A poeira pós-impacto pairava no ar, obscurecendo o sol e deixando para trás um mundo mergulhado no caos. Entre os destroços e escombros, Sara acordou, sua visão turva tentando se adaptar à paisagem desolada. O que antes era uma cidade vibrante agora era uma silhueta sombria de desespero.
As ruas estavam vazias, exceto por destroços e ruínas. O estrondo ensurdecedor do impacto havia sido substituído por um silêncio sinistro. Sara levantou-se, sentindo a crosta de cinzas em sua pele. Ao longe, percebeu edifícios colapsados e carros abandonados, testemunhas mudas da catástrofe.
Ela ajustou a mochila nas costas, sua única companhia em um mundo agora irreconhecível. As memórias do antes ecoavam em sua mente, enquanto enfrentava a desconcertante realidade de um planeta transformado. Cada passo era uma jornada através de um labirinto de lembranças perdidas e esperanças destroçadas.
O sol se filtrava através da névoa tóxica, lançando sombras fantasmagóricas sobre o cenário apocalíptico. Sara caminhava, procurando sinais de vida em meio à desolação. O vento sussurrava segredos de um mundo que não existia mais, enquanto ela se aventurava rumo ao desconhecido, carregando consigo a chama frágil da sobrevivência em um novo começo.
---
**Capítulo 2: Fragmentos do Passado**
Antes do impacto, Sara era uma jovem de 21 anos com o coração repleto de sonhos e ambições. A vida parecia promissora, mas já havia enfrentado adversidades dolorosas. Órfã após um trágico acidente de carro que tirou a vida de seus pais, Sara encontrou apoio e calor nos braços amorosos de seus avós, que se tornaram sua única família.
Vivendo sob o teto familiar, ela mergulhou nos estudos de medicina, decidida a transformar a perda em uma força motriz para ajudar os outros. Seu quarto era um santuário de livros e anotações, um reflexo do seu compromisso incansável com o aprendizado e a esperança de um futuro melhor.
Apesar das cicatrizes emocionais, Sara irradiava uma resiliência que inspirava aqueles ao seu redor. Sua paixão pela medicina não apenas a impulsionava **Capítulo 9: Laços Inesperados**
À medida que Sara e Hellen continuavam sua jornada, a carência afetiva tornou-se uma sombra persistente, envolvendo os dois de maneiras inesperadas. No calor das noites solitárias, a proximidade trouxe à tona sentimentos que transcendiam a simples camaradagem.
Hellen, confusa e surpresa por esses sentimentos emergentes, percebeu que a solidão tinha uma maneira peculiar de criar laços. No silêncio das noites compartilhadas ao redor de fogueiras improvisadas, ela começou a notar a força e a resiliência de Sara de maneira diferente.
Um dia, enquanto se aventuravam perto de uma lagoa tranquila para se refrescar, a atmosfera mudou. Os raios do sol dançavam na água, e a tensão acumulada entre elas se tornou palpável. Hellen, movida por um impulso irresistível, roubou um beijo de Sara, selando um momento que mudaria o curso de suas vidas.
A resposta de Sara foi surpreendentemente calorosa, uma fusão de surpresa e aceitação. O beijo roubado na lagoa tornou-se um elo inesperado entre elas, um ponto de virada na jornada tumultuada que compartilhavam. Em meio à incerteza do mundo ao redor, esse laço emocional inesperado tornou-se um farol de conforto, um refúgio na imprevisibilidade de suas vidas pós-apocalípticas.
---
**Capítulo 10: Silêncio Tênue**
Nos dias seguintes ao beijo roubado na lagoa, um silêncio tênue envolveu Sara e Hellen. A atmosfera entre elas, antes repleta de conversas e risos, agora carregava uma tensão silenciosa. Ambas hesitavam em abordar o assunto que pairava como uma sombra delicada sobre o vínculo que compartilhavam.
O respeito mútuo e a compreensão das complexidades do mundo pós-apocalíptico mantiveram a relação entre elas em um equilíbrio precário. Cada dia era uma luta para enfrentar os desafios iminentes, e o beijo, embora significativo, parecia ser um elo que, por ora, permaneceria suspenso no ar.
O silêncio era uma dança delicada, uma coreografia de palavras não ditas que pairavam entre elas. No calor das noites sob o céu estrelado, ambas buscavam refúgio na familiaridade da companhia uma da outra, evitando mergulhar nas águas incertas do que o beijo poderia significar para o futuro de sua relação.
Em meio aos desafios diários e à busca constante por segurança, Sara e Hellen desenvolveram uma espécie de pacto silencioso, permitindo que o tempo moldasse o curso de suas emoções. O silêncio, embora carregado de significados não expressos, era um acordo mútuo para preservar a essência da jornada que compartilhavam, enquanto o mundo ao seu redor continuava a testar a resiliência de seus laços.academicamente, mas também a conectava com a humanidade, transformando a dor pessoal em compaixão pelos que sofrem.
Solteira, mas não solitária, Sara mantinha uma rede de amizades estreitas, nutrindo relacionamentos que eram laços fundamentais em seu tecido emocional. Enquanto o mundo lá fora se tornava cada vez mais incerto, a estabilidade de sua vida cotidiana oferecia um refúgio, um porto seguro construído nos escombros do passado.
---
**Capítulo 3: Silêncio Cósmico**
Enquanto Sara seguia sua jornada pelo mundo despedaçado, os vestígios do cataclismo começaram a ganhar forma nas entranhas da história. Antes do impacto devastador, a Rússia, em sua corrida cósmica, fez uma descoberta tardia: um asteroide de proporções apocalípticas rumava em direção à Terra.
A notícia reverberou pelos corredores do poder russo, mas o tempo escorria entre os dedos como areia. O dilema era cruel: revelar a ameaça iminente ao resto do mundo e enfrentar o caos global, ou guardar o segredo na esperança de encontrar uma solução miraculosa.
O governo russo vacilou, confrontado com uma escolha impossível. À medida que o asteroide se aproximava, uma nuvem de desconfiança se espalhava entre as nações. O silêncio russo ecoou como um grito ensurdecedor, alimentando teorias conspiratórias e incertezas que pairavam sobre a humanidade.
Enquanto a Rússia tentava desesperadamente desenvolver contramedidas, o resto do mundo permanecia às cegas, incapaz de compreender a iminência do desastre que se desenhava nos confins do espaço. A confusão se transformou em pânico quando o impacto finalmente ocorreu, deixando a Terra em ruínas e as pessoas se perguntando se a tragédia poderia ter sido evitada.
A sombra da dúvida pairava sobre o destino do planeta, enquanto Sara, alheia às complexidades geopolíticas, continuava sua jornada solitária, enfrentando as consequências do silêncio cósmico que selou o destino da humanidade.
**Capítulo 4: Na Busca pela Sobrevivência**
Com a cidade agora um labirinto de destroços e desespero, Sara se viu compelida a explorar as ruas devastadas em busca de duas coisas essenciais: comida e informações. Sua mochila, outrora repleta de suprimentos, começava a revelar sinais de escassez. Cada passo que ela dava, cada esquina revirada, era uma incursão no desconhecido.
Entre os escombros, Sara encontrava vestígios de uma sociedade que se desfez. Lojas saqueadas, prédios em ruínas e carros abandonados contavam a história do caos que se desencadeou. Ela vasculhava os destroços em busca de alimentos não perecíveis, uma tarefa que exigia paciência e astúcia.
Nos raros encontros com outros sobreviventes, Sara trocava informações escassas sobre possíveis fontes de abrigo e suprimentos. Cada conversa era uma ponte frágil entre a solidão e a esperança, compartilhando histórias de perdas e resiliência em um mundo despedaçado.
Sara tornou-se uma espectadora silenciosa das narrativas de sobrevivência que se desdobravam nas ruas vazias. As informações escassas que ela reunia eram como peças de um quebra-cabeça, formando um quadro nebuloso do que restava da civilização.
Enquanto o sol se punha sobre a paisagem desolada, Sara carregava consigo não apenas os víveres que conseguiu coletar, mas também a determinação feroz de perseverar em meio à adversidade. Ela era um reflexo da resiliência humana, uma sobrevivente decidida a enfrentar o desconhecido, alimentando-se de esperança enquanto vagava pelas ruas sombrias da nova realidade.
---
**Capítulo 5: Sombras Mortais**
Num crepúsculo sombrio, enquanto Sara explorava os destroços à procura de sobrevivência, uma figura encapuzada emergiu das sombras. Um sussurro se espalhou entre os poucos sobreviventes: um grupo de milicianos impiedosos que saqueavam e eliminavam qualquer obstáculo em seu caminho.
Uma advertência sutil alcançou os ouvidos de Sara, trazida por um desconhecido que cruzou seu caminho fugazmente. Palavras carregadas de urgência ecoaram na sua mente, alertando-a sobre as sombras mortais que se moviam nas periferias da desolação.
Consciente do perigo iminente, Sara sentiu o arrepio da ameaça que se escondia nas entrelinhas do novo mundo. Aquilo que restava da civilização estava agora dividido entre aqueles que buscavam sobreviver juntos e outros que se entregavam à brutalidade para garantir sua própria existência.
A notícia do grupo de milicianos lançou uma sombra mais escura sobre a já tênue luz da esperança. Sara, agora cautelosa em suas incursões pela cidade desolada, percebeu que a busca por recursos vitais estava impregnada com um risco ainda maior. Cada esquina tornou-se um ponto de vulnerabilidade, cada sombra podia esconder a ameaça mortal que a alertaram.
Movendo-se com cautela, Sara adaptou-se a uma nova realidade: não apenas contra os elementos e a escassez, mas também contra os fantasmas cruéis que caçavam os indefesos. Ela carregava consigo não apenas a mochila com os poucos recursos que conseguira reunir, mas também a determinação feroz de resistir às sombras que ameaçavam obscurecer o caminho frágil da sobrevivência.
Capítulo 6: Rumo à Esperança
Enquanto explorava os arredores de Belo Horizonte em busca de alimentos, Sara se viu diante de uma fazenda aparentemente abandonada. Entre fileiras de plantações negligenciadas, uma figura feminina se aproximou com uma expressão de surpresa e alívio.
Hellen, uma mulher de cabelos escuros e olhos determinados, explicou que também estava em busca de recursos e sobreviventes. Compartilhando informações preciosas, ela mencionou uma cidade no México onde um grupo de pessoas resilientes se unia para reconstruir suas vidas.
A notícia de um refúgio seguro e uma comunidade solidária acendeu uma centelha de esperança nos olhos de Sara. Hellen detalhou histórias de superação, esforços coletivos e a promessa de uma nova vida além das fronteiras desoladas de Belo Horizonte.
Sara, movida pela necessidade de encontrar um lar e por um instinto de sobrevivência, aceitou o convite de Hellen para se juntar à jornada em direção ao México. A ideia de escapar das sombras mortais que pairavam na cidade brasileira e encontrar um lugar onde a colaboração substituía a brutalidade era irresistível.
Juntas, elas empreenderam uma jornada perigosa, atravessando fronteiras e enfrentando desafios inimagináveis. O caminho estava repleto de incertezas, mas a perspectiva de um recomeço, alimentada pela solidariedade humana, guiava-as na direção da promessa de um futuro melhor. No horizonte distante, o México aguardava como um farol de esperança, prometendo não apenas suprimentos, mas também a possibilidade de reconstruir não apenas suas vidas individuais, mas o tecido social que o cataclismo ameaçara rasgar.
**Capítulo 7: Banquete da Sobrevivência**
Após dias de uma jornada árdua, Sara e Hellen chegaram a um supermercado abandonado, um oásis improvável em meio à desolação. A estrutura desgastada e empoeirada se erguia como um monumento de uma época passada, agora transformada em um depósito de esperança para as duas viajantes exaustas.
Ao entrar no estabelecimento, a visão de prateleiras repletas de alimentos não perecíveis fez com que um suspiro coletivo de alívio escapasse de seus lábios. A tensão acumulada durante a jornada começou a dissipar-se diante da perspectiva de uma refeição abundante e, mais importante, de suprimentos que garantiriam a sobrevivência por dias.
Sara e Hellen, movendo-se cautelosamente pelos corredores, começaram a preencher suas mochilas com enlatados, pacotes de alimentos e garrafas de água. Cada item era como um tesouro descoberto, uma resposta aos dias de incerteza e escassez que enfrentaram.
Enquanto se moviam pelos corredores iluminados pela luz fraca que penetrava pelas janelas empoeiradas, as duas compartilharam sorrisos de alívio. O supermercado abandonado tornou-se mais do que um simples depósito de suprimentos; era um refúgio momentâneo, um lembrete de que, apesar dos desafios, a sorte podia sorrir mesmo nos lugares mais inesperados.
Ao saírem do supermercado, suas mochilas agora cheias e os corações mais leves, Sara e Hellen enfrentavam o desconhecido com uma nova determinação. A comida que encontraram não era apenas um banquete para os estômagos famintos, mas também um lembrete de que, mesmo em meio ao caos, a esperança e a perseverança podiam florescer, oferecendo um vislumbre do que ainda poderia ser conquistado em um mundo que parecia ter perdido tanto.
---
**Capítulo 8: Rumo a Tocantins**
Com mochilas reabastecidas e a promessa de um novo começo na mente, Sara e Hellen estudaram o mapa desgastado que tinham em mãos. Tocantins surgia como um ponto de interesse, uma rota que poderia guiá-las mais perto do destino final: o México.
Decididas a enfrentar o desconhecido, as duas mulheres seguiram na direção indicada pelo mapa. Os dias se desenrolavam em uma sucessão de caminhadas incansáveis e paradas estratégicas para se orientarem, cada passo aproximando-as do próximo capítulo de suas vidas.
Ao atravessarem estradas vazias e paisagens desoladas, Sara e Hellen compartilhavam histórias de suas vidas antes do cataclismo, criando laços que transcendiam as adversidades. O desejo de encontrar um refúgio seguro e se juntar à comunidade solidária no México era um farol que as impulsionava adiante.
Em Tocantins, encontraram uma cidade marcada pelo silêncio e pela desolação. O vento sussurrava através das ruas vazias enquanto elas exploravam em busca de recursos e informações. O mapa, agora enrugado pelo uso constante, continuava a guiá-las na jornada incerta.
Decidindo não demorar muito, Sara e Hellen, com Tocantins como um ponto de passagem, retomaram sua marcha em direção ao México. O horizonte distante prometia não apenas um destino geográfico, mas a possibilidade de se unirem a uma comunidade resiliente e, quem sabe, de reconstruir não apenas suas vidas individuais, mas o tecido social que o cataclismo ameaçara rasgar. A esperança, como uma bússola interior, guiava-as através da paisagem desafiadora em direção ao próximo capítulo de suas vidas pós-apocalípticas.
**Capítulo 9: Laços Inesperados**
À medida que Sara e Hellen continuavam sua jornada, a carência afetiva tornou-se uma sombra persistente, envolvendo os dois de maneiras inesperadas. No calor das noites solitárias, a proximidade trouxe à tona sentimentos que transcendiam a simples camaradagem.
Hellen, confusa e surpresa por esses sentimentos emergentes, percebeu que a solidão tinha uma maneira peculiar de criar laços. No silêncio das noites compartilhadas ao redor de fogueiras improvisadas, ela começou a notar a força e a resiliência de Sara de maneira diferente.
Um dia, enquanto se aventuravam perto de uma lagoa tranquila para se refrescar, a atmosfera mudou. Os raios do sol dançavam na água, e a tensão acumulada entre elas se tornou palpável. Hellen, movida por um impulso irresistível, roubou um beijo de Sara, selando um momento que mudaria o curso de suas vidas.
A resposta de Sara foi surpreendentemente calorosa, uma fusão de surpresa e aceitação. O beijo roubado na lagoa tornou-se um elo inesperado entre elas, um ponto de virada na jornada tumultuada que compartilhavam. Em meio à incerteza do mundo ao redor, esse laço emocional inesperado tornou-se um farol de conforto, um refúgio na imprevisibilidade de suas vidas pós-apocalípticas.
---
**Capítulo 10: Silêncio Tênue**
Nos dias seguintes ao beijo roubado na lagoa, um silêncio tênue envolveu Sara e Hellen. A atmosfera entre elas, antes repleta de conversas e risos, agora carregava uma tensão silenciosa. Ambas hesitavam em abordar o assunto que pairava como uma sombra delicada sobre o vínculo que compartilhavam.
O respeito mútuo e a compreensão das complexidades do mundo pós-apocalíptico mantiveram a relação entre elas em um equilíbrio precário. Cada dia era uma luta para enfrentar os desafios iminentes, e o beijo, embora significativo, parecia ser um elo que, por ora, permaneceria suspenso no ar.
O silêncio era uma dança delicada, uma coreografia de palavras não ditas que pairavam entre elas. No calor das noites sob o céu estrelado, ambas buscavam refúgio na familiaridade da companhia uma da outra, evitando mergulhar nas águas incertas do que o beijo poderia significar para o futuro de sua relação.
Em meio aos desafios diários e à busca constante por segurança, Sara e Hellen desenvolveram uma espécie de pacto silencioso, permitindo que o tempo moldasse o curso de suas emoções. O silêncio, embora carregado de significados não expressos, era um acordo mútuo para preservar a essência da jornada que compartilhavam, enquanto o mundo ao seu redor continuava a testar a resiliência de seus laços.
Continua.....
Escrito por Leandro Perru
Uma bela poesia cheia de êxtase romance suspense imaginação devaneios q nos faz querer ser o q estás a relatar e viver