Moro em Pelotas, cidade portuária do Rio Grande do Sul, uma área urbana extensa, com cerca de 330 mil habitantes. Conhecida como “cidade das bichas”, o fato é que em Pelotas a turma saiu do armário antes de qualquer outro lugar do Brasil, e vem daí a fama. A gente não dá “pelota” para isso por estas bandas, mesmo porque não é de nossa índole discriminar pessoas nem fazer troça com a vida alheia. Hoje, tenho 21 anos e estou bem adiantada no curso de Direito. Na época dos fatos, eu estava em vias de completar 18 primaveras e ainda era virgem. Uma opção minha, porque cismei de só experimentar a “fruta” quando atingisse a maioridade. Consumia meu tempo estudando, me preparando para a universidade. Saía pouco e namorava menos ainda. Claro que aos 18 anos eu já havia socado umas punhetas para alguns amigos mais íntimos, do mesmo modo que já deixara alguns deles gozar nas minhas coxas. Mas botar para dentro, não, nunca antes da maioridade, dizia eu! Nossa residência e a confecção de jeans dos meus pais praticamente se confundem. Ou seja: o endereço da firma é o mesmo da moradia. Quando não estava no colégio, no cursinho ou estudando em meu quarto, ficava na confecção olhando pela janela as pessoas passando ligeiras pela rua. Elas quase tocavam na janela, e algumas até prestavam atenção em mim. Foi dali que vi, pela primeira vez, um moço cujo boné tomava-lhe a testa, quase cobrindo os olhos. Tinha porte atlético, cabelos curtos, barba sempre feita, o que lhe dava um ar de nobreza. Caminhava devagar e olhando para o chão. Fiquei curiosa, ele era estranho no nosso bairro, onde praticamente nos conhecemos todos, ainda que só de vista. No segundo dia, fui para a janela com a esperança de vê-lo outra vez. E assim passou a acontecer diariamente, mais ou menos no mesmo horário todos os dias. Lá pela segunda semana, ele virou os olhos para a janela em que eu estava e abriu-me um sorriso. Foi agradável ver seus dentes bem cuidados. Meu coração começou a acelerar cada dia mais, na expectativa de novos sorrisos que iam sendo abertos para mim. Não, eu não queria me apaixonar por um estranho, mas estava difícil não sentir aquele calorzinho gostoso na pombinha, quando o moço do boné despontava na esquina. Eu já começara até a sonhar com ele, que me dava flores, me agarrava, me beijava e depois vinha com tudo para dentro de mim. Acordava sempre molhada, apesar dos sobressaltos. Contei para a minha mãe o que estava acontecendo comigo, e recebi dela a recomendação de tomar muito cuidado, de procurar esquecer aquele moço e jamais dar mole para ele. Ele era apenas um estranho, falou mamãe. E com estranhos deve-se ter cuidado. Que cuidado, que nada, o que eu mais queria era vê-lo todos os dias, receber seu sorriso, sonhar com ele e torcer para que um dia ele parasse para conversar comigo. E foi o que aconteceu, justamente no dia em que minha mãe tinha ido ao centro da cidade para tratar de papéis com o contador da firma e fazer os serviços de banco e cartório. Papai tinha viajado a negócios, para São Paulo. O moço do boné parou em frente da minha janela, sorriu e fez sinal para que eu a abrisse totalmente. Sem forças para reagir contra aquela paixão avassaladora por ele, obedeci e fiz tudo como ele queria. Ele me deu sua mão direita em cumprimento de “boa tarde”. Mas ficou segurando a minha mão, mesmo depois de me cumprimentar. E eu praticamente sem forças sequer para puxar a minha mão de volta. Quanto mais eu tremia, mais ele acariciava minhas mãos, braços e seios. Minha boceta jorrava fluidos quentes e meu clitóris se avolumava, entumecido. De repente, explodi em gozo. Ele percebeu tudo, e mais ainda me acariciou. Entre estupefata e tesuda, cometi a maior bobeira da vida: abri a porta da frente para o moço de boné, um desconhecido. Ele não se fez de arrogado e entrou. Ao entrar, sem palavras ou meias palavras, me abraçou freneticamente e colou seus lábios nos meus. Eu então vi estrelas e perdi totalmente a força das pernas e a noção de mundo, para me deliciar inteiramente com aquele beijo molhado. Ainda de pura bobeira, vencida pelo desejo incontrolável, puxei ele pelos braços para o meu quarto. Nada mais me importava, e a vida só tinha sentido naqueles braços, naqueles lábios quentes e naquele mastro que pulsava no meio das pernas do moço do boné. Sem mais delongas ou rodeios, ele puxou minha calcinha para baixo, e eu, sem qualquer resistência ou protesto, levantei as pernas para que ela saísse de vez. Ele então sacou de uma tirada só a calça e a cueca, liberando seu maravilhoso e duro pau. Em silêncio absoluto, veio para cima de mim e me penetrou selvagemente. As estrelas que agora eu via, tornaram-se a visão provocada pela dor da ruptura do meu cabaço. Juro que ardeu e doeu quando aquele naco de carne quente quase me arrebentou por dentro. Sangrei bastante, e enquanto me limpava e limpava o sangue que escorreu para o assoalho, o moço do boné evaporou-se, desapareceu como que por encanto. Creio que assim que me distraí com o sangue, ele vestiu rapidamente a cueca e a calça, sumindo pela mesma porta por onde eu o havia feito entrar. Tratei então de remover todo e qualquer vestígio daquela bobeira de moçoila tesuda e imprudente. Havia passado anos me negando a dar minha boceta para os namorados e amigos, e acabei sendo quase que estuprada por um estranho. Que grande ironia! Nunca mais eu o vi passar em nossa rua. E apesar de toda a selvageria que ele empregou para me descabaçar, não lhe quero mal e chego a ter saudades de vê-lo passando em frente da minha janela. Não sou mais virgem. O estranhíssimo e indelicado moço do boné levou para sempre o meu cabaço. A opção foi da bobinha aqui, fazer o que?