Olhe com muita atenção e aceite!

Amigos e amigas, fiquei meses sem escrever e acreditei que talvez não fosse mais contar nada de mim, meus desejos e aventuras, aqui. Fiquei muito doente, assim como meu marido, minha mãe e meu padrasto. Sentimos novamente o efeito da covid19 e dessa vez foi muito doloroso e preocupante.

Minha psicóloga, inspiradora e ótima pessoa, faleceu de covid e deixou um imenso buraco na minha vida e, com certeza, na vida de muitos de seus pacientes e clientes. Ela era minha motivadora da vida, pois por ela pude mergulhar em mim mesma, vencer limites, reconhecer virtudes e defeitos e estar bem comigo mesma nessa aventura de viver.

Fiquei mergulhada em tristeza e apatia, por semanas. Uma mistura de amargura e perda de sentido. Se fosse possível tirar férias da vida, eu tiraria, pois me afastei das amizades, me afastei até mesmo de meu marido - por sorte ele percebeu e respeitou esse distanciamento.

Em uma tentativa desesperada de mudar a visão dos dias difíceis, resolvi ir sozinha ao centro da cidade, pegar um pouco de sol, ver gente indo e vindo, preocupada com o horário, com os compromissos ou gente despreocupada, distraída naquele dia ensolarado, apesar de estar ligeiramente frio, no final de uma manhã de outono.

Entrei em um restaurante que a muitos anos eu frequentei. Estava funcionando, melhorado, mais chique e que, mesmo assim, me trazia lembranças de encontros, almoços e comemorações felizes. Eu já sentia um pouco de fome, mesmo assim, poderia ficar por horas observando e deixando aquele lugar me encher de devaneios e pensamentos aleatórios.

Comecei a sentir um calor em minha barriga, que confundia entre fome e desejo, parecia uma energia sendo emanada sobre mim. Olhei para baixo, na cadeira onde eu havia sentado e também sobre a mesa, com receio de ter tocado em alguma substância qualquer que pudesse me influenciar daquela maneira. Tentei recordar se havia tomado algo no café da manhã ou espetado meu corpo em algum espinho venenoso, mas nada estranho havia ocorrido. Simplesmente eu sentia um calor gostoso dentro de mim. Um tesão vindo sem motivo algum, que me fez morder os lábios involuntariamente. Seria uma sequela dessa doença tão terrível ? Um desarranjo cerebral provocado por alguma obstrução de artéria ?

Parei de me preocupar com a origem do que poderia ser e apenas passei a curtir aquele estado gostoso e sem sentido. Levantei-me, peguei um prato e resolvi me servir de comida para ver se esse estado continuaria rolando. Não haviam perfumes diferenciados, nem iluminação incomum, apenas uma sensação intensa dentro de mim. Me servi com muito cuidado, e as cores das comidas me chamavam atenção. Meu prato parecia uma composição de arte e comida. Comecei a perceber que eu estava ficando molhada e não consegui deixar de rir da situação. Me senti uma louca, mas eu aceitei tudo, como meu direito e compensação por todas as coisas recentes ruins.

Quando voltei para a mesa onde eu estava, uma senhora se aproximou e perguntou se poderia sentar ali também. Sem pensar direito eu aceitei a presença dela, mas percebi, quase que imediatamente, que haviam muitas outras mesas vazias e até melhores em relação à mesa onde estávamos. Olhei para ela, como quem questiona a escolha dela, e ela sorriu e me olhou profundamente nos olhos. Não foi um olhar demorado, mas se pudesse existir um olhar sólido como uma lança pontiaguda, aquele olhar seria um. Ela usava um óculos extravagante, mas seus olhos tinham uma energia intensa e estranha.

Tive um momento de medo e uma vontade de me levantar e sair para outra mesa, já imaginando uma desculpa para minha atitude, mas antes que eu pudesse me mover, ela me agradeceu por eu permitir que sentasse perto. Respirei fundo e novamente pensei em me levantar e ela continuou, dizendo que as pessoas estão sempre tensas, com medo, preocupadas, tristes, desconfiadas, e que a vida é muito frágil e, mesmo assim, bem mais importante do que o cultivo de coisas desagraveis. Continuou e me perguntou: Não acha isso um desperdício ?

Eu não conseguia mais me levantar e o tesão em minhas entranhas continuava. Eu não sabia se comia ou se olhava para ela ou para o prato que ela estava comendo. Ela não se incomodou por eu não ter lhe respondido e logo continuou, dizendo: desculpe, eu falo às vezes demais, por favor, não quero atrapalhar sua refeição, seu deleite, por favor, coma, faça como eu, coma devagar e desfrute dos dons que atravessam a boca.

Comecei a comer devagar e sentir cada pedaço ínfimo de sabor da comida e tive a sensação imediata de que aquela mulher era algum tipo de bruxa ou feiticeira. Novamente examinei minhas lembranças e tentei descobrir se em algum momento ela havia tocado em mim ou contaminado minha comida. Eu sentia que podia pensar por mim mesma ainda, e mesmo estando curiosa com a presença daquela mulher, pela terceira vez resolvi me levantar e sair daquela mesa. Então fiquei em pé e ela me perguntou: já terminou ? Veja, seu prato ainda está cheio e o restaurante também…

Olhei ao meu redor e vi que não havia mais lugar para sentar. Como uma bruxaria, perdi a total noção de que o restaurante estava cheio de pessoas. Fiquei desconcertada e sentei novamente, como se tivesse caído da cama. A mulher sorriu, deixou os talheres em cada lado de seu prato, cruzou os dedos de suas mãos, apoiando os cotovelos na mesa e novamente me olhou com aquele olhar terrível e penetrante.

Ela sorriu e começou a falar: Não tenha medo de mim, não irei lhe fazer nenhum mal, muito pelo contrário, irei te ajudar, mesmo que nesse exato momento você não tenha a mínima ideia da maneira como isso irá ocorrer. E ela continuou: Na verdade preciso de sua ajuda também e você é uma das pouquíssimas pessoas que podem fazer isso por mim.

Ela conseguiu atiçar ainda mais minha curiosidade e percebeu que toda minha atenção era dela. Eu não mais a temia, mas ao mesmo tempo tentava administrar minhas emoções e reações. Ela então prosseguiu: você quer fazer alguma pergunta ? E eu lhe perguntei: a senhora é algum tipo de bruxa, feiticeira, paranormal etc. ? E ela disse: Eu posso ser todas essas coisas, pois são nomes dados por estranhos à nossa gente ou natureza. Normalmente nomes preconceituosos e cheios de rótulos negativos, assim como os cariocas falam mal dos nordestinos, ou como os paulistas falam mal dos cariocas, ou como os judeus falam mal de cristãos, ou como os cristãos que falam mal dos espíritas, e por aí você já sabe.

Quando pensei em lhe fazer mais perguntas ela me interrompeu e disse: você já terminou a sua refeição e eu também terminei a minha, mas precisamos ainda de uma sobremesa e depois da sobremesa, se você quiser, iremos nos encontrar e conversar mais sobre como irei te ajudar e como você irá me ajudar, tudo bem ?

Eu sorri e aceitei a explicação dela. O tempo parecia diferente, pois tudo mudava muito rápido. Nem percebi que tinha comido tudo assim como ela. Ela então tocou minha mão e perguntou: Esse desejo em seu ventre, lhe agrada ? Eu sorri, me admirei e lhe disse sim. Ela então disse: assim como você, quando comecei a sentir essa energia em mim, não consegui mais deixá-la de lado, logo, fico feliz que tenhamos nos identificado bem uma com a outra.

Quando pensei em lhe perguntar sobre seu nome, ela perguntou o meu a mim, e ao abrir a boca para falar, ela sorriu e pronunciou junto comigo: Samantha. Fiquei extremamente assustada, cheguei a pensar que era algum tipo de brincadeira ou câmera escondida, mas nada poderia provocar aquele calor dentro mim, era ela que estava me dando de presente. Eu mordi os lábios olhando para ela e ela sorriu e disse: pode me chamar de Bruxa por enquanto, pois gostei desse apelido, e agora, precisamos da sobremesa.

Me preparei para levantar mas a mão dela tocou a minha, me impediu e foi então que ela disse: Olhe com muita atenção e aceite. Eu então a observei, e ela olhava para a multidão de pessoas no restaurante. Um rapaz, que estava entre amigos, olhou para ela, do outro lado do restaurante, levantou-se e veio andando até nós. Eu tive vontade de rir, pois parecia armação tudo aquilo, mas estava acontecendo, o rapaz estava parado em frente a ela, parecia longe de tudo e de todos. Ela então olhou para mim de novo e disse: Olhe com muita atenção e aceite. Eu disse que sim e coloquei meu queixo apoiado em minha mão. Foi então que o rapaz começou a desatar o cinto e a abaixar a calça ficando totalmente exposto em frente a ela e ao restaurante. Eu fiquei pasma, meu coração acelerou e eu sentia como se fosse desmaiar de tanta vergonha, mas ninguém ao redor estava nos vendo, podiam olhar mas não percebiam o que estava acontecendo.

Ela começou a acariciar o pênis do rapaz de um jeito diferente e fluido e ele começou a ficar excitado. Eu não conseguia parar de olhar e ao mesmo tempo não acreditava no que estava acontecendo, e pela terceira vez ela disse: Olhe com muita atenção e aceite, e prosseguiu, não devemos nos atrapalhar. Olhei para ela e para a linda piroca daquele rapaz. Ninguém ao redor estava olhando para aquilo. Ela então engoliu totalmente a piroca dele, fez alguns movimentos incomuns, que eu nunca tinha visto e ele começou a gozar na boca dela. Ela estava de olhos fechados e ficou sugando por alguns instantes. Logo após, ele subiu sua calça, afivelou o cinto e voltou para a mesa onde estava. Eu olhava para ela, ainda de olhos fechados e degustando o que tinha tomado. Olhei também para o rapaz, indo embora, e voltando para a mesa, como se nada tivesse acontecido.

Eu estava pasma, assustada, excitada, tudo ao mesmo tempo. E então a mulher disse: agora é a sua vez… não pude conter meu riso e pensei em lhe mostrar minha aliança, mas ela ignorou e disse: escolha qualquer um deles. Enquanto eu pensava em um jeito de não me atrever a fazer aquilo, meus olhos passaram rapidamente pela multidão, e por uma fração e segundos parou sobre um garoto, um adolescente e imediatamente ele levantou-se da mesa, pois estava com seus pais, e veio em direção à mim. Lembrei das três vezes que ela havia dito para eu observar e aceitar, então quando eu olhei para o garoto, muito bonitinho por sinal, ele já estava com o short abaixado. Comecei a achar tudo aquilo incrível e meus desejos estavam a flor da pele. Eu sabia que era ela que controlava a situação. Respirei fundo, beijei a barriga dele e desci minha boca beijando todo o pênis e saquinho do garoto.

Ele começou a ficar excitado e senti que tinha que engoli-lo totalmente. Instintivamente lembrei do que ela havia feito com as mãos e comecei a sentir a piroca dele pulsando em minha boca. Eu ouvia as pessoas conversando e rindo, mas sentia um poder incrível em fazer aquilo, ali, exposta a tudo e todos, mas apenas eu e minha mais nova amiga, bruxa, participando daquele banquete. Estávamos invisíveis.

Ele então começou a gozar em minha boca. E como gozou gostosinho. Um gosto diferente e juvenil e eu pude segurar tudo em minha boca e engolir com muita vontade e desejo. Continuei chupando e gemendo por alguns instantes até que o garoto se afastou, vestiu o short e voltou para a mesa de seus pais.

Quando olhei para o lado a bruxa não estava mais ali. Eu a procurei mas ela havia sumido. Questionei a mim mesma se aquilo havia acontecido, se foi real, mas eu sentia o gosto do garoto ainda em minha boca. Olhei para o menino e ele parecia cansado e sua mãe lhe tocava a testa como se procurasse saber se ele estava com febre.

Procurei minha comanda para ir ao caixa pagar e uma garçonete passou por minha mesa e disse que a minha conta já havia sido paga.

Levantei-me e passeei um pouco pelo restaurante, como se tivesse perdido algo. Olhei para a mesa onde a minha sobremesa estava sentada e para a mesa onde o rapaz estava com amigos. Todos estavam distraídos entre si. O tesão dentro de mim estava mais fraco, porém minha calcinha estava ensopada ainda. Resolvi ir embora e sentia que aquela mulher, misteriosa e incrível, iria me achar novamente.

O mundo ganhou um outro sentido. Eu não me sentia culpada. Não fizemos mal a ninguém, mesmo sem saberem o que fizemos.


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Comentários


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pedrovasconcelos Comentou em 11/04/2024

Reli a tua historia que me fascionou. Escreves muito bem ostava que continuasses a escrever.

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boto Comentou em 13/08/2022

Votado…muito excitante este conto…achei sensacional…parabéns…

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yawara Comentou em 23/07/2022

Que bom que voltou, Samantha! Bjs.

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yawara Comentou em 23/07/2022

Que bom que voltou, Samantha! Bjs.

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star07 Comentou em 24/06/2022

E aí que tudo faz sentido

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pedrovasconcelos Comentou em 23/06/2022

Historia surreal Gostei. Votei

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trovão Comentou em 23/06/2022

Inicialmente concordo com as palavras da Soninha88! Depois preciso confessar que fiquei pasmo com a fluidez da narrativa que viajava entre o insólito, o improvável e o excitante! Adorei! Votado!

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cristina23livre Comentou em 23/06/2022

Realmente muito diferente, mas foi gostoso ler. Votado

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casalbisexpa Comentou em 23/06/2022

delicia demais

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Soninha88 Comentou em 23/06/2022

Mulher, essa história é super excitante, mas tem um ar de.mistério e sexo misturado! Sei que algumas mulheres têm poder estranho, tipo de bruxas, mas nunca li nada envolvendo sexo desse jeito! Adorei seu conto...votado...bjs




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Ficha do conto

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Nome do conto:
Olhe com muita atenção e aceite!

Codigo do conto:
203280

Categoria:
Exibicionismo

Data da Publicação:
23/06/2022

Quant.de Votos:
10

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