O reencontro

Fazia tanto tempo que Carla não se encontrava com seu ex-namorado e já chegava a pensar que tinha esquecido o grande amor que vivera. Era uma sexta-feira, apenas a três dias do ano novo, o dia estava infernalmente quente, fato comum na região àquela época do ano. Onze meia da noite, sua mente fervia de emoções ao lembrar do ano que passou. Todas as realizações, frustrações. Enfim, tudo o que é absolutamente normal em períodos favoráveis à reflexão. O bar em que estava borbulhava de pessoas falando, um rádio tocava um rock que em meio aquela barulheira, parecia irreconhecível ao ouvido humano. E ela lá, parada, olhando um desconhecido que suavemente deslizava por entre as pessoas tentando esquivar-se do tumulto postado a sua frente. Ele em momento algum reparou que ela que o mirava elegantemente. Em contrapartida, ela já tinha reparado que ele não era um desconhecido qualquer, mas sim seu ex.

A Rua das pedras era realmente um lugar muito bonito, com uma juventude bronzeada de sol e bem vestida. Ficava exatamente ao lado oposto de praia de São Francisco. Pode-se perceber que possuía uma vista privilegiada para a cidade do Rio de Janeiro. Seu suntuoso portão de ferro preto logo na entrada fazia a separação entre os in e out da moda niteroiense. Como não poderia deixar de ser, lá estava ela em seu indefectível vestido de uma alça preto às alturas do joelho, sandálias de tira fina, com as unhas bem feitas de cor pérola combinando com o baton, cabelo de corte chanel arrumado, e seu lindo crucifixo de ouro ao pescoço mostrava o seu status de menina classe média alta da cidade sorriso. Enquanto ele, vestindo um sapato de camurça marrom, da mesma cor era a calça e o cinto, e uma blusa Hering branca; faltou dizer do relógio de titânio ecológico, marca Technics. Sem que ele percebesse, passou por ela, e foi direto ao encontro do seu grupo de amigos. Na roda estavam seus colegas de pelada na praia de Itacoatiara, o famoso racha das dez de domingo. Não os citarei apenas por uma questão de prioridade; não são os meus personagens. Enquanto o papo estava aquecendo, ela o mirava, às vezes por alguns minutos seguidos, e ele nada. A cada vez que isso acontecia, ela se inquietava. Será que ele não me vê? Será que está apenas jogando comigo? Pensava sem parar. O tempo lhe mostrava que o papo dele estava mais e mais interessante ao ponto de que nesse momento ele sequer piscava. Falava compulsivamente, provavelmente é sobre algum gol espetacular que poderia ter feito. Ou então algum drible que deu no adversário. Esse tipo de conversa realmente o agradava. As pessoas passavam em torno da mesa e nada, nada de Maurício olhar. Seu único entretenimento era a conversa entre seus amigos de futebol.

Já beirava a meia-noite quando em um ato de suprema auto-afirmação Carla não se conteve e foi cumprimentá-lo. É assim como se não tivesse nenhuma pretensão. Caminhou levemente em direção ao ex, a cada passo o pulso batia mais forte. A adrenalina já estava a mil quando se aproximou dele como que por acaso e disse:

- Oi, como vai?

Em um momento o silêncio rondou a beira da inconveniência. Maurício gelou, apesar de sua face pálida e seu sorriso completamente sem graça, respondeu com toda a simpatia que pode encontrar naquele momento:

- Tudo bem, e com você, está tão bonita hoje?

- Quer dizer que sou feia. E apenas hoje estou bonita?

- Não foi exatamente isso que eu quis dizer – enquanto fitava-a por completo -, você sabe disso não?

Carla gostou do que ouviu e viu. É claro que percebeu o olhar devorador do nosso rapaz enquanto a cumprimentava. Com o ego satisfeito, deu um leve sorriso e uma piscadela de olho. Virou-se e saiu.

Quem a olhava não percebia, mas ela estava radiante, a estratégia fora perfeita. Criou o impacto necessário no seu antigo caso. Era tudo o que ela queria: seduzir e ser seduzida. Parecia que seu plano estava funcionando naquele momento.

Desde o fim do seu namoro que Carla busca desesperadamente um novo relacionamento, mas a maré parecia estar em baixa. E pior ainda, nos últimos meses não tem sequer feito um pouquinho de amor. Tudo isso a deixava tão cabisbaixa que todos em casa já haviam reparado que a nossa menina estava precisando de um pouco de romance. Mas agora não, sua saída fora triunfal e acreditava que em breve seu plano entraria em execução.

Dez minutos. Esse foi o tempo necessário para que o nosso ilustre colega caísse na armadilha preparada por ela. Após alguma relutância, Maurício não resistiu à pressão do charme, dos amigos. Estava em pleno conflito quando um dos amigos finalmente lhe disse:

- Cara, qual é o problema, vai lá e confere. Eu não sei qual foi a intenção dela, você não sabe, e nem saberá até conversar. Pronto, vai e não se discute mais.

Ele ainda estava um pouco relutante:

- Tudo bem. Não faz mal!

E assim, nesse breve epílogo ficou traçado o fim. Pagar para ver. Como também não queria nada, Maurício foi atrás dela. E, de repente, imagina quem ele encontrou? Acertou na mosca. Dois beijinhos e aquele papo formal de sempre. Como vai? O que tem feito? Enfim nada que eu possa supor que meu leitor seja incapaz de imaginar quando duas pessoas que não se encontram há algum tempo conversam. Com o tempo o diálogo foi se desenvolvendo e eles foram caminhando, caminhando, passaram pela Devassa, Velho Armazém, Queen e sem que reparassem estavam longe de onde começaram o percurso. Assim como ao acaso viraram à esquerda, quando perceberam já cruzavam a Araribóia. Os dois, uma rua escura, ninguém à vista – bem, pelo que eu me lembre, esta é a fórmula perfeita para o amor, ou será que estou errado? Acredito que não. Foi exatamente isso que aconteceu. Mas vamos voltar um pouco – lá estavam nossos dois pombinhos passeando pela rua quando em um ato impensado, quase que instintivo, Maurício sugeriu que parassem um pouco de andar e imediatamente se encostaram em um Vectra parado na esquina. Um ao lado do outro. Um só pensamento e nenhuma palavra dita. Um cheiro de flor aromatizava o ambiente. Uma velha flor, que a muito tempo não desabrochava. Suas pétalas começaram a se abrir, Carla a essa altura, com o lado direito encostado no carro, ficava de lado para ele, com um olhar um tanto quanto sedutor, suspirou de forma profunda. Abaixou a cabeça, e quando deu por si, Maurício já a agarrava pela cintura, e começou a beijá-la, a mão dele levemente acariciava suas pernas. Nada como sentir em suas mãos uma perna lisa, levemente enrijecida pela meia hora de caminhada diária. Das pernas o desejo foi maior, começou então alisando levemente as nádegas, até que seu corpo o fez mudar de postura. Delicadamente propôs que Carla se virasse de forma que ficasse de costas para ele. Pensou em abaixar a calcinha dela a altura dos joelhos, mas para sua surpresa, e não dela, ela estava sem. Danadinha pensou enquanto a penetrava levemente, sem que ela demonstrasse qualquer reação contrária. Ali mesmo ela concretizava seu desejo – Alguém duvida da validade que aquele vestido realmente era melhor alternativa para aquela noite de verão? Era só levantá-lo e pronto – voltava a ter em seus braços aquele que por muito tempo foi seu homem. Ou namorado, como queira. Mas lá estavam transando loucamente, quando Maurício percebeu que o vizinho olhava o que ocorria, pensou o que faria. Continuaria, ou apenas parava. Era bom reencontrar Carla, tinham feito amor de várias maneiras, menos na rua. Por fim, simplesmente ignorou. Olhou para o outro lado, e puxou a alça do vestido dela. Aquele pedaço era o mais bonito do corpo bonito dela, que carinhosamente costumava chamar de maçã, e sem qualquer dúvida, adorava veementemente. Sim, ele estava ali indefeso, sendo apertado, amassado por uma mão faminta, que quando saísse, o deixaria à mostra para quem quisesse ver. Mas o que ele não sabia é que ela também tinha visto e, de verdade, não estava se importando muito com o fato, afinal, seu desejo já atingira o pico. Mas era apenas o primeiro, ela queria mais. Virou-se de frente para o amado, enquanto lhe masturbava, dando-lhe o outro seio, que indubitavelmente era o ponto fraco dele. Ele não pensou duas vezes chupou com toda vontade que um homem tem quando esta prestes a gozar. Não conseguia pensar em nada, queria gozar, mas ela o deteve. Sem pestanejar puxou-o para as redondezas da casa do nosso vizinho. Maurício ficou sem saber se falava dele ou não, quando sussurrou, teve sua boca tapada, deixou para lá, não fazia diferença. Se ela queria? Seu desejo era apenas uma noite de sexo. O muro, bem, a casa número 126 do nosso vizinho não tinha exatamente um muro, era de grades. Carla encostou-se bem no meio de duas barras levantando o vestido de forma que as nádegas dela ficassem completamente à vista do nosso vizinho, e dobrou uma perna para ser penetrada de frente. A esta altura o vizinho já estava completamente louco. O nosso voyer sem tentar ser discreto começou a se masturbar. Carla beijava Maurício de forma inquieta, não parava, e quanto mais beijava mais se excitava, e quanto mais se excitava, mais roçava a bunda na grade e engolia o pênis do rapaz com sua vagina encharcada. Delirava com a idéia do vizinho admirando sua bundinha. Estava em êxtase, era uma louca, por completo, pensou, mas antes que viesse um outro pensamento ou coisa parecida, não se conteve mais e gozou.


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Comentários


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ssbbwslave Comentou em 15/06/2021

Um "Reencontro" interessante...

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Comentou em 28/05/2013

Oiiii, vc escreve muitíssimo bem, ein... leia meus continhos... bjusss




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Ficha do conto

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Nome do conto:
O reencontro

Codigo do conto:
29736

Categoria:
Heterosexual

Data da Publicação:
26/05/2013

Quant.de Votos:
2

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