Trancados no Banheiro

Moro em São Paulo. Quando aceitei a ideia de passar o final de ano naquela pequena cidade do interior catarinense não fazia ideia que iria presenciar tão dramaticamente a maior tempestade que já vi na minha vida. Um espetáculo chocante e amedrontador. E ainda mais surpreendente foi a tal tempestade me proporcionar a chance de uma sacanagem tão inesperada quanto deliciosa.
Seguindo o hábito de acordar cedo, tomar um café rápido e sair para caminhar, assim fiz naquela sexta-feira. “Deve chover, mas volto antes”, pensei. Saí para caminhar numa avenida local ladeada por árvores frondosas e com bastante áreas verdes nos arredores, que fazem de qualquer caminhada um momento aprazível e quase impossível de se fruir no dia a dia de quem vive em São Paulo. Alguns poucos carros iam e vinham, mas não comprometiam a quietude da manhãzinha.
Caminhei uns 2 km e decidi voltar porque um vento forte começou a soprar repentinamente indicando que a chuva era iminente. Os ventos foram se intensificando muito e eu comecei a temer não conseguir regressar antes da chuva forte que se anunciava. As árvores se vergavam sob o vento de um modo assustador e os relâmpagos começavam a se ouvir nas proximidades. Escureceu como se fosse anoitecer. Apressei o passo assustado e logo estava correndo já sob os pingos da chuva.
Avistei na pista oposta a impactante cena de uma árvore inteira (incluindo a raiz, que quebrou o calçamento!) tombar com galhos sobre a fiação elétrica, provocando um estouro no transformador e fazendo um carro frear abruptamente e quase subir a grama divisória que separava a mão das pistas para evitar ser atingido pela árvore. Surreal! Entrei em modo pânico total e entendi que precisava me abrigar onde quer que fosse possível o mais rápido possível porque voltar para casa havia se tornado muito arriscado.
Mas ali perto, além de algumas casas e prédios residenciais não havia muito para onde correr. O pouco comércio ainda nem tinha aberto suas portas. Desesperado, comecei a pensar em tocar a campainha e pedir abrigo a alguém. Enquanto corria, porém, me dei conta que talvez houvesse onde se abrigar no parque público ao lado do qual eu havia passado na ida e cujo terreno começava no quarteirão seguinte. De fato, havia no parque um campo de futebol e uma arquibancada de concreto. Eu olhava a cerca tentando localizar alguma entrada até que avistei um portão. Corri até ele e ao entrar vi que sob a arquibancada, em sua parte traseira, havia várias portas. Tentei abrir duas sem sucesso até que vi uma placa de WC em uma outra. Felizmente não estava trancada.
Era um banheiro simples, desses de uso individual e para a minha sorte, estava limpo. Com a porta trancada e olhando o temporal pela pequena janela basculante, me senti aliviado por estar abrigado. Agora era só aguardar a chuva passar para voltar à casa onde estava hospedado e tranquilizar a todos que deviam estar preocupados comigo àquela altura.
Ouvi passos pesados correndo ali perto. Estiquei o pescoço para espiar pela janela basculante mas devido ao ângulo desfavorável só conseguia ver as gotas grossas de chuva pingando lá fora enquanto o som de passos abafados pela água batendo no chão ficava cada vez mais alto e próximo.
A seguir, a maçaneta do banheiro girou com certa urgência. Foi nesse momento que percebi: alguém que estava ali fora, assim como eu, também buscava abrigo. Abri a porta com curiosidade de ver quem era e para abrigar quem quer que fosse.
Um homem esbaforido foi se desculpando e pedindo licença. Dei um passo pra trás ao lado do basculante dando espaço para que entrasse e fechasse a porta.
Embora naquele momento eu ainda não estivesse prestando atenção a detalhes físicos, para fins da narrativa, seria bom eu te descrevê-lo agora. Tratava-se de um homem de provável ascendência indígena ou mestiça assim como eu. A altura devia ser parecida com a minha também, 1,80m. Tinha a pele morena, olhos levemente puxados, cabelos lisos curtos, 40 e poucos anos e bom físico. Na verdade, agora quando eu penso nele não consigo mais me lembrar de detalhes da fisionomia e acabo associando mentalmente a aparência dele à do jogador de futebol Marcelo Moreno, se não me engano boliviano, mas que joga ou jogou no Brasil.
Ele agradeceu que eu houvesse me espremido ali para que ele pudesse se abrigar também. E disse que tinha saído para correr quando foi surpreendido pela chuva forte. Eu respondi que a mim havia sucedido a mesma coisa. Ele percebeu o meu sotaque e perguntou de onde era. Eu disse que estava hospedado na cidade e que as pessoas deviam estar preocupadas comigo. Ele lamentou e se mostrou aliviado por sua esposa e filha estarem viajando, caso contrário também estariam desassossegadas pela chuva haver desabado quando ele estava fora de casa.
Enquanto a chuva caía lá fora e conversávamos, ele tirou sua camiseta e torceu a água da chuva no vaso sanitário e foi a primeira vez que eu olhei para ele com olhos que, embora não demostrassem, o analisavam com algum interesse.
Sei que alguns homens têm a mania de conversar ajeitando o pau. Principalmente quando se sentem intimidados ou quando querem de algum modo se afirmar. Eu percebi que aquelas ajeitadas que ele de vez em quando dava no pau enquanto a gente conversava deviam ser puro fruto do nervosismo ou constrangimento por estar trancado num cubículo de mais ou cerca de 1m x 1,5m com outro homem.
Numa das vezes que ele mexeu no pau enquanto falava algo sobre o descaso do prefeito com a poda das árvores, eu acabei acompanhando o gesto dele com os olhos. Ele percebeu e acusou. Ficou evidente na perda de ritmo de sua fala, mas continuou a conversar enquanto olhava para mim, agora claramente me analisando.
Me perguntou se era a minha primeira visita à cidade. Eu respondi. Perguntou se eu estava gostando e, nesse momento, ajeitou o pau de novo. Acho que não foi proposital, o fato é que o momento em que ele me perguntou se eu havia gostado (da cidade) coincidiu curiosamente com o gesto de mexer no pau, fazendo parecer que a pergunta era sobre o pau dele. Respondi que parecia muito legal. Mas naquele breve momento de silêncio que se seguiu, tive a espirituosidade espontânea de emendar:
- “mas ainda não vi tudo...” Os olhos baixando por um breve momento até o pau dele enquanto falava.
Meu coração disparou, pois, eu acabava de inserir, meio que sem querer, um certo grau de malícia na conversa e transformado aquela coisa, a princípio inocente, de ajeitar o pau enquanto falava, tão comum entre tantos homens, numa espécie de jogo sensual. Os gestos dele até ali eram de fato dessexualizados. Mas depois da minha fala de duplo sentido inadvertido e dos olhares, percebi que a expressão em seu rosto havia mudado. Agora havia uma ponta de malícia. E também certa tensão no ar.
- “O senhor não quer se sentar?”, perguntou dando espaço e fechando a tampa do vaso sanitário.
- “Vou aceitar a gentileza mas não precisa me chamar de senhor!”, disse enquanto me sentava. “Devo ter uns 10 anos a mais do que você, mas estamos aqui de igual para igual, fugindo da mesma chuva.” Emendei, rindo e olhando para cima, já que agora eu estava sentado, e ele de pé, à minha frente.
-“Tá certo!”, ele respondeu. “E você está super bem. É alto, forte... só chamei de senhor por educação”, disse com uma nova ajeitada no pau, que agora estava ao nível dos meus olhos, há uns três palmos da minha boca.
Sim! Eu já estava tendo ideias!
Nesse momento eu já sabia o que ia acontecer e sinceramente, já havia um volume começando a se pronunciar naquele calção preto.
Eu olhava agora meio que sem preocupação de ser percebido como interessado. O pau dele já começava a fazer volume e ele colocou a mão por dentro(!) do calção para se ajeitar. Meu coração foi a mil com esse gesto bem em frente aos meus olhos. Acho que eu até poderia ter tomado uma atitude naquele momento mas confesso que estava curtindo muito ver aquela tensão aumentar e o volume no calção ficar cada vez mais indiscreto.
A essa altura eu já olhava fixamente porque queria ver o pau ficar duro sob o tecido do calção. No começo o volume debaixo do poliéster desceu grosso como se quisesse escapar por baixo, mas agora fazia pressão para a frente, tentando subir também.
Olhei para cima e disse a ele: - Não quer ajeitar?
A expressão no rosto dele havia mudado totalmente. Os olhos brilhavam mais e não conseguiam desviar dos meus. As sobrancelhas suavemente arqueadas, transmitiam um delicioso ar de expectativa contida. Era uma mistura de intensidade e autocontrole, onde cada fração de segundo parecia carregar uma energia que, ainda que silenciosa, era quase palpável. Ele estava claramente se contendo como se não estivesse acreditando que tinha sinal verde.
Em meio à tensão que havia se criado, com um gesto calmo ele colocou de novo a mão dentro do calção para ajeitar aquela barraca que irrefreavelmente se armava e pegando no pau o puxou para cima, deixando aparecer uma cabeça rosa que brilhava de dura.
Uma corrente elétrica pareceu me tomar de súbito com aquela visão e no ímpeto do desejo inclinei-me à frente ao que ele imediatamente correspondeu avançando com o pau duro como uma tora se projetando finalmente para fora daquele calção e indo se alojar perfeitamente na minha boca que envolveu com apetite aquela cabeça quente que latejava pedindo afagos de língua.
Abracei-lhe as pernas enquanto engolia com todo carinho aquela caceta impressionante. Dura, cabeçuda, inchada de tanto leite e que latejava a cada mamada dedicada. Ele segurou minha cabeça louco de desejo mas com gentileza suficiente para não me fazer sufocar com o pau entalado na garganta.
Na verdade percebi que ele gostava que eu fizesse os movimentos e as minhas manobras para chupá-lo. Ele me dava espaço e liberdade para eu sugar a cabeça envolvendo-a com os lábios enquanto passava a língua gulosamente nela. Também me deixava deslizar a rola dele toda para dentro, enquanto enfiava o nariz nos pêlos espessos.
Mas vi que dentre todas as coisas, ele ficava particularmente tomado de desejo quando eu segurava a base do pau dele e as bolas com as duas mãos e chupava ritmado com mais ou menos a metade do pau na boca apertando os lábios como se estivesse de fato mamando e querendo tomar leite.
Isso o deixava louco e ele gemia abafado fazendo a gente esquecer da chuva que caia. O mundo todo sumia naquele momento. Como se implorasse para eu não parar, ele respirava pesado, abraçava a minha cabeça e seu pau ficava cada vez mais duro a cada latejada. Eu mamava sem parar e ele se excitava ao perceber que eu estava decidido a tirar e provar o leite daquela pica.
A respiração dele ia ficando cada vez mais profunda, latejando fortemente e com gemidos insanos que a chuva forte abafava e sem resistir ao ritmo que eu imprimi à mamada, ele acabou gozando gostosamente vários jatos de delicioso leite quente e grosso que eu adorei sorver.
Foi uma coisa impressionante o quanto ele gozou. Meu bigode estava lambuzado pela porra dele, mas eu não conseguia para de mamar, até porque o pau dele não baixava. Ele disse que se eu continuasse assim iria acabar tomando mais leite e isso me deixou totalmente tomado por desejo.
Continuei mamando aquele pau saboroso e duro com o mesmo carinho e logo ele gozou de novo, com a mesma intensidade.
Foi incrível. Acho que a situação inesperada acabou criando as condições para que uma grande atração houvesse surgido.
Infelizmente nos despedimos sem trocar número de telefone devido a impossibilidades pessoais. Mas combinamos algo bastante inusitado que eu espero que ele não tenha esquecido. Um encontro para o dia 27 de dezembro do ano seguinte (2024) em horário parecido com o do nosso primeiro inesperado encontro e no mesmo parque. É claro que dessa vez ao buscarmos um lugar privativo, não será motivado pela chuva. Da minha parte, vou fazer de tudo para estar lá. Espero que ele também.
Não o esqueci.


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Comentários


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ksn57 Comentou em 09/11/2024

Fico aguardando, o próximo encontro, estamos perto da data...

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ksn57 Comentou em 09/11/2024

Votado ! Por vezes as tempestades trazem encontros deliciosos, verdade ?




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Ficha do conto

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Nome do conto:
Trancados no Banheiro

Codigo do conto:
222529

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
08/11/2024

Quant.de Votos:
10

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