O primeiro castigo - Parte II

O barulho da televisão acabou me acordando,estava deitada sozinha. Pego o celular e vejo que passam das três da tarde. Antônio não está a minha vista,mas escuto barulho na cozinha.
- Antônio?
- Tô fazendo um lanche,quer alguma coisa mana?
Mana? Meu inconsciente reprova.
- Ér... Não,obrigada.
Levanto devagar e pego meu robe no armário,visto e sigo em direção à pequena sacada. Cidade vazia essa.
- Algum problema?- perguntou Antônio parado a porta. Estava escandalosamente sexy,sem camisa e só com a calça de moletom.
- Não - expliquei - Poderia se vestir assim mais vezes sabe... Despojado. Cai bem pra ti.
- Meu trabalho exige algo formal,paciência. Agora entre,tu ainda deve ligar pro pai e contar a novidade.
- Ah não,tu liga!
E depois de muita discussão,acabou por eu ter que ligar e contar a novidade - meio retorcida! Contei que eu havia perdido a criança,mas que estava bem. Sr. Cláudio insistiu então que eu voltasse pra casa,que me receberia como a sua filha,mas expliquei que não poderia pois estava casada agora,e ele prontamente entendeu o que estava acontecendo!
Chorei ao lembrar de tudo o que havia acontecido nas poucas semanas. Antônio pareceu,por poucos segundos,preocupado com os meus sentimentos. Sentou-se ao meu lado e me puxou ao seu colo,apoiei minha cabeça em seu tórax e o acariciei com a ponta dos dedos.
- Não!
- Mas eu...
- Eu disse que não! - gritou me jogando contra a cama - Não me questione,entendido?
Respondi positivamente com a cabeça e me virei para o outro lado,Antônio era um homem difícil,muito instável.
Senti sua mão descansar em meu ombro e descer lentamente até meu quadril,e meu ventre estremeceu ao sentir seu simples toque.
- Pronta pra outra? - Perguntou.
Permaneci imóvel,o que foi impossível por muito tempo. Suas mãos invadiram pela beirada do meu robe e logo chegaram ao meu sexo e não consegui segurar um gemido.
- Sempre pronta pra mim,gosto disso. - sussurrou.
Antônio me puxou pra cima de si,estava montada em seu colo,suas mãos segurando a minha cintura e puxando de encontro ao seu membro.
Apoiei-me na cama e flexionei o corpo para lhe beijar,mas não fui correspondida. Em vez disso,soltou minha cintura e baixou sua calça de modo que eu sentasse no lugar certo.
- Aaah - Gemi ao sentir ele me preenchendo e em segundos já estava com Antônio por cima de mim.
Como de costume,seus movimentos começaram fortes e firmes,fazendo barulho a cada estocada. Entrei em seu clima violento e comecei a curtir de verdade o momento,sentia minhas pernas trêmulas,ou melhor,nem sentia que tinha pernas. Antônio apoiou as mesmas em seus ombros,para uma melhor penetração,sentia algo estranho,parecia chegar até o meu umbigo!
Deitou-e sobre mim então,apoiado em seus cotovelos. Sua atenção aos meus seios,mordendo,chupando. Seu membro ainda está me preenchendo. Enfim,ele me beija,tirando seu membro de dentro de mim e em uma lentidão torturante,flexiona os quadris e entra só um pouco em mim. Logo o tira. Sensação agonizante.
- De novo? - sussurrou.
- Sim.
E mais uma vez penetra parcialmente,é uma tortura prazerosa.
- Antônio,por favor. - choramingo.
E ele penetra forte,seguro em seus braços. A sensação é intensa e me toma por inteiro,a cada estocada um gemido forte,aperto-o com força até deixar marcas das unhas em seus braços. Meu corpo então explode,vejo estrelas,vejo a lua,vejo tudo. Creio que perdi a consciência por alguns minutos tamanho foi a intensidade do meu orgasmo.
Senti-o pulsar dentro de mim,o que me fez despertar,um gemido alto e um forte aperto de suas mãos em minhas ancas anunciaram que Antônio estava prestes a gozar. E gozou,caindo sobre o meu corpo,ofegante.
- Tudo bem Yarithza? - perguntou deitando ao meu lado.
- Tô um pouco dolorida só e...
- Ótimo. Descanse...
Fechei os olhos e em poucos minutos adormeci novamente.