Capitulo 02
O dia passou normalmente o suficiente. Sim, eu fui cobiçado e tateado mais do que nunca tinha estado em minha vida, mas não foi tão ruim assim. Ninguém tentou me atacar. Ninguém tentou... Qualquer outra coisa.
Quando meu dia de trabalho terminou, era hora do banho — algo que eu estava temendo o dia inteiro.
Uma vez nos chuveiros, eu não sabia de que lado me virar. Eu não queria que outros presos cobiçassem meu pau, mas também não queria dar as costas a ninguém. Então eu e lavei, desajeitadamente mudando e girando. Havia uns sujeitos apalpando uns aos outros e alguns fazendo mais do que isso, mas os guardas não pareciam interessados em detê-los, até pareciam principalmente consensuais. E mesmo que não fossem, eles não pareciam tão ansiosos para fazer nada. Havia um cara grande no canto oposto forçando seu pau garganta abaixo de outro cara. Eu tentei arduamente não olhar para aquele lado. Meu coração bateu tão rápido que pensei que ia ficar doente.
Viu muitos outros caras olhando para mim interessados, mas ninguém tentou nada. Eu suspeitava que tivesse algo a ver com Diego, que ficava perto de mim, silencioso e de rosto feito pedra.
Decidindo que ninguém iria me atacar, relaxou um pouco.
Isso foi um erro.
No meio do chuveiro, eu sentir: uma mão em minha bunda.
Eu congelei e depois olhei para Diego. - Mantenha suas mãos para você mesmo – eu disse. Ele sabia melhor do que fazer uma cena. Talvez eu não soubesse muito sobre a hierarquia da prisão, mas sabia o suficiente. Sabia que Diego teria que demonstrar quem estava no comando aqui se eu o fizesse parecer fraco.
Diego olhou para mim calmamente, os olhos escuros ilegíveis. - Eu preciso mostrar a todos que você é meu, - ele disse calmamente. - Se eu não fizer isso, os outros caras vão ter ideias. Você não quer isso, não é?
Olhei para ele, mas por mais que odiasse, o cara estava certo. Se eu tivesse que escolher entre ser considerado o brinquedo de seu companheiro de cela e ser estuprado por uma gangue, eu sabia o que escolheria.
Então não me afastei, deixando Diego manter uma mão proprietária em minha bunda. Meu rosto provavelmente estava de um vermelho brilhante — era um enorme golpe para minha masculinidade. Me perguntei se era assim que as mulheres se sentiam quando os homens as desejavam.
Quando a hora do banho finalmente terminou, eu tirei a mão de Diego, me vesti e voltei para a cela rapidamente.
Diego não voltou imediatamente.
Quando ele voltou, fiquei tenso involuntariamente, segurando o livro que estava tentando — e falhando — em ler.
- Relaxe, Beicinho. - Diego disse com um bufo.
- Não me chame assim.
- Eu vou chamar você do que eu quiser.
Senti uma onda de raiva impotente, mas não disse nada. A verdade seja dita, Diego me enervou. Ele era diferente dos outros prisioneiros: calmo e intenso de uma maneira estranha. Não levantou a voz, não se gabou como outros prisioneiros, mas pelo que eu tinha visto naquele dia, Diego parecia respeitado, até mesmo temido.
- Por que você está aqui? - perguntei, incapaz de impedir sua curiosidade.
- Matei oito pessoas em um shopping - disse Diego, olhando-me nos olhos.
Eu pisquei. - Você está brincando, certo?
Diego fez um gesto de encolher os ombros que podia ser interpretado de qualquer maneira. Eu realmente esperava que ele estivesse brincando.
- Quantos anos você tem? - Diego perguntou de repente, olhando para mim.
- Vinte e três.
Diego me estudou por vários momentos antes de entrar em seu beliche. Que cara estranho.
* * * *
Os dias passavam, e a vida na prisão não era nada como eu imaginava. Para começar, era muito mais chato do que jamais pensei. Não podia fazer o que quisesse. Tudo o que eu fazia era controlado e regulado, e isso começou lentamente a me deixar louco. Às vezes ficava tão chato que eu sentia que precisava fazer algo drástico para escapar da monotonia. Agora eu podia entender por que havia tanta violência na prisão: as pessoas tinham que se entreter. Eu me assustei porque estava começando a me relacionar com esses criminosos.
Os outros prisioneiros na maior parte me deixaram sozinho, mas eu não tive nenhuma ilusão sobre aqueles. Eu vi os olhares que outros homens me deram. Eu era loiro, de olhos azuis, (e muito malditamente "bonito" para não atrair a atenção). Por mais que odiasse ter que depender de Diego, o cara era a única coisa que mantinha os outros longe. No final da segunda semana, eu já estava tão acostumado a ter a mão proprietária de Diego sobre mim nos chuveiros que eu simplesmente ignorei.
Mas embora soubesse que todos pensavam que eu era a puta de Diego, me chamar assim na minha cara era uma coisa completamente diferente.
- Eu não sou a puta dele. - falei quando Josh, o cara com quem eu havia formado uma espécie de amizade tentativa, me chamou de brincadeira. - Ele não está me fodendo.
Josh me deu um olhar estranho e não disse nada.
Eu não pensei nisso até que voltei àquela noite para a cela e encontrei Diego esperando por mim. E ele estava com raiva, suas sobrancelhas escuras traçadas em uma linha, seus lábios pressionados juntos.
Diego estava sobre mim antes que eu pudesse piscar. Me empurrou contra a parede, pressionando seu braço contra minha garganta.
- Você quer que eu mate você? Você me fez parecer um maldito mentiroso. É essa a sua gratidão?
Eu lambi os lábios. - Desculpa. Não achei que Josh contaria a ninguém.
Diego zombou. - Você é um garoto tão ingênuo. Nunca confie em ninguém.
- E eu deveria confiar em você?
Diego sorriu. - Você não deve confiar em mim, também. - Seu sorriso desapareceu tão rapidamente como apareceu. Seu rosto estava sombrio agora. - Se as pessoas chamam você de minha puta, você diz que é minha puta. Entendeu?
- Foda-se. - Eu tentei empurrá-lo, mas só acabei me esfregando contra Diego.
- Eu vou. - Ele murmurou em meu ouvido, mordendo-o.
Corei na hora. – Vai tomar no cú.
- Você estará me implorando em breve - disse ele, me pressionando com mais força. Seu peso, sua força, seu cheiro... Estava esmagando os meus sentidos de uma maneira estranha e perturbadora.
- Nunca. – falei.
Diego se afastou. Eu expirei. - Bem. Se você não quer minha proteção, você é livre para fazer o que quiser. Vou deixar as pessoas saberem que eu não dou à mínima se alguém tocar em você.
Engoli em seco, lembrando os olhares que os outros prisioneiros me deram nos chuveiros. Ser estrupado por uma gangue não era minha ideia de diversão. Eu poderia odiar Diego, mas pelo menos o cara era improvável que me forçasse. Não porque ele fosse um cara tão bom — Diego era um idiota, mas ele era um idiota que gostava de jogar jogos mentais e que estava disposto a esperar até que eu implorasse para ele me foder. E como isso nunca ia acontecer, eu estava mais seguro com Diego. Provavelmente. - Espere... Não. – eu disse
Diego não tripudiou, mas eu realmente esperava.
Diego apenas balançou a cabeça e disse: - Agora vá dormir.
- Você não é o meu chefe. - murmurei, franzindo o cenho.
Mas eu fiz como me foi dito.
Galera ai está o capitulo 2. Quero agradecer pelos comentários. São muito importantes pra mim, então comentem tá.
OBS: Capitulo 3 vai ser mais picante. Beijos.
cade a continuaçao do relato?? Please!!!!!!
Quando sai o capitulo 3?? Gostei muitoooo!
Muito bom, posta ae a parte 3 pra gente.
Cade a continuação...?
Muito bom....
Muito bom....
Muito bom, esperando a continuação...
Continue. Adoro seus contos.
Continua heheh tá bom d+
Pô cadê o terceiro capítulo? Estou adorando.
esperando a parte 3 ;)
Cara parabéns seu conto e cheio de possibilidades espero o capítulo 3
conto de uma pureza poética e subjetiva excelente
porrs, mal posso esperar o terceiro hahaha
Estou gostando do conto e ja imagino o q aconteceu kkkkkk. Conta mais....