Um flerte bobo.
Paredes brancas, um quarto desconhecido para mim, uma cama de casal, travesseiros jogados ao chão, junto às roupas que mais pareciam um uniforme. volto minha atenção à pessoa na cama.
Lá está você deitada, nua, brilhando com o suor e/ou óleo, arfando e me olhando com um olhar - pessoas normais não saberiam distinguir se era desejo de matar, ou o desejo mais puro e selvagem, somado ao leve sorriso. Era uma cena linda - seus braços e suas pernas abertas e amarradas à cama, leves tremores vindos deles e ao seu lado, alguns brinquedos.
Um flash passa em minha mente.
A alguns dias estamos nessas provocações, mensagens, olhares intensos e alguns amassos perdidos. dois malucos curtindo o jogo, sem compromisso algum. Estamos andando pelo estacionamento em direção ao carro estacionado lá ao fundo. ambos pensando que aconteceria o mesmo de sempre, rindo de alguma bobagem que eu falei. entramos no carro, e fomos à saída, duas quadras após à saída sua mão em minha coxa e aquele olhar me questionando "Cadê meu beijo?”, sorrio e avanço, o sinal está fechado mesmo, um beijo gostoso com aquela mordida que adoro, puxando esse bico para mim, o sinal abre e seguimos com as devidas provocações e amassos no pare e avança do trânsito.
Paramos no lugar de sempre, uma chuva fina caindo e ali mesmo não nos importamos com nada em volta, você praticamente deitada em meu colo, com as pernas na direção da porta, suas costas encostadas em minhas pernas e eu sustentando à sua cabeça com minha mão esquerda, já à mão direita estava acompanhando as suas, como se tivesse a levando para conhecer o corpo, me direcionando por ele inteiro, até que chegou onde tinha receio e desejo de me levar, só que hoje à coragem foi mais forte, e me deixou ali.
O beijo contínuo, parando apenas para puxar o ar e voltar a beijar. solto o botão de sua calça e vou chegando cada vez mais perto, sentindo o toque da pele se arrepiando. passo o dedo por cima, até embaixo, pressiono um pouco me afundando entre os lábios e volto a subir, sentindo meus dedos úmidos e encaixando bem no seu clitóris - um leve gemido me faz sorrir e continuar o beijo - movimentos circulares, focado naquele ponto, eu sentindo seu corpo ficando cada vez mais quente e me fazendo desejar mais ainda brincar com ele.
Você respira fundo e fala “aqui não, vamos…?”
Outro flash.
Estou naquele quarto branco, tirando as suas roupas enquanto beijo seu pescoço, adorei a lingerie e deixei ela mais um pouco apenas para eu apreciar à vista. você anda em direção à um armário e dele pega uma bolsinha, e com uma cara bem safada, vira todo o conteúdo dela na cama alguns brinquedos, algumas faixas, alguns óleos e cremes, entre outras coisas. pego à faixa, um toque de seda, e coloco ela sobre seus olhos, uma venda, amarro ela e te deito à beira da cama, passo à ponta de meus dedos pelo seu corpo, dos lábios aos pés, sentindo cada reação e arrepiar.
Beijo entre seus seios e sigo descendo, passo pela barriga, chego à cintura uma leve mordida na coxa, chegando ao joelho e voltando a subir, só que pela parte interna da coxa, subindo cada vez mais até chegar…
Adorei à calcinha de renda preta.
Puxo ela para o lado e afundo minha língua, de baixo pra cima, sentindo bem o gosto que há tempos quero experimentar. não tenho pressa alguma, desfruto do tempo, do sabor e principalmente das suas reações e gemidos, seu corpo me mostra que está quase, cada vez mais perto, suas mãos tentam afastar minha cabeça, mas eu abraço à sua cintura e não irei soltar à minha boca dali até você me dar o que eu quero.
Seus gemidos aumentam.
Você me pede pra parar um pouco porque está sensível, eu me levanto, apenas para pegar as outras faixas que caíram da bolsa e amarrar suas mãos e pernas. amarrada, chego eu seu ouvido e falo:
“Eu estou no comando… Seu único trabalho é sentir…”
Volto aos brinquedos, pego o bullet e o vibra, o bullet ligo em uma intensidade média para forte, contínua, sem pausa. o vibra está em uma intensidade média. volto ao seu lado, e olho esse sutiã, lindo com algumas rendas que combinam com à calcinha, mas ele vai sair. levanto um pouco seu corpo com uma mão, e solto o sutiã com a outra, deslizo ele por seus braços até ele ficar na altura de seus pulsos, os brinquedos vibrando ao seu lado da cama, você vendada, à luz apagada, mas tudo ainda visível pela meia-luz que entra pela porta.
Minha boca, seus seios e minhas mãos fazem uma ótima equipe.
Você amarrada, eu ao seu lado com o bullet encaixado no seu clitóris, pressionando-o e fazendo círculos com meus dedos, este que está fazendo na mesa agora, o bullet acompanha o meu movimento. Sinto que falta algo e me lembro do vibra ligado ao seu lado, passo ele por você, em volta da entrada, não preciso nem de óleo para ele entrar de tão encharcada que você está, ele entra fácil.
O bullet encaixado em seu clitóris, o vibra te preenchendo por dentro, ambos ligados e sendo controlados por mim.
Entre seus gemidos e corpo se contorcendo, me xingando por não te soltar ou você conseguir escapar, eu não contei quantas vezes gozou pra mim, ou que te calei com um beijo mais forte ou uma enforcada enquanto uma única mão controlava tudo lá embaixo, mal percebi também quando deixei os dois no máximo e continuei os movimentos.
" Está muito sensível" era o que eu mais ouvia, mas quando eu começava a diminuir o ritmo seu rosto mostrava claramente que queria mais, então ignorei todos os pedidos.
Eu entrei em um limbo temporal onde a única coisa que existia era o prazer.
O seu Prazer.
Meus braços começaram a mostrar cansaço, meus ombros pegando fogo pela exaustão dos músculos, e você me pedindo para descansar um pouco que fosse, fui diminuindo após o seu último gozar, seu corpo tremia levemente.
me levanto, retiro sua venda e lá está você deitada, nua, brilhando com o suor e/ou óleo, arfando e me olhando com um olhar - pessoas normais não saberiam distinguir se era desejo de matar, ou o desejo mais puro e selvagem, somado ao leve sorriso. Era uma cena linda - seus braços e suas pernas abertas e amarradas à cama, leves tremores vindos deles. Ao seu lado, alguns brinquedos.