a ela destina um último aviso:

-Não é por ser da nobreza que a exigirei menos. Bem pelo contrário. Seu esforço e dedicação terá de ser maior.

E ajustando suas retinas a pouca iluminação presente, Tchyota finalmente testemunha a nobre e esguia beleza da suma sacerdotisa, que ela sorveria quantas vezes fosse demandada, não por obrigação, mas por puro prazer e devoção.

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Comentários


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gostodafruta Comentou em 13/02/2022

Delícia gostosa.

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casalbisexpa Comentou em 12/02/2022

delicia demais




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Ficha do conto

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Nome do conto:
A NAMASGUEIXA - Capítulo 3

Codigo do conto:
195585

Categoria:
Fantasias

Data da Publicação:
12/02/2022

Quant.de Votos:
5

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