O Balconista Marrento

Se tem uma coisa que eu acho chata de fazer é ir ao mercado. Nunca gostei. E detesto mais ainda ficar na fila do caixa ou na fila do balcão dos frios. Mas nas últimas semanas eu tinha um bom motivo para enfrentar aquela fila: O novo balconista.
O antigo balconista, um senhor muito simpático, tinha sido promovido e o substituíram por um rapaz. E aquele rapaz era simplesmente uma beldade de pele morena. Ele era um pouco mais alto do que eu, seus cabelos eram crespos de comprimento pequeno no topo da cabeça e cortados à máquina em baixo. Tinha os olhos castanhos puxados e uma boca saliente, com os lábios avermelhados. Aquela boca carnuda me hipnotizava cada vez que eu o via lá no mercado. E a voz dele?! De me dar arrepios. Até passei a comprar mais laticínios e frios por causa dele.
O balconista não era lá muito simpático, como seu antecessor, mas sempre respondia com educação. Eu sempre sorria e tentava ser muito agradável, para ver se ele notava meu interesse e me desse uma brecha. Mas ele não só não me deu brecha alguma, como ainda passou a ser mal-educado. Ficou sisudo e nem respondia ao meu bom dia.
Depois que percebi que ele estava daquele jeito comigo, passei a ignorar a sua existência, o que não era nem um pouco fácil. Já que ele não me dava nem um bom dia, eu também não ia dar. Voltei a ir ao balcão dos laticínios com a frequência de antes, ou seja, quase nunca.
Passado cerca de um mês que eu tinha desistido do balconista, tive de comprar um presunto para fazer lasanha. Não tinha o já cortado e embalado, então tive que ficar na fila do balcão. Só que dessa vez eu estava com o mal humor típico que fico no mercado. Fiz o pedido e nem olhei para o cidadão, mas ele resolveu falar comigo daquela vez.
- Bom dia.
Olhei, não o respondi e fechei a cara. Eu realmente ficara mais chateado do que tinha percebido.
Ser rejeitado por rapazes que me interessavam não tinha nada demais, mas a demonstração de desprezo, ainda mais com falta de educação, me dava raiva. E minha tendência é retribuir na mesma moeda. Peguei o presunto e fui pagar.
Depois de uns dias, voltei ao mercado. O tal balconista estava de pé pegando algo numa prateleira e conversando com um funcionário. Eu tinha que pegar um produto que estava próximo deles, cheguei perto, mas ignorei sua presença. Ele me deu uma olhada e fechou a cara. Quando cheguei perto do produto que eu queria pegar, deu para ouvir a conversa deles.
- E esses clientes riquinhos branquelos? Se acham, mas não têm nem o mínimo de educação.
Aquilo obviamente era comigo. Fiquei tão puto que nem prestei mais atenção à conversa. O funcionário até saiu de perto dele, já que ele estava esculachando clientes, poderia dar ruim para ele por tabela. Quando o funcionário saiu de perto, eu não me aguentei.
- Vem cá, a gracinha foi pra mim?
Ele me olhou dos pés até os olhos, com cara feia.
- Nem te conheço.
- Que bom, então. Por que se fosse, como que um tremendo idiota mal-educado viria me cobrar educação?
- Tu que é mal-educado! Tua mãe não te deu educação não, riquinho?
- Riquinho é o cacete! Você mal me dava bom-dia, seu moleque, e agora vem reclamar. Nem sei por que estou falando contigo!
- Também não sei!
Ficou lá me encarando feio. Devo dizer que aquela cara marrenta mexeu comigo. Resolvi amenizar. Quem sabe?
- Pôxa, eu todo gentil contigo e você na maior grosseria.
- Você veio com aqueles sorrisinhos pro meu lado. Como viado não!
- Ah, então vai tomar no seu cu!
Fiquei puto e saí andando. Ele fez que vinha na minha direção, mas refugou.
Quando estive no mercado outra vez, ele estava fazendo faxina e não estava mais no balcão. Olhou para mim e contorceu a cara mais do que antes. Encontrei com o gerente no meio de mercado e tive que perguntar o porquê. Sabia que estava sendo intrometido demais, mas tive receio que eu tivesse alguma coisa a ver com aquilo. O pior que tinha. O fato dele ter batido boca com um cliente na loja o fez ser punido. E o gerente ainda disse que ele teve sorte de não ser mandado embora. Tentei assumir a culpa, mas não sei se adiantou.
Eu decidi parar de ir naquele mercado por um tempo. Fiquei com receio de encontrar com ele depois daquele olhar de ódio que ele lançou para mim. Mesmo que a culpa fosse dele no fim das contas, eu não queria prejudicar o rapaz.
Passaram-se umas semanas do ocorrido. Resolvi fazer uma pizza de muçarela, mas depois de preparar a massa descobri que estava sem um ingrediente banal, a muçarela. Já era noite, então tive que ir aquele mercado perto de casa mesmo. Corri para tentar pegá-lo aberto. Estava com uma camisetinha rosa e um short de algodão branco bem curtinho. Vi que estavam fechando as portas e corri ainda mais. Cheguei esbaforido e suado na frente da loja.
- Eu.... – Não consegui falar. Baixei a cabeça e me apoiei nas minhas coxas, ofegando. O funcionário que fechava a loja virou-se.
- Ihhhhh... O que foi agora?
Olhei para cima e vi que era aquele balconista marrento. Que maldita sorte a minha!
- Puta merda... – falei baixinho comigo mesmo.
- Fala logo aí o que você quer.
- Eu... queria... muçar...
- O mercado tá fechado – Falou secamente e deu as costas para mim.
- Ok. Deixa... pra... lá – Ainda não tinha recuperado o fôlego.
Levantei o tronco e fiquei um tempo lá para recuperar o fôlego. Fiquei olhando para ele de costas para mim. Ele usava um short branco de malha, camiseta amarela e tênis branco. Ainda estava com cabelos molhados, e dava para sentir o cheiro de um sabonete agradável. Carregava uma bolsa de um ombro. O corpo do rapaz era forte e atlético, e a bunda era maravilhosa. Que corpo! Perdi mais fôlego.
Ele deu uma olhada para mim. Virei rapidamente os olhos na direção dos dele, para que ele não percebesse que eu estava mirando o seu traseiro. Ele baixou a cabeça e resmungou alguma coisa, que não consegui ouvir, e depois falou.
- O que você quer do mercado?
- Pode deixar pra lá.
- Não quero perder meu emprego, então entra aí.
- Mas eu...
Ele abriu a porta e entrou, nem esperando que eu terminasse de falar. Hesitei um momento, mas entrei.
- Não precisava... – Já fui falando assim que entrei.
Ele fechou a loja assim que eu passei. Olhando a minha cara, ele explicou.
- Pra não aparecer outro cliente enchendo o saco – Pareceu se referir a mim também.
- Se quiser eu vou embora.
- Anda logo. Quase perdi o emprego da última vez que te contrariei.
- Não foi bem assim. Você que provocou.
- Quase me fode e ainda vai ficar de caô?
Eu e ele estávamos andando até o balcão dos frios enquanto tínhamos essa pequena discussão. Já estava me arrependendo. Aquele marrento não iria dar o braço a torcer.
- Olha, eu não quero discutir mais. Só estava chateado pela forma como você me tratou. E eu só queria ser amigável.
Ele já estava do outro lado do balcão.
- Amigável... sei – Falou dando um risinho irônico.
- Por que o risinho?
- Fala a verdade.
- Que verdade?
Ele me olhou de cima a baixo. Se não fosse toda a grosseria acharia que ele estava me comendo com os olhos.
- Para de conversinha. Te manjei logo.
Ele foi para trás do balcão, apoiou os antebraços em cima e ficou me encarando.
- Manjou o que?
- Que você gosta de rola.
Fiquei logo vermelho de vergonha, permanecendo em silêncio.
- Ficou tímido agora? Mas não ficava quando dava em cima de mim.
- Tá se achando. Dei em cima de você coisa nenhuma.
- Ah, qualé! Você tava caidinho pelo moreno aqui.
Ele abaixou os braços para pegar o queijo e ficou com sorriso debochado na cara.
- E achar que eu tava a fim de você te dá o direito de ser escroto comigo?
- Não exagera. Só disse que não comia viado.
- Nada a ver. E nem dei em cima de você realmente, pra começo de conversa.
- Você também foi mal-educado. Falei contigo, você não respondeu e ainda olhou feio pra mim.
- Foi você que começou a me ignorar. E porque você resolveu falar com o “viado”, afinal?
Ele ficou um momento sem falar e com a expressão congelada.
- Vou mandar a real. Te vi na fila, virado pra outro lado, e olhei teu corpo. Comecei a te achar jeitosinho, e reparei que sua bunda é uma delícia.
Fiquei mais vermelho ainda e ri sem graça, mas ainda estava um pouco irritado.
- Então meu pau ficou duro.
- É mesmo? - Perguntei olhando envergonhando para baixo.
- É. Aí pensei: por que não?
Levantei os olhos e o encarei.
- Por que não o quê?
- Por que não passar a rola nele? - Olhou sério para mim.
- ...
- E aí?
- Hã? – estava meio desnorteado. Nunca imaginaria que a conversa iria para este ponto.
- Você tava a fim do moreninho aqui ou não?
- E o que muda responder isso agora?
- O que muda?
- É.
- Vem cá ver uma coisa.
- Que coisa? Pega logo a muçarela que eu tenho que terminar a pizza.
- Mas só a muçarela? Não quer um presunto também? Um salame...?
Só podia tá de sacanagem com minha cara.
- Me dá logo o queijo, por favor?
- Vai fazer assim comigo? Eu até abri a loja pra te dá o que você quer.
Ficou olhando para mim com cara de cachorro abandonado.
- Tá bom! O que você quer me mos...
Olhei por trás do balcão, ele estava com o short um pouco para baixo, e seu pau estava duro para fora. Ele o balançou na minha direção e sorriu feito um sacana. Eu fiquei estático com os olhos arregalados olhando para aquela jeba enorme. Mesmo agarrando com as duas mãos, a cabeçorra ficaria de fora. O pau dele era bem escuro com a cabeçorra mais clara.
- Tá caindo baba da sua boca aí.

Continua...

Já agradeço a gentileza, e espero que você goze deste conto com muito gosto.
                                

Foto 1 do Conto erotico: O Balconista Marrento


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Comentários


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tutugubra Comentou em 10/01/2025

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zezinho167 Comentou em 10/01/2025

A baba que está caindo é minha vendo este balconista marrento. Continua logo




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Ficha do conto

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Nome do conto:
O Balconista Marrento

Codigo do conto:
226974

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
10/01/2025

Quant.de Votos:
8

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