Combinei com ele de estudarmos com afinco para uma importante prova na faculdade. Uma das últimas do penúltimo semestres da minha vida.
Às 5 da tarde, fui ate sua casa, ao lado da minha.
Levava uns livros debaixo do braço.
Apenas sua mãe, Regina, estava em casa. Ela me informou o de sempre: Jorge estava em seu quarto, no fim do corredor.
Ele fingia estudar no computador.
Logo percebi que ele via as sacanagens de sempre.
— Ei, malandro, tá “estudando”, é?
— Muito, cara. Meu pau não amolece.
— É, aquele novo estagiário deve estar mexendo com seus hor-mônios.
Sentei-me numa cadeira ao lado dele.
— Nem me fale dele! Não sei o que faço para pegar aquele gostosinho. Ah, se todos naquele escritório fossem como ele.
— Temos novidades aqui na rua. Minha mãe me disse que viu o novo vizinho fazendo compras na padaria. Pena que eu ainda não o conheci. Ela fala muito bem dele.
— Minha mãe também viu ele saindo de casa. E também ela fala muito bem dele. Diz que ele adora malhar, bem daquele jeito que a gente gosta.
Fiz uma cara de bravo:
— Pois pode tirar o cavalinho da chuva, que o vizinho quem pega sou eu. Você fica lá tentando pegar o Adriano (o estagiário).
Jorge deu aquela sua risada sarcástica:
— Então tá! Eu pego o Adriano e você pega o novo vizinho! Falta só combinar com eles!
— Bem isso.
Levantei-me, fui ver se a porta estava bem fechada. Aproveitei pra ver se havia aleguem espionando. Voltei ao meu lugar, levei minha mão até a perna de Jorge, que estava bem à vontade, só de calção. Sua pele era moreninha, seu corpo era torneado mas compacto. Éramos muito parecidos até no porte físico. Sem sermos malhados, modéstia à parte, éramos uma delicia.
— Assim é mais excitante — eu sussurrei em seu ouvido. Minha mão foi descendo por sua coxa, ate a abertura da bermuda. Eu queria tirar o pau dele para fora e tocar uma boa punheta silenciosa.
Aí ouvi a mãe dele fazendo barulho de dona de casa, e desisti da ideia.
— Melhor a gente estudar de verdade — eu disse.
— Tá bem. Depois você me faz uma boa boquete...
Nos sentamos na cama dele, abrimos os livros.
Eu disse: — Cara, a gente bem que precisa estudar pra valer. O professor Genésio não vai dar moleza, cê sabe.
Depois Jorge: — Sei, sim, muito bem. Ele implica com a gente, talvez porque deve ser doido pra dar uma cutucada em um de nós.
— Ou quer dar pra gente! Não sei o que é pior! Prefiro transar com um mendigo que com aquele velho horroroso.
— Ha, ha, ha. Nem me passa pela cabeça dar praquele velho, mas... nunca se pode dizer: Dessa agua não beberei.
— Eu, hein! Nem imagino o professor Genésio pelado. Mas se fosse pra ganhar nota boa, até que eu posso pensar no caso.
— Hum, então já está querendo beber da agua...
— Quando a putaria for com o professor Danilo, aí sim quero beber até me afogar.
— Você sabe que eu vi ele primeiro. — brincou Jorge, parecendo sério.
— Vamos ver quem pega primeiro — eu insisti.
— Que nada, ele não deve ser pro nosso bico.
— Quem sabe... mas os livros nos chamam.
Estudamos por cerca de uma hora, compenetrados na matéria.
Planejávamos ficar assim até altas horas, já que não iríamos para a faculdade naquela noite.
Jorge ficou estirado na cama, com a perna erguida em forma de triangulo. Seu pau estava marcado na bermuda, duraço no começo, mas aos poucos foi amolecendo. Eu fiquei deitado, bem à vontade, com a bunda voltada para a porta.
Eu sabia que os machos da família logo viriam do trabalho.
E se havia homem por perto, eu queria mesmo (que Jorge nem imagine isso!) era me mostrar.
Lá por seis e meia da noite, um carro estacionou na garagem. Provavelmente era seu Ulisses, pai do Jorge. Ele era dono de uma loja de autopeças no centro da cidade.
Com ele trabalhava o Marcos, seu filho mais velho, de cerca de 30 anos de idade.
Pelos passos largos e firmes, logo imaginei que deveria ser Marcos quem subia a escada.
Acertei. Seu quarto ficava ao lado.
Assim que passou por nós, me viu, ficou parado à porta e se escorou no batente.
Cacete! Sempre que eu o via, logo meus olhos se concentravam nos pelos do seu peito. Por que o filho da mãe sempre deixavam os dois botões da camisa xadrez abertos?
Ah! Como eu morria de tesão por ele!!! Era charmoso e tinha pegada; um corpo potente, ereto e pesado. Realmente andava como se quisesse conquistar o mundo, e quem estivesse em seu caminho, levava uns bons tapas na fuça.
Embora Jorge soubesse que eu sempre estava postos para desfrutar da juventude com quase qualquer macho que aparecesse (ele também, que fique claro), havíamos combinado que nosso foco de ação não permitia rolos internos. Então, eu fazia de tudo para mostrar naturalidade enquanto estava na casa do meu amigo. principalmente na frente dele mesmo.
(Não que se Jorge estivesse fora, eu tentaria seduzir seu irmão, longe disso — porque certamente eu levaria uns tabefes e ficaria sem sair de cada por uma ou duas semanas, de vergonha.)
Marcos casualmente foi puxando assunto:
— E aí Felipe, tudo beleza?
— Tudo, beleza, Marcos.
— Vocês são muito estudiosos — disse ele, irônico. — Até faltam à aula pra estudar.
— Não enche! — irritou-se Jorge.
Coisa de irmãos.
— É, Marcos, a gente tem que estudar muito pra prova do Genésio.
Por que citei o professor Genésio? Se Marcos tinha pressa em chegar ao seu quarto, mudou de ideia rapidinho: entrou no nosso quarto, encostou-se na parede e jogou conversa fora:
— Ah, o professor Genésio. Uma peste, aquele boiola. Vivia me dando mole, o maldito. Bem que eu queria dar umas porradas nele pra aprender a não se meter com homem.
Jorge se levantou e foi em direção à porta, na clara intenção de enxotar Marcos do quarto.
Marcos continuou sua fala, em tom bem mais baixo:
— Lembro até de colegas que topavam comer ele só pra ganhar nota alta...
— Quer fazer o favor de sair, Marcos, a gente tá estudando, já não te falei?
Jorge segurava a porta aberta, esperando o irmão se mexer.
— Irmão, você anda muito nervosinho. Eu já tava de saída, tenho pressa porque hoje é sexta-feira e arranjei de encontrar uma tremenda gata. Ah, ah, hoje eu me dou bem. E quando não, né? Aliás, esse seu nervosismo precisa de um remédio, Jorginho. Eu sei do que você ta precisando — e sussurrou no ouvido de Jorge, alto o bastante para que pelo menos eu ouvisse: — Tá precisando de uma gata pra dar umas boas trepadas. Fui!
Marcos mal saiu, Jorge bateu a porta atrás dele.
Voltamos e estudar.
— Sabe, ele tem razão numa coisa — eu disse, após um tempo de silencio.
— Ele quem?
— O Marcos. Tem razão quando disse que você precisa de uma namorada.
— Sai dessa, pra que preciso de uma namorada?
— Nos dois precisamos, você não acha? Quanto tempo faz que você largou da Renata? Tá na hora de você fazer uma social.
— Sei lá se quero garota me enchendo o saco. Você sabe bem dos meus planos: terminar a faculdade, arrumar emprego em São Paulo e ter liberdade pra vier como quero. Foi o que combinamos, lembra? Nos dois saindo desse buraco de cidade.
— Sim, combinamos, mas pra mim vai ser muito mais difícil, por causa da minha mãe. Somos só eu e ela.
— Sua mãe não tava namorando? Ela não é sozinha, não, tem seu outro irmão que mora no centro da cidade, sempre pode vir visitar ela, ué.
— Ela terminou o relacionamento faz tempo. E por sorte, porque o cara era um pé no saco. Mas esse nosso plano precisa ser visto em todos os detalhes. Mais meio semestre e terminamos a facul. Podemos fazer concurso publico e ficar um tempo mais aqui mesmo. Relaxa, somos jovens, temos muita diversão ainda pela frente.
Todos os jovens, coitados, sempre pensam assim!
***
Passadas mais algumas horas, nos vimos sozinhos.
A mãe de Jorge, havia pelo quarto do filho e perguntado pela minha, e eu disse que devia estar em casa se preparando para o turno da noite.
— Ah, vou dar uma passada lá, pra atualizar as fofocas. Eu fiz um bolo de fubá, vão lá na cozinha comer, tá quentinho.
Eram muito amigas as nossas mães.
O Marcos também saiu, foi fazer o que sabia de melhor: caçar bucetas.
Seu Ulisses, por sua vez, avisou ao filho que iria na casa de um amigo. Provavelmente também para atualizar as fofocas. Enquanto tomavam uns goles de birita.
— Tô com fome — eu disse.
Jorge entendeu outra coisa: — Então vem cá, meu pau tá latejando de vontade de você chupar ele!
— Não, tô com fome, mesmo, de bolo de fubá!
— Peraí, já volto, depois você vai ver só!
— Vamos lá que eu te ajudo.
Descemos para a cozinha.
— Minha mãe não fez suco, a esquecida. Você faz pra gente, eu vou fazer alguma coisa com esses morangos aqui.
Tirei a camiseta e vesti um avental. Jorge gostou da ideia e fez o mesmo. Enquanto eu cortava as laranjas, ele passava por trás de mim o tempo todo, me encoxava e eu sentia seu pau duro.
— Como que faz pra espremer com esse treco aqui? — eu per-guntei inocentemente.
— Assim, ó! — Jorge se achegou por trás de mim, pegou minhas duas mãos e foi me explicando como usar o aparelho. — Isso, você aprende rápido, Felipe! Gosto assim! Você gosta?
Dizer coisas assim no ouvido? Claro que amo.
— Vamos comer isso logo — ele disse, apressado. — Acabei de ter uma ótima ideia.
Bem, voltamos pro quarto e comemos todo o bolo de fubá e os morangos com chantili.
— Que ideia você teve — perguntei, sem imaginar o que ele tinha em mente.
Ele me pegou pela mão, só de cueca, e me levou até o quarto do irmão dele, o Marcos, que não trancava a porta.
— Por que a gente veio aqui, Jorge?
Ele fechou a porta atrás de si, me empurrou na cama do Marcos, e disse:
— Onde foi que paramos?
(Continua...)
Muito bom seu conto, fiquei com um tesão danado enquanto lia, teve meu voto. Adoraria sua visita na minha página, bjs. Ângela: Casal aventura.ctba
OPA. DESCOBRI VOCÊ.
criei uma conta no wattpad só pra seguir vc por lá taben
Seus contos sao deliciosos!