Era cedo, o sol mal se erguia, e a Clara preparava-se para mais um turno no hospital. A farda branca de enfermeira, justa o suficiente para desenhar o corpo magro e delicado, contrastava com a pele branquinha e o negro profundo dos caracóis que lhe caiam soltos pelos ombros. Concentrada em reunir as últimas coisas, ouviu a campainha tocar.
Abriu a porta sem grandes cerimónias, ainda a ajeitar o cabelo.
Do outro lado, os dois pedreiros que tínhamos contratado para a renovação da cozinha. Homens robustos, com a roupa de trabalho já manchada de pó e tinta, olharam para a Clara como quem vê uma visão. O mais alto, com um sorriso descarado, foi o primeiro a quebrar o silêncio:
— Bom dia, dona enfermeira… ou será que é mesmo um anjo? Porque com essa farda, parece caída do céu…
O outro, mais baixo mas de olhar atrevido, não tardou a seguir-lhe o tom:
— Assim até me dava jeito partir mais umas paredes só para a ver andar por aqui…
Clara, apanhada de surpresa, sentiu as faces corarem ligeiramente, mas manteve a postura. Tentou despachá-los:
— Bom dia… Podem começar o trabalho, sim? A planta está ali na mesa.
Mas eles não lhe davam descanso. Enquanto se dirigiam para dentro, iam largando piropos a cada passo.
— Com todo o respeito,enfermeira clara… mas com esse jeitinho, quem precisa de médico sou eu… — atirou o mais alto, rindo-se.
O outro completou — Aposto que nessas mãos não há só jeito para a seringa…
Clara respirou fundo, tentando não se deixar afectar, mas a verdade é que o olhar dos dois queimava-lhe a pele exposta pelos botões meio abertos da farda. Estavam descarados, provocadores, e sabiam o efeito que causavam.
Ela lançou-lhes um último olhar, meio reprovador, meio curioso, antes de lhes virar as costas e seguir para a porta.
— Vão lá trabalhar. E cuidado… que eu ainda chamo o médico se se portarem mal…
Os dois riram-se, de olhos presos nela até desaparecer da vista. Naquele dia, as obras iam demorar mais que o previsto — e não era por falta de material.
Clara estava prestes a sair, mas algo nela hesitou. Sentia o sangue a ferver com aquelas bocas sujas, e, por mais que quisesse admitir o contrário, havia qualquer coisa naquela ousadia que lhe despertava o corpo. Virou-se devagar, encostando-se à ombreira da porta da sala, os olhos cravados nos dois homens que a seguiam com o olhar.
— Vocês falam muito… mas a trabalhar, será que valem alguma coisa? — provocou, cruzando os braços debaixo dos seios, fazendo-os salientar sob o tecido branco.
O mais alto engoliu em seco, os olhos presos naquele decote provocador.
— Valemos, menina… e muito. Mas se quiser… podemos mostrar-lhe noutro tipo de serviço — soltou, com um sorriso maroto.
Clara esboçou um sorriso de canto, atrevido. Sentia o poder nas mãos e decidiu esticar a corda.
— Ai sim? E que serviço é esse? — perguntou, a voz aveludada, carregada de malícia.
O outro homem aproximou-se um passo, olhando-a dos pés à cabeça, como se a despisse ali mesmo.
— A gente faz todo o tipo de trabalhos… até aqueles que não estão no orçamento… — disse, a língua a molhar os lábios secos.
Clara riu-se, um riso leve, quase a desafiar.
— Pois olhem… o meu homem confiou em vocês, mas eu… ainda estou a decidir. Talvez fique por aqui mais uns minutos a ver como se portam.
Os dois trocaram olhares cúmplices, excitados com a reviravolta. Clara deu-lhes as costas de propósito, rebolando as ancas de forma provocadora, sentindo os olhares pesados cravados nela. Parou junto à bancada da cozinha, encostou-se e ficou a observá-los, como quem avalia gado no mercado.
O mais alto, encorajado, decidiu arriscar.
— Sabe, enfermeira Clara… nessa farda… qualquer um ficava doente só para ser tratado por si.
Ela sorriu, os olhos a faiscarem.
— E vocês… já estão bem doentes, pelo que vejo. Cuidado… que eu sou enfermeira… mas também sei dar injecções onde mais dói.
O outro homem soltou uma gargalhada rouca.
— Olhe que eu até gosto… se for a enfermeira a dar.
O ambiente estava carregado, o ar quase cortava. Clara sentia-se viva, poderosa. Sabia que bastava um gesto, uma palavra, e aqueles dois estariam prontos a esquecer as ferramentas e meter as mãos onde não deviam.
— Se calhar… antes de irem para o cimento e os tijolos… mereciam mesmo uma pequena… "inspecção" — murmurou, a voz quase um sussurro.
E ali ficaram, os três, num jogo perigoso de olhares e desejos contidos, como se a qualquer momento o trabalho fosse outro… e a renovação… fosse ela.
Clara engoliu em seco ao perceber o rumo que aquilo estava a tomar. Tinha brincado com o fogo… e agora sentia o calor a subir-lhe pelo corpo inteiro. Os dois homens trocaram um olhar malandro, como se não precisassem de dizer nada — sabiam exactamente o que fazer.
O mais alto aproximou-se devagar, passos firmes, sorriso de lado.
— Então… e essa inspecção, menina Clara? Vai ficar só na conversa? — a voz rouca, arrastada, fez-lhe arrepiar a pele.
O outro veio logo atrás, fechando-lhe o espaço de fuga. Clara encostou-se ainda mais à bancada, o peito a subir e descer com a respiração descompassada. Não sabia se fugia… ou se esperava.
O primeiro esticou a mão e, com a ponta dos dedos calejados, afastou-lhe devagar uma madeixa de caracóis do rosto.
— Está a tremer… mas é de medo ou de vontade? — sussurrou-lhe ao ouvido, sentindo o perfume doce que vinha dela.
O segundo, mais atrevido, deixou a mão escorregar-lhe pelo braço até ao rabo, apertando de leve.
— Nunca vi uma enfermeira assim… tão bonita… tão… — fez uma pausa, os olhos cravados no decote dela — … à mão de semear.
Clara mordeu o lábio inferior, sem saber o que responder. O corpo queria ceder, mas a cabeça gritava-lhe para recuar. Só que… não se mexeu. Permaneceu ali, entregue àquela provocação descarada.
O mais alto aproximou-se ainda mais, o corpo quase a tocar o dela.
— Aposto… — começou ele, a voz baixa, quente — que essa farda não tem nada por baixo, tem?
Clara arfou, corada, dizendo, cuidado eu sou casada e aquele 1ue lhes vai pagar émeu marido. O outro riu-se, rouco.
— Vamos lá ver… ou é só conversa? — e, sem esperar resposta, a mão dele roçou-lhe a cintura, subindo devagar pela curva do quadril e Alcançando a boceta por debaixo da calcinha já completamente encharcada.
— Pára… — murmurou ela, mas a voz saiu fraca, sem força.
— Se disser "pára", a gente pára… — disse o mais alto, encostando a testa à dela — … mas olhe que os olhos não mentem, a enfermeirinha … os seus olhos e sua bocetinha toda melada estão a pedir mais.
O outro encostou-se ao lado dela, a boca quase a tocar-lhe o pescoço.
— Deixe-se estar… prometemos que tratamos de si… como nunca ninguém tratou.
O cheiro deles, o calor, os toques — tudo a deixava zonza, sem reacção. E ali ficou, encurralada entre dois corpos sujos de pó e tinta… mas com as mãos demasiado certas de onde queriam tocar.
O jogo estava lançado… e Clara já não sabia se ainda queria fugir.
O mais alto não tirava os olhos dela, enquanto o outro já lhe tinha a mão bem pousada no rabo, os dedos calejados a sentirem a pele fina por baixo da farda. Clara respirava fundo, o peito a subir e a descer de forma descompassada — o corpo dela já não obedecia à cabeça.
— Está tão quietinha… — sussurrou-lhe o mais baixo, os lábios quase a roçarem-lhe o pescoço — … parece que está à espera do que vem aí…
Clara mordeu o lábio, o olhar perdido, sem conseguir responder.
O mais alto então aproximou-se mais, colando o corpo ao dela, sentindo-lhe o calor.
— A enfermeirinha tem um cheiro… que dá cabo de um homem… — e, sem mais avisos, a mão dele subiu, arrancando-lhe os botões do jaleco e abocanhando os seios por cima do sutiã provocador, de forma firme saboreando cada centímetro.
Ela estremeceu, mas não o afastou.
O outro percebeu o sinal e desceu a mão pela curva da anca dela, até agarrar-lhe a bocetinha, enfiando os dedos com vontade.
— Esta farda… devia era estar no chão — sussurrou-lhe ele, rindo-se com safadeza.
Clara deixou escapar um gemido baixo, quase imperceptível, que os dois apanharam de imediato.
— Ouviste, pá? Ela gosta… — provocou o mais alto, agora a beijar o seu pescoço e baixando de novo pelos peitos até alcancar os seus bicos rigos de tanto tesão
— Gosta, sim… — o outro respondeu — … e eu cá não me fico. Uma mulher assim não se pode deixar escapar.
Sem cerimónia, puxaram-na ainda mais contra eles, as mãos a explorar-lhe o corpo sem pudor — seios, ancas, coxas boceta. Clara sentia-se a arder, perdida entre aqueles dois homens que a tocavam como se já fosse deles.
— Anda cá… — disse o mais alto, segurando-lhe o queixo e fazendo-a olhar nos olhos dele — … deixa de fingir, enfermeira… está louca por isto, não está?
Ela não respondeu, mas o corpo tremia, rendido.
— Vai deixar? — insistiu o outro, a mão agora subindo pela parte de trás da coxa dela, levantando-lhe devagar a bata da farda — A gente cuida de si como ninguém…
Clara fechou os olhos, os lábios entreabertos, o coração a bater descompassado.
O mais alto encostou a boca ao ouvido dela e sussurrou:
— A partir de agora… quem manda aqui… somos nós.
E ali, naquela cozinha, entre pó de obra e cheiro a tinta, Clara deixou-se levar… enquanto as mãos deles lhe exploravam cada pedaço de pele, sem pressa, sem pudor… e a manhã prometia ser muito mais longa do que o turno que a esperava no hospital.
Clara já não resistia. O corpo traía-a, rendido às mãos calejadas que a exploravam sem pressa, como se cada toque fosse uma promessa do que viria a seguir.
O mais alto empurrou-lhe devagar a farda pelos ombros, até a deixar deslizar, revelando a pele branquinha e os seios médios, que subiam e desciam com a respiração ofegante. Os mamilos já rijos denunciavam o estado em que estava.
— Foda-se… — murmurou o trolha, passando a palma da mão por um deles, sentindo a maciez da pele — … que obra mais perfeita.
O outro não perdeu tempo e, ajoelhado à frente dela, puxou-lhe devagar a saia da farda até à cintura, revelando as coxas finas e a cuequinha rendada.
— Isto nem parece de verdade… — riu-se, deslizando as mãos por dentro da roupa interior e apertando-lhe as nádegas com força.
Clara gemeu alto, o som ecoou na cozinha. Estava entregue, sem forças para resistir, os olhos vidrados de desejo.
O trolha ajoelhado aproximou o rosto das coxas dela e passou a língua devagar, sentindo-lhe o sabor da pele. Clara arqueou o corpo, perdida na sensação.
— Está toda molhadinha… — provocou ele, rindo-se — … e ainda nem começámos.
O outro segurava-lhe o queixo, obrigando-a a encará-lo.
— Vai ser nossa hoje… até não aguentar mais — sussurrou, antes de a beijar com força, a língua a invadir-lhe a boca, a posse total.
Enquanto a beijava, o outro rasgou-lhe a cueca com um puxão seco, deixando-a completamente exposta.
— Agora é que vais ver o que é ter dois homens a tratar de ti… — e, sem mais avisos, encostou a boca entre as pernas dela, sugando-lhe o prazer com vontade, língua firme, exploradora.
Clara agarrou-se à bancada, gemendo alto, sentindo o corpo a explodir de desejo. O outro não largava os seios, chupando e mordiscando os mamilos enquanto o colega a devorava sem piedade.
— Assim… isso… — sussurrou o trolha mais velho — … deixa sair tudo, enfermeira… que a gente vai-te deixar a tremer.
E deixaram. Clara perdeu-se ali, naquela cozinha, entre gemidos, mãos fortes e bocas famintas. Já não havia obras, nem relógio, nem mundo lá fora — só ela, nua, entregue, usada pelos dois como sempre secretamente desejou.
E a manhã… mal tinha começado.
O ambiente na cozinha estava pesado, carregado de desejo. Clara já não sabia onde acabava o corpo dela e começavam as mãos deles — sentia-se completamente dominada, invadida por uma sensação que nunca tinha experimentado.
O mais alto pegou nela com força, virou-a de costas e encostou-a à bancada, as mãos firmes a apertarem-lhe a cintura.
— Agora vais sentir o que é ser bem tratada, enfermeira… — sussurrou-lhe ao ouvido, a respiração quente a arrepiar-lhe a pele.
O outro não perdeu tempo e posicionou-se à frente dela, agarrando-lhe o rosto com firmeza.
— Quero ver esses lábios a trabalhar também… — disse, com um sorriso malandro.
E ali ficou Clara, no meio dos dois, completamente à mercê deles. Sentia-se invadida de todos os lados, cada toque, cada movimento mais intenso que o anterior. Eles revezavam-se, mudavam de posição, exploravam-lhe o corpo sem pudor, como se cada centímetro dela fosse deles por direito.
— És nossa hoje, Clara… — murmurou o mais baixo, puxando-lhe o cabelo e fazendo-a olhar nos olhos dele — … e vamos aproveitar cada segundo.
E aproveitaram.
Mudavam-na de posição como bem queriam — ora sobre a bancada, ora de joelhos, ora presa entre os dois. O prazer misturava-se com o proibido, e Clara gemia, entregue, sem conseguir conter-se.
Sentia-se usada, desejada… possuída.
Os corpos suados, as respirações ofegantes, o cheiro a tinta e a luxúria espalhado pelo ar. Aquela manhã, que devia ser só mais um dia de trabalho, transformara-se numa fantasia — onde Clara era o centro de tudo.
No final, exausta, caiu sobre a bancada, o corpo ainda a tremer.
— Isto sim… foi uma bela inspecção — murmurou o mais alto, sorrindo de canto.
Clara sorriu, de olhos fechados, ainda a recuperar.
— Amanhã… têm mais obra para fazer… — sussurrou ela, maliciosa.
E os dois riram-se, já a pensar no que os esperava.O corpo de Clara já não lhe respondia. Estava exausta, ofegante, mas o desejo deles parecia inesgotável. Cada vez que pensava que tinham terminado, um deles puxava-a de novo, virava-a, tomava-a com mais fome — como se o prazer dela fosse agora um vício que precisavam alimentar.
O mais alto agarrou-a pela cintura e sussurrou-lhe ao ouvido, rouco, a respiração descontrolada:
— Ainda não acabámos, enfermeira… — e puxou-a para cima dele, sentando-a como bem entendeu, dominando-a.
O outro, suado, com o olhar carregado de luxúria, veio por trás, as mãos percorrendo-lhe o corpo, sem pudor — sentia-lhe a pele, o cheiro, o sabor… e queria mais. Clara já nem distinguia de onde vinham os toques, as mãos, os beijos. Só sabia que estava ali, completamente entregue, consumida por dois homens que a usavam sem cerimónia, sem travões.
— Vais sair daqui a tremer… — murmurou o mais baixo, puxando-lhe o cabelo para trás, obrigando-a a encará-lo — … e vais lembrar-te disto cada vez que vestires essa farda.
Ela gemeu alto, sem conseguir responder — o corpo já não lhe pertencia. Era deles. Por inteiro.
Mudaram-na de posição uma última vez, como se quisessem marcar-lhe o corpo e a memória. Beijavam-na, mordiam-na, sussurravam-lhe safadezas ao ouvido enquanto a levavam até ao limite.
Quando finalmente a largaram, Clara mal se aguentava de pé. Os cabelos desgrenhados, a pele marcada pelos toques e beijos, o corpo ainda a pulsar de prazer.
— Amanhã… queremos ver-te outra vez, vestida de anjo… — sussurrou-lhe o mais alto, sorrindo de canto.
Clara mordeu o lábio, exausta, mas com um sorriso malandro.
— Se vierem cedo… quem sabe… — respondeu, antes de apanhar a farda do chão, a tremer.
Os dois riram-se, já a imaginar o que a manhã seguinte lhes reservava. E ali ficou a promessa… a obra ainda ia demorar muito mais a acabar.
essa obra vai ser deliciosa.. e demorada... continue
Fiquei com o pau duro lendo esse conto!