Assim, esta primeira publicação, não será um conto propriamente dito, mas sim a descrição do cenário que dará lugar a alguns contos e depravações que irei publicar.
Tenham paciência, pois este cenário explicará o porquê de tanta diversidade nos temas que abordamos, nos contos que publicaremos e sobretudo, entenderão o porquê de tantas pessoas envolvidas.
Os Portugas, como sabem, são pessoas um pouco reservadas, quando se trata de falar ou relatarem as suas experiências seja de que natureza for. A nível sexual, pior ainda.
Creio que não existe nenhum outro país onde este facto é mais do que evidente. Todos conhecem e comentam esta particularidade.
Mas...
Será que é assim na intimidade entre amigos?
Será que são assim tão inibidos e envergonhados?
Somos quatro casais, todos casados com mulheres bonitas e com homens que sabem o que querem (outros nem tanto) mas... no que concerne a sexo, deixem que vos diga que a famosa frase: - “Nem tudo o que parece, é” encaixa como uma luva.
Já há vários anos que com meus amigos (de longa data) e ao longo do tempo, nos fomos encontrando quase diariamente, casualmente ou em épocas festivas em casa uns dos outros. Vemos TV, conversamos, jogamos diversos jogos, vamos ao cinema, bares, etc.
O curioso é o seguinte. Seja qual o motivo do nosso encontro, ela acaba sempre com discussões ou conversas sobre sexo.
Somos amigos verdadeiros há mais de seis anos e estes encontros, durante todos estes anos, ensinaram-nos muita coisa no que se refere a sexo, fantasias, fetiches, traições e outras “maldades”. A magia define-se numa frase: “tudo muito fodido, mas tudo muito consentido”.
Vivemos todos na mesma cidade de provincia portuguesa, com aquele ambiente onde todos praticamente se conhecem, com pouco transito, ambiente familiar, tudo muito “quietinho”. Conhecemos o padeiro, o empresário, o taxista, a florista, entrre muitos outros.
Passo a apresentar superficialmente os meus amigos, actualmente. Os pormenores ficam para os contos:
Renato (eu, o mais coroa) 52 anos – Empresa de web design e informática ( o mais “rebelde e aberto”. Filho da puta, deve ser da idade)
Carla (a minha mulher) 48 anos – Técnica de Recursos Humanos numa empresa de compra e venda de automóveis (sempre foi gata esta “miuda”)
Silvio, 34 anos – Gerente de um banco (o mais fingido de todos)
Raquel, 30 anos – Advogada (Puta que pariu, já só o nome diz logo tudo...)
Carlos, 41 anos – Dono de uma papelaria (venda de jornais e revistas) (está sempre pronto para tudo, mas recatado, meio desconfiado)
Luisa, 40 anos – Professora (Esta mulher é duma meiguice fora do normal, vocês vão ver...)
André, 28 anos – Técnico oficial de contas (escriturário) (o mais novinho... está a aprender muito, ou nós é que ensinamos bem, não sei.)
Teresa, 25 anos – Fisioterapeuta (a envergonhadinha. Nem sabemos bem como interpretar este carácter, por ser muito variável) vamos ver...
Todos temos casas similares, espaçosas, umas com piscina, outras com churrasqueira e arrumos por detrás das casas, outras com quintal e jardim. Muito provinciano...
Todos temos carros e carrinhas de trabalho, as salas e quartos são quase todas iguais, exceptuando a decoração.
Comecei por dizer que os portugueses são inibidos. E são, mas...
Todos os contos são verdadeiros. Sim, são verdadeiros... Puta que pariu.
Este facto já começa logo à partida a desarmar este próprio cliché de “inibição portuguesa.”
E ao mesmo tempo, também nos coloca numa posição de “envergonhados” de tão “filhos da puta” que somos. A vida é assim... curta.
Porquê descrever as nossas aventuras? Faz parte exactamente do nosso relacionamento entre casais. De passo a passo e, durante estes anos, chegámos a este ponto. Uma maturidade de amizade indescritivel. Somos felizes.
Compartilhar os nossos “feitos”, sexualmente falando, claro. Dá tesão... é isso. Só isso. Senão porque estariamos aqui?
Neste momento só vos posso dizer: Puta que pariu, o que se pode fazer em apenas seis anos.
Todos tivémos sorte, não é à toa que somos muito amigos, senão, grande parte dos acontecimentos não eram possíveis de serem relatados, ainda pra mais com esta educação e mentalidade portuga.
Também não vos escondemos que já nos chateámos algumas vezes, porque isto de trair alguém, tem de se ter um certo estofo, esperteza e uma boa conversa.
Saber que a minha mulher fodeu com um dos meus melhores amigos, é duro. Porra, é duro. Puta que pariu, Não escondo isso...
Não por ela o fazer, mas sim por colocar em dúvida os nossos próprios carácteres como pessoa e sobretudo como educação.
Para mim colocar em dúvida a minha virilidade em relação a um amigo meu, é fodido.
A minha mulher sempre me disse com verdade, que eu sou muito bom na cama, mas...
E a dúvida? Se sou bom, porque sente desejos para amassar com outro?
Explicarei este facto num conto mais prá frente.
Mas uma buceta e uma rola, são bandeiras muito fáceis de içar e, por isso, falam mais alto.
Quatro casais...
Casais o caralho... quatro putas e quatro cabrões... isso sim. Puta que pariu.
Para que tenham noção. Eu quando não amasso a minha mulhar ou uma amiga minha, bato uma pulheta deliciosa. Os meus amigos, segundo sei, é a mesma coisa.
À excepção de alguma doença ou por questões de trabalho, não passo um dia sem sexo ou sem uma punheta. Pronto... falei.
Ocultamos apenas os nossos filhos e, por isso, não vão ser mencionados em nenhum dos contos.
Vocês sabem bem, quando um adulto quer dar um amasso, descartar-se das crianças é muito fácil. Entre tios, cunhados e avós, dá-se sempre um jeito.
Os contos que vamos publicar são aleatórios e publicamos porque marcaram. Nenhum de nós sabe como tudo começou, só sabemos e nos lembramos de alguns episódios mais relevantes e podemos garantir que a nível sexual, acabámos sempre por saber tudo uns dos outros. Uma vezes, durante algum tempo ocultámos pormenores, mas no final ficamos todos a saber quem fez o quê.
Chega de tretas, vamos ao primeiro conto...
Boa tarde:uma boa abertura.
Muito bom... Parabéns mais uma vez. Se todos fossemos assim seria muito mais fácil
Tem o meu voto porque descreveu na perfeição o falso moralismo e pudor que continua a existir em pleno seculo XXI
A excepção dos PQP a mais, gostei muito da apresentação e os contos prometem! :)