No dia seguinte, a campainha toca pela manhã. O Caíque já havia ido embora há algum tempo e eu não estava esperando ninguém. Assim que abro a porta uma pessoa me abraça, me aperta bem forte e começa a me beijar. Eu sem entender muito bem, me deixei levar pelo beijo. Mas eu conhecia aquela boca, conhecia aquele abraço, conhecia aquele corpo me apertando. Era ninguém menos que o Roberto. Eu então o afasto de mim, sento no meu sofá, ele fecha a porta e fala:
- Tô com saudade, te quero, não consigo te ver com outro homem. Aquele gemidos de ontem a noite deveriam ser comigo e não com outro. Eu te QUERO!!!
Eu me viro muito indignado para ele:
- VOCÊ OUVIU OS GEMIDOS DE ONTEM A NOITE?
- Eu acho que todos no prédio ouviram. A Carol me perguntou de quem deveriam ser, e eu sabia que eram seus gemidos. Eu até desci aqui e vim ouvir em sua porta. Senti um tesão gigantesco, mas não consegui aceitar que estava ouvindo você com outro homem. De novo.
- Espera aí. Como assim? Eu não te entendo, Roberto! Você some por dias, me deixa preocupado, volta com o rabo entre as pernas e acha que vai estar sempre tudo bem?
- E você sai assim tão fácil com outros? Esse ontem e aquele outro menino no dia que peguei vocês dois.
- Você tinha se comprometido a mim, mas sumiu e eu não sabia como te encontrar. Eu resolvi continuar a minha vida. E continuei. Enquanto isso você decidiu voltar com a Carol, estão até morando juntos de novo. Eu acho que você deve ir.
- Ela está grávida. O que você quer que eu faça?
- Se você acha que deve ficar com ela, muito bem, vá ficar! Mas não venha até mim pra ser apenas o seu escape desse mundo de mentira que vocês querem viver.
- Eu sinto sua falta! Eu quero você! Mas eu não sei o que fazer!
- Pois então, quando souber, talvez possamos conversar de novo. Sua situação é difícil, mas enquanto você estiver com ela, nós não podemos ficar juntos. Além do mais, agora eu tenho o Caíque, e parece que ele gosta muito de mim.
Ele então veio me abraçar.
- Não faça isso comigo.
Ele começou a passar a mão pelo meu corpo.
- Eu sinto falta disso tudo! Do calor do seu corpo. Dos seus beijos. Da sua bunda. – disse enquanto deu uma apertada nela. – do seu pau, da sua boca, de você todo.
Cada palavra que ele dizia doia muito, queria me entregar àquele homem, mas eu não podia.
- Apenas vá, por favor.
Ele então se foi.
(continua)