Não me sai da memória a gostosura do beijo da Lú, o semblante de prazer do Paulinho ao me ver fodida pelo seu melhor amigo, a alegria do Julio quando lhe chegava a vez de corninho, o ar de tesão de ambos quando nos varavam a buceta e outros orifícios, coisa que, ora faziam com força bruta, animalesca mesmo, ora com uma espécie de languidez preguiçosa, entorpecente. Perdi a conta dos orgasmos e outros prazeres inenarráveis, escondidos, muitas vezes, em detalhes aparentemente singelos, simplesinhos, tal qual o sentimento de ter a Lú a me alisar os cabelos, enquanto eu mordia os lábios como reação à dor de estar de derrière empinado, a presentear a bunda a um dos nossos amantes. Parecia que ela não se dava conta de que, em momentos assim, dor, pra mim, é poesia. Aquelas eram ocasiões perfeitas, nas quais me pertencia, ao mesmo tempo, tudo o que o meu instinto sempre quis: a firmeza impiedosa de um macho e a docura de um carinho feminino. Ávidos pelo pecado da luxúria, encontrávamo-nos, desde a noite em que misturamos pela primeira vez nossos anseios mais secretos, pelo menos uma vez a cada semana. Nos outros dias, eu então matava a ansiedade da espera com meu marido. Na maioria dos encontros, tinhamos como cenário de nossas travessuras o apartamento onde moro com o Paulinho, uma vez que, ao contrário do apê dos nossos amigos, o que resido, embora localizado no mesmo prédio, dá vista para o nada, o que garantia a privacidade necessária para ficarmos nus, não apenas na minha suite, mas também na cozinha e no living. O fato, não importa o porto de partida, é que eu já estava acostumada a me lançar naquele mar alucinado de vontades incontidas.
La vie en rose, assim eu me sentia! Porém, nessa vida tudo tem seu preço, e meu coração ficou aos cacos, quando a Lú e o Julio nos disseram pretender ter um filho, e por isso entendiam ser chegada a hora de parar com as nossas brincadeiras eróticas. Fiquei desconcertada, esbravejei, me desmanchei em lágrimas, fiz chantagem emocional, ameacei suicídio. Não tanto pelo meu novo amante, apesar de gostar, e muito, não só da pegada que ele tinha, mas daquela pica meio torta e cabeçuda, que eu adorava beijar, lamber, morder, mamar, assoprar, esfregar no rosto, punhetar, dar tapinha, usar de joystick, que me jorrava esperma de tudo quanto era jeito, e me deixava na boca um gosto morno e pegajoso que lembra balnilha com q boa, do qual sou viciada. Meu sentimento maior de perda, no entanto, era em relação à Lú. Me dava calafrio, só de pensar que não mais sentiria o toque úmido e delicioso daquela boca carnuda, o hálito gostoso de primavera, as mãos de seda deslizando por todos os cantos do meu corpo, a pele com frescor de pêssego, a voz dengosa a sussurrar obcenidades nos meus ouvidos, a buceta linda e repleta de nectar afrodisíaco. Emoldurada por um corpinho digno dos mais entusiasmados elogios, a Lú é apaixonante, mistura de tango com cantiga de roda, tequila com refresco de groselha, patchouli com florais de bach, pimenta com algodão doce, rubra rosa com margarida... Tem ela o dom de despertar em mim, de uma só vez, a carne e a alma, o devasso e o lúdico, e de me fazer aflorar, juntas, a fêmea despudorada e a menina sapeca, que guardo no meu âmago. Além disso, sou, como já disse, medrosa ao extremo, cagona mesmo, e tê-la como parceira de sem-vergonhice era o que me dava coragem, por exemplo, de ir para a calçada brincar de puta, ou de arrastar ao motel um negão picudo o qual nunca tinha visto antes. Talvez eu sempre tenha sido apaixonada pela Lú, e nunca quis admitir.
Ok, confesso, eu amo a Luiza. Tenho por ela um bem querer tão grande que não cabe em mim. Fazer amor com a Lú, transcende. E digo assim mesmo, fazer amor, pois por mais ridículo que possa parecer, das vezes que trepei com ela, sempre teve sentimento envolvido. Perdê-la, portanto, me lançou ao fio da navalha, me sangrou o coração. Em resumo, se eu pudesse, passaria o resto da vida numa dessas relações que algumas pessoas chamam de poliamor. Com o Julio, ficaria por libertinagem somente. Já com o Paulinho, e principalmente com a Lú, seria por necessidades do tipo, digamos, orgíaco-psicológico-sentimentais.
Porra, mas enfim, o que não tem remédio... Marcamos uma despedida prolongada na casa de praia do casal de amigos. Demos sorte de o calendário apontar um feriado no meio da semana, e por isso, chegamos por volta das duas da tarde de quinta, enforcamos a sexta, e ficamos na sacanagem até a madrugada de domingo pra segunda, a tempo dos maridos não arriscarem perder seus empregos. Entre as muitas putarias que já estávamos acostumados a fazer, eu e a Lú achamos de incrementar algumas novidades, e no último dia da nossa festinha, passamos a induzir nossos chifrudos a também darem uma de bambi. Para isso os deixamos bem biritados, groguezinhos, e armamos várias ciladas. Numa delas, passei a esfregar as picas deles uma na outra, a pretexto de chupar as duas ao mesmo tempo. De repente, falei, com voz bem pidona e depravada, pro Paulinho fazer o Julio gozar na minha boca. Sinceramente, quando eu pensei na provocação, achei que meu marido não iria ousar topar tal molecagem, ou, mesmo se topasse, o faria meio sem jeito, só pra me agradar. Acontece que, no instante em que o incitei, senti, de imediato, os dois caralhos, que eu segurava, responderem com espasmos involuntários. Eu já havia sentido muita pica latejando nas minhas mãos, e sabia muito bem o significado daquilo. Além do que, o Paulinho agarrou o badalo do amigo com naturalidade demais pro meu gosto. Como se não bastasse, a Lú, que até entâo estava deitada na cama, só olhando, ajoelhou-se ao meu lado, e não é que o Julio, antes mesmo dela pedir, começou a retribuir o gesto do meu marido?
Fiquei louca de tesão, mas um bocado preocupada. Vai que aqueles dois se viciam na viadagem, e depois enjoam das esposas. Eles estavam gostando tanto de punhetar um ao outro, que o Julio, não mais se aguentando de excitação, logo me lançou um violento jato de esperma, que atingiu o meu nariz, e o Paulinho fez o mesmo na boca da Lú. Saquei que aquilo já estava virando um desbunde, e pra chuparem pica e darem o cu faltava pouco. Chamei, então, em reservado, a minha parceira de tramóia, e decidimos desfazer as provocações. Burra que eu sou! Covarde! Não sei de onde tirei que, no futuro, nossos machos poderiam nos esnobar. Deveria ter escutado a opinião da minha amiga. Se eles nunca deixaram de gostar de buceta, mesmo depois de tantos fios terra que fizemos em ambos, sem contar eu ter comido o Paulinho, algumas vezes, usando pênis de cinta... O resultado da minha tolice foi que cortei o barato deles, e até hoje tenho vontade de ver, assim ao vivo, dois marmanjos fodendo. Perdi a oportunidade. Porém, não tenho do que reclamar, pois o que mais me marcou, na nossa despedida, foi outra coisa, que aconteceu na tarde em que chegamos
Assim que desfizemos as malas, o Julio deu folga pro caseiro, que se queixava de dores nas costas. Todos sabíamos que a doença que ele tinha era preguiça, mas nos fingimos de bobos, pra ficarmos sem mais ninguém na casa. Por conta disso, combinamos que caberia às mulheres arrumarem o quarto, enquanto os homens dariam um jeito no restante e na piscina. Trato feito, lençois trocados, eu e a Lú tomamos banho juntas e nos jogamos na cama. Nunca antes haviamos ficado assim, nuas e sem os maridos por perto. Deu-se que nossos olhos se enamoraram, e passamos a declarações de amor, sem dizer palavra. Lentamente, começamos a nos beijar docemente, e a trocar carinho, primeiro no rosto, depois no pescoço, orelhas, tetas, peitos, ventre, coxas, bunda, clitóris, vulva, monte de vênus... Estávamos em alfa, os olhos marejados, quando nossos corpos se contorceram como numa dança de acasalamento, as pernas bambas, entreabertas, nossas bucetas se acoplaram. Senti que a umidade que me saía das entranhas se misturara deliciosamente com as da minha amada, com se aquilo fosse o encontro das águas de dois rios caldalosos. Ficamos assim por longo tempo, de pétalas unidas, grêlos inquietos, até desaguar num oceano de prazeres infinitos, e de emoções indizíveis. Dormimos entrelaçadas. Flutuamos, então, de mãos dadas, pelos campos floridos dos nossos sonhos.
PS.: Lú, amiga querida, eu sei que tu vais ler este conto. Saiba que ele é dedicado a ti. EU TE AMO MUITO!
seus contos são sensacionais...beijos!
deixa teu marido brincar todo mundo sabe que o lugar que o homen tem mais pazer e no anus isso nao muda o iterese por mulher
É fantasias todos temos ! O problema é realizalas ! Apezar dos pezares ! Ótimo. conto muito bem elaborado! Deu de entrar legal na sua fantasaia !votei e comentei e gozei que foi ótimo !obrigado por dividir seus pensamentos fantasiosos !
Magnífico... me inquietou. Muito bom!!! Excitante!
Você escreve maravilhosamente bem,é uma escritora nata, adorei seus contos,meus pensamentos voaram e sonhei acordada em me deliciar nos seus lábios e nos da Lu. Bjsss linda. Votado
show,queria que declaração ai sim!!!!
é de uma sensibilidade ímpar, eu fiquei emocionado com este conto.
Show de bilheteria, adoraria jorrar porra na sua cara também
Realmente o conto excita... gozei muito
Fico impressionada por tanto amor e tesão, e por quê não emocionada? Só quem tem ou teve relações com mulheres, sabe do que está a dizer. Votadíssimo. Aguardando próximos contos.
Muito bom Aninha! Tem meu voto parabens!!
Nossa isso ta paracendo mais uma declacao de amor muito bom parabens .votadissimo
Muito bonito seu texto, fala da entrega com a intensidade que existe nesses momentos....é exatamente assim que penso, e isso torna a vida bem mais interessante... Parabéns
Linndissimo vonto linda quero te conhecer pessoalmente
Sensacional em anjo muito bom votado
MARAVILHOSO, ADORARIA VER O ENCONTRO DAS ÁGUAS AO VIVO....BJUS
Delícia de conto, uma verdadeira exautação ao amor e a luxúria, retrata com perfeição a diferença entre transar e fazer amor, o verdadeiro encontro de corpos,mentes,almas e corações relação a escritora parabéns na minha humilde opinião cada vez mais perfeita e promissora. Beijos,
muito exitante. adoraria viver uma historia semelhante.
\boas narrativa, excelente seus contos. Tens meu voto!
Muito bom o texto,fique bem assanhado com sua historia quero tambem. Votado
Pena só poder votar uma vez. O melhor de todos os textos que até hoje li neste site. Acho que dás e mostras muito de ti. Acho que o teu Paulinho vai sentir uma ponta de ciúme. E eu... uma pontinha de inveja (concedo). Demonstras também uma grande veia romântica de que confesso não pensava tão forte. Orgulho-me de ti
Quanta poesia, verdade e amor
parabens seu conto foi uma verdadeira declaraçao de amor
amiga, vc eh muito doida...... criei o perfil soh pra dizer q eu tb te amo muito...... e fazer amor nao tem nada de ridiculo, sua doida....... tou emocionada...... sua soida, doida, doida..... te amo, vc sabe disso
delicia de relato Aninha, irei ler e reler todos, com muito carinho e muito tesão, com certeza... beijos
Belíssimo conto, com toda certeza votado.