-Porra, para de gritaria ai caralho, não vou jogar agora, tenho que lavar a louça antes da minha mãe chegar - Disse nem um pouco convicto
-Se liga Marcão o Fabio disse que você tem filme pra copiar, faz uma pra mim? - O fdp do Fábio havia contado para o folgado o Renatinho, que moleque do caralho.
-Putz Renatinho nós vamos fazer o trampo agora e tem dois na fila, traz uma fita que quando der nós fazemos uma cópia da cópia pra você - Sabia que ele não traria, como eu disse era um folgado.
-Você não tem uma sobrando não? pode ser uma velha - Folgado FDP
-Cara nao tenho, compramos fitas novas e apenas duas - Me enganando achando que ele desistiria fácil
-Ah, então deixa eu assistir enquanto grava? - Mais que um filho da puta, aquele era um belíssimo exemplo de um arrombado.
-Eu também vou assistir então - O Daniel estava com eles, porra não havia visto esta peste que seguia o Renatinho pra todo lado, fui vencido pela falta de persolidade própria deste Pet.
E eu estava com pressa de começarmos, então apenas aceitei minha derrota.
-Blz mas é o seguinte, vamos montar os vhs na tv do meu quarto e ficar jogando videogame na sala, se der merda e minha mãe chegar para tudo e tira as fitas, qualquer coisa dizemos que estamos copiando animes - Tracei nosso plano e todos concordaram.
Montei todo o equipamento, um vhs passaria o vídeo enviando a imagem e som para o segundo aparelho que gravaria tudo e que também transmitida para a tv que seria nosso controle de qualidade, nunca confie em fitas de locadora elas podem estar amassadas e aí você só perdeu tempo, colocamos pra gravar e deixamos a dupla de pidões tomando conta enquanto eu e o Fábio fomos jogar na sala.
Alguns minutos depois o Daniel foi até a sala e pediu para jogar conosco, perguntei se estava tudo ok e ele disse que sim a gravação estava rolando, mais algum tempo e o Fábio se levantou dizendo que iria ver o filme também, não me atentei na hora mas durante as próximas 3 horas aproximadamente os 3 ficaram revezando entre jogar e assistir o filme com uma ou outra ida à cozinha beber água ou ao banheiro e no final da tarde havíamos terminado as duas cópias.
Desmontamos tudo o mais rápido possível e apesar do cheiro de adolescente suado no meu quarto não havia nenhuma bagunça visível o que não me gerou nenhuma preocupação naquele momento, afinal depois de uma tarde de verão enfurnado dentro de casa jogando vídeo game meu cheiro também não era dos melhores, e terminamos bem a tempo, enquanto nos dirigimos até o portão minha Mãe chegava do trabalho, todos gelaram na hora mas ela apenas cumprimentou os meninos e me perguntou se eu havia lavado a louça (graças a deus sim ou seria uma noite daquelas).
O Renatinho e o Daniel moravam no mesmo quintal á alguns portões ao lado da minha casa, já o Fábio morava um pouco mais longe e como ele estava com um videocassete novinho numa sacola de feira pra qualquer noia ver decidi acompanhar até a casa dele, roubar dois é mais difícil, no caminho fomos conversando amenidades, fazendo piadas e ele me ouvia reclamar dos dois folgados que ainda deram um jeito de assistir o filme, foi aí que o Fábio disse meio que sem perceber o quão isso poderia dar merda.
-Caralho eles se deram bem, esse filme foi foda, puta tesão, só eu devo ter batido uma 5 punhetas. - disse rindo.
-Porra Bil (seu apelido) você bateu punheta no meu banheiro seu porra.
-Quem dera desse pra aguentar chegar, bati no quarto mesmo - E riu como se aquilo fosse engraçado
-MEU QUARTO?!?!?!?!, caralho você não gozou no chão do meu quarto né, mano fala que não pelo seu bem - Já tava ficando puto com o Fábio mas minha preocupação era minha mãe ver algo.
-Claro que não, fiz que nem todo mundo e gozei no potinho que tava do lado da sua cama.
Eu questionei sobre esse “que nem todo mundo” e para meu alívio ele esclareceu que não se tratava de toda a população terrena e sim ao fato de que quando ele chegou no meu quarto depois que o Daniel foi a primeira vez jogar na sala encontrou o Renatinho com o pau numa mão e um vidro daqueles grandes de maionese (achei melhor não entrar em detalhes mas em casa quebrávamos muitos copos e pegamos o costume de reciclar estes vidros para usar como copos e poupar a louça boa pras visitas, então aquele vidro eu havia usado para beber água na noite anterior), enfim ele disse que durante a tarde os 3 bateram uma porrada de punheta e gozavam todos naquele vidro que da ultima vez que foi visto estava já um pouco acima da metade mas que o Renatinho havia dito que bateria última e jogaria tudo no vaso.
Fiquei puto, desrespeitaram meu quarto e corria o risco de ter ficado algum resquício de alguma coisa, uma vez eu havia gozado no chão e minha mãe pisou gerando um escorregão e a bronca mais humilhante da minha vida até então, precisava correr, me despedi como um carinhoso “Vai tomar o seu cu Bil eu vou fuder vcs 3” e sai correndo enquanto ele ria, precisava chegar em casa antes da minha mãe inventar de entrar no meu quarto.
Quando cheguei ela estava na cozinha preparando o jantar, estava cantando como sempre, dançando enquanto as panelas já começaram a borbulhar, ufa, ela não tinha ido ao meu quarto então fui verificar se estava tudo realmente ok, olhei na minha escrivaninha, embaixo da cama e em cima do gaveteiro que fazia as vezes de criado mudo e nada, lembrei que o Fábio disse que o Renatinho levaria pra descartar no banheiro e foi lá que encontrei o famigerado “copo” e ele estava perfeitamente lavado, se não soubesse o que havia ocorrido poderia levá-lo de volta pra cozinha mas… peguei dois sacos de lixo, coloquei o vidro dentro dois dois e deixei cair quebrando-o, levei até a cozinha e avisei minha mãe pra tomar cuidado com aquele saco pois havia cacos eu levaria pra lata de reciclagem a caminho da escola e o restante da noite transcorreu sem nada especial.
No dia seguinte ainda pensei em perguntar pro Renatinho se ele tinha realmente jogado fora ou embalado por uma cena do filme havia feito como a atriz e bebido tudo em grandes e sedentos goles fazendo carinha de puta, eu ria comigo mesmo sempre que imaginava a cara dele, com certeza ia ficar puto kkkkkkk. mas ele não foi à escola.
Naquele dia era folga da minha mãe e eu sabia que seria difícil sair pra jogar bola ou só vadiar com o pessoal, me preparei pra alguma possível faxina que minha Mãe estava planejando pra nossa tarde e fui pra casa já desanimado, creio que tão desanimado que não fiz barulho algum quando cheguei em casa e me dirigi direto para meu quarto, ouvi as vozes da minha mão e uma amiga que parecia ser a Shirley nossa vizinha vindas do quarto dos meus pais, deixei minha mochila na cama e ia buscar algo na cozinha quando de repente algo me fez pegar uma frase solta da conversa.
-O Marcos trouxe aqueles moleques que andam com ele ontem, diz ele que pra jogar ou assistir não entendi direito, quando cheguei eles estavam de saída.
-Eita amiga do jeito que menino é nessa idade eles deviam estar fazendo troca troca isso sim HAHAHAHA! - nunca gostei dessa Shirley, fama de fofoqueira do bairro.
-Pelo que notei eles deviam estar assistindo um filme que meu marido alugou, filme daqueles…. sabe?
E completou
-Pelo jeito passaram a tarde toda se masturbando porque benza deus viu.
Neste ponto já nem lembrava o que ia fazer na cozinha, precisava ouvir o resto desta conversa, minha sobrevivência familiar poderia depender disso.
-Nossa pelo jeito o cheiro de pau de moleque devia estar indo lá portão né - Que fofoqueira não ama detalhes. Não é?
-O pior nem foi isso, assim que os meninos saíram eu fui no quarto do Marcos pegar o talco de tênis dele emprestado e tinha um copo perto da cama, parecia ter mingau ou algo parecido, peguei pra jogar fora antes que o Marcos chutasse e fizesse a maior sujeira no quarto……
Ela fez uma pausa, tomando coragem eu acho
-Menina aqueles safados quase encheram um pote de maionese daqueles grandes.
-De que? - como se uma vadia daquelas não soubesse.
-O que que você acha, com 4 moleques vendo filme de sacanagem?
-De… gala?! - Nossa vizinha parecia estar mais interessada que o normal.
-Sim, aqueles meninos deviam ter desidratado porque mesmo em 4 não deve ser normal juntar tanta porra sem alguma consequência HAHAHA - ela não deveria estar falando sobre isso com alguma irritação na voz?
-E o que você fez? falou com o Marcos? Deu umas lapadas nele? - Você adoraria ver isso né sua vagabunda?
-Eu ia falar com ele, na verdade meu plano era inventar alguma desculpa pra levar ele no banheiro e de surpresa jogar aquilo na cara dele pra aprender a não levar punheteiro em casa, mas aí…
-”Aí” o que amiga, não deu certo?
-Não, um pouco depois fui ao banheiro fazer xixi e vi aquela nojeira na pia, lembrei da nossa época da escola, fizemos poucas e boas, lembra? - Mãe?!
-Se me lembro?! lembra dos meninos na 7ª série? Até hoje não sei como não peguei barriga de algum deles.
-Pois é menina, eu peguei pra dar uma cheiradinha, nem sei porque, mas quando dei por mim estava gozando no banheiro com dois dedos na buceta e a boca cheia de porra, e só depois que a buceta relaxou me toquei que parte daquela porra era do meu próprio filho. - CARALHO MÃE O QUE QUE VOCÊ TÁ FAZENDO?!?!
-Mulher tu ainda gosta disso?
-Já bebi melhores, tava meio aguado HAHAHAHA! - Algum E.t substituiu minha mãe, é isso.
-Fiquei com remorso pelo Marcos mas também me deu um fogo desgraçado, tadinho do meu marido saiu pro trabalho todo esfolado e com sono. - só entendi o significado deste “esfolado” bem mais tarde.
Aquilo já havia sido traumático demais até ali, então peguei novamente minha mochila, me esgueirei pela casa de volta ao quintal, fui até o portal, abri e o fechei novamente com força, fazendo o máximo de barulho fingindo que acabara de chegar, ouvi as duas gritarem de susto e logo depois minha mãe me deu uma bronca por ter batido o portão.
Entrei em casa e as duas conversavam sobre o capítulo da novela da última noite, cumprimentei as duas e pude notar uma olha estranho na Shirley que com mais experiência eu entenderia como “malicioso”, uma hora depois enquanto eu assistia TV na sala minha mãe me trouxe um grande copo de limonada e disse.
-Filho bebe bastante líquido, você precisa se hidratar bem.
As duas se entreolharam e caíram na gargalhada, confesso que até aquela tarde não havia notado que minha mãe também era mulher e como eu já havia passado pela adolescência, esta fase em que as descobertas e os hormônios não dão espaços para para o medo ou o juízo.
Também não imaginava que a Shirley era muito mais puta do que aparentava, mas isso é outra história, até mais.
Ri pra caramba. Muito bom!
Adorei! Um dos mais criativos ir li.... Muito bom!!!