Pensando em burlar o trânsito e chegar a um lugar que poderia te tocar decentemente, e sem amarras, pensei em um motel próximo ao nosso trabalho. Ledo engano, o trânsito me ferrou mais que nunca e aqueles beijos entre uma parada e outra foram me deixando a ponto de explosão. Confesso me segurei ali, que queria arrancar sua roupa em meio ao caótico trânsito e sentir sua pele ali mesmo.
Me contive tanto que mal falava, me perguntando apenas se você tinha trazido o que eu “mandei” você trazer hoje de manhã. E após me enrolar muito, umas 5 quadras, você me provou que tinha acatado a ordem. Que brinquedo maravilhoso.
Tamanho era a vontade que cheguei a errar a entrada do motel, mirando em um e acertando em outro, eu estava desnorteado. Não sei se era a ânsia, o desejo, ou apenas aquela vontade de te torturar depois de tanto me enrolar, confesso torturei com gosto.
Entramos no quarto, uma banheira logo a entrada, uma pintura que me fez descobrir algo novo de ti, ao longo do quarto a cama e um espelho que cobria a parede inteira. Um bom quarto.
Finalmente pude te agarrar para um beijo, interminável, pegado sentindo seu corpo colado ao meu, mesmo que ainda com as roupas que logo começaram a ser tiradas, sua blusa, sua camisa, sentindo seu corpo e sua pele se arrepiando pelos beijos e toques, ansiando pelo que estava por vir.
Nos encaminhamos ao chuveiro, depois de um longo dia um banho é merecido, você se batendo com a água quente ou fria do chuveiro a gás, eu rindo da situação apenas para a ver você bicuda comigo por eu estar rindo.
Não deu para segurar ao ver o bico que fez, te ataquei em meio a água caindo eu te agarrei, não ligava para o quão quente aquela água estava, eu só queria você naquele momento. Te prendendo contra a parede, você ainda tentou me segurar, sem sucesso presa em meu abraço.
Ali eram beijos, e minha mão diretamente onde eu queria, o ponto que te faz perder o ar, no ponto que te faz perder a voz. Juntando os meus dedos em ti, com a água quente que rolava pelos nossos corpos, por meu braço e mão conectada diretamente a você. Meus olhos fixos em seu rosto, assistindo cada reação, olhos fechados imersos no transe, lábios indecisos sobre serem mordidos ou beijados, na dúvida foram os dois.
Meu corpo sentindo as reações do seu corpo, pernas moles, pequenos tremores espalhados por todos os lados reagindo a toques ou a simples água que rolava. Um contorcionismo de uma luta corporal sem pressa, você aos poucos se entregando para este ser caótico que estava apenas buscando aprender os caminhos do seu corpo aos poucos.
Aquele banho durou, mas nós dois queríamos mais, saímos e assim que vi aquela parede de espelhos atras de você eu tive uma visão, e desta vez não eu não teria de esperar ou apenas imaginar, eu a realizei antes mesmo de poder idealizá-la.
Te levei até a parede coloquei suas mãos no espelho e eu atras de você, minha mão esquerda subindo de sua cintura até seus seios, um corpo arrepiado, minha boca em seu pescoço te beijando e olhando em seus olhos através do espelho. Que visão deliciosa. Minha mão direita foi deslizando pelo seu corpo até te encontrar molhada e pedindo por algo a mais, só que como disse antes “hoje eu irei te torturar”, e assim foi.
Você fechando os olhos se entregando ao toque de minhas mãos... com a mão esquerda presa em seus cabelos, apenas o puxo para trás e digo em seu ouvido “abra os olhos e veja tudo.” O sorriso que me deu só me deixou mais louco ainda, suas pernas tornaram a vacilar e eu assistindo de camarote você e o show que estava me apresentando. Seu olhar traduzia uma única coisa “irei me vingar” e eu só consegui sorrir, do jeito que a faz me acusar “safado...”
Te joguei na cama que estava logo atrás de nós, abri suas pernas e finalmente me pus a te chupar, algo que desejava a algum tempo, minha língua em ti lendo em braile os seus sentidos, meus braços não te deixando escapar de mim, agarrando suas pernas e as mantendo abertas, olhando para você curvando as costas e gemendo, suas mãos perdidas apertando a cama ou apenas agarrando minha cabeça como quem diz “está sensível... eu não aguento mais... não para...”. Eu subi em você, apenas para me beijar loucamente enquanto sentia o próprio gosto., ficamos perdido neste beijo e troca de olhares por um tempo.
Me deito ao seu lado, sinalizando que queria você em cima de mim, em minha cabeça estava “de um pouco do controle a ela e se jogue”, só que ao invés de subir você me segurou com suas mãos e me engoliu, chupando deliciosamente com força, sua língua cobrindo cada espaço em conjunto sua mão apertando de forma que as duas estavam em completa sincronia, ficando cada vez mais forte, da forma que eu gosto e você parece ter aprendido isso muito bem. Te assistir estava me dando mais tesão ainda, ao segurar seus cabelos e controlar um pouco desta boca deliciosa.
Você subiu em mim, se encaixando e me olhando com a cara de que agora iria se vingar, não me deixando entrar, roçando em mim de cima a baixo, me provocando e me fazendo desejar que entrasse em você sem querer, só que isso você controlou muito bem. Só a cabeça presa entre nós dois mais os movimentos estava nos deixando loucos, ainda mais. Aos poucos encaixando, aos poucos entrando, sentindo o seu calor e o quão molhada e apertada estava. Você rebolando lentamente comigo inteiro dentro de ti. Minhas mãos perdidas por seu corpo te puxando para mais perto, minha boca atacando seus seios, te ouvindo gemer e me olhar com a cara mais safada que já vi sua. Aqueles movimentos colados, lentos, e fortes foi nos entorpecendo, eu estava praticamente bêbado ali só queria mais.
Trocando de posição você veio sentir seu gosto que estava em mim, chupando ainda mais forte não deixado uma parte sequer sem sentir a sua língua, deixando pronto para voltar para o lugar que não devia ter saído. Em minha mão estava o seu bullet, adorei ele inclusive, ligando-o para que se juntasse a nossa festa. Você deitada as pernas abertas você encaixando-o em si enquanto eu entrava em ti, o seu sorriso quando essa brincadeira encaixou por completo, a um passo da loucura desejada.
Aqui, neste momento, eu sei que exagerei na tortura, mas você merecia.
Lento, curtindo o ritmo, usando o vibra preso entre a gente para apenas para aumentar o seu desejo e pressa.
Lento e forte, parando fundo as vezes só para te ouvir pedir, ou quase não falar, pois o vibra estava praticamente colado a nós, eu sentindo você me apertar cada vez mais, o seu corpo a curvar, suas pernas indecisas se abriam ou me prendiam mais contra você, respiração ficando mais pesada e seus olhos fechando.
Desço o meu corpo, ficando completamente colado a você, seguro seu cabelo por trás, te puxando e dando uma ordem. “não feche, olhe diretamente nos meus olhos e não desvie o olhar. Eu quero ver.” devo dizer, a cara que me fez neste momento me valeu a noite. Me apertou ainda mais forte e continuamos, presos ligados naqueles movimentos, você se mexendo eu me mexendo e o vibra entre a gente deixando nós dois mais loucos. Não sei quanto tempo ficamos assim, não sei quantas vezes, ou até se gozou. Olho no olho, sorrisos safados alternados com gemidas, você passando as mãos no meu rosto tirando meu suor com as mãos me puxando para um beijo.
Gozei muito, e durante um tempo fiquei largado a cama, pois ali eu tinha me exaurido. Te torturar me esgotou, foi delicioso, me segurar para buscar mais um pouco de suas reações.