Amor de príncipe encantado 5.

Depois de tudo o que rolou, eu já não tava entendendo mais nada. Minha cabeça era um mar de confusão e conflito. Eu só consegui ir pra casa, tomar um banho e me jogar na cama. Fiquei escutando musica até cair no sono. Acordei e percebi que dormi com a janela aberta, meu quarto tava um gelo e devia ser madrugada. Quando fui ver a hora no celular, eram três e quarenta, então fui conferir as mensagens no celular. Tinha do grupo da sala, da Aline, do Paolo, mas a primeira que eu abri foi a do Alisson:

“Arielzinho desculpa pelo que rolou no metrô, mas foi inevitável. vc me olhando ali com aquela cara de qm tava me querendo, eu sei que não devia, mas sinto o maior tesão por vc desde o dia que vc chegou na sala, sei lah, é diferente de tudo o que eu já senti, por fvr não conta nada pra Aline, prometo que de onde saiu aquele bjo pode vir mto mais”

Quando li aquilo, fiquei em choque. Então era verdade, ele me queria mesmo. Eu tinha ficado muito feliz, em ler aquilo, não consegui nem voltar a dormir, então tomei um banho, e passei um tempão arrumando o cabelo, passando limpando a pele, aparei uns pelinhos da sobrancelha, coloquei uma calça bem justa e meu par de tennis mais bonito, mesmo com a camiseta do uniforme da escola eu ainda estava um gato, tanto que a minha mãe me elogiou quando eu desci na cozinha. Eu nem comi muito no café da manhã e já atravessei a rua pra ir pra escola. Cheguei na sala cedo como sempre e fiquei conversando com a galera, mas eu nitidamente não estava nem aí pro que eles estavam falando, eu só pensava em quando o Alisson chegasse. Quando ele entrou, lindo como sempre, de calça jeans, tênis Nike e com um aba reta da da New Era meu coração disparou. Ele colocou a mochila na mesa dele e foi falar com a galera onde eu tava, cumprimentou todo mundo e quando chegou a minha vez ele deu um toquinho e piscou pra mim balançando o pescoço indicando a porta, eu entendi o sinal e deixei ele sair, então logo fui atrás dele. Ele estava no fim do corredor que dava pra biblioteca, que era vazia naquele horário. Ele se sentou em uma das mesas e logo me perguntou:

- E ai, o que você achou de ontem?
- Do nosso rolê ou do beijão que você me deu no final? - Respondi
- Dos dois
- O passeio foi legal, vai dar pra gente colocar muita coisa no trabalho, o beijo foi gostoso - Eu não quis demonstrar que estava assim tão apaixonado por ele.
- Se você quiser a gente pode ficar mais vezes, inclusive hoje depois da aula na sua casa enquanto a gente faz o trabalho, mas eu vim aqui pra te pedir pra por favor não contar nada pra ninguém, se não queima o meu filme e o seu, já que ninguém sabe de você né?
- Verdade, vamos manter em segredo, por mim ta beleza.
- Então fechou - ele disse, levantou e me deu um selinho bem demorado antes de sair da biblioteca. Eu saí logo atrás.

Durante a aula eu nem consegui prestar atenção em nada, só pensava que mais tarde o Alisson ia lá em casa e a gente ia poder se beijar no meu quarto a tarde toda. O intervalo passou e eu nem comi nada, voltamos pra sala e eu não tirava ele da cabeça, perecia uma puta esperando seu cliente favorito.
Quando a aula acabou a gente arrumou as coisas e fomos pra minha casa. Como de costume a minha mãe tinha preparado almoço e a gente comeu e depois subimos pro meu quarto. Eu encostei a porta e quando eu me virei ele me puxou e me deu um beijão. Gente como era gostoso beijar aquela boca, mas dessa vez a gente pode explorar o corpo um do outro, ele era maior que eu e eu senti a sua mão me abraçando e percorrendo as minhas costas por dentro da camiseta. Eu segurei ele pela nuca e nosso beijo se encerrou num selinho com sorriso. Foi perfeito.
Mas eu escutei alguém subindo a escada de casa então eu o empurrei, logo depois a minha mãe colocou a cabeça pra dentro do quarto e disse:

- Filho eu vou dar uma passadinha no banco e no mercado, devo chegar lá pra umas seis horas, ta?
- Ok mãe - respondi. E assim que eu vi o carro dela saindo da garagem, me joguei com o Alisson na cama e começamos a nos beijar deliciosamente.

CONTINUA...