Pagando o aluguel - parte 1

Em 2018 minha vida parecia sob controle, eu cursava uma boa faculdade em SP e namorava um bom rapaz, namoro este que aguardava a minha formatura para se tornar noivado, não haviam grandes preocupações, meus pais me ajudavam com os custos da vida na cidade grande e eu por conhecer alguma coisa de fotografia completava a renda com alguns eventos nos finais de semana, confesso que não era o suficiente para luxar mas ao menos conseguia terminar o mês com as contas pagas.

Em 2019 comecei um estágio numa pequena produtora perto do Teatro Gazeta na Av. Paulista e me vi obrigada a mudar para um endereço próximo, para minha sorte uma colega da produtora alugava um apartamento no Bela Vista onde morava com o marido e como não tinha filhos havia um quarto vago, assim ela me propôs sublocar este quarto a um valor muito abaixo da média para uma quitinete simples na mesma região.

Tudo estava perfeito, Marli e Eduardo formam um casal lindo ela uma loira alta e elegante na época com 38 anos, já ele com 35 alto e forte com a seriedade de um homem bem mais maduro falava pouco mas tinha aquele timbre de voz que arrepia, embora Eduardo seja do tipo que apenas sua presença impõe certa força sempre foi respeitoso beirando o “excessivamente formal” inclusive eu notara que ele evitava ficar no mesmo ambiente que eu se estivessemos apenas nós, no começo pensei que fosse por não gostar da minha presença me considerando uma estranha no ninho deles.

Então chegou 2020 e tudo deu errado, a pandemia mudou toda a minha rotina, o isolamento fez com que toda a nossa equipe entrasse em home office e as regras quanto a eventos me tirou as oportunidades de complementar minha renda mensal, no início as coisas funcionaram bem mas conforme as semanas se passaram o pequeno comércio dos meus pais no interior não estava indo bem e a ajuda mensal começou a minguar até que num dado momento não pude cobrir o aluguel do meu modesto quartinho, pra completar tivemos outra situação bastante complicada quando a cuidadora da mãe da Marli adoeceu e ela por não ter quem ajudasse precisou passar uns dias cuidando da mãe em outra cidade, me deixando sozinha com o Marido e uma dívida de três meses de aluguel com ele, os dias seguintes após a saída a Marli foram normais preparei os nossas refeições pontualmente mesmo o Edu insistindo que não era preciso pois ele também sabia cozinhar, a propósito devo reconhecer que muito melhor que eu, ele simplesmente nasceu com o dom da culinária e eu amo tudo o que ele prepara, mas eu queria ser útil pra compensar o atraso no aluguel.

-Patrícia, podemos conversar?

A voz simpática mas firme soou através da porta fechada do meu quarto.

-Claro Edu, um minuto. - Respondi já pressentindo o motivo da conversa.

Ele estava sentado na sua poltrona preferida mexendo no celular, entrei meio acanhada e sentei no sofá do outro lado da mesinha de centro de frente para ele e aguardei.

-Então, eu não queria chegar a isso, mas a verdade é que precisamos definir a situação do aluguel, eu tenho coberto cem por cento mas o plano era que nós dividíssemos.

-Eu sei Edu, me desculpe, minha família está passando por alguns problemas e não pode me ajudar como sempre, mas eu vou dar um jeito de pagar estes atrasados.

-Eu… Patrícia sinceramente eu gosto da sua presença na casa, eu vejo tudo o que você faz aqui você é super prestativa e uma boa companhia para a minha esposa mas chegamos a um ponto em que se não pudermos manter nosso acordo terei que pensar em alugar o quarto para outra pessoa, espero que entenda.

-Me dê dois dias, vou resolver, eu juro.

Após um breve momento de silêncio, e com um suspiro longo e impaciente ele respondeu

-Ok, dois dias, ta?.

Agradeci e corri pro meu quarto para pensar nas minhas alternativas, nos dias seguintes liguei para todos os meus contatos comerciais, ofereci meus serviços como fotógrafa á metade do preço, tentei pegar alguns empréstimos com meu amigos e para completar meu infortúnio Meu namorado Júlio havia perdido o emprego o deixando com seus próprios dramas financeiros, passados dois dias além do prazo que eu havia pedido não podia mais enrolar e fui procurar o Eduardo para conversarmos, o encontrei na cozinha preparando café.

-Oi Edu, tudo bem?

-Tudo ótimo, jaja sai um café fresquinho pra nos, senta aí.

Me sentei e esperei, ele terminou de passar o café me serviu uma xícara, se serviu e sentou.

-Desculpe, aqui… - Envergonhada não consegui terminar a frase.

-O que é isso? - Edu perguntou terminando de contar o dinheiro que claramente não cobria nem metade da dívida.

-Desculpe foi tudo o que eu consegui, mas eu juro que pagarei o restante só preciso de mais algum tempo.

Ele deixou o dinheiro sobre a mesa e me encarou em silêncio, não que ele precisasse falar algo sua irritação era visível.

-Qual o seu plano?- Enfim ele falou.

-Eu tenho algumas propostas de trabalho a serem confirmadas, pra semana que vem.

-Isso não é muita coisa, eu preciso de garantias. - Seu semblante sério me fez encolher um pouco.

-Eu sei que você precisa de uma garantia, por isso eu pensei que…. - Senti o sangue se concentrar no meu rosto fazendo queimar.

-Continue.

-Em troca deste tempo você pode usar minha boca. - O ímpeto da frase foi afrouxando chegando a um cochicho no final.

-O que? - Ele me encarava com incredulidade.

Respirei fundo recuperando o controle.

-Ok, minha proposta é a seguinte, posso alugar minha boca para você se aliviar, sei que você e a Marli transam diariamente e na ausência dela…

Um longo suspiro e um gole de café até que ele se endireitou a cadeira.

-Patrícia, mesmo se ignorarmos toda a loucura que é esta proposta, não me leve a mal, você é uma mulher linda e não questiono suas habilidades, ainda assim um boquete não vale dois meses de aluguel.

-Não…. - engasguei

Ele aguardou, até eu recomeçar.

-Não proponho pagar o aluguel assim, é… apenas uma garantia…, até que eu pague o aluguel você pode usar minha boca todos os dias… quantas vezes quiser.

-Então a dívida ainda se mantém?

-Sim, ainda vou pagar tudo, isso é apenas para que fique claro meu empenho em continuar morando aqui.

-Você tem certeza que concorda com isso?

-Absoluta, mas vamos deixar claro que não haverá nenhum contato além do oral, tá bem?

-Mas e seu namorado?

-Pelo amor de deus ele não pode saber disso, eu amo o Júlio e não quero que este acordo atrapalhe minha relação com ele.

-E como seria pra eu usar seus “serviços”?

-Por favor Edu não fala assim, “serviços” me faz parecer uma prostituta, apesar da parte financeira envolvida não quero pensar em fazer isso pelo dinheiro, entende?

-Ok, ainda assim, como faremos para…

-Como eu disse todo dia a qualquer hora, como estamos presos na mesma casa é só chamar, vamos tentar tratar isso da forma mais natural possível

-Bem não dá pra negar que posto desta forma o acordo parece tentador, vou considerar sua proposta, aproveite para pensar se você quer mesmo fazer isso.

-Ta bem.

Me levantei e sai, assim que me vi sozinha no meu quarto uma vergonha imensa me dominou, minha respiração pesada, meu coração disparado e meu rosto queimando como se estivesse num incêndio, que diabo deu em mim para propor aquilo?, ok aquilo realmente havia passado pela minha cabeça antes mas em momento nenhum eu considerei realmente fazer esta proposta ao marido da minha amiga mais próxima depois que saí da casa dos meus pais, e meu namorado, como eu poderia fazer isso com ele?, eu lutava a anos para faze-lo se contentar apenas com sexo oral enquanto tentava me guardar para o nosso casamento e agora eu propunha dividir esta única intimidade com outro?

Naquele dia eu e o Eduardo voltamos a nos encontrar pelo apartamento e chegamos até a jantar juntos um delicioso macarrão que ele preparou, não tocamos no assunto da manhã mas havia um ar de constrangimento que ambos tentavam disfarçar, na manhã seguinte acordei com o som do meu telefone.

-Bom dia Patrícia, desculpe se te acordei.

-Não Edu, tá tudo bem, aconteceu alguma coisa?

-Eu aceito, você pode vir até o meu quarto?

Um arrepio correu do alto da minha cabeça descendo pela minha nuca e costas, e agora, o que eu respondo, será que era tarde para desistir?, afinal ele mesmo me disse para pensar bem sobre o assunto.

-Claro Edu, eu to indo.

No turbilhão de pensamentos respondi sem perceber que o fizera até ser tarde, ao entrar no quarto do casal vi o Edu apenas de cueca sentado na beira da cama com o celular ainda em mãos.

-Pela roupa acho que te acordei mesmo né. - Percebi que havia respondido ao chamado dele tão prontamente que esqueci de vestir uma roupa de verdade estando agora na frente dele apenas com um shortinho curto sem calcinha e uma camiseta velha do meu namorado.

-Não tem problema, “a qualquer hora” lembra?

-Certo…, então Patrícia eu vou aceitar os seus “cuidados”, podemos começar agora?

-Vesti minha melhor roupa para isso. - Tentei ser jocosa para esconder o nervosismo, não tinha volta.

Sem falar mais nada Edu baixou a cueca revelando seu pau já duro, me ajoelhei à sua frente segurei seu membro, respirei fundo aproximei meu rosto sentindo seu cheiro e num instante depois meus lábios abraçaram sua glande, no início meus movimentos eram tímidos eu chupava trabalhando com minha língua em volta da cabeça punhetando levemente, minutos se passaram e senti sua mão na base do meu rabo de cavalo segurando meus cabelos negros fazendo uma leve porém firme pressão tentei lutar por um tempo até que cedi e senti sua glande afundar na minha boca tocando a minha garganta e para minha surpresa me fazendo soltar um gemidinho manhoso.

Acho que ele entendeu aquilo como um tipo de sinal por que dali em diante o peso da sua mão na minha nuca aumentou acompanhada dos movimentos da sua pélvis golpeando contra o meu rosto, a lembrança de que eu chupava o marido de uma amiga me fez perceber que misturado ao almíscar dos seus pentelhos eu também podia sentir o perfume da Marli espalhado nas roupas de cama, aquilo era errado mas por alguma razão me fez querer ainda mais, Edu estava usando minha boquinha delicada como um brinquedo erótico e isso me excitava, mais um pouco e eu teria me tocado mas meus pensamentos foram interrompidos por uma estocada mais vigorosa e o forte sabor acre do esperma acumulado a dias se espalhou na minha boca, Edu realmente precisava disso, sua porra grossa se acumulou rápido e num reflexo engoli a primeira leva apenas porque na hora pensei que se ele continuasse não haveria espaço a menos que eu me livrasse de tudo aquilo, e assim foi, novamente ele encheu minha boca e novamente eu engoli tudo, desta vez sem uma justificativa eu apenas quis, continuei com seu membro entre meus lábios até Edu dizer que havia terminado, então me levantei recolhendo com o dedo um fio de sêmen no canto do lábio para depois lambê-lo.

-Você engoliu?!

-Sim porque?

-Isso foi incrível.

-Se precisar de mim de novo sabe onde me achar, mas agora eu vou preparar o café, ta?

Sai do quarto ainda com o sabor da porra na minha boca fazendo piadas comigo mesma sobre a real necessidade de preparar o café da manhã se o Edu ja tinha me dado uma refeição de leite, mais tarde no meu quarto a ansiedade tomou conta de mim não posso dizer que não havia gostado mas aquilo não poderia se estender por muito tempo eu precisava levantar o restante do dinheiro antes que alguma coisa desse errado.


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Comentários


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donadecasa Comentou em 26/09/2024

PUTZ! Que delícia de relato! Senti o tesão em chupar seu amigo junto com vc.

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edu aventureiro Comentou em 25/09/2024

Amando o conto... inusitado. Votado.

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maxkaisergay Comentou em 25/09/2024

Muito boa a escrita e o enredo

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betoegi Comentou em 25/09/2024

Excelente conto ! Mas belas mulheres devem ser úteis todo dia e toda hora ajudando todos os machos e tarados que puderem servindo seus corpos para o alívio do tesão de todos que ficam de pau duro !




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Ficha do conto

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manoleiteiro

Nome do conto:
Pagando o aluguel - parte 1

Codigo do conto:
220187

Categoria:
Traição/Corno

Data da Publicação:
25/09/2024

Quant.de Votos:
12

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