COLÉGIO PRACINHAS - CAPÍTULO 15 – A NOITE DOS CORDEIROS E DOS LOBOS (PARTE II)



Era a primeira vez que entrava naquele lugar. Velho, mal iluminado, abandonado. Dava para sentir a aura histórica onde, séculos atrás, centenas de escravos eram mantidos ali. E era incrível como algo cuja realidade tão vil e desumana pode, com a dosagem de ficção correta, se tornar uma experiência excitante. Pelo menos, para algumas pessoas. E lá estava. O grilhão que me foi contado. Da maneira como Siqueira descreveu.
Desarmado e bem seguro pelos braços por Valente e Albuquerque, Siqueira foi trazido ao centro do salão.
- Você me pegou, Mendes - falou, marrento - agora para com a palhaçada e me mata logo. Quero ver se vocês três vão dar conta de todos os lobos
- Para um prisioneiro, você tem uma língua bem grande, general - comentei, me divertindo - Mas não. Você não vai morrer agora. O senhor é um prisioneiro muito valioso para ser desperdiçado assim e... - pensei - embora, isso não quer dizer que não possamos nos divertir com o senhor enquanto isso, não é mesmo? - e sorri maldoso.
Siqueira arregalou os olhos.
- Rapazes, arranquem as roupas dele. E não precisam ser gentis. Não vamos precisar delas
Levados pelo calor da atuação, os dois pegaram a camisa de Siqueira e a rasgaram aos puxões. O som do tecido rompendo foi delicioso. Depois, o jogaram no chão e lhe tomaram as calças, e por último, puxaram a cueca. Siqueira tentou impedir, agarrando o último, o que só serviu para compor o harmonioso som quando o aquela peça também foi rasgada.
Nu, o general se levantou, respiração pesada, um pouco suado pelo breve exercício.
- Prendam ele - e indiquei o grilhão. Ele foi levado, posto nu de joelhos e seu pescoço foi preso em conjunto com seus punhos. Prendi o fecho, trancando com um pedaço de madeira.
Valente e Albuquerque trocavam olhares sedentos. Dava para sentir o tesão neles. A animação, ansiosos para meus próximos comandos. Como crianças que acabaram de ganhar um brinquedo novo, mas ainda aguardavam a autorização para abrir a embalagem.
Cheguei perto do general e alisei aquela bunda carnuda.
- Quando seus homens iam trazer o camarada Valente para cá, o que o senhor tinha em mente, General? - E apertei a carne musculosa - ia torturar meu subordinado? Assim? - e desci a mão com velocidade, batendo forte em uma nádega e fazendo ele gritar de susto.
Eu então peguei sua cueca reduzida a trapos e enfiei na boca.
- Foi mal, general. Mas você vai acabar estragando a brincadeira se conseguir alertar outros lobos
Então, cheguei bem perto de seu ouvido e sussurrei:
- Isso lhe traz lembranças, Siqueira? Espero que sim
Senti ele respirar mais forte, reagindo a minha voz
Voltei para trás dele e alisei a área atingida. Dei mais um tapa, fazendo seu corpo tremer. E massageei depois, até ele relaxar novamente. Repeti a sequência de golpes e carícias umas cinco vezes, ouvindo ele gemer, abafado pelo trapo na boca. Me abaixei, colocando meu corpo entre meu prisioneiro e meus homens, e passei a mão em seu pau. Estava duro. Gostei do que senti. Mas não queria que meus homens vissem isso. Afinal, queria fingir para eles que o prazer de Siqueira não era minha preocupação. Seria nosso segredinho. Meu e dele.
Levantei e me voltei para eles.
- Albuquerque, quer fazer as honras?
Convidei e meu colega chegou animado. Bateu forte. Mais forte que eu. Até fiz uma careta com o som.
- Ui - senti em mim aquele tapa.
Albuquerque levou a mão a cabeça, sorrindo meio arrependido.
- Acho que exagerei - penalizou-se
Eu dei uma olhadinha pra baixo e vi que o pau dele continuava bem duro. Dei a volta e vi seu rosto, vermelho, olhando pra mim com aquela fome que eu conhecia muito bem.
- Fique calmo, nosso general é um homem forte. Não serão uns tapinhas que o irão abater.
- Mas e se ele quiser se vingar de mim amanhã? - Perguntou, preocupado.
- Mais um motivo para fazer valer a pena hoje - argumentei, ouvindo Siqueira gritar algo que não entendi, abafado pela mordaça. Eu o ignorei. - Ele já vai lhe castigar de qualquer forma. Então, aproveite
Albuquerque, ainda receoso, mas muito ansioso, bateu mais. Mais comedido, mas ainda assim forte. Fiquei admirando o rosto de Siqueira se contorcer a cada tapa, a bunda contrair, cada vez mais vermelha. O pau não baixava nem por um decreto.
Depois de Albuquerque, Valente se fez naquela bunda musculosa. Eu já estava me preparando pra voltar quando ouço o som de passos lá fora.
Corremos e nos posicionamos na entrada, escondidos. Siqueira tentou gritar para avisar, em vão. A mordaça e a pouca luminosidade do lugar nos seria favorável para manter a arapuca.
- Opa, vejo que não fomos os primeiros - era a voz de Pinheiro. - Caraca, olha lá. Peladão no grilhão. Quem será?
- Fortão assim, deve ser o Mendes - outro veterano falou, era Castro. Um cara bonito do terceiro ano, com o qual tinha pouco contato, mas me chamava muita atenção já tinha um tempo. Cara e corpo de modelo. Gostei ao ver que havia chegado aqui - maravilha. Doido pra enrabar aquele moleque marrento
Eles entraram. Três alunos, trazendo mais três calouros. Entraram e foram logo rendidos, cada um dos meus homens para cada um deles.
Foram desarmados e levados para o canto. Atordoados demais para entender o que estava acontecendo.
- É Castro - comentei - ainda não vai ser hoje
Castro me olhava com os olhos arregalados. De joelhos ao lado dos colegas. Um eu não lembrava o nome, já Pinheiro, conhecia bem demais. Dos três, apenas Pinheiro parecia estar gostando. Olhava impressionado ao redor.
- O que aconteceu aqui? - Perguntou, sem acreditar
Elias chegou e me deu um tapa do ombro. Ele era um dos prisioneiro que chegaram com a turma de Pinheiro.
- Cara, tu sempre surpreende, não é mesmo? - me parabenizou.
- Que nada. Só levo jeito pra essa brincadeira. E aí, teve uma noite difícil, né companheiro? Que tal dar uns tapas na bunda do Siqueira ali? Ajuda a relaxar
- É o Siqueira? - Os alunos do terceiro ano perguntaram, incrédulos
- Caraca - Elias ficou chocado e foi lá averiguar. Não resistiu e deu também uns bons tapas na bunda do major.
- Quem manda ser malvado com os recrutas, Siqueira? Ninguém quer pegar leve com você. - Brinquei.
Foi quando chegaram Soares com mais um veterano, trazendo mais um prisioneiro. Logo foram rendidos. Era fácil demais, pois nenhum deles esperava essa reviravolta. Caiam como ratos na armadilha. Mas não era por isso que íamos relaxar.
Aproveitei que o nosso número havia aumentando e distribui minhas forças. Eu deixava sempre dois olhando a saída, para não sermos pegos desprevenidos, e dois com a arma em riste cuidando dos demais prisioneiros, para desmotivar qualquer motim. Tinha de tomar cuidado a partir dali, pois não queria que tudo ruísse como um castelo de cartas.
Os calouros iam revezando nas palmadas no general. Eu, naquele momento, estava contente apenas em ouvir os estalos das mãos na bunda e os subsequentes ganidos de meu superior direto.
Fui até Siqueira novamente, bunda bem vermelha, mas sem hematomas. O pessoal soube dosar bem as palmadas. Afinal, a regra era não machucar. Peguei na bunda de Siqueira e fui introduzindo o dedo. Buraco quentinho, piscando. Levei o dedo ao rosto e cheirei.
- Limpinho, sorte nossa - comentei e meus colegas riram. Até Pinheiro gargalhou, mas logo se calou. A verdade é que dava para ver que os alunos do terceiro ano estavam gostando de ver Siqueira naquele estado. Era como uma pequena vingança pessoal pra cada um deles também. Já que Siqueira era do tipo linha dura, até mesmo com seus iguais.
Passei mais uma vez a mão no pau dele e gostei do que encontrei. Não estava só duro, estava babando. Salivei. E com essa boca sedenta, devorei aquele ânus na frente de todos. Chupando-o todo e arrancando os gemidos chorosos de meu prisioneiro, enquanto minha língua vasculhava o interior do seu corpo. A plateia olhava atenta. Enchi aquele cu de saliva, cuspindo bastante em seu interior.
- Talvez você já tenha sofrido demais, general - e parei e olhei para os demais prisioneiros. Uma ideia me ocorreu - talvez não
Caminhei até eles e mandei se levantarem.
- Tirem as roupas - mandei, e eles obedeceram. Mas mantiveram as cuecas.
- Pelo que parece, não sou apenas eu quem não sei como me despir, não é mesmo? Tirem tudo - completei.
E tiraram. Pinheiro tinha aquele sorriso safado. E Castro me olhava com fogo. Era o mesmo fogo que Siqueira tinha em mim no começo de nossa relação. Algo que eu julgava na época como sendo raiva, mas não. Era desejo.
Olhei para Pinheiro, de longe o maior pau dali. Erguido, ereto, orgulhoso
- Vejo que tinha armas escondidas ainda, major - avaliei e todos riram - venha. Essa vai me ser útil
O levei até Siqueira.
- Quero que o foda sem piedade - mandei. Ele salivou e foi indo sem questionar, mas então eu o segurei pela nuca - e faça direito. - completei - Caso contrário, tomará o lugar dele
Os olhos dele brilharam e ele sorriu ainda mais.
- Sim, senhor - falou por fim e se voltou para o amigo.
- Foi mal, general. Mas é o senhor ou eu - e meteu sem dó. Siqueira deu um ganido, abafado pela mordaça. Pinheiro meteu e meteu, aquele corpo musculoso empenhado em fazer Siqueira gemer. Eu fiquei na frente deles, vendo a carinha de Siqueira enquanto era deflorado. Pinheiro olhou pra mim, cúmplice, sorrindo. Ele também devia conhecer aquele lado hard de Siqueira, já que eram tão amigos. Ele podia não saber da história que eu sabia, mas com certeza tinha conhecimento que Siqueira, quando fodido, gostava de ser fodido com força.
Pinheiro gozou logo, levado pela pressão. Chamei outro. Castro chegou e olhou pra mim, ainda com incerteza
- Fique à vontade para pensar em mim enquanto fode. Isso não muda o fato de que vocês estão em minhas mãos - falei simplesmente. Ele sorriu e começou a meter também.
Albuquerque chegou ao meu lado, humilde e perguntou.
- Capitão, assim... E nós? Vamos só olhar?
Olhei seus olhos claros e sorri. Era bonitinho ele estar tão leal a mim. Mas sua pergunta me deixava em uma situação delicada. Minha estratégia consistia em tornar aquilo uma experiência boa para todos os envolvidos. Vítimas ou algozes. Afinal, não podia esquecer que aquela noite era apenas uma revanche temporária no embate de forças em nosso colégio. Amanhã, voltaríamos todos as nossas posições. E qualquer sentimento de vingança que surgisse ali poderia complicar a vida dos calouros nos próximos dias e meses. Em especial, a minha.
Por outro lado, que espécie de comandante eu seria se não aceitasse assumir certos riscos? E tinha de admitir, a vontade de levar aquilo até onde eu pudesse me era muito tentadora. Então olhei para os prisioneiros e fiz cara de pena
- Senhores, eu sinto muito. A princípio, somente seu general seria violado. Mas vocês compreendem que meus homens lutaram muito e merecem os espólios.
Eles ficaram tensos, então me voltei aos meus homens.
- Mas não baixemos nossas guardas. Podem aproveitar, no máximo, dois de cada vez. Se organizem. Quero dois homens sempre tomando conta da entrada e pelo menos um com as armas a postos contra os prisioneiros e prontos para reagir caso necessário.
- Sim, senhor! - Um uníssono.
Então peguei Albuquerque pelo braço e falei ao seu ouvido.
- Escute bem soldado, pois essa sua missão é de vital importância. Quero que foda direito. Quero que dê o seu melhor, que o cara que você escolher goste de ser fodido. Não é hora de vingança. Pelo contrário, é hora de conquistar eles. Quero que vocês façam eles sentirem prazer em serem calouros novamente. Passe adiante.
E sorri pra ele, e falei em tom normal, para todos ouvirem.
- Vai lá, garoto. Dê seu melhor
Albuquerque sorriu em cumplicidade e acenou positivamente com a cabeça.
- Sim, senhor - e foi escolher o seu.
Castro, coitado, mal terminou de gozar e já foi levado por Albuquerque, que parecia um cachorro no cio.
Meu soldado o levou para a parede e o mandou apoiar as mãos e empinar bem a bunda para receber o seu castigo.
Castro ficou tenso, mas Albuquerque seguiu direitinho meus comandos. Chegou perto, beijou sua nuca e falou:
- Relaxa, major. Nós aqui só maltratamos o general. Vocês serão tratados com dignidade
E abriu sua calça e a arriou, voltando e alisando a mão por suas pernas de baixo para cima, até acariciar a bundinha bonita e empinada de Castro. Mesmo de longe, deu para ver que o Major se arrepiou todo. Fechou os olhos e segurou o suspiro, enquanto Albuquerque descia e lambia carinhosamente sua bunda. Depois foi beijando com carinho as nádegas. Castro tentava manter a compostura, olhando fixamente para a parede e fingindo não gostar. Então, abrindo bem a bunda de seu prisioneiro, começou a lamber o orifício de forma eficiente. Os veteranos acompanhavam a cena, excitados.
'Isso, garoto' parabenizei em pensamento. Fiquei tomando conta da saída. Por sorte, nenhum outro veterano apareceu para nos atrapalhar.
Albuquerque subiu novamente, pegou o major Castro pela nuca e lambeu sua orelha, enquanto encaixava delicadamente e começava a penetração.
- Muito bem, soldado - parabenizei. - Mostre a nosso convidado que aqui, tratamos bem nossos prisioneiros.
Foi a vez de Elias se juntar.
Olhou para Pinheiro, sorrindo travesso.
- É major, dessa vez vai ser na frente de todo mundo - avisou.
Pinheiro, porém, apenas riu. Estava relaxado, levando tudo na farra. Marrento e cheio de atitude, chegou, botou a mão na parede e empinou aquela bunda gostosa. Gemeu muito na pica o Elias, sem pudores.
Castro também, embora se contivesse, dava para ouvir seus gemidos mais tímidos.
Só quem não gemia mais era Siqueira. Botei Valente em meu lugar de guarda na porta e fui lá. Tirei o trapo da sua boca para averiguar. Dava para ver que estava exausto. Apenas respirava mais forte, enquanto era comido por outro de seus antigos companheiros. Como um animal abatido, me olhou, cansado. Mas seus olhos tinham um brilho diferente de tudo o que eu já vira antes. E ao contrário do resto do seu corpo, emanavam uma vida, um fogo. Sorri satisfeito. Meu intenso havia sido alcançado. Abaixei e passei a mão em seu pau, que naquele momento pingava no chão. O veterano saiu dele e voltou para o grupo. Então, falei baixinho para Siqueira, sorrindo em cumplicidade.
- Vai pedir com jeitinho para eu parar? - perguntei baixinho e ele sorriu.
- Nem fodendo, Mendes - sussurrou
- Essa é a ideia, general - e levantei e dei mais um tapa na bunda dele - próximo! - chamei e veio Soares.
- Cara, vou ter de trazer o Pedro aqui um dia - comentou só pra eu ouvir
- É provável que ele adore - concordei e continuei organizando. Vendo a orquestra libertina tocar seus maiores sucessos naquele lugar. O cheiro, os sons, as imagens. Todas remetiam ao prazer e eu fiquei satisfeito apenas em contemplar a arte e saber que eu era o artista quem assinava.
Todos os lobos coitaram seu macho alpha e foram, um a um, coitados pelos cordeiros. A revolução estava feita. Podíamos ainda, numa reviravolta, perder aquela guerra, mas entraríamos para a História.
Meus cordeiros também se satisfizeram com Siqueira. Que já não lutava, nem gritava mais.
Aos poucos, os ânimos foram contidos e a coisa foi amornando.
Ao fim, coloquei os do terceiro ano em fila, de joelhos e nus. Siqueira continuou agrilhoado. Parei com minha tropa diante deles, antes de discursar:
- Senhores, foi uma honra lutar contra vocês. Vocês foram adversários dignos, do começo ao fim. Mas a noite ainda é longa e temos muito trabalho a fazer.
E, juntos, disparamos contra seus peitos.
Eles riram, cansados, mas conformados.
- Podem usar nossas roupas para voltarem. Vamos precisar das dos senhores - informei.
Eles foram pegando a calça que melhor os servia e foram saindo, se despedindo educadamente. Ao fim, parece que todos se divertiram e estavam levanto bem na esportiva a derrota que sofreram. Fiquei mais tranquilo.
Pinheiro, mais ousado, pegou a calça, mas não a vestiu de imediato. Andou pelado em minha direção e sorriu, rosto com rosto.
- Bom trabalho, Mendes. Mas isso vai ter volta - ameaçou e eu fiquei excitado com seu tom.
- Estou ansioso por isso - respondi com sinceridade. Pinheiro me beijou, cheio de desejo, então se virou para Elias e apontou.
- Já você. Só te lembro que amanhã volta a ser meu subordinado.
Elias riu e respondeu cheio de atitude.
- Amanhã conversamos, major. Pode ser que ao fim o senhor prefira ficar por baixo
Pinheiro saiu, pelado mesmo, com a calça na mão.
Me voltei para meus homens.
- Senhores. Essa é sem dúvidas uma vitória histórica. E eu não poderia estar mais orgulhoso. Porém, ainda não estou satisfeito. Quero mais. Quero tudo. Agora, escutem todos. Não vamos apenas vencer essa batalha. Vamos vencer toda a guerra. Vamos sair agora por essa porta, e vamos salvar todos os cordeiros que pudermos. Vamos matar, cada lobo que ainda se atreva a caçar por essas matas. E eu juro por Deus, que se amanhã de manhã eu ouvir um único uivo de um lobo vivo. Vocês, senhores, se verão comigo. Fui suficientemente claro?
- Sim, senhor! - Gritaram juntos
- Então, vão! - Comandei e eles rapidamente se organizaram e saíram. Pegaram as roupas dos antigos prisioneiro e saíram à paisana, para espalhar o caos. Para concluir a revolução.
Antes de ir com eles, caminhei até Siqueira, caído em seu cárcere, apenas respirando. Sentei diante dele. Eu também estava exausto. Meu pescoço e meus ombros doíam e só então eu tive a noção de quão tenso estava durante todo o processo. De quão empenhado em fazer tudo correr perfeito. Pra mim, para todos. Mas, sem dúvidas, para ele. Peguei seu rosto, fazendo-o me encarar.
- Então, esse era seu plano, afinal. Pra isso todo aquele treinamento? Pra poder me colocar aí e me enrabar junto de seus amigos? Vejo que tem muitos ali que sonham em me comer. Vão ter de fazer melhor que isso - e ri - mas tenho que agradecer sua preocupação comigo, major. Em ter o cuidado de garantir que eu estivesse preparado para tamanho desafio. Deixou minha bunda experiente, flexível, imaginando quantos paus ela teria de aguentar. Obrigado. Mas o senhor cometeu um grave erro
Eu o olhei nos olhos e ele sustentou.
- Mais uma vez, o senhor me subestimou. E esqueceu o que eu sou. Eu já lhe disse, major. Sou como um animal. Se sou encurralado, eu ataco. E você me desafiou naquela mata hoje. Me olhou nos olhos e me intimidou. Mas acho que a culpa foi minha também. Tenho estado tão dócil com o senhor nos últimos dias, tão obediente, que acabei fazendo você esquecer com quem estava lidando
Eu sorri, e então um pensamento me acometeu.
- Ah menos... Que o senhor já imaginasse que eu faria isso. Talvez tenha me usado para reviver sua fantasia. Então eu fui um peão o tempo todo em seu grande plano
Siqueira começou a rir, cansado.
- Sabe, Mendes. - Começou, devagar - eu gosto de estar por cima, não nego. Seria ótimo para minha dignidade se eu tivesse realmente planejado tudo isso. Mas não é verdade. Eu não queria estar aqui. Queria que você estivesse. Queria ver você gemendo na rola de todos os oficiais do terceiro ano. Mas o tiro saiu pela culatra e eu perdi. Meus parabéns, Mendes. Você me ganhou. De novo
Satisfeito, eu levantei e destranquei. O ajudei a se erguer e o levei ao centro do salão.
- Fico feliz que esteja levando bem, major. Pois nós dois sabemos que a história não será gentil com o senhor - e o pus de joelhos e parei diante dele. - o senhor foi o primeiro, e talvez será o único general dos lobos que perdeu uma luta contra os cordeiros - e apontei a arma pra ele. - Últimas palavras?
Ele ergueu o rosto e sorriu. Exausto, mas satisfeito.
- Obrigado, Mendes
Eu então disparei.
...
O dia raiou belíssimo na manhã seguinte. O azul fazia seu espetáculo no céu, enquanto o vermelho na terra. Os alunos do terceiro ano, rendidos no chão. Todos ali, o que me deixou muito satisfeito. Alguns cordeiros também, mas eles estavam tão felizes quanto os sobreviventes. Ao final, nos unimos e demos o nosso grito de guerra. O uivo dos lobos iniciou àquele evento, mas o berro dos cordeiros o encerrou.

***
Salve Salve, pessoal.
Espero estarem curtindo “Colégio Pracinhas”.
Esse foi meu primeiro trabalho tão longo. Anteriormente escrevia apenas contos ou historietas de no máximo 5 capítulos. Confesso ter ficado muito feliz com o resultado, o que me estimulou a realizar novos projetos, dentre eles, “Diário de Caça”, que está nas edições finais para lançamento.
Como sabem, além da aventura dos alunos do colégio militar de elite, possuo outros trabalhos no mesmo cunho, todos publicados na Amazon, sobre o pseudônimo de Fábio Mendes. Para os que quiserem conhecer e até adquirir, fica o link e um muito obrigado desde já.
Para os que não puderem, mas quiserem contribuir divulgando para os amiguinhos ou me oferecer suas sinceras críticas, saibam que estou sempre aberto tudo que possa me ajudar no crescimento como autor. Quem me conhece dos tempos da Casa dos Contos sabe disso.
E no mais, para quem quiser me seguir nas redes sociais, ajudar a divulgar aos interessados e saber um pouco mais do meu trabalho (tanto como Fábio Mendes como Willian Nascimento), saibam que são muito bem vindos.
E não se enganem, esse post não é uma despedida, pois “Colégio Pracinhas” ainda tem muitos capítulos para lhes entreter, divertir e, sim, excitar.
Aguardo vocês semana que vem para mais aventuras de Fábio e sua turma.


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Comentários


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damiaogomes Comentou em 18/11/2023

A forma como aconteceu com os cordeiros comendo os lobos estragou o conto a serie tava ate interessante mas esse aconteimento foi horrivel, a hieraquia tinha que continuar ficou parecedo que esse rebelde vai ganhar sempre, paro por aqui nao continuarei a le o conto

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jhonydevil Comentou em 22/08/2022

irmão? que porra foi essa ? a cada capítulo tua escrita melhora, gosto de suas histórias porque mesmo depois de ter gozado gosto de ler até o final, continue com o bom trabalho que meu voto é garantido, quero continuação heimm!!!

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rogeer Comentou em 20/08/2022

Eu tô amando essa história! Mais não tô conseguindo comprar o livro!




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Nome do conto:
COLÉGIO PRACINHAS - CAPÍTULO 15 – A NOITE DOS CORDEIROS E DOS LOBOS (PARTE II)

Codigo do conto:
206632

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
20/08/2022

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9

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