Eu tive sorte



Atenção:

1 Essa é uma obra fictícia, nenhum dos lugares, pessoas e eventos realmente existe, embora algumas passagens tenham sido levemente baseadas na vida de quem escreve aqui.

2 É uma história pesada. Faz alusão a sexo e drogas em algumas passagens. Se você gosta de histórias mais romancinho sugiro ler meu outro conto “Amor de príncipe encantado” é bem legal também.
3 Serão um total de cinco capítulos que se passam ao mesmo tempo em que começam os eventos de “Amor de príncipe encantado”, eles contam a história do Paolo, namorado do Ariel e relatam como ele superou o fim do namoro com seu primeiro amor.

Oi pessoal

Meu nome é Paolo, tenho 19 anos, 1,85 de altura, corpo legal porque trabalho carregando peso. Tenho olhos e cabelos pretos e uma pele parda, mas bem clarinha. Eu me acho muito normal, mas por eu ter uma expressão um pouco séria, sisuda, as pessoas me acham com cara de brabo, de macho. Eu trabalhava como auxiliar de vendas em uma loja de tintas em Campinas, era um emprego legal, me permitia ajudar minha mãe nas contas da casa, não era nada que me estressava, eu tinha uma boa chefe e o melhor de tudo, namorava o filho dela, sem ela saber, claro. Ele trabalhava lá no período da tarde fazendo a parte administrativa da loja e eu ficava com a parte de organização da loja e do estoque, atender os clientes, toda essa parte de colocar a mão na massa. Era um serviço gostoso, como sempre tinha suas partes ruins, mas só pelo fato de eu namorar com o Ariel já valia a pena, ele era três anos mais novo que eu, mas era um menino de ouro, esforçado, gentil e muuuuito bonito. Eu amava ele. Tudo isso mudou quando a minha chefe decidiu se mudar pra São Paulo com o marido e o filho, ela vendou a loja e o comprador transformou ela em uma loja de colchões, ou seja, perdi meu emprego e meu namorado de uma vez só.
Com o dinheiro da minha rescisão eu peguei um fim de semana de pousada para nós dois, uma pousada linda que consegui alugar sem que eles pedissem documentos, o quarto era muito bonito com quase tudo feito em madeira, uma cama enorme e uma banheira dentro do quarto. O fim de semana inteiro a gente acordava, transava, comia, depois dormia, acordava de novo, transava mais um pouco e dormia. Foram os melhores dias da minha vida, eu comia o cuzinho do Ariel como se não houvesse amanhã, e na verdade não haveria mesmo, isso fez com que eu procurasse aproveitar cada pedacinho do corpo delicioso dele, lembro como se fosse ontem, dele se sentando no meu colo na cama, me agarrando pelo pescoço e me dando um beijo bem sublime, que foi esquentando até ficar bem sacana com a língua dele lambendo a minha, nossos corpos suados colado um no outro, ele chupava meu pau e eu ia ao delírio, lambia o rabinho dele e escutava ele gemer de prazer, ele socava o meu pau no cu dele, sentia o calor do seu cuzinho na minha rola, parecia que ele estava desesperado por essa sensação que nunca mais sentiríamos. Todas as vezes que transamos nesse fim de semana ele pedia para eu gozar na boca ou dentro do cu dele, como se quisesse ter parte de mim dentro dele pra sempre. Era uma delicia ver ele engolindo toda minha porra, ver meus jatos invadirem seu cu. Mas sempre depois do sexo vinha uma sensação ruim, tipo quando a gente vive algo muito bom que sabe que não vai se repetir, no domingo a tarde depois de uma dessas transas vi algumas lagrimas no rosto dele e não pude conter as minhas também. Quando o deixei na casa dele o aperto no coração bateu forte, sai sem nem olhar pra trás, ele viajaria no dia seguinte e eu nem sequer fui vê-lo antes de ele partir. Me arrependo disso.

Depois que o Ariel foi embora e que eu já tinha acertado toda a parte da minha demissão, passei alguns bons dias em casa, eu não tinha animo pra sair do meu quarto, ainda teria seis meses de seguro desemprego e queria aproveitá-los até o final, eu sempre tentei meio que me afastar dos meus sentimentos, minimizar eles, mas quando perdi o Ariel eu percebi que por mais que eu negasse, eu tava amando aquele menino, e não seria mais possível levar esse amor adiante, isso me deixou bem deprimido.

Certo dia, por muita insistência da minha mãe, saí de casa, ela me forçou a ir até o centro da cidade comprar uma lâmpada para o forno do fogão. Ela faz bolos por encomenda e inventou que sem a lâmpada não conseguia ver se estavam bons, eu nunca tinha visto ela usando a lâmpada, sabia que era uma desculpa, mesmo assim achei que seria bom sair pra fazer alguma coisa, peguei minha moto e fui.
Ao chegar lá, comprei a tal lâmpada na loja assistência que tem as peças do fogão, quando estava voltando para a moto encontrei uma amiga, Carla, ela havia trabalhado comigo a muito tempo atrás, no meu primeiro emprego de entregador numa pizzaria, foi com o dinheiro desse emprego que comprei minha moto, mas quando saí de lá perdemos o contato. Éramos acostumados a sair para beber, nessa época eu nem sonhava de conhecer o Ariel, mas a Carla, era casada com uma mulher, direto íamos a um bar LGBT do centro, antes de ter amizade com elas eu tinha muito preconceito, depois ela foi tirando isso de mim, até que eu encarava como uma coisa normal e passei a entender que esse meu preconceito escondia um desejo muito forte que eu sempre reprimi, e com a chegada do Ariel na minha vida eu tive a chance viver esse desejo de uma forma muito intensa. Mas voltando ao nosso encontro, logo nos abraçamos, ela tratou de me contar como estavam as coisas na pizzaria, e eu contei a ela que estava sem emprego, ela disse que eu poderia fazer uns trampos pra ela com a moto para levantar um dinheiro a mais enquanto recebia o seguro desemprego, de pronto eu aceitei e como era sábado ela disse que eu já poderia ir lá na mesma noite.
Pois bem, cheguei na pizzaria e de sábado a noite é aquela correria que não para, pedido atrás de pedido, quase que a gente não conseguia fechar, mas no final da noite o dinheiro estava na mão e assim que encerrou lá a Carla vira e pergunta:

– E ai, vamo beber?
– Bora – Respondi

Fomos ao barzinho que sempre frequentamos, o público era mais maduro e a Carla tinha se separado da esposa, mas continuava frequentando e por lá tinha muitos amigos. Contei pra ela sobre a minha história com o Ariel, ela ficou em choque, mas disse que já tinha desconfiado que eu tinha certa curiosidade, mas não ao ponto de namorar. Papo vai, papo vem, uma, duas, três cervejas, eu e a Carla solteiros, decidimos sair do bar e ir numa balada.
Chegamos lá, não era balada de comanda, lá a gente paga na entrada e tem umas fichas de dinheiro que compra no caixa, comprei quase todo o dinheiro que ganhei na noite de entregador em fichas e entramos para beber. Não estava cheio, sei que entramos lá e já tratei de comprar uma dose de Campari, comecei a dar umas goladas e não lembro mais de nada, somente flashes da noite, eu fumando maconha na calçada com um rapaz, depois abraçado na praça com outro, por fim quando dei por mim, estava num quarto escuro, quando virei de lado vi uma silhueta masculina, era um corpo pardo e magro, cabelo cacheadinho e curto, meio crespo. Não fazia ideia de quem era. Tentei acender a tela do meu celular para ver a hora e ele não respondeu, provavelmente sem bateria, então abri a janela para tentar entender o que era aquela situação e quando a luz invadiu o quarto e enxerguei o horizonte afora, percebi que era um quarto de hotel do centro, numa esquina, mas olhando pro ceu o tempo estava nublado, meio escuro e um pouco frio, de tal forma que eu não sabia se estava amanhecendo ou anoitecendo, de repente o corpo atrás de mim se mexeu, seja quem fosse estava acordando e poderia me dar uma explicação...


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Ficha do conto

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Nome do conto:
Eu tive sorte

Codigo do conto:
144714

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
21/09/2019

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