Goooooooooll!!!!!

A janela da mensagem pipocou no canto do monitor: "Quero meter". Objetividade era uma das marcas registradas de Tina. Olhou para os lados, como se conferisse se alguém havia notado o sorriso cafajeste que lhe iluminou o rosto.

"só vou se for pra te comer com força"

"mas é assim q quero... dei uns beijos num maluco mais cedo, mas era um borracha-fraca do caralho... me deixou com tesão e só"

"aí apela pra mim, né? o cara te atiça e eu q tenho te apagar teu fogo"

"tá reclamando?"

"ñ... só comentando...onde e q horas?"

"assim q tu sair daí... to na rua, só me fala antes, q é pra eu dar um balão na Bete... ela não pode saber q a gente se come"

"saio em meia hora... vai indo pro bar de sempre... pego um táxi e chego lá em 5min"

"ok... ahhh... só p tu sabe... to com tesão na bunda kkkkk"

Tina ficou offline assim que a mensagem foi enviada. Ele a conhecia bem... devia estar digitando no banheiro. À sua volta, todos estavam compenetrados no que faziam, ninguém parecia ter notado nada. Mesmo rápida, a conversa o deixara excitado, ajeitou o pau dentro do jeans e tentou se focar no que fazia. Já havia adiantado tudo, faltava apenas chegar a hora de ir embora.

A meia hora demorou a passar. Café, água, banheiro, youtube, facebook.... usou todos os artifícios para passar o tempo até dar a hora de poder bater o ponto. Mandou às favas a idéia de fazer alguma hora extra. Trepar com Tina era muito mais importante que fazer banco de horas.

Bateu o ponto e pulou dentro do primeiro táxi que passou. Durante o curto trajeto, ficou lembrando das últimas transas com a amiga. Sabia como ela gostava... e ela sabia o que o excitava... eram fodas de ficarem ambos esfolados no final. Saltou do táxi e entrou no bar lentamente, como se não estivesse se corroendo de tesão por dentro. Ela já estava à espera, brincando com o drinque e mordendo os lábios quando ele entrou.

- Veio rápido, garotão!

- Não sou de deixar serviço por fazer, esqueceu? — Sentou-se e fez sinal ao garçom, pedindo um chope.

- Tou vendo... acho bonito isso... até porque é por isso que você é sempre a primeira opção quando meu tesão aumenta....

- Assim você me deixa encabulado....

- Porra! Mais fácil eu voltar a ser virgem do que você ficar encabulado... conta outra...

- Você me vê apenas como um depravado... — Fez cara de coitado — Isso de me tratar como homem-objeto é muito triste pra mim... me sinto um pedaço de carne, uma linguiça... que você consome a teu bel-prazer...sem se importar com meus sentimentos....

- Ai, meu Deus! Tadinho dele... tão abusado pela dominatrix que eu sou! — Ela deu uma gargalhada e continuou, dessa vez, num sussurro — É um pedaço de carne sim... e hoje é meu... e quero essa carne dentro de mim hoje... que eu tô com sede... e não é dessa caipirinha aguada aqui não... quero algo com mais "sustânça"... — Os olhos dela brilharam por cima do copo, enquanto simulava sexo oral no canudo da caipirinha.

- Já está no fim, né? Meu chope acaba num gole... vamos logo com isso que não vim aqui pra deixar a "sinházinha" esperando pra "usar" o brinquedinho dela...

- Hummmm... moço de atitude... assim que eu gosto... saudade de um homem de verdade... esses jovenzinhos aí só servem pra gente desfilar... pro "trabalho sério" temos de ter um estepe bom como você, boneco....

Ele não respondeu, apenas colocou algumas notas sob a conta, levantou-se e estendeu-lhe a mão.

- O de sempre?

- Sim... é limpo e perto... Mas, até lá...me conta como despistou a Bete...

- Não falei muito não. Praticamente, só disse a verdade... disse que um bofe tava vindo me dar assistência... só menti quando disse que você que tinha ligado, não eu... ela até quis ficar pra ver quem era, mas eu falei pra ela parar de palhaçada. Falei que você era casado, ela me chamou de maluca e foi embora. Se ela souber que é você o tal cara que eu trepo... em meia hora o mundo todo tá sabendo que a gente se come.

- Melhor assim, ninguém precisa saber de nada... ela continua tão mala quanto é gostosa?

- Não gosto de mulher, mas acho que ela nunca esteve tão bonita... já viu o quanto eu tive de aturar de lamúria então, não é?

- Faço idéia... Chegamos, o mesmo de sempre?

- Pra que mexer em time que tá ganhando, meu bem?

Ela abriu a porta e deu passagem a ele. Quando passou, ela aproveitou e deu um apertão na bunda dele, que estacou e falou baixinho, sem se voltar:

- Se não tirar a mão daí agora, vai ter de me comer na recepção mesmo....

- Duvida?

- Nem um pouco — Ele riu e continuou andando. Pediu um quarto e olhou para ela — Minha vez ou sua?

- Hummmm... era pra ser a minha, mas tu segura essa?

- Sem problemas — estendeu o cartão para o recepcionista.

Enquanto esperava para digitar a senha, pensou o quão eram silenciosas e até mesmo tristes as recepções de motéis, em contraste com as similares em pousadas e hotéis. Sorriu constrangido ao perceber o quanto as pessoas ainda não viam o sexo como algo sublime e maravilhoso.

O quarto era no primeiro andar, entraram no elevador e ela segurou-o pela virilha — Opa! Gosto disso! Já tá pronto, garotão?

A resposta veio num beijo urgente, as mãos dele apertando os peitos dela, a língua se enroscando na da moça. O elevador parou e eles continuaram se embolando até o quarto.

Só acenderam a luz para ver se o quarto havia sido limpo, jogaram de qualquer jeito o lençol sobre o colchão encapado e despiram-se com pressa, entremeando os puxões na roupa com mordidas, chupões e lambidas. Ele jogou-a na cama, vestiu uma camisinha e pulou sobre ela, as bocas se unindo enquanto ela segurava-lhe o pau e o guiava para dentro de si.

O encaixe foi perfeito e ele começou a penetrá-la com força, fazendo o pau entrar e sair todo dela. Tina estava completamente encharcada, facilitando a ação dele. Enquanto a comia, beijava e mordia-lhe a orelha, sussurrando:

- Então queria meter, é? Aí lembrou do teu puto... o que te come direito, não é? Tava com saudade de meu pau dentro de você, tava?

- Hummm....mete, puto... mete como você sabe que eu gosto... vai, filhodaputa... mostra pra mim que ainda lembra como se fode...

- Isso... geme... geme gostoso pra mim... gosto de você assim, bem melada, pra meu pau deslizar melhor pra dentro de você....

Saiu dela por um instante, pegou-a pelas pernas, colocando-as sobre seus ombros. Ela se abriu como uma flor para ele, que ficou de cócoras enquanto a posição fazia com que ela se arqueasse, a bunda descolando-se da cama. Assim podia controlar melhor a força ao penetrá-la, além de estimulá-la como ele sabia que era o jeito preferido dela.

A nova posição fez com que ele alcançasse o ponto ideal do prazer para ela, o pau dele agora a estimulava como ela mais gostava A aprovação veio, inicialmente, em gemidos mais altos, depois, ela rilhou os dentes e deu-lhe um tapa na cara.

- Isso, caralho... mete mais, porra! Vai, caralho! Me fode, porra! Isso... assim... mete como eu gosto, seu puto... mete e mostra porque eu gosto de meter com você...

Ele mantinha o ritmo, mas aumentava a força em cada estocada. Sabia como Tina gostava e entregava a ela exatamente o que ela esperava. Sorriu enquanto a penetrava e a moça deu-lhe outro tapa, agora na bochecha esquerda.

- Tá rindo, é? Pode rir... pode se achar, seu safado... pode se achar que eu gosto quando você mete rindo.... ahhhhhhhhhhhhhh

A moça começou a se debater, girando a cabeça de um lado para o outro, as unhas cravadas no lençol. De súbito, ela encarou-o, a cabeça projetada para frente, olhos esbugalhados, o rosto muito vermelho, a boca aberta como se estivesse gritando, mas sem articular nenhum som. Enfim, um gemido rouco brotou-lhe da garganta e ela se deixou desfalecer sob o amante.

No breve silêncio que se seguiu ao orgasmo dela, pela janela aberta veio um grito de gol. Na pressa, não haviam fechado a janela nem ligado o ar condicionado. E não iriam fazer isso àquela altura do campeonato.

Ele virou-a de bruços, debruçando-se sobre ela, a boca colando-se no ouvido da amiga — Tava falando sério, é? Tá com tesão e saudade de ser enrabada, safada?

Ela assentiu com a cabeça, ainda fraca o suficiente para articular.

- Cadê o KY? Cê trouxe? Sabe que aqui não tem frigobar e armário com aquelas paradinhas....

A voz dela veio entrecortada, ofegante — Vai no cuspe mesmo... aproveita que tô louca, caralho... aproveita e me rasga, seu puto.... — Ela levou as duas mãos para trás, abrindo-se para ele, que abriu-a um pouco mais e lambeu-a, a língua indo da buceta até o cu. Uma, duas, três vezes, e aí se demorando, lubrificando-a com uma mistura de saliva e gozo. Penetrou-a um pouco com a língua, fazendo-a gemer novamente e empinar mais a bunda para ele.

Voltou a debruçar-se sobre ela, dessa vez já guiando o pau para dentro dela. Fez a cabeça pressionar o cuzinho dela, que mordeu a ponta do lençol. Parou um pouco, para que ela se acostumasse. Ela voltou a empinou-se, fazendo-o penetrá-la mais — Mete, porra... tô mandando... mete... mete fundo... mete igual tu meteu na minha buceta, porra!!!

Ele obedeceu prontamente, forçando até ela engoli-lo totalmente. Quando sentiu-se todo dentro dela, começou os movimentos de entra e sai. De início, vagarosamente, com cuidado, mas, a medida que ela ia gemendo cada vez mais alto, os gemidos iam excitando-o mais e mais, até ele estar fodendo-a com força, mordendo-lhe os ombros e nuca e grunhindo como um animal no cio.

Já não eram mais um homem e uma mulher na cama. Completamente encharcados, o suor grudando um no outro, grunhindo, gritando coisas ininteligíveis, entregues. Ela empurrava a bunda contra ele, que a possuía com cada vez mais força. Ele aumentou o ritmo até o limite, seus grunhidos embolando-se aos gemidos dela, até unirem-se também em um orgasmo simultâneo.

Deixou-se desfalecer sobre ela, as respirações desreguladas, sugando o máximo de ar possível. Novamente, no silêncio pós-gozo, da janela veio outro grito de gol.

Sem abrir os olhos, Tina sussurrou — Quem joga hoje?

- Não faço a mínima idéia... mas, no sincronismo que a gente está, tô torcendo pra ser intervalo agora... preciso de alguns minutos pra te dar outro gol de presente...